Vice-governador assume a condição de líder do grupo dinista com o objetivo de – ao mesmo tempo – convencer os companheiros a se realinhar com o governador Brandão e convencer Brandão a confiar no seu apoio em 2026
O vice-governador Felipe Camarão (PT) está só.
Com o distanciamento, agora oficial, do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, é ele hoje o líder máximo do grupo que se convencionou chamar dinista; e é nesta condição que o petista tem dois objetivos imediatos:
- 1 – convencer seus colegas de grupo na Câmara Federal e na Assembleia do realinhamento com o governador Carlos Brandão (PSB);
- 2 – convencer o próprio Brandão de que ele, Camarão, tem condições plenas de apoiá-lo ao Senado na sucessão estadual de 2026.
“Cada vez mais vou me manifestar neste sentido porque acredito que a gente tem que caminhar em paz para poder governar bem o Maranhão. É isso que a população espera”, disse o vice-governador, em entrevistas nesta semana.
Sua missão não é fácil.
De um lado há os dinistas, desconfiados do governador e exigindo gestos que confirmem sua saída do governo; do outro, a família do governador – sobretudo o influente irmão Marcus Brandão – achando que é o Palácio dos Leões que deve conduzir o processo, incluindo a decisão sobre o vice-governador.
Mas é a forma de Felipe Camarão mostrar-se líder de fato…