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A história de uma foto: Roseana Sarney pós-cirurgia em 1998…

Registro da ex-governadora, dias após ela ter vencido a reeleição em primeiro turno; e depois de sofrer problemas de saúde em plena campanha e se submeter a uma série de difíceis cirurgias em São Paulo

 

MARCO AURÉLIO D’EÇA E ROSEANA: outubro de 1998, após ela vencer uma eleição na qual passou a campanha praticamente toda internada em São Paulo

A foto acima foi postada ontem como #TBT no perfil de Instagram do titular do blog Marco Aurélio D’Eça. E teve forte repercussão por marcar um dos momentos históricos da política maranhense.

Roseana foi eleita em 1994 para o primeiro mandato de governadora do Maranhão, exatamente quando o jornalista iniciava sua carreira no jornal O EstadoMaranhão.

Em 1998, já instituída a reeleição – e com a popularidade batendo recordes históricos – ela partiu para a reeleição contra o então ex-governador Epitácio Cafeteira, de quem ela tinha vendido quatro anos antes em uma difícil disputa.

Quem também concorreu nesta campanha foi o hoje prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra.

Exatamente no início da campanha, em junho, Roseana teve um problema de saúde grave e foi levada para São Paulo. À época repórter de política de O EstadoMaranhão, Marco Aurélio D’Eça foi destacado para acompanhar o desenrolar das coisas no Hospital das Clínicas, na capital paulista.

Roseana ficou cerca de 40 dias internada, com a campanha se desenrolando plenamente no Maranhão.

Assistiu a decisão da Copa de 1998 – derrota do Brasil para a França – em pleno leito hospitalar. O repórter assistiu sozinho, em um quarto de hotel nas proximidades do hospital.

Recuperada, Roseana voltou para o Maranhão já quase no fim da campanha; e foi eleita em primeiro turno, com votação recorde.

O registro da foto é de Geraldo Furtado, da Secom, dias após a vitória da então governadora, que fez questão de autografar e entregar pessoalmente ao jornalista.

Há ainda um brinde entre os dois, registrado por Biaman Prado, durante a posse em pleno Reveillon, na antiga sede da Assembleia, na rua do Egito – mas esta não se sabe por onde anda.

E já se vão 21 anos de história…

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A história fala; a ditadura se cala…

Imagem de menina cruzando os braços durante cumprimento do presidente Jair Bolsonaro – que viralizou na internet – reproduz com precisão outro fato histórico, ocorrido no regime militar

 

A MENINA YASMIN E SUAS COLEGUINHAS EM IMAGEM ICÔNICA, que entrará para a história; relembranças do golpe de 64

Viralizou na internet a imagem da menina identificada por Yasmim, que se recusou – acompanhada de outras coleguinhas – a cumprimentar o presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante evento de páscoa.

Os alunos de uma escola do Distrito Federal foram levados ao Palácio do Planalto, na quarta-feira, 17, para cerimônia em comemoração à Pascoa.

Bolsonaro cumprimento os alunos, mas a menina Yasmim cruzou o braços. uma outra menina, fez sinal de dedo pra baixo, que significa desaprovação.

As fotos e o vídeo ganharam as redes sociais, blogs, sites e portais de internet, viralizando diante da reação da garota.

A HISTÓRICA IMAGEM DE FIGUEIREDO REJEITADO POR UMA MENINA DE 4 ANOS; a história repetida como tragédia

O episódio faz lembrar um outro envolvendo um presidente militar.

Em 1979, a menina Raquel Menezes, de apenas 4 anos, recusou-se a cumprimentar o então presidente João Batista Figueiredo, o último dos generais que governaram o Brasil após o golpe de 1964.

A imagem de Raquel Coelho é considerada histórica.

E agora terá a companhia da imagem de Yasmin…

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Movimentos anunciam Assembleia como palco de evento da “revolução de 64″…

Panfleto distribuído na internet, com  assinatura do “Endireita Maranhão”, chama para debate com o coronel Monteiro, que tenta dar uma nova visão – nos moldes do que quer o presidente Jair Bolsonaro – sobre o golpe que levou à ditadura militar

 

CORONEL MONTEIRO COM O PRESIDENTE QUER QUER TRANSFORMAR O GOLPE EM UMA FESTA; e vai usar a Assembleia Legislativa como palco

O auditório Fernando Falcão, da Assembleia Legislativa do Maranhão, está sendo anunciado como palco de um evento de exaltação à Ditadura Militar, no dia 4 de abril, nos moldes do que quer o presidente Jair Bolsonaro.

O local – um espaço pago com dinheiro público – é anunciado em panfleto dos movimentos “Resistência Cultural” e “Endireita Maranhão”, que circula na internet,  para comemoração dos “55 Anos da Revolução de 1964”.

O termo “Revolução” é a forma como os membros do governo Bolsonaro chamam o golpe militar que levou à ditadura no Brasil.

O evento terá como um dos palestrantes o coronel Monteiro,que representa no Maranhão o governo de Jair Bolsonaro (PSL).

O curioso é que os militares usam como palco de sua tentativa de negar a ditadura protagonizada por eles o auditório de uma Assembleia, exatamente o símbolo maior da resistência contra o golpe de 64.

“Festa do golpe”

O PANFLETO DA FESTINHA QUE MILITARES QUER FAZER NA CASA DO POVO; Revolução que matou milhares

Na semana passada, Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que ordenasse ao quartéis “comemorar devidamente” o dia 31 de março de 1964, dia do golpe.

A festa de exaltação à ditadura gerou polêmica e o Ministério Público Federal orientou os chefes militares em todo o país a se abster de realizar tais eventos, sob pena de Improbidade Administrativa.

Mas o uso da Assembleia Legislativa em um evento de cunho notadamente revisionista do ponto de vista histórico e político é, também, uma improbidade.

Agora no poder, os militares tentam de todas as formas negar que o Brasil foi vítima de uma ditadura protagonizada por eles.

Mas usar a estrutura de um poder – que simboliza exatamente a resistência contra a opressão – é ir longe demais.

O blog Marco Aurélio D’Eça solicitou informações ao presidente da Assembleia, Othelino Neto (PCdoB) sobre os argumentos para ceder o espaço ao evento pró-ditadura.

Aguarda resposta…

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A Bob, com carinho…

Administrador que fez do jornalismo seu porto seguro – e tinha a ironia como marca na escrita – morreu ontem em Brasília, onde atuava há quatro anos, como assessor do senador Roberto Rocha

 

O comentário abaixo foi o último de Robert Lobato em um grupo de política:

Ele fazia parte do “Liberdade de Expressão”, grupo restrito, apenas com os mais qualificados jornalista do estado, em que se discutia, neste domingo, 24, a candidatura do governador Flávio Dino (PCdoB) à presidência da República.

Bob morreu pouco tempo depois, em Brasília, em uma tentativa de travessia de um açude.

Robert Lobato foi um daqueles cidadãos pelo qual se pode ter apenas dois sentimentos: ame-o ou o odeie.

E foi assim que ele construiu uma da mais brilhantes carreiras no jornalismo maranhense, mesmo sem ser jornalista.

E é do jornalismo maranhense que o administrador vai levar todas as honras nessa sua despedida.

Vá em paz, Bob…

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A onda de populismo e os testes para Bolsonaro e para a esquerda…

Por Simplício Araújo*

O Populismo é hoje o grande fenômeno político da atualidade. Pela primeira vez na história do mundo vários países são atingidos por uma mesma onda; o populismo se tornou nos dias de hoje quase global.

Além de Trump, nos EUA, temos Bolsonaro por aqui, Vladimir Putin na Rússia. O fenômeno ainda se repete nas Filipinas, Escandinávia, Itália e casos extremos como o da França, onde temos a esquerda La France Insoumise com Jean-Luc Mélenchon versus a extrema-direita com a filha de Jean-Marie Le Pen, Marine Le Pen pela Frente Nacional (Rassemblement National).

Também existem similaridades nos discursos e posições defendidas pela direita populista e a direita na Suiça, Polônia e Holanda, Turquia além de muitos países do norte, do sul, do leste e do oeste.

Estamos vivendo o quarto movimento de uma onda que vai e volta desde o século XIX, tendo conseguido sobreviver às três primeiras. Sempre com a mesma retórica, Governantes populistas geralmente usam bodes expiatórios e teorias conspiratórias ao explicar as dificuldades que os países passam, ao mesmo tempo em que se vendem à população como salvadores da pátria. A mais dramática dessas ondas aconteceu entre as duas guerras mundiais com o advento do fascismo e do nazismo.

As outras três ondas aconteceram ao fim do século XIX, com a grande depressão capitalista que deteriorou o crescimento e a prosperidade que a Europa havia desenvolvido desde o começo da baixa idade media e trazendo a “peste negra”, a “grande fome” e as guerras com a de “cem anos”.

A segunda onda de populismo, que foi a mais danosa para o mundo, entre as duas guerras, e a terceira, em alguns países, após a segunda guerra mundial entre 1939 e 1945.

A estrutura conceitual do populismo tem sido formada pelos perdedores e ganhadores da globalização. A globalização trouxe muitas vantagens econômicas e retirou milhões de pessoas da extrema pobreza, especialmente em países pobres. No entanto, mesmo com o lado positivo, existem os que são fortemente atingidos, perdendo posições e que querem o seu mundo (totalmente fechado) de volta.

A globalização e o populismo são como água e fogo.

Contradição que se tornou gigantesco desafio atual, pois em não havendo possibilidade de coexistirem juntos, prejudica a globalização e leva o populismo ao seu maior impasse, ou seja, a incapacidade de gerir a política.

A esquerda em âmbito global falhou ao não saber oferecer um caminho moderno e saudável para a globalização, com isso todo o debate foi arrastado de suas mãos pelas direitas globalizada e liberal ou pela direita nacionalista e hostil à globalização.

A esquerda em todos os lugares do mundo, ficou a “ver a banda passar”.

O populismo não representa um regime nem uma doutrina, mas uma situação, geralmente oriunda de crise profunda, de falta de confiança na relação entre o povo e as instituições públicas. Esta degradação na relação impulsiona à uma espécie de formula de resposta global, com a personalização de um “salvador da pátria”, mobilização da população e forte disseminação em massa de informações.

Claro que após essa “receita de bolo” em âmbito global, os caminhos em cada nação são enormemente diferentes, ainda que todos mantenham em comum o erro de exagerar o peso da nação no contexto da globalização, como apontam diversos pensadores e economistas.

O distanciamento entre o povo e as instituições é justificado pelo consolidado sentimento de que elas não funcionam democraticamente, que são ineficientes ou incapazes de prover a sociedade com serviços básicos como saúde e proteção. Decorre de uma critica global as elites, políticos e instituições. Movido pelo mesmo sentimento em qualquer lugar do planeta, o medo.

No Brasil, não preciso alongar este texto enumerando quais medos tomam contam da sociedade e quais frustrações alimentam a onda de populismo que começa a se instalar no país. O governo populista de Bolsonaro foi eleito para fornecer respostas a diversos gargalos que a crise econômica, política, moral e de toda espécie impuseram ao país. Reformas políticas, tributarias, previdenciárias, no judiciário e tantas outras são necessárias e urgentes, no entanto, parece que o atual governo já perde importante vantagem no credito perante a população para propor algumas delas.

A fragilidade de uma base partidária “formada nas cochas”, o caso “Queiroz” e a total falta de experiência administrativa e política da equipe tem sido um alarme preocupante que aponta para um desastre sem precedentes numa gestão federal.

A falta de experiência, o salto alto de alguns ministros, de militares e da própria família do Presidente fazem com que as negociações das importantes medidas fortaleçam o toma-lá-dá-cá no congresso, podendo levar em breve à população o sentimento de que se trocou seis não por meia dúzia, mas por quase nada.

Até aqui o governo só produz blá-blá-blá e divergências internas. Nenhuma outra proposição além da reforma previdenciária deixada pelo governo Temer, chegou ao congresso ou é de conhecimento da população.

A única atitude até o momento que marca o governo populista de Bolsonaro é a “militarização” de ministério e pastas importantes. Não se tem anúncios ou decisões concretas sobre as causas que levaram o Presidente ao poder, como combate a violência, ao desemprego, caos nas estradas, na saúde e o paquiderme histórico da burocracia que irrita o brasileiro e afasta investidores.

O que alimenta e dá sobrevida a qualquer governo populista é sua capacidade de dialogar com as massas, esse dialogo foi alimentado pelo medo comum que nos assusta a todos, mas doravante é necessário que seja sustentado pelas propostas para a resolução dos problemas, não estamos mais em campanha, já são quase sessenta dias de governo.

A reforma da previdência será uma importante demonstração de capacidade política e de gestão para a virada política que precisamos. Se o governo Federal se render as negociatas do Congresso na votação, pois as declarações de Rodrigo Maia, Presidente da Câmara, apontaram claramente para isso, estaremos todos assistindo a vitória da política atrasada e carcomida jogando fora uma grande oportunidade de garantir a saúde financeira de diversos estados brasileiros e devolver ao país a capacidade de voltar a crescer, comprovando com isso também o primeiro fracasso do governo populista de Bolsonaro.

Fracasso que já é trilhado por boa parte da esquerda, alguns que além de não compreender a onda, insistem em surfar “na maionese” ao se agarrar no passado, quando deviam apresentar uma nova proposta, com novos caminhos e novos nomes.

Para a retomada do crescimento e segurança social que todos almejam.

*Suplente de deputado federal e secretário de Indústria e Comércio do Maranhão

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Em discurso histórico, Arnaldo Melo fixa papel da Assembleia…

No mais importante pronunciamento da semana, ex-governador e ex-presidente da Casa relembra trajetória do parlamentar, ressalta a importância da renovação política e destaca a colaboração que os veteranos ainda podem dar ao estado

 

Arnaldo Melo na tribuna da Assembleia; ensinamento, humildade, aprendizado e história em um só tempo

O deputado Arnaldo Melo (MDB) fez na última quinta-feira, 7, o mais importante discurso da primeira semana de trabalho da Assembleia Legislativa.

Na condição de ex-presidente da Casa e ex-governador do Estado, o veterano fez questão de ressaltar seus cabelos brancos para, com humildade, pedir aos mais jovens que o acolhessem com “o instinto de colaborar”.

Citando os colegas Edivaldo Holanda (PTC) e José Gentil (PRB), que com ele já estiveram em outras legislaturas, Arnaldo discorreu sobre a história da Assembleia e seu papel na divisão do poder.

– Só tem governo forte se tiver Parlamento forte e diligente. Nós temos a incumbência maior que uma sociedade pode exigir que é elaborar, criar, excluir, extinguir as leis. Se nós somos a Casa das Leis temos todas as condições de direcionar o Poder deste Estado e deste país – analisou.

Demonstrando espírito de colaboração e unidade, o parlamentar pediu, humildemente, o apoio de todos os 41 colegas.

– Eu preciso da colaboração de V. Exªs. porque esta é uma Casa heterogênea, em que nenhum é maior ou menor do que o outro. As decisões são tomadas aqui de forma colegiada; e não é fácil convergir 42 interesses, uma vez que cada um de nós aqui traz o interesse das suas comunidades, dos seus representados. Conseguirmos criar este ambiente de convergência de forma pacífica é exatamente a força do Parlamento. E é com esse espírito que eu venho de alma desarmada, de espírito desarmado, sem qualquer tipo de pretensão maior do que fazer o meu trabalho legislativo – discursou.

O pronunciamento do ex-presidente da Casa foi acompanhado pela maioria dos novos e antigos parlamentares, muitos dos quais fizeram questão de endossá-lo com apartes.

Histórico

Fazendo um levantamento histórico do papel dos parlamentos nas democracias, Arnaldo Melo destacou o momento difícil pelo qual passa o legislativo brasileiro.

– O deputado, o parlamentar, seja o vereador, o deputado estadual, o federal ou senador, vive hoje um momento de dificuldade porque a sociedade, cansada, passou a nos exigir muito mais e exigir de nós inclusive posições e atitudes que não são próprias do parlamento – avaliou o parlamentar, lembrando que, essa pressão tem levado senadores, deputados e vereadores a mudar o foco e buscar carrear recursos e obras para suas bases, na tentativa e reverter a opinião crítica.

Melo ensina, no entanto, que a função precípua do legislativo é a elaboração de leis, a fiscalização delas e das ações do poder Executivo.

– Hoje o nosso eleitor, inconsciente, mas sedento de benefícios, passa a nos cobrar ações que são próprias do Poder Executivo, daí nós começamos a viver este conflito entre o Parlamento antigo e o Parlamento moderno. O que nós precisamos neste momento é ter muito cuidado porque é o Poder Legislativo que faz o peso e o contrapeso com os outros Poderes. O Poder Judiciário existe para analisar e para julgar os interesses da sociedade, o Poder Executivo, para aplicar corretamente os recursos arrecadados da comunidade ou da população. Neste tripé nós precisamos estar aqui para prestar o serviço a nossa comunidade – ensinou o parlamentar.

Após traçar a cronologia histórica do Poder Legislativo, estabelecer o papel do parlamentar e apontar problemas e soluções das Casas Legislativas Modernas, Arnaldo ouviu os apartes e encerrou seu discurso com lembrança ás suas bases.

Para os deputados que chegam, e os que já estão na Assembleia, foi uma aula do papel do deputado em toda sua essência…

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O futuro na mesma mesa…

A visita de cortesia do presidente da Câmara Municipal, vereador Osmar Filho ao presidente da Assembleia, deputado Othelino Neto, mais do que um ato institucional, reforça o simbolismo da chegada ao poder das novas gerações da política no Maranhão

 

Osmar Filho é o novo presidente da Câmara; Othelino está prestes a ser reeleito na Assembleia; lideranças com potencial futuro

Um está prestes a completar 44 anos.

O outro, chegará aos 33 em novembro.

A diferença de 10 anos serve também para ilustrar o encontro entre o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB), e o novo presidente da Câmara Municipal, Osmar Filho (PDT).

Mais do que um ato institucional, a reunião entre os dois jovens políticos reforça o momento de plena renovação da política maranhense.

Othelino Neto e Osmar Filho estão chegando agora ao poder, no rastro de renovação deixado pela eleição de Flávio Dino (PCdoB) ao governo; de Edivaldo Júnior (PDT) à Prefeitura de São Luís; e de Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS) ao Senado.

E ambos também têm caminho aberto para o poder.

Comandante do legislativo estadual, Othelino pode estar no centro do poder em 2022, na sucessão de Flávio Dino, quando poderá, inclusive, chegar ao comando interino do estado.

Antes dele, Osmar Filho é cotado desde hoje como opção pedetista na sucessão de Edivaldo, já em 2020.

Em tempo: Othelino é quem vai fazer 44 anos; Osmar, chegará a 33..

Leia também:

Confronto de gerações nas eleições maranhenses…

A disputa será no grupo de Flávio Dino em 2022…

Lideranças em ascensão…

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O nascimento de Jesus…

Ao contrário do que tentam impor as igrejas, equivocadamente, para contrapor o mercantilismo no Natal, o filho de Deus não nasceu em dezembro,  mas em abril, exatamente na época em que as próprias igrejas – também equivocadamente – lamentam a sua morte

 

As Igrejas – católica e evangélica – condenam o consumismo natalino estabelecido pela indústria cultural.

Mas cometem o mesmo crime ao tentar sacralizar a festa pagã, incentivando a ideia equivocada de que, no Natal, deve-se comemorar o nascimento de Jesus.

Tudo em nome do proselitismo religioso o que, em essência, acaba sendo também uma forma de consumismo – o mercantilismo da fé.

Natal nada tem a ver com o nascimento de Jesus. Jesus não nasceu em dezembro e muito menos no inverno, como mostra o relato de Lucas.

– A teoria mais forte atualmente é que a data tenha sido escolhida para se contrapor à principal festa religiosa dos romanos, do Sol Invencível, que se dava na noite do dia 24 – afirma Valeriano Santos Costa, diretor da faculdade de Teologia da PUC-SP.

Os historiadores mais respeitados e aceitos apontam o nascimento de Jesus no mês de abril.

Eles apontam também que o “salvador” nasceu em Nazaré, não em Belém, como impuseram os evangelistas Marcos e Lucas para conciliar a história do nazareno com o mito da profecia bíblica de Miquéias.

 – Mas tu, Belém-Efrata, embora sejas pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos – prega o profeta, no capítulo 5, verso 2 do seu livro (Entenda aqui)

Pesquisadores explicam, no entanto, que todas as narrativas do nascimento de Cristo não são contemporâneas a Jesus, mas escritas gerações depois de sua morte. E construídas para coincidir com as antigas profecias.

– As narrativas sobre o nascimento foram feitas três ou quatro gerações depois, quando as informações históricas e os testemunhos diretos já estavam perdidos – diz André Chevitarese, professor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos autores do livro “Jesus Histórico. Uma Brevíssima Introdução”, da Klíne Editora. (Saiba mais aqui)

Portanto, quando a igreja “comemora” a morte de Jesus, durante a semana santa – também por interesses meramente  proselitistas – deveria, na verdade, comemorar seu nascimento.

O Natal é uma festa criada pelos povos antigos para comemorar a chegada do Sol, após o inverno rigoroso. Os povos antigos o comemoravam no dia 25 de dezembro, data do nascimento do deus pagão Mitra.

Como a igreja necessitava de uma data para comemorar o nascimento do seu símbolo maior, apropriou-se do Natal, festa já muito popular e com cunho religioso por causa de Mitra.

Daí passou a impor como data de festa para Jesus.

Mas a única relação do Jesus com o Natal é o clima de paz, confraternização e alegria que marca a data. Coisa que também o símbolo do Papai Noel representa bem, para despeito das igrejas e dos anti-imperialistas.

Natal é só uma festa, uma época para se divertir, dançar, beber, brincar, se confraternizar, comprar, renovar a casa e sorrir – quer queiram ou não os puristas.

E por si só, já é a melhor época do ano.

É este o verdadeiro espírito do Natal…

Publicado originalmente em 24/12/2009

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Bolsonaro: a ideia e a realidade…

Virtual presidente trata questões como Educação de forma radicalizada, influenciado por militares e religiosos; entorpecida pelo anti-petismo, a população não vê o caminho das trevas diante dos olhos

 

Bolsonaro entre militares: dogmas, crenças e pontos de vista como currículo para o ensino

A menos que ocorra uma virada cada vez mais improvável do PT, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) deve ser eleito presidente no dia 28 de outubro.

Uma tragédia anunciada que a população entorpecida pelo anti-petismo ainda não percebeu diante dos olhos.

Com a certeza da vitória, assessores do capitão do Exército para as várias áreas da gestão pública começam a despertar interesse da mídia. E o que falam mostra cada vez mais a distância entre o que pensa o bolsonarismo e a realidade concreta.

Para a área da Educação, o consultor de Bolsonaro é um general da Reserva do Exército, Aléssio Ribeiro Souto.

Entre outras sandices, Ribeiro Souto quer reformar o currículo para ensinar Evolucionismo e Criacionismo como alternativas de conhecimento. Não são.

Evolucionismo é Ciência; Criacionismo é crença.

Ciência se ensina na escola; crença, nas igrejas.

– Se a pessoa acredita em Deus e tem o seu posicionamento, não cabe à escola querer alterar esse tipo de coisa, que é o que as escolas orientadas ideologicamente querem fazer, mudar a opinião que a criança traz de casa. Cabe citar o criacionismo, o darwinismo, mas não cabe querer tratar que criacionismo não existe – diz o general, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. (Veja a íntegra aqui)

O Supremo Tribunal Federal liberou o Ensino Religioso – desde que respeitando todas as crenças – mas não como matéria do currículo científico.

O currículo escolar do Ministério da Educação estabelece o evolucionismo como matéria científica a ser estudada.

Flagrante do período da Ditadura Militar: o que é a verdade nesta cena para o general Ribeiro Souto?!?

O general Ribeiro Souto quer também fazer uma revisão da matéria História, para que seja ensinado nas escolas o que ele chama de “verdades sobre o regime militar”.

– A única coisa que vou falar sobre 64 é que eu só aceito ler e debater aspectos do regime de 64 à luz da liberdade e de praticar a verdade, a coragem e a ética. Fora disso, sequer aceito a ideia de debater – disse o general.

Mas o que é verdade na Ditadura para um militar que atuou efetivamente neste período?

Para amarrar seus conceitos e encerrar o debate sobre o que vai acontecer, Ribeiro Souto é direto, lacônico e definitivo:

– E aí é a mudança que Bolsonaro ofereceu ao povo brasileiro e foi acolhida majoritariamente.

O que dizer diante de sentença tão cortante?!?

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Sobre Lula, Roseana e Flávio Dino…

Apoiada pelo PCdoB desde 1995 e aliada de Lula desde 2002, Roseana contrapõe, historicamente, a relação de Flávio Dino com o PT nos últimos 20 anos

 

DESDE OS PRIMÓRDIOS. Roseana sempre esteve ao lado de Lula e de Dilma, desde às eleições de 2002

A história é sempre o melhor arquivo quando se precisa tirar dúvidas sobre o passado. 

O PCdoB fez uma aliança com Roseana Sarney (MDB) de 1995 a 2005, representado por Marcos Kowarick, quando Flávio Dino era juiz federal.

Roseana e grande parte de seu grupo, apoiaram informalmente Lula nas eleições de 2002, mesmo com ameaças de sanções do seu então partido, o PFL.

Onde estava Flávio Dino em 2002?

Era juiz federal, na época em que o Judiciário condenava implacavelmente as Parcerias Público-Privadas, projeto de desenvolvimento do governo Lula.

Roseana e grande parte de seu grupo apoiaram Lula em sua reeleição em 2006, mesmo contra decisão de seu partido, o PMDB; e no segundo turno Lula foi a Timon apoiá-la, em grande comício.

E onde estava Flávio Dino em 2006?

Foi nomeado deputado federal pelo então governador José Reinaldo Tavares, com o apoio decisivo do falecido deputado Humberto Coutinho (PDT) e dos contribuintes maranhenses.

Roseana e PMDB apoiaram  Dilma em 2010 em uma aliança formal entre PT e PMDB.

Onde estava Flávio Dino em 2010?

Candidato a governador, detonando o PT e lula por terem feito aliança com Roseana e PMDB, o comunista chegou ao ponto de organizar greve de fome para constranger mundialmente o ex-presidente.

DE ADESIVO E TUDO. Enquanto Roseana estava com Dilma e Lula em 2014, Flávio Dino bata no peito de Aécio Neves em seu palanque no Maranhão

Roseana e o PMDB repetiram a aliança com  PT em 2014, apoiando a reeleição de Dilma Rousseff.

E onde estava Flávio Dino em 2014?

Candidato a governador, mas sem o apoio a Dilma em sua reeleição, mesmo tendo ficado três ano como presidente da Embratur. Na campanha, chegou a trazer o tucano Aécio Neves ao Maranhão, e teve como vice um indicado do PSDB.

Agora, em 2018, Roseana defende publicamente a liberdade de Lula.

E Flávio Dino?

O comunista já defendeu publicamente o abandono da candidatura do petista e uma aliança de toda a esquerda em torno de outro candidato.

E é com todo este histórico que Flávio Dino quer, agora, ser o dono da popularidade do Lula no Maranhão.

Pode?!?