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Maranhão: terra e povo abençoado….

Stenio Rezende*

O Maranhão é terra de peculiaridades! Nosso Estado, localizado especialmente numa faixa de transição chamada Meio-norte, entre o semiárido nordestino e a Amazônia é inteiramente abençoado por Deus e pela natureza. Agora neste janeiro, começo de ano coincidente a novo período político-administrativo, a estação das chuvas atinge todas as regiões maranhenses, metamorfoseando o ciclo, antecedido pelo estio.

Nossa terra é de paz. Povo bom, abençoado. Quem nos visita pensa em ficar, magnetizado pelas belezas naturais e pela hospitalidade da nossa gente. O Maranhão também é contraste, como o Brasil. As mazelas sociais, a vertente econômica e o futuro das novas gerações nos preocupam todos os dias. Mas isso não nos tira o bom ânimo da luta, da operabilidade, e das soluções criativas inspiradas em nossa cultura singular e boa índole.

Os desafios desse novo governo, não obstante a assunção dos avanços, residem no enfrentamento das adversidades que ainda entravam o nosso crescimento. Confrontá-las com destemor, competência e altivez, requer um conjunto de caracteres baseados em saudável experiência político-administrativa. Neste sentido, é perceptível e animador os bons ventos da habilidade política que ensejam concórdia e equilíbrio duradouros.

Harmonizar o levante populacional, incentivo às atividades econômicas e gestão pública eficaz representa elevada tarefa, especialmente num Estado onde exuberantes recursos naturais e admirável contingente humano devem, com a diligência exigível, aproximar estas potencialidades do incremento econômico esperado.

Felizmente, o Governo Brandão reúne as características favoráveis à harmonização dos interesses do povo do Maranhão. Sua liderança, junto a uma equipe de governo bem formada e conhecedora da nossa realidade e ao bom relacionamento com a classe política, representa a equação ideal na busca de soluções conjuntas com a sociedade, que farão evoluir o nosso desejado e harmônico desenvolvimento.

*Médico, agropecuarista, ex-deputado estadual

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Carnaval terá ações conjuntas do governo e da prefeitura em São Luís

Governador Carlos Brandão e prefeito Eduardo Braide reuniram-se nesta segunda-feira, 16, para definir projetos para a folia momesca, numa parceria jamais vista na capital maranhense

 

Braide e Brandão discutiram parcerias em várias áreas, incluindo o carnaval e as festas juninas em São Luís

Análise da notícia

A reunião entre o governador Carlos Brandão (PSB) e o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD), nesta segunda-feira, 16, teve como pano de fundo ações do governo e da prefeitura no carnaval maranhense.

Pela primeira vez em muitos anos os dois palácios que habitam a Praça Dom Pedro II vão  se unir em nome da festa.

A parceria entre governo e prefeitura nunca se efetivou na capital maranhense.

Entre 2008 e 2010, a então governadora Roseana Sarney (MDB) e o então prefeito João Castelo (PSDB) até esboçaram uma parceria que acabou ficando apenas no papel.

No período em que prefeito e governador eram aliados – nas gestões Flávio Dino (PCdoB) e Edivaldo Júnior (PDT) – este tipo de parceria também nunca funcionou pelo fato de o prefeito ser evangélico, pouco afeito ao Carnaval.

Mas Flávio Dino trouxe uma das ações mais importantes do carnaval, a criação do circuito Beira Mar, sugestão de blocos organizados que se transformou no principal palco da folia.

Uma união agora entre o governo Brandão e a gestão de Braide pode dar nova vida aquele palco…

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André Fufuca coleta assinaturas para CPI das Americanas

O deputado federal maranhense André Fufuca (PP) começou a coletar assinaturas para a abertura de uma CPI que apure o rombo de R$ 20 bilhões relatado na semana passada pelas Americanas em seu balanço contábil.

Documento divulgado pela empresa mostra, ainda, que, além das inconsistências, a companhia tem uma dívida de R$ 40 bilhões.

Fufuca destacou que o caso pode ser “a maior fraude do mercado de ações do Brasil”.

“Não estamos falando de R$ 1 milhão, mas de R$ 20 bilhões. Talvez seja a maior fraude do mercado de ações do Brasil. Temos de dar uma resposta. No país, nos últimos 4 anos, o número de investidores aumentou 3 vezes, alcançando quase 6 milhões. Esse rombo traz questionamentos. Qual garantia a pessoa terá para investir seu dinheiro se os balanços são tão fraudulentos?”, declarou.

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O “fogo amigo” dos ataques a Flávio Dino…

Protagonista do debate sobre a reação aos ataques terroristas ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ministro da Justiça vem recebendo críticas ácidas de aliados do próprio governo Lula, do PT e, principalmente, de setores da mídia nacional e maranhense antes vinculados ao seu mandato de governador

 

Flávio Dino é protagonista da cena política em Brasília, mas é bombardeado no Maranhão

Análise da notícia

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) é o principal protagonista do governo Lula (PT) no debate sobre as reações aos ataques terroristas vinculados ao projeto de poder do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Presença diária na mídia nacional e nas principais emissoras de TV, o maranhense é quem dá as diretrizes sobre os rumos das investigações e destino dos bolsonaristas presos; mas sua atuação tem causado forte reação crítica no governo, entre aliados e, principalmente, na mídia maranhense.

Qualquer ato de Flávio Dino é motivo para interpretações negativas, críticas e questionamentos; alguns chegam a questionar seu próprio preparo para esta à frente do Ministério da Justiça.

Curiosamente, boa parte destas críticas vêm de setores da mídia que foram alinhados ao governo Dino durante mais de 7 anos.

O blog Marco Aurélio d’Eça tem posicionamento crítico a Flávio Dino desde a sua entrada na vida pública; em muitos momentos, essas críticas chegaram a níveis ácidos, mas nunca deixaram de reconhecer a capacidade política do agora ministro da Justiça.

Focado na sucessão do próprio Lula, em 2026, Flávio Dino, obviamente, trabalha para se tornar opção consolidada na base do governo; e qualquer espaço de poder que se apresentar à sua frente ele ocupará.

Tentar minimizar este fato fazendo crítica apenas por fazer é malhar em ferro frio…

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Carlos Lula propõe debate sobre São Luís entre os nomes do grupo Brandão…

Deputado estadual eleito pretende pôr-se à disposição para também concorrer à prefeitura e prega que o escolhido surja a partir deste debate sobre a capital maranhense

 

O deputado estadual eleito Carlos Lula (PSB) defendeu nesta quarta-feira, 12, um debate interno no grupo do governador  Carlos Brandão (PSB) para definir o nome que vai concorrer à Prefeitura de São Luís.

– O mais importante é discutir a cidade, mais do que propriamente os nomes em si. Não dá para ser como vemos hoje, o prefeito ter uma relação tão difícil com a Câmara Municipal. Essa relação precisa ser melhor compreendida para que tenhamos mais resultados – avaliou o parlamenrtar, alfinetando o prefeito Eduardo Braide (PSD).

Além de Carlos Lula, o grupo Brandão tem como candidatos os deputados Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) e Duarte Júnior (PSB), e o vereador Paulo Victor (PCdoB).

– Minha eventual candidatura faz parte de uma conversa de um grupo político inteiro. É bom botar na mesa o nome de todo mundo que compôs o grupo do candidato Carlos Brandão para discutir São Luís – pregou Carlos Lula.

Em outra alfinetada no prefeito Eduardo Braide, Lula ressaltou a importância do diálogo entre Câmara e Prefeitura e criticou a falta de políticas públicas. 

– Temos que discutir mobilidade urbana que não é só cortar canteiros, temos gravíssimos problemas na educação, as crianças perderam praticamente três anos de escola. Problemas na saúde da cidade, que pouco avançou em relação a isso. São Luís é cheia de potencialidades, mas sem conversar com o Governo Federal, Estado e vereadores como se vai avançar na construção da cidade? – provocou.

Com informações do blog de Clodoaldo Corrêa

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Juscelino Filho estreita relação com embaixador da União Europeia

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, recebeu, nesta quinta-feira (12), o embaixador da União Europeia (UE) no Brasil, Ignacio Ybáñez, e parte da equipe da embaixada. Na visita de cortesia, o embaixador desejou sucesso na gestão do ministro e informou que os Estados-membros da UE querem fazer alianças digitais com a América Latina, a começar pelo Brasil. O ministro Juscelino Filho confirmou o interesse brasileiro na parceria, inclusive, com a previsão de reuniões bilaterais ainda neste semestre.

O ministro das Comunicações afirmou que “há total disposição em dar continuidade a essa parceria exitosa que o Brasil sempre manteve com a União Europeia e a ações concretas que já foram realizadas por conta dessa cooperação, que são estratégicas e importantes para o nosso país”.

Dos 27 Estados-membros da UE, 24 têm sede de embaixada no Brasil. Além disso, o Brasil conta com a presença de grandes empresas europeias, como a Nokia e a Ericsson, além de grandes operadoras, que são a Telefônica (Vivo) e a TIM. O embaixador Ignacio Ybáñez endossou que a parceria entre as nações sempre trouxe bons resultados para todos. “Tínhamos diálogos anuais sobre temas muito importantes, como o 5G e Inteligência Artificial e sabemos que eles são prioritários. A nossa vontade é realmente retomar esses diálogos”, comentou o embaixador.

Iniciativa brasileira – Durante a visita de cortesia, Ignacio Ybáñez elogiou o projeto BELLA: a primeira conexão direta, via cabo submarino de fibra óptica, entre a América do Sul (partindo de Fortaleza/CE) e a Europa. A iniciativa surgiu na Secretaria de Telecomunicações que, na época, estava vinculada ao então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O cabo, com 6 mil km de extensão, foi inaugurado em junho do ano passado.

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Bolsonaristas tentaram mesmo dar golpe para mudar resultado das eleições…

Polícia Federal encontrou na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres a minuta de um Decreto presidencial em que Bolsonaro anunciaria Estado de defesa no TSE, dando poderes ao próprio governo para investigar abuso de poder e de autoridade dos membros da Corte Eleitoral, abrindo caminho para alterar o resultado do pleito de outubro

 

Anderson Torres elaborou esboço de documento por intermédio do qual Bolsonaro daria o golpe eleitoral no Brasil, mas faltou coragem ao ex-presidente

Já não há mais dúvidas para a Polícia Federal de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus auxiliares mais próximos trabalharam, sim, durante todo o período eleitoral, para dar um golpe de estado e permanecer no poder, independentemente do resultado das eleições de outubro.

Esta hipótese virou certeza após cumprimento do Mandado de Busca e Apreensão na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, cuja prisão foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, por influenciar os ataques terroristas de domingo, 8.

Na casa de Torres policiais encontraram uma minuta de um Decreto Presidencial, por meio do qual Bolsonaro decretaria Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral, caminho para anular o resultado da eleição. 

A minuta de decreto estava em um dos armários na casa de Torres, que deverá ser preso assim que desembarcar no Brasil, bvindo dos Estados Unidos.

O documento também reforça a opinião de que Bolsonaro passou quatro anos pensandop em se perpetuar no poder por vias antidemocráticas.

Faltou coragem ao ex-presidente?!?

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Os coléricos atos antidemocráticos de 08.01.23

 

Por Ana Graziella Neiva*

Domingo, 08 de janeiro de 2023, os brasileiros foram tomados de assalto ao presenciarem em tempo real os episódios dantescos e insólitos, que foram únicos na história do nosso país.

É preciso destacar que nunca houve tamanho arroubo antidemocrático perpetrado de maneira organizada, sistematizada e simultânea contra a sede dos Três Poderes da República Federativa do Brasil: Executivo, Legislativo e Judiciário.

A selvageria dos atos praticados causou extensa depredação do patrimônio público, destruição de obras de arte de valor inestimável, destroçou símbolos relevantes da construção da mais longeva estabilidade democrática já conquistada até aqui. O vilipêndio não ficou limitado às avarias em bens materiais. O objetivo primeiro dos atos extremistas foi agredir a democracia brasileira e os princípios republicanos que sustentam a nação.

Absolutamente nada justifica as atrocidades cometidas, sobretudo, pelo terror infligido à sociedade, pelo desprezo à cúpula dos Poderes da República e pelo simbolismo destas instituições para o regime democrático. Divergências e diferenças não autorizam, sob nenhum viés, transgressão de direitos e deveres afiançados pela Constituição Brasileira.

Deve-se cravar, de arranque, uma clara premissa: os fatos ocorridos no Estado brasileiro, no dia 08 de janeiro, não possuem qualquer relação com os direitos gerais de liberdade, mencionados no preâmbulo e assegurados no artigo 5º da Constituição Federal de 1988.

Há muito, infratores se valem de pilares da estrutura democrática de nosso Estado, a exemplo das liberdades de manifestação, expressão, opinião, reunião e imprensa para delinquir, macular, esgarçar, erodir e exterminar o regime democrático de direito.

A delicadeza do enfrentamento do tema está justamente no envolvimento das liberdades – e suas diversas nuances – por serem pressupostos de uma sociedade democrática e, nesse enredo, trazer-se à cena indispensável ingrediente, qual seja, a “tolerância” que sinaliza, dentro do contexto democrático, o dever de disposição em ouvir, respeitar, conviver e coexistir com opiniões díspares.

Nos últimos tempos, face a fricção entre direitos fundamentais e o persistente tensionamento entre as funções e esferas de Poder, ganhou força e holofote nos debates acadêmicos o paradoxo da tolerância, do filósofo austro-britânico Karl Popper, considerado um dos maiores teóricos da ciência do século XX.

Encravado nesta conjuntura, cujo pano de fundo era a intolerância, em que “opiniões” incitavam o ódio, a segregação, a violência, o renomado filósofo é conduzido a se questionar: deve-se ser tolerante com os intolerantes? Em evidente réplica aos movimentos totalitários da época, Karl Popper, então, escreve o livro “A Sociedade Aberta e seus Inimigos” (originalmente publicado no ano de 1945) e cunha a ideia do “paradoxo da tolerância” para responder a citada quaestio concluindo que não, não se deve ser tolerante com a intolerância.

Explana Popper que, para ser genuinamente tolerante, a sociedade deve ser intolerante à intolerância. Apesar de paradoxal, há uma singeleza genial na construção filosófica: se há a tolerância ilimitada, grupos que propagam pensamentos intolerantes acabam pervertendo o debate público a um ponto em que ameaçam a democracia e a liberdade de expressão de outros grupos. Finaliza o raciocínio com uma verdade irruptível: a tolerância ilimitada conduz à extinção da própria tolerância.

Na toada do filósofo austro-britânico a sociedade deve “reservar o direito de não tolerar os intolerantes”. Qualquer movimento que pregue a perseguição, o ódio, a intolerância e a violência deve ser chancelado como absolutamente ilegal.

Nenhuma hermenêutica jurídica, por mais enviesada que seja, oferece guarida a quem quer que tenha participado – ativa ou passivamente – da barbárie dos atos do dia 08.01.23.

É da essência democrática a convivência respeitosa e pacífica das dissonâncias de ideias e de ideais. A diversidade é a tônica de uma sociedade plural, diversa, republicana, livre e democrática.

Como advogada é impossível manter-me silente. Afinal, antes de receber a Carteira de Identidade da Advocacia, presta-se um compromisso oficial e ético, diante do Conselho Seccional onde se requer a inscrição, em virtude de comando previsto no artigo 20, do Regulamento Geral que assim dispõe: “Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.”

Sem o cumprimento deste ato administrativo formal, oral, complexo, ad solemnitatem e personalíssimo, jamais um bacharel se torna advogada ou advogado.

Desde o ocorrido, uma avalanche de questões jurídicas aflora a todo instante. Elas vão desde os reflexos criminais daqueles que participaram de maneira ativa, aos que tinham o dever legal de agir em decorrência do exercício de funções públicas e se mantiveram omissos, perpassando por um debate que deverá se manter perene: a necessidade de criação de estruturas governamentais que tenham por missão a defesa do estado democrático de direito.

Com relação aos aspectos penais, os tipos cabíveis parecem ser múltiplos e poder-se-ia pensar, a princípio, nos crimes de (i) furto qualificado (artigo 155 do Código Penal); (ii) destruir, inutilizar ou deteriorar coisa pública (artigo 163, do Código Penal); (iii) dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico (artigo 165, do Código Penal); (iv) incitação ao crime (artigo 286, do Código Penal); (v) associação criminosa (artigo 288 do Código Penal); (vi) abolição violenta do Estado Democrático de Direito (artigo 359-L, do Código Penal); (vii) golpe de estado (artigo 359-M, do Código Penal); (viii) crime de sabotagem (artigo 359-R, do Código Penal), tipos instituídos na legislação por meio da Lei nº 14.197, de 1º de setembro de 2021, que revogou a Lei de Segurança Nacional, e trata de delitos que atentam contra o Estado democrático de Direito em seu sentido mais amplo; dentre outros.

A recentíssima inclusão, no Código Penal, de tipos que tenham como objetivo a proteção do Estado Democrático de Direito ratifica que esta é uma preocupação que já pairava na atmosfera brasileira se coduando, portanto, às recentes medidas tomadas pelo Ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias que, tão logo nomeado, anunciou a criação da Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia. Anteontem, dia 10 de janeiro, o Conselho Nacional do Ministério Público embalado na mesma sintonia cria – por meio de resolução – a Comissão Temporária de Defesa do Estado Democrático de Direito[2].

Neste quadrante é de se enfatizar que a Alemanha possui uma Agência de Proteção à Constituição que é tida como um mecanismo de alerta precoce da democracia. Seria o que, acertadamente, os alemães denominam de um instrumento de “democracia defensiva”. A função precípua da agência é zelar pelo regime democrático alemão, proteger seus princípios, localizar a identificar indivíduos e organizações antidemocráticos e mantê-los sob vigilância.

Considerando (i) a queda das democracias pelo mundo (no intervalo temporal de 2011 a 2022 trinta e cinco países deixaram de ser democráticos); (ii) os recentes dados publicados pelo instituto sueco V-Dem[3] de que 7 (sete) em cada 10 (dez) pessoas (5,7 bilhões) vivem sob regimes políticos considerados não plenamente democráticos; (iii) países com regimes democráticos e os com regimes autoritários quase que se equivalem (89 ante a 90[4]); (iv) que antes de uma ruptura ditatorial as democracias tendem a sofrer com as progressivas erosões e ascensão de regimes de extrema direita; a criação, consolidação e amadurecimento de organismos de governo que apresentem como missão zelar, estudar, debater, disseminar, aprofundar conhecimento e, também, identificar, mapear e agir, nos limites da lei, contra indivíduos e organizações que preguem contra o regime democrático brasileiro aparentam ser medidas urgentes, necessárias e saudáveis para que se efetive um proceso de oxigenação e assepsia da democracia brasileira

É de fundamental importância que as normas mudem para que também transmudem a face da nossa sociedade. Afinal, já dizia Martin Luther King: “nós não somos o que gostaríamos de ser. Nós não somos o que ainda iremos ser. Mas, graças a Deus, Não somos mais quem nós éramos”.

*Advogada, juíza do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão e Ouvidora do TRE/MA, sócia-advogada do escritório Anna Graziella Neiva Advocacia, Pós-Graduada em Direito Eleitoral, MBA em Direito Tributário, Especialista em Ciência Jurídico-Política e Direito Constitucional e Eleitoral, Membro Consultora da Comissão Especial de Eleitoral do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, membro da ABRADEP, do COPEJE e do IAB.

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Maioria dos brasileiros responsabiliza Bolsonaro por terrorismo em Brasília…

Num total de 55%, população se divide entre a opinião de que o ex-presidente teve “muita” ou “um pouco” de responsabilidade nos ataques à Praça dos Três Poderes, no último domingo, 8; outros 45% concordam com o presidente Lula, que acusou o antecessor de estimular a invasão do Congresso Nacional, da sede do STF e do Palácio do Planalto

 

A maioria dos brasileiros não consegue separar a imagem de Bolsonaro dos atos terroristas de Brasília, mesmo o ex-presidente negando envolvimento

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou, ainda no domingo, 8, se eximir de responsabilidades nos ataques terroristas à Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Mas sua declaração não convenceu a maioria da população brasileira, que acha ter ele responsabilidade nos atos.

Para 55 da população, segundo o Instituto DataFolha, Bolsonaro é responsável pelo terrorismo tupiniquim. Para 38%, Bolsonaro teve “muita responsabilidade” no caso; já 17% entende que ele teve “um pouco de responsabilidade”.

Ouros 39% da população entende que o ex-presidente não teve nenhuma responsabilidade no terror de Brasília.

A população se divide em relação à opinião do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para quem Bolsonaro estimulou os atos: 45% dos brasileiros concordam com a declaração de Lula e 45% não concorda.

A pesquisa do Instituto Datafolha ouviu 1.214 habitantes entre a terça e a quarta-feiras…

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Véi da Havan também começa a se afastar de bolsonaristas

Acostumado a estimular protestos contra Lula e o PT – até com espaços cedidos em suas lojas – o empresário de Santa Catarina agora decidiu denunciar, ele próprio, ameaças de protestos em frente à sua unidade de São Luís, numa mudança de postura que atingiu também outros “patriotas” empedernidos

 

Palco de eventos bolsonaristas desde que chegou a São Luís, a Havan agora quer se afastar da imagem de radical após terrorismo em Brasília

A denúncia da unidade da Loja Havan em São Luís, nesta quarta-feira, 11 – pedindo, inclusive, presença policial para coibir manifestações em frente à empresa – é uma mudança clara de postura do empresário Luciano Hang, conhecido por Véi da Havan.

Bolsonarista apaixonado e estimulador de protestos contra Lula e contra o PT, o Véi da Havan foi protagonista de diversos episódios em suas próprias lojas cobrando ações para impedir a candidatura de Lula.

Nesta quarta-feira, 11, porém, a imprensa foi surpreendida com uma nota da unidade da empresa na capital maranhense, informando à polícia que fora surpreendida com o anúncio de uma manifestação em seu estacionamento.

A mudança de postura do Véi da Havan já havia ocorrido também com outros bolsonaristas, tanto no Maranhão quanto no Brasil; eles temem ser relacionados com os atos terroristas do domingo, 8, em Brasília.

Os protestos convocados para esta quarta-feira, 11, fracassaram na maior parte do Brasil.

E simbolizam o fim do bolsonarismo radical no Brasil…

Veja a nota da Havan de São Luís:

A Havan informa que, na tarde desta quarta-feira, 11, foi surpreendida por uma convocação para uma manifestação em frente à megaloja de São Luís, no Maranhão.

Ao receber a informação, a empresa solicitou apoio da Polícia Militar e Guarda Municipal para coibir o possível ato.

Prontamente, os órgãos de segurança se deslocaram para frente da loja, mas até o momento não houve nenhuma movimentação no local.