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Flávio Dino dá mais um passo no sonho de ser Sarney

Ao constranger a Academia Maranhense de Letras a torná-lo imortal – apenas pelo fato de a cadeira em disputa ter pertencido ao seu pai – governador satisfaz o desejo pessoal, ainda que de forma caricata, de continuar seguindo a trajetória do ex-presidente da República

 

 

Flávio Dino vai movimentando as cordas que o poder lhe permite para construir, artificialmente, a trajetória que Sarney construiu de forma natural

Ensaio

O blog Marco Aurélio D’Eça publicou em 7 de novembro de 2014 – dias depois de o governador Flávio Dino (PSB) ter sido eleito para o primeiro mandato – o post “Flávio Dino cada vez mais Sarney…”.

Tratava-se de mais uma análise sobre o perfil do então comunista, que demonstrava em atos, movimentos, pensamentos e palavras o sonho de ser igualzinho ao ex-presidente, na trajetória, em prestígio político e em poder no Brasil.

Esse desejo de ser Sarney foi alimentado desde a infância, quando, ao lado de outros “herdeiros do poder”, como o senador Roberto Rocha (sem partido), se esbaldava nos corredores do Palácio dos Leões, assim como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça no post “Flávio Dino e sua relação histórica com os Sarney…”.

Sonho este reforçado pelo Jornal Pequeno – antes mesmo de ele ser eleito – como mostra artigo publicado em abril de 2014, e analisado pro este blog no post “Jornal alinhado a Flávio Dino orienta o comunista a ser como Sarney”.

O tempo passou, Flávio Dino foi reeleito governador e tentou repetir Sarney em tudo, incluindo o sonho – ainda inatingível – de tornar-se presidente da República.

Mas, se para o ex-presidente este caminho foi natural, Flávio Dino força a barra para percorrê-lo, como a que o tornou nesta quinta-feira, 21, membro da Academia Maranhense de Letras, num movimento tosco de constrangimento dos imortais, forçados a elegerem-no apenas pelo fato de a cadeira 32 ter pertencido ao seu pai, o imortal Sálvio Dino. 

Uma das características de José Sarney era a incapacidade de sentir ódio, que se somava à sua capacidade de converter adversários em aliados.

O próprio Flávio Dino já experimentou desta capacidade, tornando-se, nos últimos anos, sarneysista a ponto de oferecer a vaga de suplente de senador a um indicado do ex-presidente.

Dino ainda precisa percorrer um longo caminho até chegar perto do que Sarney foi: governador, presidente da República, quatro vezes presidente do Senado, maior político da história, escritor renomado e traduzido internacionalmente, membro das academias Maranhense e Brasileira de Letras e doutor honoris causa em diversas universidades mundo afora.

O ex-comunista – agora socialista e imortal postiço – está na estrada, como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça no post lá de 2014.

De qualquer forma, o próprio blog já alertava Flávio Dino, naquela época, do risco de se tornar caricato na tentativa de tornar-se outra pessoa.

E “virar uma mera cópia do que dizia combater”….

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Minha vida no jornal O EstadoMaranhão…

A carreira jornalística que escolhi como profissão se confunde com parte da história do próprio veículo, onde comecei como repórter de Cidades, passei pela editoria de Polícia e cheguei à cobertura Política, em que fui repórter, subeditor e editor

 

Com Linhares Júnior e Carla Lima, entrevistando Roseana Sarney no projeto Sabatina O Estado, um dos mais importantes projetos do jornalismo político recente

 

Por Marco Aurélio D’Eça

Tive dois empregos diretos como jornalista em minha carreira profissional.

Em 1992, antes mesmo de entrar na faculdade de Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), cheguei à rádio Esperança FM, onde fui repórter, produtor, apresentador, editor e diretor de Jornalismo.

A partir de 1995 ingressei no jornal O EstadoMaranhão, aprovado em um seletivo público, na maior reforma gráfica e editorial que o jornal experimentou.

Ali descobri a minha vocação para as letras do jornalismo escrito.

Para se ter ideia da importância desta escolha, meu teste para o jornal – uma reportagem sobre os terminais de integração, à época apenas um projeto da então prefeita Conceição Andrade – acabou transformando-se na manchete de primeira página de O Estado; era o dia 12 de julho de 1995.

Não há dúvida de que minha carreira jornalística se confunde com pelo menos metade da história do jornal O EstadoMaranhão.

Naquela redação vivi as transformações pessoais, do mundo, da política maranhense e da própria profissão de Jornalismo no último quarto de século.

Tudo o que sei sobre a prática jornalística aprendi na redação da Avenida Ana Jansen 200, após rico embasamento teórico na Ufma e na Faculdade Estácio de Sá.

Tive a sorte de ter como mestres nomes como Ribamar Corrêa, Newton Ornellas, Jaqueline Heluy, Ademir Santos, Manoel dos Santos Neto, Mário Reis, Alfredo Meneses, Edivan Fonseca, Ribamar Cardoso, Benito Neiva e Pergentino Holanda.

Convivi com ícones do jornalismo maranhense moderno, como Clóvis Cabalau, Felix Alberto, Zeca Pinheiro, Karina Lindoso, Érica Rosa, Sílvia Moscoso, Wal Oliveira, Othelino Neto, Waldirene Oliveira, Edwin Jinkings e Francília Cutrim dentre vários outros.

No jornal O EstadoMaranhão pude descobrir e comandar jovens talentos, como Carla Lima, Gilberto Léda, Mário Carvalho, Ronaldo Rocha, Batista Matos e Décio Sá, maior repórter da história recente do Jornalismo, com quem convivi desde a infância, passando pelo ensino médio e pela faculdade.

Quando era garoto, ainda lá no bairro do Coroado, lia o jornal O Estado em exemplares antigos, que minha mãe trazia da feira. Gostava da coluna Estado Maior; nunca imaginei que, um dia, seria responsável por esta coluna, a mais importante do jornalismo maranhense.

Como repórter de o Estado testemunhei a ascensão do roseanismo, a partir do governo Roseana  Sarney – que se confunde com a minha própria chegada ao jornal – e a queda do sarneysismo, a partir do rompimento do governador José Reinaldo Tavares, em 2003.

Foto de 1996, em uma visita do então presidente Fernando Henrique Cardoso ao Maranhão; repórteres de todo o Brasil no avião presidencial

Foram nada menos que 12 coberturas eleitorais ininterruptas – 1996, 1998, 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2010, 2012, 2014, 2016, 2018 – sendo o repórter com mais tempo a cobrir política por um mesmo veículo.

Pelo Estado conheci o Maranhão inteiro, nos Governos Itinerantes.

Foi minha a manchete com selo de exclusividade revelando o destino da famosa carreta roubada que deu origem à CPI do Crime Organizado, um dos mais importantes momentos da história política recente.

Com Roseana estive em São Paulo durante a campanha de 1998 – em que ela venceu em primeiro turno, sem precisar viajar pelo interior.

À época, a governadora internada no Hospital das Clínicas e eu fazendo o acompanhamento diário, encaminhando por fax matérias escritas à mão e digitadas na redação.

Em 2014, já como editor de Política, criei o conceito de texto final; o programa consistia no fato de que todos os membros da editoria eram, ao mesmo tempo, repórter, editor e paginador.

O modelo foi seguido depois por toda as editoriais do jornal.

Em 2016, idealizei, organizei e ancorei o projeto Sabatina O Estado, um dos mais importantes espaços jornalísticos na campanha eleitoral, que se repetiu nas eleições de 2018 e 2020.

Em 2018 decidi encerrar minha passagem por O Estado, em comum acordo com a direção da empresa; decisão acertada, que deixou portas abertas e uma amizade ainda sólida com a família e com todos que fazem a empresa.

Raramente escrevo em primeira pessoa no blog Marco Aurélio D’Eça, mas para testemunhar a importante história do jornal O EstadoMaranhão, é preciso narrar fatos.

E só quem viveu fatos tem a experiência de poder contar esta parte da história maranhense.

Uma história que jamais se encerrará com o fim da edição impressa do jornal, neste sábado 23.

Ela continuará por que é marca do próprio Maranhão…

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Academia Maranhense de Letras pode transformar vaga em herança familiar…

Oferecida ao governador Flávio Dino apenas pelo fato de ter sido ocupada pelo seu pai, o intelectual Sálvio Dino, a cadeira número 32 será posta em disputa na próxima quinta-feira, 21; no páreo está também o renomado escritor Antonio Guimarães de Oliveira

 

Flávio Dino no Palácio dos Leões com membros da AML, em 2015: imortalidade como herança familiar

O governador Flávio Dino (PSB) resolveu tentar impor seu nome como membro da Academia Maranhense de Letras, querendo ocupar a cadeira de número 32.

E o argumento é um só: a vaga era do seu pai, o reconhecido escritor e poeta Sálvio Dino.

Na verdade, o movimento para fazer Dino imortal surgiu na própria AML, logo após a morte do seu pai, em 2020, segundo revelou o jornalista Pergentino Holanda em sua coluna no jornal O EstadoMaranhão.

Na tentativa de tornar a vaga na AML uma espécie de herança familiar, a Casa acaba por estuprar intelectualmente os imortais maranhenses, uma vez que – embora com amplos conhecimentos técnicos na área jurídica – Flávio Dino nunca teve qualquer tipo de militância ou produção intelectual que justifique sua “imortalidade”.

Sobretudo por que também concorre à vaga o escritor respeitado no mundo intelectual, Antonio Guimarães de Oliveira.

– Sobre Benedito Buzar, bom cidadão e grande historiador, porém acredito, sinceramente na força da literatura maranhense e seus grandes escritores. Acredito que não ocorrerá o “favor político”. Acredito na idoneidade de todos os acadêmicos e acadêmicas. Vamos aguardar o dia 21 de outubro… – desabafou Guimarães, em comentário no blog Marco Aurélio D’Eça.

O escritor Antonio Guimarães: livros reconhecidos pelos próprios intelectuais da Academia Maranhense de Letras

O problema para Guimarães é que, desde o ano passado, os próprios membros da AML encabeçam o movimento pró-Dino.

Na sua tentativa de se tornar imortal, Flávio Dino submeteu-se, inclusive, a um encontro com o ex-presidente José Sarney – decano da AML e da Academia Brasileira de Letras, e, por mérito próprio, reconhecido internacionalmente como escritor.

Antonio Guimarães revela que, quando fez sua inscrição à cadeira 32, foi informado pela direção da Casa de Antônio Lobo que o governador Flávio Dino não iria concorrer e que o ex-presidente Sarney não iria se envolver em disputa literária. (Leia aqui a íntegra do comentário)

Mas Flávio Dino quer a influência do ex-presidente para convencer os prováveis futuros confrades.

 A eleição na  AML será na quinta-feira, 21…

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Jornal O Estado entra em sua última semana de circulação

Mais importante matutino do Maranhão vai encerrar a publicação de edições físicas no próximo sábado, 23, focando suas atividades apenas nas edições on-line, vinculado ao site imirante.com

 

O Estado acompanhou a vida maranhense em todos os seus aspectos nas últimas seis décadas

O jornal O EstadoMaranhão vai encerrar suas edições físicas no próximo sábado, 23.

A última edição será uma espécie de documento histórico, relembrando a vida de 60 anos do maior periódico do Maranhão, com reportagens, artigos de homenagens.

O Estado acompanhou a vida política, econômica e social do Maranhão nas últimas seis décadas, tornando-se o principal jornal e influenciando conceitos e pensamentos sobre o jornalismo maranhense.

Por lá passaram alguns dos principais jornalistas ainda em atividade no Maranhão e no Brasil.

A Última Edição, portanto, será um documento para colecionador…

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Perdido, Flávio Dino repete 2020 e provoca o caos entre os aliados…

Ação policial contra Josimar de Maranhãozinho e lançamento da candidatura de Felipe Camarão são sinais evidentes de que o governador está completamente sem rumo para definir o candidato de sua base, que tem ainda Carlos Brandão, Weverton Rocha, Edivaldo Júnior e Simplício Araújo

 

Dino tomou posse em 2015 com o desafio de transformar as relações políticas no Maranhão; oito anos depois, se vê à beira de um retumbante fracasso também na seara política

O governador Flávio Dino (PSB) vai repetindo os erros de 2020 e mostra-se cada vez mais perdido em relação à escolha do candidato de sua base para as eleições de 2022.

Na mesma semana em que uma ação da Polícia Civil e do Ministério Público expuseram as entranhas do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) – dias depois de ele declarar-se rompido com o governo – auxiliares diretos de Flávio Dino lançaram a candidatura do seu secretário de Educação, Felipe Camarão, pelo PT, o que provocou incômodos no vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

A exemplo do que provocou em 2020, Flávio Dino repete agora o mesmo erro estratégico, e divide a base em seis candidaturas: Carlos Brandão, Maranhãozinho, Felipe Camarão, o senador Weverton Rocha (PDT), o secretário Simplício Araújo (Solidariedade) e o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD).

Inclui-se o nome de Edivaldo nesta lista por que ele próprio decidiu visitar Dino dias depois de ser apresentado como candidato a governador; e prometeu tê-lo como candidato ao Senado.

Em 2020, Flávio Dino praticamente expulsou o deputado estadual Duarte Júnior do PCdoB, inventou a candidatura do deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB), e estimulou as candidaturas de Bira do Pindaré (PSB) e de Neto Evangelista (DEM).

Duarte Júnior conseguiu ser candidato a prefeito pelo PRB e chegou ao segundo turno; e Flávio Dino resolveu colocá-lo debaixo do braço, depois de negar-lhe legenda, exigindo de todos os membros da base declaração de apoio ao deputado, num dos maiores fracassos políticos da história do Maranhão.

O resultado todo o Maranhão já conhece.

Não escaldado com o erro de 2020, Flávio Dino caminha para repeti-lo em 2022, estimulando uma série de candidaturas e gerando conflitos e animosidades entre os aliados. 

Faz isso pensando apenas no próprio projeto de eleger-se senador.

Mas se não tomar cuidado e corrigir os rumos perdidos nas eleições municipais, o governador corre o risco de transformar a animosidade já latente em uma verdadeira guerra fratricida, ampliando o caos que já se apresenta à sua frente

O resultado de 2022 pode rer o mesmo de 2020, com um candidato no segundo turno incapaz de reunir os cacos do que foi quebrado por Flávio Dino.

E o caminho, de uma forma ou de outra, será o fim precoce do dinismo no Maranhão.

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Weverton mostra maturidade e serenidade no jogo do poder…

Senador tem demonstrado inteligência emocional para resistir aos ataques da imprensa alinhada ao Palácio dos Leões, às ameaças do vice-governador Carlos Brandão e às provocações do próprio governador Flávio Dino, construindo com maestria sua candidatura ao governo, liderando as pesquisas e agregando o maior número de lideranças

 

À frente de um grupo formado em sua maioria por jovens de menos de 40 anos, senador lidera pesquisas com maturidade de um líder experiente

Ensaio

Líder nas pesquisas de intenção de votos para o Governo do Estado e tendo em seu palanque o maior número de lideranças político-partidárias, o senador Weverton Rocha (PDT) virou alvo fácil dos adversários no poder.

Vítima diária de ataques de todos os tipos da mídia alinhada ao Palácio dos Leões – inclusive de cunho pessoal – o pedetista é também ameaçado quase que diariamente de ter tomadas as posições que tem no governo que ajudou a construir.

E agora passou a sofrer provocações também do próprio governador Flávio Dino (PCdoB). (Veja aqui e aqui)

Mas o que chama a atenção não são as ações contra Weverton Rocha por parte daqueles que tentam manter o poder tradicional no Maranhão.

O que chama atenção é a maturidade com que Weverton reage a esses ataques.

Senador com pouco mais de 40 anos e já liderando as pesquisas para o governo, Weverton enfrenta a pressão da disputa de 2022 com a serenidade dos líderes mais experientes da história.

A inteligência emocional demonstrada pelo pedetista tem sido fundamental para evitar a cizânia na base do governador Flávio Dino, cizânia esta estimulada, por vezes, até pelo próprio Dino.

Foi no PDT de Jackson Lago que o senador aprendeu a suportar as pressões e os ataques, com a clareza do que quer e espera do poder

Filho das classes populares do Maranhão, sem parentes encastelados no poder e sem familiares na história da política, Weverton construiu sua história a partir da relação com o PDT de Jackson Lago.

Mas desde cedo teve que enfrentar a raiva dos que se achavam herdeiros do poder,  desde o movimento estudantil, passando pelo PDT, até chegar nos governos Jackson, Edivaldo Júnior e Flávio Dino.

Sua ascensão meteórica incomoda os poderosos, obviamente, sobretudo os herdeiros, com sobrenomes impostos ao eleitor ao longo da história.

À frente de um grupo formado, em sua maioria, por jovens abaixo dos 40 anos, seria natural ver do senador demonstrações de arroubos e açodamentos naturais das novas gerações.

Mas sua inteligência emocional tem mostrado que ele está preparado para o enfrentamento, mesmo buscando o diálogo.

É com inteligência emocional, diálogo, maturidade e serenidade que se constroem os grandes líderes.

Sempre foi assim, em toda a história…

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Mais antigo em atividade, blog chega aos 15 anos como um dos mais influentes

Página criada em 26 de setembro de 2006 debuta na blogosfera e fará uma série de posts com relembranças desta década e meia de atividade jornalística ininterrupta, em que cobriu oito eleições e todos os aspectos que as envolveram

 

Um dos mais influentes do Maranhão, blog Marco Aurélio d’Eça se destaca também como importante canal de mídia para órgãos públicos e empresas privadas

O blog Marco Aurélio D’Eça inicia o mês de setembro com a alegria de completar 15 anos de atividade jornalística ininterrupta, sendo hoje a página pessoal mais antiga em atividade no Maranhão.

Criado em 26 de setembro de 2006, às vésperas do primeiro turno das eleições para o Governo do Estado, este blog cobriu de forma intensa também as eleições de 2008, 2010, 2012, 2014, 2016, 2018 e 2020; e se prepara para a cobertura das eleições de 2022.

Criado pelo jornalista que dá nome à página, o blog já foi tema de dissertação de mestrado de jornalistas renomados, como o repórter do Fantásitco, Wallace Lara; e tema de questões de provas do Ensino Médio maranhense e de faculdades de Jornalismo públicas e particulares.

– Nestes 15 anos, o blog é uma espécie de observatório do poder maranhense, em todas as suas nuances, registrando para a posteridade uma parte da história político-social, econômica e cultural do Maranhão – reflete o titular, Marco Aurélio D’Eça, do alto de sua experiência profissional de quase três décadas.

O autor tem as medalhas do Mérito Timbira, de Manoel Beckman, além de honrarias da Câmara Municipal, do Tribunal de Justiça e da Polícia Militar. Foi laureado com o Prêmio BEM de Jornalismo e recebeu Menção Honrosa no Prêmio Airton Sena de Jornalismo.

É com essa bagagem que o blog Marco Aurélio D’Eça faz o seu dèbut o Maranhão com a certeza de manter-se entre os mais influentes do estado.

E que assim seja por mais 15, 30, 45, 60 anos…

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Em encontro com Lula, Weverton fala da política do Brasil e do Maranhão

Senador, que historicamente esteve nas mesmas lutas populares do ex-presidente foi recebido em jantar oferecido pela liderança do PT no Senado, que contou também com a presença de Fenando Haddad e Gleisi Hoffmann

 

Weverton em cumprimento ao ex-presidente Lula; conversa sobre o Maranhão e entusiasmo do petista aos aber de candidatura ao governo

O senador Weverton Rocha (PDT) teve nesta terça-feira, 4, encontro de forte simbolismo político com o ex-presidente Lula (PT), em jantar organizado pelo líder do PT no senado, Paulo Rocha.

Historicamente vinculado às mesmas lutas populares de Lula, Weverton ainda militava na política estudantil quando passou a travar conhecimento com o petista.

No encontro, o senador maranhense falou sobre o Maranhão, sobre o Brasil e também sobre as eleições de 2022.

Senadores do PT e do PDT ladeando o ex-presidente Lula, em jantar oferecido pela liderança do PT no Senado

Do encontro participaram também os senadores petistas Humberto Costa, Jean Paul Prates, Jaques Wagner e Humberto Costa, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-candidato do partido à presidência, Fernando Haddad.

Lula, que conheceu o senador pedetista ainda garoto, entusiasmou-se ao saber de sua candidatura ao governo do Maranhão.

 

 

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Acuado, Bolsonaro está a um passo do golpe no Brasil

Às vésperas do aniversário do golpe militar, acontecimentos contra e a favor nas últimas semanas – como a perda do apoio do setor econômico e a troca do comando das Forças Armadas – criaram o caldo cultural necessário para que o presidente, irresponsável como é, e com apoio da massa alienada evangélica, decida se perpetuar no poder sem as regras básicas da Constituição Brasileira

 

Em uma ruptura histórica com o núcleo militar do seu governo, Bolsonaro decidiu cercar-se de generais que o seguem, numa ameaça que só tem precedentes no próprio golpe militar

Editorial

No dia 23 de março, o blog Marco Aurélio D’Eça publicou o post “Perdido e incapaz de mudar, Bolsonaro vai ficando só….”.

O texto mostrava o rompimento dos barões da indústria e dos banqueiros com o presidente; e lembrava que Bolsonaro continuava no poder apenas com apoio dos militares e dos evangélicos, grupos dispostos a tudo para manter os benefícios garantidos pelo tresloucado chefe.

Nas semanas que seguiram, outros movimentos mostraram a Bolsonaro que ele estava cada vez menor como chefe maior do país – perdido na pandemia, pressionado pelo Senado e pela Câmara, ameaçado pela força popular do ex-presidente Lula e vigiado pelo Supremo Tribunal Federal.

Na segunda-feira, 29, a troca em massa de ministros – o que continuou ontem, com a troca do próprio comando militar do seu governo, às vésperas do aniversário do golpe militar de 1964, que acontece nesta quarta-feira, 31 – foi uma ameaça clara do presidente ao país.

Desde o início do seu governo – e bem antes dele – o blog Marco Aurélio D’Eça alerta o Maranhão e o país sobre a ameaça que Bolsonaro representa de um, novo golpe militar no país – com ele protagonista ou mesmo contra ele próprio. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

Ontem, Bolsonaro trocou o comando do Exército, da Marinha e da Aeronáutica por que seus comandantes não aceitavam ter as Forças Armadas usadas para capricho de um cidadão mergulhado no descrédito.

Já havia trocado também o ministro da Defesa por outro mais afinado ao seu projeto, o general Braga Netto.

E o recado de Braga Netto, na véspera do 31 de março – e fazendo alusão ao próprio golpe – foi bem claro, lembrando que “as igrejas, os empresários e segmentos sociais compreenderam o movimento e saíram em defesa do que chama de revolução, mergulhando o Brasil em 21 anos de escuridão e morte.

A parte mais alienadas dos evangélicos segue Bolsonaro de olhos fechados, até mesmo nos conceitos mais absurdos pregados pelo presidente

É a mesma “igreja” – ou sua massa alienada e manipulada por líderes tresloucados – que agora grita sozinha em defesa do governo

Acuado, portanto, Bolsonaro está a um passo do golpe.

E os que acreditam na democracia plena precisam estar alertas…

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De como este blog anteviu a anulação dos processos de Lula…

Desde o início das investigações contra o ex-presidente, os posts publicados nesta página mostravam o golpe perpetrado para impedir a participação do PT e criminalizar as esquerdas nas eleições de 2018, o que agora foi confirmado no Supremo Tribunal Federal

 

De máscara, que só retirou no momento da coletiva, ontem, Lula retomou seu protagonismo na história; e influenciou diretamente a Bolsonaro

Editorial

12 de julho de 2017. O blog Marco Aurélio D’Eça publica o post “Condenado por Moro, Lula agora corre contra o tempo para disputar 2018…”.

Tratava-se de uma análise da decisão do juiz da Lava Jato, cuja postura já vinha sendo contestada neste blog desde 2014, quando iniciou-se a fase judicial do golpe que começou a ser montado ainda em 2013, no governo Dilma.

Esta contestação foi resumida em 10 de abril de 2018, no post “As três fases do golpe no Brasil…”, que mostrou a orquestração dos barões de São Paulo com a mídia quatrocentona e parte do Judiciário para impedir Lula de ser candidato presidencial.

Um pouco antes disso tudo, mais precisamente em 18 de março de 2016 – pouco mais de um ano antes da condenação de Lula – o blog Marco Aurélio D’Eça aponta para “O risco iminente de um golpe do Judiciário” , análise da usurpação de poder por Sérgio Moro.

A partir da condenação do ex-presidente petista, este blog passou a cobrar pela anulação do processo em sucessivos posts; chegou a frustrar-se algumas vezes, achando que isso seria possível já na segunda e terceira instâncias da Justiça, o que não ocorreu.

Em 16 de junho de 2019 – quando estourou as revelações do site The Intercept, que revelaram as armações políticas de Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol – o blog Marco Aurélio D’Eça apontou, sem pestanejar: “Julgamento de Lula precisa ser anulado…”

– Independentemente de o ex-presidente ser ou não culpado, a decisão do juiz Sérgio Moro, em conluio com o procurador Deltan Dallagnol, está marcada por posicionamento político e esquemas de forja de provas; e tinha um objetivo: tirar o PT das eleições de 2018 – já afirmava o blog, naquela época.

O blog Marco Aurélio D’Eça sempre registrou a postura política de Dallagnol e de Moro no caso Lula, agora confirmada pelo STF

Nesta época, Moro já era ex-juiz e ocupava cargo de ministro do governo Jair Bolsonaro, eleito graças também às suas manipulações judiciais.

17 de setembro de 2019. O blog Marco Aurélio D’Eça faz auto-referenciação ao lembrar os passos do golpe contra Lula, no post “História vai confirmando o golpe no Brasil…”.

Fritado por Jair Bolsonaro desde agosto de 2019, Sérgio Moro deixou o governo em 24 de abril de 2020, em meio a uma troca de acusações com o próprio Bolsonaro por causa de interferências na Polícia Federal. (Relembre aqui e aqui)

Nesta época, várias ações já questionavam a imparcialidade do ex-juiz e pediam a anulação das condenações de Lula, processos que tramitavam no Supremo Tribunal Federal.

Até culminar na decisão do ministro Edson Fachin, em 8 de março de 2021 – também conhecida como última segunda-feira – anulando todas as condenações impostas a Lula por Sérgio Moro.

O impacto da presença política de Lula fez Bolsonaro mudar sua postura como presidente e deixou Moro em silêncio

O impacto disto já foi medido pelo blog Marco Aurélio D’Eça, nos posts “O Impacto de Lula em 2022”, publicado no dia seguinte; e no post de ontem: “Lula faz o contraponto perfeito a Bolsonaro…”

E esta foi a linha do tempo do blog Marco Aurélio D’Eça para o caso envolvendo o ex-presidente petista, o PT, os barões brasileiros, o ex-juiz Sérgio Moro e o arroto da história chamado Jair Bolsonaro.

História que ainda registrará muitos capítulos até 2022.

Com o blog sempre presente para fazer o leitor entendê-la…