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Os caminhos de Brandão após saída de Paulo Victor da disputa em São Luís

Governador tem dois pré-candidatos em sua base – Neto Evangelista e Dr. Yglésio – além do deputado federal Duarte Júnior, mais ligado ao grupo de Flávio Dino; mas pode ainda juntar forças com o prefeito Eduardo Braide, possibilidade que voltou a ser admitida por interlocutores mais próximos do Palácio dos Leões.

 

Orleans Brandão é hoje um dos trunfos de Brandão para as eleições municipais na capital maranhense, que pode repercutir também em 2026

Ensaio

O governador Carlos Brandão (PSB) foi um dos primeiros a apostar nas chances do presidente da Câmara Municipal Paulo Victor (PSDB) nas eleições municipais de São Luís; o trabalho feito por Victor na campanha de 2022 o credenciou como homem-forte do governo na capital.

De alguma forma, porém, o projeto não deu certo e acabou levando o vereador a desistir da disputa; sem Paulo Victor, Brandão tem agora outros caminhos para influenciar direta ou indiretamente nas eleições de São Luís.

Em sua base há dois deputados que já figuram nas pesquisas.

Neto Evangelista (União Brasil) é o único nome com a legenda já garantida, uma vez que o União Brasil já declarou sua candidatura; ele figura no pelotão da frente, na disputa pelo segundo lugar com o deputado federal Duarte Júnior (PSB) e o ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido).

Além de Neto, o mais próximo candidato a Brandão é Dr. Yglésio (Sem partido); figurando na casa dos 5% de intenções de votos, Yglésio tem aparecido bem na mídia e é um dos parlamentares mais conhecidos da população. Pode ser, inclusive, um nome do próprio PSDB de Paulo Victor.

Além dos dois parlamentares, o deputado federal Duarte Júnior (PSB) figura na lista de Brandão, mas como opção do ministro da Justiça Flávio Dino, não necessariamente bem vista pelo Palácio dos Leões. A eventual indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal pode ter impacto direto na candidatura de Duarte.

Por último, Brandão ainda pode estar ao lado do prefeito Eduardo Braide (PSD), possibilidade já revelada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Brandão e Braide em nova rota de aproximação…”.

As últimas movimentações do MDB, com a forte presença do secretário Orleans Brandão, indica chances de uma aliança com Braide, tendo exatamente o filho do presidente da legenda, Marcus Brandão na condição de vice.

A eventual nomeação de Flávio Dino ao STF fortaleceria essa aliança, que aponta diretamente para as eleições de 2026, com uma chapa que poderia ter Braide, com os Brandão herdando a Prefeitura de São Luís.

Mas esta é uma outra história…

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Movimentos de Brandão e aliados agitam sucessão municipal em São Luís…

Nos últimos dias, governador protagonizou imagens ao lado do prefeito Eduardo Braide e do vereador  Paulo Victor – que também posou com o ex-prefeito Edivaldo Júnior – e viu o irmão, Marcus, assumir o comando do MDB regional, garantindo o controle da legenda nas eleições de 2024 e 2026

 

Após café da manhã com o presidente do PSDB, Sebastião Madeira, Paulo Victor aparece ao lado de Edivaldo Júnior, que está sem partido

Análise da Notícia

O governador Carlos Brandão (PSB) movimentou fortemente nos últimos dias as peças do seu grupo político rumo às eleições municipais de 2024. Foram gestos de clara rearrumação, com impacto forte na formação das alianças para a sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD).

O próprio Braide protagonizou com Brandão uma cena importante.

O governador esteve no lançamento das obras do Aeroporto de São Luís e sentou-se ao lado do prefeito, mas com um ingrediente a mais para especulações: ao lado dos dois estava também o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PSDB).

Com Braide e Paulo Victor Lado a lado, Brandão roubou a cena no lançamento das obras do aeroporto

Paulo Victor é um dos principais nomes da base de Brandão para a sucessão municipal; ele havia tomado café com o presidente do PSDB, Sebastião Madeira, na última terça-feira, 26; sua primeira aparição política depois disso foi numa foto com o ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido).

No início da semana, este blog Marco Aurélio d’Eça revelou que aliados de Edivaldo – inclusive os articuladores do Palácio dos Leões – ainda buscavam partidos para ele, como foi dito no post “Aliados ainda procuram partidos para Edivaldo Jr…”.

O ex-prefeito sondou o PSDB, o União Brasil – que tem como candidato outro aliado de Brandão, o deputado estadual Neto Evangelista – e o MDB.

Marcus Brandão, irmão do governador, assumiu o comando do MDB de Roseana e vai controlar o partido na sucessão municipal

Nesta quinta-feira, 28, Marcus Brandão, que é irmão do governador, assumiu da deputada federal Roseana Sarney o comando do MDB regional; e vai controlar a legenda na sucessão de 2024 e, principalmente, em 2026.

O vai-e-vem de aliados mostra a quantas andam as articulações do governador.

E para bom entendedor, tudo o que aconteceu esta semana basta…

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Roseana recebe Iracema Vale…

Deputada federal esteve com a presidente da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 19, em discussões sobre filiações partidárias; o MDB vai passar a ser comandado ainda este ano por Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão e diretor institucional da Assembleia

 

Iracema com Roseana Sarney; aliada de Brandão, presidente da Assembleia pode seguir para o MDB

A deputada federal Roseana Sarney (MDB) recebeu em sua residência, nesta terça-feira, 19, a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema vale (PSB).

A imagem do encontro foi divulgada no blog do jornalista Gilberto Léda.

De cordo com Léda, aliados de Roseana apontam que a reunião pode culminar com uma filiação de Iracema ao MDB.

O partido hoje comandado no estado por Roseana será presidido ainda em 2023 pelo diretor institucional da Assembleia, Marcus Brandão, que é irmão do governador Carlos Brandão (PSB.

A legenda dos Sarney passou a ser vista – ao lado do MDB – como caminho de Brandão e seu grupo ainda antes das eleições de 2024.

É aguardar e conferir…

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PT condiciona eleições municipais ao projeto de reeleição de Lula…

Divulgada na semana passada, Resolução do Diretório Nacional do partido aponta que o processo eleitoral de 2024 é estratégico para construção de “uma sólida aliança popular e democrática que promova a recondução do governo Lula em 2026”, o que, na prática indica o campo de alianças petistas na sucessão municipal

 

Nenhum projeto municipal do PT em 2024 será discutido sem levar em conta a reeleição de Lula em 2026, prioridade do partido

A Resolução do Diretório Nacional do PT, divulgado semana passada, é uma espécie de encaminhamento aos militantes sobre a política de alianças para as eleições de 2024, com um recado bem claro: o partido já trabalha a reeleição do presidente Lula em 2026.

Neste aspecto, qualquer debate sobre a formação de alianças, de candidaturas e de apoios nas capitais e nos principais municípios brasileiros – incluindo São Luís – passa pelo projeto presidencial.

– As eleições municipais de 2024 demarcam um momento estratégico para a construção de uma sólida aliança popular e democrática que promova a recondução do Governo Lula em 2026 e o projeto nacional – diz o documento.

Nesta segunda-feira, 4, declarações do deputado federal Duarte Júnior (PSB) ao jornal O Globo – afirmando já ter fechado aliança com a Federação Brasil-Esperança, da qual o PT faz parte, ao lado de PCdoB e PV.

O parlamentar acabou desmentido pelos dirigentes de PCdoB e PT.

A resolução petista aponta também que qualquer definição sobre alianças nas cidades estratégicas para o projeto de reeleição de Lula passará pela direção nacional do partido.

O que torna praticamente inoqua a discussão com as instâncias estadual e municipal.

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A imagem que Flávio Dino quis produzir no Palácio dos Leões…

“Uma foto para a história”; assim anteviu este blog Marco Aurélio d’Eça, ainda na sexta-feira, 25, sobre a imagem construída em detalhes pelo ministro da Justiça Flávio Dino – num recado direto ao governador Carlos Brandão – durante evento no Palácio dos Leões ao lado do vice-governador Felipe Camarão e do senador Weverton Rocha

 

Weverton, Camarão e Dino: o recado a Carlos Brandão foi exposto em cores vivas dentro do Palácio dos Leões

Este blog Marco Aurélio d’Eça fez a seguinte assertiva logo na abertura do post “O cachimbo da paz entre Flávio Dino e Weverton Rocha”, publicado às 7h da sexta-feira, 25: “a imagem dos três juntos precisa ser guardada para a história (…)”.

E era exatamente esta imagem – sem o governador Carlos Brandão (PSB) – que o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) quis produzir com seu evento no Palácio dos Leões, ocorrido horas depois da postagem.

Para isso, o ex-comunista usou sem pudores tanto o governador em exercício Felipe Camarão (PT) quanto o senador Weverton Rocha (PDT), que nem se fizeram de rogados.

A foto produzida no Palácio dos Leões é uma espécie, não de “imagem do dia”, como costuma postar este blog Marco Aurélio d’Eça, mas de uma “imagem do futuro”, que aponta para 2026.

Perceba que nela falta um personagem, já que a chapa na sucessão daquele ano terá um candidato a governador e dois candidatos a senador.

No projeto de Flávio Dino, um destes candidatos ao Senado pode ser o próprio Brandão; ou não!

Tudo dependerá do governador…

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“Vamos decidir juntos [sobre 2024]”, disse Brandão a Flávio Dino

Governador recebeu telefonema do ministro da Justiça, dia desses, para tratar de outras questões institucionais e acabaram conversando sobre a sucessão do prefeito Eduardo Braide, ocasião em que o ocupante do Palácio dos Leões deixou claro a intenção de estarem no mesmo palanque em São Luís

 

Brandão vem dando sinais de que não pretende romper com Flávio Dino; e quer decidir junto com o aliado a sucessão em São Luís

Se depender mesmo do governador Carlos Brandão (PSB) não haverá rompimento com o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB); pelo menos não por motivo relacionado à sucessão em São Luís.

Segundo interlocutores deste blog Marco Aurélio d’Eça próximos tanto a Brandão quanto a Dino, os dois tiveram uma conversa dia desses em que Brandão deixou claro sua intenção de caminharem juntos contra o prefeito Eduardo Braide (PSD).

De acordo com o que Marco Aurélio d’Eça ouviu dos brandonistas – informações confirmadas também pelos dinistas – o ministro ligou para tratar de outras questões relacionadas à relação institucional com o Maranhão e aproveitou para conversar sobre as eleições municipais.

Travou-se então o seguinte diálogo:

– Como andam as conversas aí sobre as eleições em São Luís?!? – quis saber Dino.

– Vamos ter que decidir juntos – respondeu Brandão.

Não ficou claro ao blog Marco Aurélio d’Eça se a conversa se deu antes ou depois do último encontro público dos dois, em Belém, quando vazou um vídeo em que Dino mostra-se frio no cumprimento, e Brandão fez questão de vazar outro, mostrando relação mais cordial entre os dois.

Mas o fato é que o governador tem mostrado total interesse na reaproximação com o ministro, fato já destrinchado em Marco Aurélio d’Eça, no post “Encruzilhada à frente para Brandão em 2024…”.

E a reaproximação começa a ficar bem mais possível por que – apesar de alguns setores da mídia política ainda insistirem em um possível apoio a Braide – aliados mais próximos a Brandão deixam claro que “falta confiança do governador no prefeito”.

Nesta terça-feira, 15, o PSB praticamente selou a candidatura do deputado federal Duarte Júnior, que deve ter o apoio do governador, embora este continue achando que o próprio parlamentar “não se ajuda”.

Duarte é o nome do grupo com mais chances de chegar ao segundo turno contra Braide; o apoio de Brandão selaria a aliança com Dino em 2024, mesmo com uma eventual derrota do deputado.

Cumprindo seu papel de aliado na sucessão municipal, o governador garantiria maior poder de fogo na própria sucessão, em 2026, quando deve disputar uma vaga no Senado ou mesmo permanecer no governo para apoiar outro nome.

Ocasião em que Flávio Dino não terá mais do que reclamar…

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Encruzilhada à frente para Brandão em 2024…

Após frustradas tentativas de aproximação com o prefeito Eduardo Braide e a falta de nomes consistentes em seu grupo para a sucessão da capital maranhense, movimentos do governador apontam para uma reaproximação com o ministro da Justiça Flávio Dino; risco de ficar fora do segundo turno em São Luís tem pesado na reavaliação do Palácio dos Leões

 

Brandão tem tentado escapar de ser mero retrato nas mãos de Flávio Dino, mas começa a olhar uma encruzilhada em sua frente

Ensaio

O governador Carlos Brandão (PSB) tentou dois movimentos políticos nos últimos meses com vistas às eleições de 2024 em São Luís; ambos frustrados.

Primeiro tentou aproximação com o prefeito Eduardo Braide (PSD), apontado pelas pesquisas como favorito na sucessão do ano que vem; emissários do governador chegaram a cogitar indicação de um vice na chapa do prefeito, que ignorou solenemente os acenos.

Esnobado por Braide e sem intenção de somar com o deputado federal Duarte Jr. (PSB) – candidato do ministro Flávio Dino (PSB) – Brandão tentou viabilizar um nome de sua própria escolha na base, mas os pré-candidatos já postos não conseguiram deslanchar nas pesquisas.

Foi então que o governador viu-se em uma encruzilhada.

Sem relações com Braide e sem candidato de peso corre o risco de ficar fora do segundo turno em São Luís, o que significará uma primeira derrota para o grupo de Dino; e ainda ficaria obrigado a escolher entre os próprios Braide ou Dino, em condições ainda mais desfavoráveis.

A segunda derrota, neste caso, será a inviabilidade do próprio nome para o Senado em 2026.

Diante deste cenário desastroso, o governador começou a refazer acenos para Flávio Dino.

Na semana passada, o governador ignorou a festa de filiação do vereador Paulo Victor ao PSDB – articulada pelo seu chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira; Madeira também tratou de desmentir a própria especulação que apontava a volta do chefe ao ninho tucano. (Entenda aqui)

Derrotar Dino ou derrotar-se?!?

No início de 2023, a mídia política maranhense – incluindo este blog Marco Aurélio d’Eça – chegou a falar de comentários no Palácio dos Leões dando conta de que Brandão estaria disposto a permanecer até o final em seu governo para evitar que outro aliado de Flávio Dino – o vice-governador Felipe Camarão (PT) – assumisse o poder em 2026.

Essa hipótese já foi descartada pelo governador, pelo simples fato de que – ainda que impedisse a ascensão de Camarão – estaria derrotando a si próprio, uma vez que deixaria a política e ficaria sem mandato enquanto Dino permaneceria ao menos mais quatro anos no Senado; e cada vez mais forte em âmbito nacional.

Brandão Caminharia, portanto, para ser um novo José Reinaldo Tavares na política maranhense, tido como traidor e esquecido pelos próprios aliados.

O governador quer encerrar a carreira política como senador da República, mas hoje sabe que esta hipótese só é possível mantendo a aliança com Flávio Dino, que, inclusive, já estimula outros nomes para as duas vagas senatoriais na disputa de 2026.

Ele, o governador, já ouviu os recados dos próprios aliados de Dino de que o primeiro passo é estarem juntos na sucessão em São Luís, no mesmo palanque e com o mesmo candidato; caso contrário, será barrado em 2026.

Até por que, para o governador virar senador, obrigatoriamente tem que passar o mandato para Felipe Camarão – que pode, ou não, dependendo da maneira como for tratado ao longo de quatro anos – ignorar sua eventual candidatura.

À beira da encruzilhada, Carlos Brandão começou a fazer cálculos e já começa a perceber os riscos pessoais que corre na aventura de tornar-se politicamente independente.

Afinal, como já dizia José Sarney, em política ninguém se suicida…

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Flávio Dino quer base com Duarte em 2024 para barrar Brandão em 2026…

Ministro da Justiça decidiu pressionar os partidos mais próximos do seu espectro político com o argumento de que tendo o vice-governador Felipe Camarão e o eventual prefeito de São Luís na sucessão estadual impedirá uma debandada do aliado do Palácio dos Leões, que aposta em outras candidaturas na capital maranhense

 

Com Duarte tendo o apoio de Lula em 2024, Dino entende que pode frear o projeto de Brandão para 2026

O grupo do ministro da Justiça Flávio Dino iniciou uma ofensiva nos partidos à esquerda para garantir uma base de apoio ao deputado federal Duarte Jr. (PSB) nas eleições de 2024; além do próprio PSB, já estão certos na coligação o PT, o PCdoB e o PV, que formam a federação Brasil-Esperança.

Dinistas falam ainda do PDT, do senador Weverton Rocha, hoje convencido de que pode ter um palanque com Dino em 2026; mas já trabalham também para ter o PL, do deputado Josimar de Maranhãozinho, e o PP, cujo presidente estadual André Fufuca é cogitado para o ministério.

Dino percebeu que Duarte Jr. seria sua única opção na sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD) ao ver a movimentação do governador Carlos Brandão (PSB) por alternativas próprias em São Luís, como o deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil) e o vereador Paulo Victor (futuro PSDB).

Com Duarte eleito prefeito, entende o ministro da Justiça, Brandão teria ainda mais dificuldades, caso decida repetir o gesto de José Reinaldo Tavares, 20 anos depois, e ficar no governo até o final, inviabilizando o vice Felipe Camarão (PT) e apoiando outro candidato a governador.

Já está certo, por exemplo, que caberá à federação Brasil-Esperança o vice de Duarte Jr., provavelmente do PT, para envolver o presidente Lula diretamente na campanha; foi por isso que o PV decidiu barrar a entrada do ex-prefeito Edivaldo Júnior, que já não atende aso interesses políticos diretos de Dino.

O reforço à campanha de Duarte pressiona também o próprio Brandão a decidir-se logo sobre 2024; caso decida manter o palanque com Dino, garante as condições de eleger-se senador na chapa do candidato a governador, que, neste caso, seria, naturalmente, Felipe Camarão.

Neste momento da pré-campanha, no entanto, Brandão parece ter outros planos. Além do União Brasil, de Neto, e do PSDB, de Paulo Victor, o governador já conta com MDB e Podemos; e no Palácio dos Leões não se descarta, inclusive, uma aproximação com Eduardo Braide.

Mas esta é uma outra história…

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O Globo só disse de Flávio Dino e Brandão o que este blog diz desde o fim da eleição…

Matéria do jornal carioca confirmando o afastamento entre o ministro da Justiça e o governador do Maranhão ganhou interpretação de acordo com a identificação ideológica de cada analista, mas nenhuma delas consegue mais esconder o óbvio, revelado pelo blog Marco Aurélio d’Eça ainda durante a transição: os dois já não são mais aliados nos mesmos níveis de outrora, como mostra a linha do tempo desde a pré-campanha de 2022

 

Visita de Brandão a Sarney em São Luís; ex-presidente é hoje a opção do governador para furar o bloqueio criado por Flávio Dino em torno de Lula

Análise da Notícia

Ganhou uma forte repercussão no Maranhão a matéria do jornal O Globo desta segunda-feira, 14, confirmando o afastamento político entre o ministro da Justiça Flávio Dino e o governador Carlos Brandão (ambos do PSB); a matéria é, na verdade, uma compilação de diversas situações ocorridas ao longo dos últimos dois anos, a maioria delas tratadas pelo blog Marco Aurélio d’Eça.

O fato incontestável confirmado por O Globo, tratado pelos analistas maranhenses que abordaram a matéria do jornal carioca e que já havia sido antecipado nesta página: Flávio Dino e Brandão já não rezam a mesma cartilha.

O afastamento começou a ganhar cores públicas em março, quando Brandão decidiu afastar de sua gestão os principais operadores de Flávio Dino, a exemplo do ex-chefe da Casa Civil, Diego Galdino, do então secretário de Segurança, coronel Sílvio Leite e, principalmente, do presidente da Emap, Ted Lago.

A exoneração de Lago do comando do Porto do Itaqui, aliás, foi destrinchada pelo blog Marco Aurélio d’Eça em post próprio, em janeiro, com o título “Demissão de Ted Lago foi a maior pera de Flávio Dino no governo Brandão…”.

Mas o clima já não vinha bom desde o fim da campanha, com a reaproximação pública do governador, agora reeleito, e o grupo Sarney, relação avalizada no início pelo próprio Dino, que depois passou a reclamar a aliados no Maranhão e em Brasília.

Brandão abraçou os Sarney, levou diversos membros do grupo para o coração do governo e estreitou ainda mais a relação que já era íntima entre Dino e o grupo Mirante, braço de comunicação da família do ex-presidente da República.

Outro golpe do governador nas pretensões de hegemonia do grupo dinista se deu na eleição da Assembleia, novamente antecipada pelo blog Marco Aurélio d’Eça.

Ainda em novembro, quando toda a mídia maranhense reforçava uma possível reeleição do presidente Othelino Neto (PcdoB) – ou, no máximo, uma disputa deste com decanos, tipo Antonio Pereira (PSB) ou Arnaldo Melo (PP) – o blog Marco Aurélio d’Eça trouxe a informação definitiva, no post “Brandão quer homenagear mulheres com Iracema Vale no comando da Assembleia…”.

Iracema foi eleita presidente da Assembleia em fevereiro; e reeleita em junho para um segundo mandato a ser iniciado apenas em 2025, fato contestado no Supremo Tribunal Federal, como uma espécie de troco de Dino, assim como apontado no post “Tese contra reeleição de Iracema foi levandata pelo próprio PSB…”.

Esvaziado no governo, Flávio Dino decidiu dedicar suas atenções para o governo Lula, no qual fora alçado ministro da Justiça.

E desde então criou uma espécie de muro entre Brandão e Lula; para não ficar sem acesso ao presidente em Brasília, o governador procurou quem? Ninguém menos que o próprio Sarney, história também contada no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “A guerra entre Flávio Dino e Sarney por Brandão em Brasília…”.

Os Sarney deram a Brandão o comando do MDB maranhense, numa movimentação que passa pelas eleições municipais de 2024, mas tem como pano de fundo a ainda distante sucessão de 2026.

Três dias antes da reportagem de O Globo – e seis dias depois do post do blog Marco Aurélio d’Eça sobre a guerra entre Dino e Sarney por acesso de Brandão a Lula – Brandão gerou a imagem que ilustra este post, com uma visita pessoal ao ex-presidente Sarney, que estava se recuperando de uma queda em sua casa.

Esta é a linha do tempo da relação de Flávio Dino e Carlos Brandão, história que também foi antecipada no blog Marco Aurélio d’Eça, ainda em maio de 2021, no visionário post intitulado “Pauta de centro-esquerda tende a aproximar agendas de Flávio Dino e Weverton Rocha…”.

Mas esta é uma outra história…

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A doce ilusão que Flávio Dino cria em aliados de Weverton e Eliziane…

Ministro da Justiça estaria vendendo aos dois, ao mesmo tempo, a ideia de que vai liderar uma chapa para governador em 2026, caso o atual ocupante do Palácio dos Leões, Carlos Brandão, decida permanecer no cargo para eleger um aliado; estaria nesta estratégia dinista a razão para a indefinição dos grupos destes parlamentares entre ele e Brandão

 

Flávio Dino encantou Weverton e Eliziane com a ilusão de que pode repetir em 2026 a chapa vencedora de 2022

Editorial

Quem conversa com aliados do senador Weverton Rocha (PDT) no Maranhão e em Brasília ouve a seguinte sentença: “Flávio vai liderar uma chapa para o governo em 2026; e já trabalha reaproximação com Weverton, que disputará a reeleição. A outra vaga Eliziane terá que disputar com André Fufuca”.

A convicção deste pessoal é a mesma de aliados da senadora Eliziane Gama (PSD). Só que, no caso destes, será Weverton, e não ela, quem terá que disputar a segunda vaga de senador com Fufuca.

O Fufuca citado nas conversas é o deputado federal André Fufuca (PP), cotado para ministro do governo Lula (PT) e forte apoiador do governador Carlos Brandão (PSB); o parlamentar navega em faixa própria, alheio ao embate entre wevertistas e elizianistas.

O blog Marco Aurélio d’Eça apurou que a ilusão sonhada e pregada por aliados dos dois jovens senadores é criada pelo próprio Flávio Dino, por intermédio de interlocutores.

Estes aliados espalham no Maranhão e em Brasília que o ministro da Justiça será candidato a governador, caso o atual Carlos Brandão decida ficar até o final do mandato para lançar um nome mais próximo, inviabilizando o vice Felipe Camarão (PT).

Weverton e Eliziane figuraram na chapa de Flávio Dino em 2018 e derrotaram figurões da política maranhense, como o então senador Edison Lobão (MDB) e o então deputado federal Sarney Filho (PV).

O blog Marco Aurélio d’Eça apontou esta vitória antes mesmo da definição das chapas, em janeiro daquele ano, no post “Confronto de gerações nas eleições maranhenses…”

A possibilidade de repetição desta chapa em 2026 parece ter encantado o entorno dos dois parlamentares, contaminando os próprios senadores.

Nas últimas semanas, Weverton Rocha voltou a criticar fortemente o governo Brandão; o blog Marco Aurélio d’Eça também apurou que o senador pedetista recusou dois convites para conversar com o atual governador – um em São Luís, outro em Brasília.

Sinal de que, não apenas seus aliados, mas ele também, já fora picado pela mosca azul enviada por Dino.

Eliziane, por sua vez, apoiou Brandão em 2022 com a garantia de que seriam ela e ele os candidatos a senador em 2026; ganhou forte projeção no Senado durante o governo Lula, mas tem dependência histórica de Flávio Dino.

Essa esperança gerada por Dino seria a explicação para Weverton, Eliziane estarem, neste momento, numa espécie de muro imaginário entre o governador e o ministro esperando o momento para definir o lado a descer.

Só há um problema nesta equação: há duas vagas em disputa no Senado em 2026 e não três; e é óbvio que se decidir chutar o pau da barraca em relação a Dino, Brandão terá um nome próprio, que concorrerá com a estrutura do Governo do Estado sob seu comando.

Flávio Dino, portanto, está enganando alguém.

Ou a todos eles…