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A desimportância do PT para as eleições de 2020…

Sem quadros eleitorais consistentes e sem lideranças capazes de bater na mesa, partido de Lula sequer entra no debate sobre a sucessão em São Luís, mesmo com tempo de propaganda e fundo partidário

 

PT E SEUS QUADROS MAIS RELEVANTES DO ESTADO: pouca expressão política e contentamento com sobras de poder

O PT saiu das eleições de 2018 mantendo-se entre os principais partidos brasileiros, mesmo com todo o desgaste sofrido com os anos de bombardeio da operação Lava Jato.

Mantém-se como uma das maiores bancadas na Câmara, garantindo tempo na propaganda eleitoral e, sobretudo, fatia gorda dos fundos partidário e eleitoral.

Mesmo assim, no Maranhão, e sobretudo em São Luís, o partido do ex-presidente Lula segue sem a menor importância no contexto dos debates eleitorais majoritários.

Os petistas maranhenses são incapazes de gerar fatos relacionados às eleições municipais e sobre a sucessão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).

Sobretudo por não ter quadros qualificados para a disputa e muito menos lideranças capazes de bater na mesa de negociações.

O PT tem hoje um deputado federal, um deputado estadual e um vereador em São Luís.

Mesmo assim, sequer é lembrado como opção de poder ou até para mera composição de chapa.

Enquanto PDT, MDB, PSDB, PCdoB, PSB e DEM se movimentam fortemente com nomes prontos para a sucessão em São Luís, os petistas se acomodam com cargos de menor relevância no primeiro e segundo escalões da prefeitura e do governo.

E segue sendo uma sublegenda no estado, sem qualquer influência no processo eleitoral.

O que não deixa de ser lamentável…

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“Haverá disputa pela presidência da Câmara”, garante Hildo Rocha

Deputado federal maranhense diz que há pelo menos sete interessados na vaga do atual presidente Rodrigo Maia; e que a formação de um bloco entre MDB, PTB e PP mudará a correlação de forças na disputa

 

Hildo Rocha mantém articulação em torno da formação do comando da Câmara Federal

Não será tão simples como se previu à primeira vista a corrida pela reeleição do atual presidente da Câmara dos deputados, Ropdrigo Maia (DEM-RJ).

De acordo com o deputado maranhense Hildo Rocha (MDB), há pelo menos sete interessados na disputa do cargo, alguns com forte poder de mobilização.

– Há nomes como o de Fábio Ramalho (MDB), Artur Lira (PP), Marcelo Freixo (PSOL) e Jota Agacê (PSB); além de outros que podem dividir bancadas, como kim Kataguiri (DEM), Capitão Augusto (PR) e um nome que deve surgir do PT – analisa Rocha.

Segundo o deputado maranhense, a formação de um bloco entre MDB, PTB e PP deve mudar a correlação de forças na disputa pelo comando da Câmara.

– As bancadas de MDB, PTB e PP juntas já garantem 83 deputados; é maior que a do bloco PDT/PCdoB/PSB, que reúne 69 parlamentares. E ainda podemos articular o PT (56 deputados) e o PSC (8); todas estas legendas, somadas, garantem 206 parlamentares – explicou o emedebista.

Hildo Rocha explica que a divisão dos postos da Câmara é feita levando em conta a proporcionalidade das bancadas. Este detalhe, com a formação dos blocos, levará Maia a ter que negociar com outras forças.

– Um exemplo é o PT: hoje, com a regra da proporcionalidade, o partido seria o primeiro a indicar a composição da Mesa e das comissões; e ficaria com a vice-presidência e o comando da CCJ – explicou.

Como um dos articuladores da bancada do MDB, o deputado maranhense deve permanecer em Brasília durante a maior parte do mês de janeiro.

E deverá sai desta articulação com importante cacife político na Casa…

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Imagem do dia: A “despetização” comandada por Bolsonaro em seu governo

Desde que assumiu, o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), não fez questão de esconder o seu discurso pautado no ódio à ideologia socialista e às opiniões contrárias. Gestão somente evidencia sua intolerância.

Gestores do Palácio do Alvorada, em Brasília, trocaram as cadeiras vermelhas (PT) por azuis. É a “democracia” bolsonarista no termo mais grave da expressão (Foto: Daniel Marenco/ Agência O Globo)

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A curiosa “transição” ideológica de petistas maranhenses…

Lideranças do partido de Lula no Maranhão não apenas votaram em Jair Bolsonaro, como agora até participam de sua transição num movimento que leva à pergunta: que caminho terá o PT no estado?!?

 

Fábio Gondim durante campanha a deputado federal pelo PT; mudança ideológica de um extremo ao outro

Primeiro foi o blogueiro Robert Lobato, ex-dirigente do PT no Maranhão.

Filiado histórico do partido, ele surpreendeu ao declarar “voto crítico de um socialista convicto” no deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), no segundo turno das eleições presidenciáveis, contra Fernando Haddad, do próprio PT. (Relembre aqui)

Agora, o ex-secretário de Administração do Maranhão, Fábio Gondim – ex-candidato a deputado federal pelo PT – é convidado a compor a equipe de transição de Bolsonaro.

Curiosamente, os dois petistas-agora-bolsonaristas são alinhados ao senador Roberto Rocha (PSDB), talvez a principal antítese maranhense dos postulados da esquerda, em geral, e do PT, em particular.

Mas o movimento político de Bob Lobato e de Fábio Gondim diz muito mais do PT maranhense.

Aglomerado de interesses pessoais, sem nenhuma força política estadual, o partido de Lula sempre foi no Maranhão uma espécie de massa de manobra, que cada interesse movimentava para o lado que quisesse.

E a relação intensa destes petistas com Roberto Rocha, do PSDB, revela a pouca importância que o partido tem no estado.

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Ao perseguir a esquerda, Bolsonaro acena com pensamento único no Brasil…

Presidente eleito diz que quer um Brasil sem ideologias, mas tenta impor os ideais da extrema direita como pensamento único, transformando o país em uma espécie de “ditadura branca”, onde só se poderá pensar de uma forma

 

MORDAÇA IDEOLÓGICA. Impedir alguém de expressar seui pensamento político é como carregá-lo num pau de arara em praça pública

Editorial

O discurso do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), e dos seus auxiliares, é o da transformação do Brasil em um país sem ideologias. Mas seus gestos, suas ações e seus discursos apontam apenas para a mudança de perfil ideológico e não para o fim das ideologias.

Bolsonaro quer um país com ideologia de Direita e não sem ideologia – até porque impossível é viver sem ideologia.

Ao perseguir petistas, comunistas e esquerdistas no Ministério Público, na Polícia Federal, no Ministério da Saúde, no Meio Ambiente e Agricultura, e na Educação, o presidente aponta para uma espécie de ditadura, em que só se pode pensar de um jeito.

O futuro ministro da Educação declarou que pretende “varrer o marxismo das escolas públicas”. E deixa claro qual o seu ideal de ensino: o militar, com a consequente ordem unida cívica que marca este tipo de educação, focada na “hierarquia e disciplina” dos quartéis.

Bolsonaro já disse que não quer na diplomacia brasileira embaixadores identificados com o pensamento de esquerda; exige o denuncismo contra professores de esquerda nas escolas e faculdades, e  forçou o abandono dos médicos cubanos no programa “Mais Médicos”.

HOMENS E ARMAS. Com suas declarações pós-eleição, Bolsonaro deixa claro o caminho da perseguição ideológica

Uma sociedade é mais desenvolvida quanto mais ela for plural.

E o pluralismo de uma sociedade se funda na liberdade de expressão, de pensamento e de credo; na igualdade das raças e na equidade de gênero.

Exigir de uma sociedade pensamento único no que diz respeito à sua história, suas raças e seus credos é castrar as liberdades individuais e transformar os cidadãos em espécies de robôs, fadados a seguir o rebanho.

Para muitos grupos – evangélicos e religiosos de um modo geral; militares e conservadores – esta sociedade é a ideal porque força o Estado a fazer por eles o que suas pregações já não têm mais forças para fazer.

Cada um pode conviver com seus ideais de vida, suas crenças e suas ideologias da maneira como bem lhe convir; e pode até cobrar fidelidade canina dos que aceitam seguir suas doutrinas.

Mas fazer do estado instrumento de opressão a quem pensa diferente, só pode ser classificado de uma única forma: ditadura, seja ela assassina ou não.

É simples assim…

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O agora inegável interesse político da Lava Jato…

Ao aceitar o convite de Jair Bolsonaro para ser ministro da Justiça, juiz federal Sérgio Moro confirma a armação jurídico-político-midiática para inviabilizar a esquerda e fazer os barões do Brasil voltarem ao pode; pior: o povo ainda acredita que, com ele, não haverá corrupção no governo

 

TROCA DE FAVORES. Moro construiu o cenário e Bolsonaro brilhou; agora Bolsonaro constrói o cenário para Moro atuar

Editoriais

O blog Marco Aurélio D’Eça foi um dos poucos no Brasil – e talvez o único no Maranhão – a apontar, desde sempre, o viés político e o objetivo claro de tomada de poder que estava por trás da operação Lava Jato desde o seu surgimento.

A percepção deste blog foi exposta em outros e nos seguintes posts abaixo:

Posicionamento de Sérgio Moro expõe sua parcialidade contra Lula…

Sérgio Moro, de herói a vilão…

Deputado quer ação da OAB contra ato de Sérgio Moro…

O risco iminente de um golpe do Judiciário…

As três fases do golpe no Brasil…

O desgaste midiático do PT, o golpe em Dilma Rousseff (PT) e a prisão de Lula são partes desta ópera-bufa, cujo protagonista é o juiz Sérgio Moro.

Desde sempre posicionado politicamente, Moro atuou partidariamente para apear os petistas do poder, enquanto sua mulher fazia campanha para a direita nas redes sociais – campanha que se intensificou com a ascensão de Bolsonaro.

TIRADO DE CENA. A prisão de Lula era parte do script para pavimentar o caminho até o STF, via Bolsonaro

Ao aceitar assumir o Ministério da Justiça no governo que ele mesmo ajudou a eleger, Moro não apenas mostra que estava agindo parcialmente contra Lula e contra o PT, mas também confirma que é apenas só mais um político de toga, interessado apenas em poder.

A ida dele para o Ministério da Justiça é só o primeiro passo; o objetivo final é a chegada ao Supremo Tribunal Federal, que deve ocorrer já em 2019.

Estas linhas críticas, hoje serão massacradas por bolsomínions ainda entorpecidos pela vitória do seu líder e por tolos ingênuos, inocentes úteis, que acham que o juiz no ministério é a garantia de que não haverá corrupção no governo bolsonarista.

Pura tolice.

Mas como este blog se acostumou a escrever não para o hoje, mas para o amanhã, vai receber as pancadas – como tem recebido historicamente – até que o tempo dissipe as cortinas de fumaça ainda erguidas nestas eleições.

E lá na frente, mais cedo ou mais tarde, todos darão razão que agora se lê.

É aguardar e conferir…

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Esquerda dominará governos no Nordeste…

Além de dar ao candidato petista Fernando Haddad vitórias maiúsculas em toda a região, PT e aliados vão comandar todos os governos estaduais, mantendo uma espécie de enclave nordestino anti-bolsonarista

 

ENCLAVE VERMELHO. Vencedor em todo o Nordeste, Fernando Haddad terá base de governadores na oposição

A esquerda terá um nicho de poder regional no país, a partir de 2019.

PT e seus aliados conseguiram eleger todos os governadores dos nove estados da região, além de dar vitórias monumentais ao presidenciável petista Fernando Haddad.

O partido de Lula elegeu quatro governadores: Rui Costa, na Bahia; Camilo Santana, no Ceará, Wellington Dias, no Piauí, e Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte.

Além disso, os petistas compõem coligações nos outros cinco estados: Maranhão, com Flávio Dino (PCdoB); Alagoas, com Renan Filho (MDB); Paraíba, com João Azevedo (PSB), Sergipe, com Belivaldo Chagas (PSD) e Pernambuco, com Paulo Câmara (PSB).

O Enclave esquerdista no Nordeste será referência para Bolsonaro, para o bem e para o mal.

Aliados do presidente eleito chegaram a desmerecer e a ridicularizar nordestinos por votar no PT; e a relação com governadores, como o comunista Flávio Dino, é de tensão.

A região será, portanto, importante contraponto político ao governo central de Brasília, a partir de 2019…

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TSE já iniciou investigação contra Bolsonaro…

Candidato do PSL tem cinco dias para se defender da acusação de que fora bancado por empresas que dispararam fake news contra o adversário do PT, Fernando Haddad; Procuradoria já pediu investigação da Polícia Federal

 

Se eleito, Bolsonaro pode perder o mandato e ser declarado inelegível, por abuso de poder

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Jorge Mussi, que também é corregedor-geral eleitoral, deu prazo de cinco dias para a defesa do presidenciável Jair Bolsonaro rebater as denúncias de que teve a campanha bancada por empresas, o que é proibido pela Lei Eleitoral.

A denúncia contra Bolsonaro foi feita pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, empresas privadas pagaram pelo menos R$ 12 milhões para impulsionar propaganda de Bolsonaro contra o PT nas redes sociais e no WhatsApp.

O crime, se comprovado, caracteriza abuso de poder, e pode gerar, inclusive, a cassação de Bolsonaro.

A Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também já encaminhou à Polícia Federal pedido de investigação contra Bolsonaro e as empresas que teriam bancado as fake news.

Além de Bolsonaro, serão investigados o seu vice, Hamilton Mourão, e 11 empresários denunciados na reportagem da Folha de S. Paulo.

Eles têm até a sexta-feira, 26, para apresentar a defesa…