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A histórica crítica de José Sarney ao feriado de “adesão” do Maranhão

Ex-presidente não aceita a data de 28 de julho como a que marca a aceitação da independência do Brasil por entender que este gesto se deu por imposição de quem ele chama de “pirata inglês Lord Cochrane”; o maranhense entende que a data certa para a festa é 31 de julho, quando os revoltosos derrotaram, em Caxias, o general João José da Cunha Fidié, defensor da coroa portuguesa

 

Luta em Caxias contra as forças portuguesas representadas por Fidié; para Sarney esta é a data de adesão do Maranhão à independência do Brasil

Resenha

Muito maranhense aproveita o dia 28 de julho para descansar sem sequer saber o motivo do feriado; isso ocorre por que, historicamente, a data de “Adesão do Maranhão à Independência do Brasil” é uma questão historicamente controversa.

O Maranhão foi o último estado a aceitar a criação do Império Brasileiro, o que oficialmente é registrado no dia 28 de julho de 1823, um ano depois do grito de Dom Pedro I.

Entre os que criticam esta data há um ilustre cidadão, o ex-presidente da República José Sarney; para Sarney, o dia correto para festejar a integração do estado às forças contrárias ao controle de Portugal é 31 de julho, quando, em Caxias, as forças revolucionárias derrotaram o general João José da Cunha Fidié, que lutava em favor da coroa portuguesa.

Em artigo de 2022 republicado em alguns setores da imprensa nesta sexta-feira, 28, intitulado “A Data Certa”, o ex-presidente faz o resgate histórico da adesão do Maranhão à independência do Brasil e conclama: “Abaixo o feriado de 28 de julho”. 

– Em junho [de 1823], em São Luís, a Junta Governativa se resolve pelo Império, mas chega guarnição portuguesa, e ela engole a adesão. Acontece então o golpe do pirata Cochrane, que, com um simples navio e um patacho, toma a cidade e exige sua rendição. Faz, então, a adesão de 28 de julho. Mas a guerra, já perto do fim, continua. Cercado em Caxias, o Fidié se rende só no dia 31 de julho. Assim, o nosso Pirajá, de 2 de julho na Bahia, é a cidade de Caxias, 31 de julho, com a rendição de Fidié – conta Sarney em seu artigo. (Leia a íntegra aqui) 

O escocês Thomas Cochrane foi contratado por Dom Pedro I para organizar a Marinha Brasileira; mas para o ex-presidente e membro da Academia Brasileira de Letras não passa de um inescrupuloso pirata, que saqueou a cidade, tomou propriedades de portugueses não-residentes e aprisionou o povo com controle de dívidas, roubou tudo o que pode e voltou para a Inglaterra.

– E nós aqui a comemorar a adesão regida por esse mercenário em vez de honrar a vitória feita pelos valentes cearenses, piauienses e maranhenses, que enfrentaram as armas para assegurar nossa independência! – lamenta o ex-presidente.

É a história do Brasil e do Maranhão contada por quem se dedica a estudá-la e pesquisá-la…

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20 anos depois, Flávio Dino e Carlos Brandão vivem mesma situação de Roseana e José Reinaldo

Da mesma forma que em 2002, quando a hoje deputada federal deixou o governo, se elegeu senadora com forte influência nacional no primeiro mandato do presidente Lula – fazendo seu sucessor no Maranhão e rompendo com este pouco tempo depois – o hoje ministro da Justiça, também em destaque nacional, enfrenta a mesma situação com seu ex-vice, que era o principal auxiliar de Tavares há duas décadas

 

Flávio Dino vive hoje com Brandão as mesmas circunstâncias pessoais e políticas que Roseana viveu com José Reinaldo há 20 anos

Ensaio

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) é para a história maranhense, hoje, o que a agora deputada federal Roseana Sarney (MDB) foi há 20 anos.

Assim como Roseana no início do primeiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2003, Dino hoje, em 2023 – quando Lula retorna ao poder – tem forte influência nacional e é cotado como opção presidencial

E assim como a emedebista à época, o socialista enfrenta, atualmente, situação de intenso desgaste com o sucessor eleito em sua chapa.

Liderança política maranhense mais ovacionada no Brasil em 2002, Roseana liderou o início da corrida pela sucessão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas acabou aliando-se a Lula. Tinha como vice no Maranhão o mais radical dos sarneysistas, José Reinaldo Tavares (então no PFL), mas dava mostras de não confiar nele para sua sucessão.

Havia outras opções no governo roseanista, como o então chefe da Casa Civil João Abreu, preferido por ela, e o então Secretário de Desenvolvimento Social, Luiz Fernando Silva, por própria conta e risco.

Liderança política maranhense mais ovacionada no Brasil em 2022, Flávio Dino chegou a ser cotado para a sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas acabou aliando-se a Lula. Tinha como vice no Maranhão um ex-sarneysista histórico, Carlos Brandão (então no PSDB), mas não demonstrava definição em torno do seu nome para a sucessão no estado.

Havia outras opções no governo dinista, como o senador Weverton Rocha (PDT), mais alinhado ideologicamente ao próprio governador, e o secretário de Indústria e Comércio Simplício Araújo, por própria conta e risco.

Neste ponto da linha do tempo, faz-se necessário uma importante referência: vice de Flávio Dino em 2022, Carlos Brandão era o principal auxiliar de José Reinaldo, vice de Roseana em 2002.

Há várias versões para o rompimento de José Reinaldo e Roseana; a mais aceita historicamente diz que a ex-governadora fez questão de diminuir o seu então vice nos oito anos em que esteve no Palácio dos Leões, o que acirrou os ânimos da família Tavares, notadamente o da mulher dele, Alexandra.

Há várias versões para o estremecimento entre Flávio Dino e Carlos Brandão; a mais aceita diz que Dino diminuiu Brandão nos oito anos em que esteve no Palácio dos Leões, o que acirrou os ânimos da família Brandão, notadamente o do irmão caçula, Marcus Brandão.

A grande responsável pelo rompimento entre Tavares e Roseana, já às vésperas das eleições municipais de 2004, foi Alexandra, que decidiu ignorar o candidato sarneysista em São Luís, levando o marido a apoiar o prefeito pedetista Tadeu Palácio.

Nos bastidores da pré-campanha municipal de 2024, aponta-se Marcos Brandão como responsável pela articulação política que formará o palanque do irmão em São Luís, dificilmente o mesmo em que esteja Flávio Dino.

A história política maranhense mostra que Roseana tentou interferir no governo do sucessor, levando-o ao rompimento político e à primeira derrota do grupo Sarney em 40 anos de poder no Maranhão, em 2006.

À época, nem a força de Lula, reeleito em primeiro turno, foi capaz de garantir vitória de Roseana contra a força do Palácio dos Leões, com José Reinaldo à frente do governo e Jackson Lago embalando às forças antisarneysistas.

A história política maranhense se repete vinte anos depois.

Flávio Dino usa a força do cargo de ministro da Justiça para mostrar-se como único acesso a Lula em Brasília, o que tem levado Brandão a buscar nos próprios Sarney’s o caminho para furar o bloqueio dinista.

Versões dos bastidores do poder no Maranhão apontam que o ministro da Justiça – assim como Roseana em 2006 – aposta na força de Lula, em 2026, para voltar ao poder no Maranhão, embalado pelos mesmos garotos que estiveram com ele na reeleição de 2018.

Esta história já foi, inclusive, contada no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “a doce ilusão que Flávio Dino cria entre aliados de Weverton e Eliziane…”.

Mas desta vez Lula será suficiente para enfrentar o rugir do Palácio dos Leões?!? E Brandão seguirá o mesmo caminho de José Reinaldo, abrindo mão de um mandato senatorial para derrotar o ex-aliado, repetindo a história de 2006?!?

A história poderá se repetir como farsa para alguns.

E para outros como tragédia…

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Jackista diz que PDT perdeu até o direito de sentar à mesa das eleições 2024

Histórico no partido, ex-secretário Abdelaziz Santos faz em artigo críticas duras às lideranças – umas por omissão e falta de diálogo com a militância, outras por apostar em candidaturas sem discussão prévia com os movimentos organizados – e lamenta que, com um senador, um deputado federal, quatro deputados estaduais e três vereadores em São Luís a legenda “pareça cambalear”, “sem norte político”

 

Weverton, por omissão, e Penha, por posição pessoal, são os alvos principais de Aziz Santos pela letargia do PDT em São Luís

O ex-secretário Abdelaziz Santos – que comandou a Administração e o Planejamento nas gestões de Jackson Lago em São Luís e no Governo do Estado – voltou neste fim de semana a criticar a letargia do seu partido, o PDT, no debate sobre as eleições de 2024.

Sem citar nomes, Aziz Santos critica duramente “lideranças que falam apenas com quem querem e não ouvem a militância” e outras que “apostam em candidaturas deste ou daquele sem discussão prévia com movimentos organizados”.

O artigo “O PDT e suas idiossincrasias”, de Aziz, foi publicado nos principais jornais e  páginas de internet no sábado, 15 e domingo, 16.

– Tantas batalhas, tanto tempo de combate, de repente tudo isso jogado fora como se nada tivesse valido a pena. Ainda há tempo, senhores. Precisamos urgentemente sair desse pântano de areia movediça, convidar os movimentos organizados e a militância em geral para traçarmos os nossos rumos, a nossa caminhada – afirmou o líder jackista.

Embora não tenha citado nomes, tudo indica que o artigo de Abdelaziz é um recado direto ao senador Weverton Rocha e ao vereador Raimundo Penha, as lideranças mais expostas do PDT – por ação ou omissão – no que diz respeito à sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD).

A crítica a Weverton se dá pela omissão do debate, por “falar apenas com quem quer” e “não ouvir a militância”; já a provocação a Penha é por conta de sua insistência em tirar o PDT do jogo da sucessão e defender pessoalmente a candidatura do colega Paulo Victor (sem partido), “não se sabe bem o por quê”, segundo afirmou Aziz.

– Se pensarmos no cenário de São Luís, a nossa Capital, após o PDT ter comandado exitosamente o município por décadas, o quadro é de uma tristeza sem precedentes. Não há conversa, não se tem notícias de diálogo – afirmou o ex-secretário.

Este blog Marco Aurélio d’Eça também tem feito ponderações a respeito da postura do PDT na sucessão de Braide; a legenda, hoje comandada por Weverton Rocha está no poder em São Luís desde 1988, seja com prefeito próprio, seja participando de gestões.

Mas desde o fracasso nas eleições de 2022, parece ter perdido o rumo e ressentindo-se de falta de liderança e diálogo, vivendo uma inédita “divergência conceitual interna…”.

– O PDT tem história ímpar e quadros excelentes para uma boa disputa eleitoral. Temos 4 deputados estaduais, 3 vereadores em São Luís, 1 deputado federal e 1 senador. Somos muitos. Falta diálogo, falta liderança. Apenas isso – desabafou o ex-auxilair de Jackson Lago.

No artigo “O PDT e suas idiossicrasias”, Aziz Santos aponta a artilharia também para Braide, que “no segundo turno ajudamos a eleger” em 2020.

– Se é verdade que este deixou de cumprir compromissos com o Partido, poderá ter o mesmo fim da Conceição, do Tadeu e do Holandinha. Se existiram politicamente ninguém sabe, ninguém viu – bateu Aziz.

O ex-secretário cobra postura das lideranças e recolocação do PDT nos trilhos do debate eleitoral, para evitar o fim melancólico do partido.

– Fala-se que o PDT hoje perdeu até o direito de sentar-se à mesa de negociações sobre as próximas eleições, tudo isso porque as lideranças não nos apontam caminhos – avalia.

Abaixo, a íntegra do artigo de Abdelaziz Santos:

O PDT e suas idiossincrasias

No passado, o PDT e o PT tinham uma coisa em comum: os governos do Brasil geralmente se inclinavam à direita e os partidos mais à esquerda abraçavam a política sem o desejo prematuro de poder. Posteriormente, ambos ganharam eleições importantes. O PT então encantou-se com o poder e decidiu abandonar seu Projeto de Nação ainda não consolidado, fixando-se num Projeto de Poder que o mantém até hoje na política brasileira, agora cada vez mais fragilizado. Sua liderança máxima, o Lula, aonde vai no exercício da Presidência é falando coisas de arrepiar: casos da Ucrânia, Venezuela, democracia relativa e outras bobagens que tais. A última é que o Governo está vivendo sua melhor fase com o Legislativo. Quer dizer, o Centrão manda e desmanda e isso é bom para o Governo, segundo o Presidente. Ficamos livres do Bolsonaro, mas não de bobagens

Já o PDT, diferentemente do PT, quando assumia funções de governo mostrava que era pela educação que se resolveria o nó górdio do atraso do Brasil e, exercendo ou não o poder, sempre empunhava as bandeiras do desarmamento mundial, da superação do subdesenvolvimento econômico e tecnológico do Terceiro Mundo, da garantia da soberania dos povos e, especialmente, em relação ao Brasil, da educação libertária. Enfim, o seu Projeto de Nação era a bússola, e mais importante do que o Poder.

Ocorre que, tendo perdido a alma com a morte do Brizola, o PDT perdeu-se nos descaminhos  da política. Mais recentemente ensaiou a candidatura de Ciro Gomes à Presidência e, não obstante, tudo o que este disse do PT e do Lula na campanha de nada serviu, pois o Partido resolve ironicamente compor o seu ministério, ao invés de adotar uma posição crítica ao governo, oferecendo sua contribuição ao Brasil, agora a partir do PND do Ciro. Triste!

Aqui, no Maranhão, vivemos tempos gloriosos sob a liderança do Jackson Lago, que perdia e ganhava eleições até assumir o Governo, logo deposto pelos Sarneys, servindo-se de golpe judiciário que manchou a biografia de vários ministros do TSE. O seu Projeto de Maranhão era claro. Com ou sem mandato, ao ser indagado qual o caminho a percorrer, a resposta era cristalina, ou seja, no caminho em que sempre estivemos, contrário às oligarquias que ajudaram a empobrecer a população que vivia – e vive – à margem do ciclo econômico do minério de ferro e da monocultura, e outros grupos que depredam a natureza em benefício dos seus próprios interesses, e a favor  da educação, da produção a partir do desenvolvimento local e da  inclusão das massas populares.

Testemunhei a firmeza de princípios de Jackson Lago ao recusar acenos de aproximação ao grupo Sarney.  Jamais rendeu-se ao canto das sereias! Preferiu imolar-se a ser criminosamente ceifado em vida, por via dos que pregam a capitulação dos ideais a um projeto de poder. Faltam-nos, no Brasil e no Maranhão, homens dessa têmpera.

Após a morte do nosso grande  líder das oposições maranhenses, o PDT parece cambalear, não se vislumbra o norte político.  O que ouço diariamente dos pedetistas que me visitam é que as nossas principais lideranças regionais falam apenas com quem querem, não ouvem a militância, preferem submeter-se ao jogo tradicional da política menor.

No plano municipal a desgraça se repete. O pior de tudo é que se percebe uma espécie de medo da militância na interlocução com as lideranças do partido. Os que dele dependem para sobreviver merecem nossa compaixão. E os outros, que têm vida própria, silenciam por quê?

Se pensarmos no cenário de São Luís, a nossa Capital, após o PDT ter comandado exitosamente o município por décadas, o quadro é de uma tristeza sem precedentes. Não há conversa, não se tem notícias de diálogo. Fala-se que o PDT hoje perdeu até o direito de sentar-se à mesa de negociações sobre as próximas eleições, tudo isso porque as lideranças não nos apontam caminhos. Aqui e acolá, um ou outro dirigente sai na frente, não se sabe se autorizado ou não, a apostar em candidatura deste ou daquele personagem, sem discussão prévia com os movimentos organizados, não se sabe bem  o porquê. Triste!

Nas eleições passadas, mesmo sem candidatura própria, fizemos um bom primeiro turno e, no segundo, ajudamos a eleger o Braide. Se é verdade que este deixou de cumprir compromissos com o Partido, poderá ter o mesmo fim da Conceição, do Tadeu e do Holandinha. Se existiram politicamente ninguém sabe, ninguém viu.

E nosso legado? Tantas batalhas, tanto tempo de combate,  de repente tudo isso jogado fora como se nada tivesse valido a pena. Ainda há tempo, senhores. Precisamos urgentemente sair desse pântano de areia movediça, convidar os movimentos organizados e a militância em geral para traçarmos os nossos rumos, a nossa caminhada. O PDT tem história ímpar e quadros excelentes para uma boa disputa eleitoral. Temos 4 deputados estaduais, 3 vereadores em São Luís, 1 deputado federal e 1 senador. Somos muitos. Falta diálogo, falta liderança. Apenas isso.

Abdelaziz Santos

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Hotel ícone do Centro Histórico fecha as portas em São Luís…

Com o nome atual de Grand São Luís, antigo Vila Rica viveu o seu auge, entre os anos 80 e 90, com festas e eventos memoráveis da alta sociedade ludovicense; fechado desde o início da pandemia, a empresa decidiu encerrar definitivamente suas atividades deixando um vazio na Praça Pedro II, que tem a edificação como um dos símbolos, ao lado da Igreja da Sé e dos Palácios do governo, da prefeitura e do Tribunal de Justiça

 

Inserido na arquitetura do Centro Histórico, o Grand São Luís Hotel mantém a mesma estrutura desde os tempos de Vila Rica; agora fechou as portas definitivamente

O Grand São Luís Hotel, antigo Hotel Vila Rica, no Centro Histórico de São Luís – um dos mais tradicionais ambientes do turismo da capital maranhense – decidiu encerrar definitivamente suas atividades.

Fechado desde o início da pandemia, o empreendimento não conseguiu se firmar no novo momento do turismo, aproveitando o boom da revitalização do Centro Histórico, com eventos semanais promovidos pelo poder público.

A falta de um estacionamento de grande porte e a concorrência com os resorts atrapalharam o desempenho do hotel, que tem vista exclusiva para a baía de São Marcos e área de lazer eternamente ensolarada.

O antigo Hotel Vila Rica é um dos ícones do Centro Histórico e foi palco da badalação de São Luís nos anos 70, 80 e início dos 90, com suas festas memoráveis, reunindo a alta sociedade maranhense.

Era à beira da piscina do Vila Rica que se realizavam os clássicos concursos Miss Maranhão, sob a batuta da lendária Flor de Lis; o hotel abrigou por anos a boite Apocalipse, palco da juventude ludovicense, com festas memoráveis nos fins de semana.

Sob controle dos empresários Edilson Baldez e Luiz Carlos Cantanhede desde 2005, o Grand São Luís – que já recebeu a delegação do Papa João Paulo II – nunca conseguiu se firmar como opção hoteleira, apesar do charme, do requinte e da localização em plena Praça Pedro II.

O objetivo dos atuais donos é manter o prédio no ramo hoteleiro.

Estudam ofertas de redes nacionais e internacionais…

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Reformada e modernizada, casa de Sarney volta a ser palco de movimentações políticas

Abandonada pela família do ex-presidente há alguns anos, propriedade na praia do Calhau, em São Luís – que já foi palco de inúmeros episódios da República e guarda importante cervo artístico e cultural maranhense – ganhou novos móveis, decoração atualizada e voltou a ser habitada pelo ilustre proprietário

 

Na imagem publicada por Gilberto Léda, Sarney em frente à sua modernizada casa, como símbolo de sua reentrance na vida política maranhense

Ensaio

Uma imagem publicada no blog do jornalista Gilberto Léda, nesta terça-feira, 30, foi uma espécie de “reinauguração informal” da famosa mansão da família Sarney, na praia do Calhau, como palco dos mais importantes debates políticos do Maranhão.

Nesta imagem aparecem o próprio ex-presidente José Sarney, na sacada em estilo colonial da mansão, com lideranças políticas embaixo, no modernizado pátio de acesso à praia, no que seriam os fundos da residência, guardada por um portão que foi doado à família – e, contam, fechava o cemitério da cidade de Alcântara. 

Sarney voltou a morar na mansão do Calhau, que passou quase 10 anos ocupada apenas por funcionários da família.

Para voltar a abrigar Sarney, sua mulher, dona Marly, filhos, netos, bisnetos e tetranetos, a casa passou por uma ampla e minuciosa reforma, que deu ares modernos à decoração, embora tenha mantido a arquitetura original, no estilo colonial, com seus salões amplos, pátios internos – muitos deles agora gramados – e suas passagens em arco. 

A família Sarney está de volta ao debate político como espécies de consultores e aliados do governador  Carlos Brandão (PSB); e a imagem na frente da casa é o símbolo desta reentrance.

O governador tem frequentado rotineiramente a casa do Calhau; a matéria em que Léda usou a imagem de Sarney na sacada, por exemplo, trata de articulações para reforçar o controle de Brandão no MDB, que agora será comandado por seu irmão, Marcus Brandão.

A casa de Sarney ocupa um quarteirão em uma das áreas do Calhau mais próximas à praia; imóvel agora valorizado pela reforma

Assim como ele próprio, a casa de Sarney é um símbolo da política maranhense.

Movimentada por lideranças políticas nacionais e internacionais na década de 80, passou a ser chamada pejorativamente de “casa mal assombrada” pela oposição dos anos 90; e experimentou a decadência política do grupo a partir dos anos 2000.

Agora volta repaginada, modernizada e desagravada pela história e por aqueles próprios que a taxaram negativamente no passado.

Voltam a casa, volta Sarney, seu histórico partido e seu grupo político… 

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A história de uma foto: um voo presidencial…

Coluna desta semana do blog Marco Aurélio d’Eça conta a primeira viagem de um grupo de jornalistas maranhenses e nacionais no antigo avião da Presidência da República, em 1999, entre Alcântara e São Luís

 

Marco Aurélio d’Eça com Marcelo Canelas, Dida Sampaio e outros jornalistas

Memória

Em 1999, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) veio ao Maranhão para uma visita ao Centro de Lançamento de Alcântara.

Foi a primeira vez que jornalistas puderam viajar no avião presidencial da Força Aérea Brasileira (FAB) dentro do território nacional – antes, essa permissão era dada apenas em voos internacionais.

Vieram de Brasília com o presidente os jornalistas Marcelo Canelas (Rede Globo), Ilimar Franco (O Estado de S. Paulo), Irineu Machado (Folha de S.Paulo), dentre outros.

Os jornalistas de São Luís juntaram- se a eles na base de Alcântara, já no retorno a São Luís, após travessia pela Baía de São Marcos na lendária Batevento.

Entre eles o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça.

Marco Aurélio d’Eça, Silva Diniz e Marcelo Canelas, descendo do “Sucatão” em São Luís

Foi um voo de menos de 10 minutos, mas uma aventura histórica, retratada nas imagens que ilustram este post.

O fotógrafo Dida Sampaio, de O Estado de S.Paulo – que aparece ao lado de d’Eça no ônibus da FAB já no território de Alcântara – atuou em Brasília até ano passado.

Marco d’Eça com Dida Sampaio no ônibus da FAB, em Alcântara

Em 2020, Sampaio foi atacado por bolsonaristas em uma manifestação em Brasília. (Relembre aqui)

Vencedor dos prêmios Esso e Vladimir Herzog de Jornalismo, Dida Sampaio morreu em maio de 2022, em Brasília. (Saiba mais aqui)

A viagem com FHC, que estava acompanhado da então governadora Roseana Sarney (MDB) foi preparatória para a tentativa de lançamento do foguete a partir de Alcântara, o mesmo que explodiu em 2003, matando praticamente todas as mentes do programa espacial que atuavam no CLA. (Relembre aqui)

São histórias de 30 anos de Jornalismo.

Histórias que marcaram a vida do Maranhão…

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A história de uma foto: Flávio Dino antes do poder…

Imagem mostra encontro hoje considerado improvável entre o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça e o hoje ministro da Justiça Flávio Dino, em 2008, nos tempos em que o então comunista ainda estava fora do poder; é mais um capítulo de uma coluna que resgata fatos históricos marcados por imagens icônicas

 

Marco Aurélio d’Eça conversa amistosamente com Flávio Dino, nos tempos em que o comunista ainda estava fora do poder político

Em outubro de 2019, este blog Marco Aurélio d’Eça lançou a coluna “A história de uma foto”, com o objetivo de mostrar a presença do editor em fatos da história política maranhense por meio de imagens marcantes.

A primeira imagem desta coluna ganhou post com o título “Roseana Sarney pós-cirurgia em 1998”, que conta a história da reeleição da hoje deputada federal do MDB mesmo após passar praticamente toda a campanha internada.

Nesta sexta-feira, 21, o blog traz mais uma destas fotos icônicas.

Nela, aparecem Marco d’Eça e o agora ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), nos tempos em que o ex-comunista ainda estava fora do poder.

A foto foi registrada pelo colunista Felipe Klamt, hoje no jornal O Imparcial; encontro na casa do então deputado estadual Rubens Pereira Jr. (PT).

Era o ano de 2008. Flávio Dino preparava-se para disputar a Prefeitura de São Luís contra o então deputado federal João Castelo (PSDB).

Flávio Dino perdeu aquela eleição em segundo turno, após acirrada disputa – e com o apoio do titular deste blog Marco Aurélio d’Eça.

Mas quatro anos antes, em 2004, o jornalista já havia protagonizado outra ação com Flávio Dino.

Coube a d’Eça a primeira entrevista em que o comunista, ainda juiz federal, falava de suas pretensões em disputar a sucessão municipal dquele ano pelo PT – e com o apoio da então governadora Roseana Sarney.

Esta história foi contada neste blog Marco Aurélio d’Eça em agosto de 2014, no post “Flávio Dino e sua relação histórica com os Sarney…”.

– Naquele dia, uma tarde de fevereiro ou março de 2004, o jornalista, então repórter de Política do jornal O EstadoMaranhão, foi chamado à redação para uma entrevista com Flávio Dino, que iria anunciar ali sua pretensão de disputar a prefeitura naquele ano pelo PT; A entrevista foi feita e publicada na edição de domingo de O Estado – contou o blog, à época.

Flávio Dino não conseguiu viabilizar-se no PT e adiou o sonho de entrar na Política para 2006, quando chegou à Câmara Federal pelas mãos do então governador José Reinaldo Tavares (PSB).

O tempo passou, Flávio Dino virou governador, passou oito anos no poder e ganhou ares autoritários; hoje sequer cumprimenta alguém que não reze em sua cartilha.

Mas tanto o agora ministro da Justiça quanto o jornalista seguem na militância.

O primeiro exercendo o poder da forma que acredita; o outro fazendo o acompanhamento diário deste poder, sentindo-se no direito de criticar quando entender necessário.

E a história segue…

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Câmara reúne ex-presidentes em homenagem a ex-diretores de Comunicação da Casa

Sessão solene organizada pelo atual presidente Francisco Chaguinhas reuniu nomes como Manoel Ribeiro e Ivan Sarney, ícones do jornalismo – como José Raimundo, Luís Cardoso e Djalma Rodrigues – além do titular do blog Marco Aurélio d’Eça

 

Alguns dos homenageados em pose histórica para as fotos

 

A Câmara Municipal de São Luís realizou na tarde desta quarta-feira, 19, uma das mais emblemáticas sessões solenes de sua história, ao reunir no mesmo plenário ex-presidentes da Casa e ex-diretores de Comunicação do Poder Legislativo.

Entre as figuras históricas, lendas da política do porte do ex-deputado Manoel Ribeiro e dos ex-vereadores Isaías Pereirinha e Ivan Sarney, além de ícones do jornalismo do porte de josé Raimundo Rodrigues, Luís Cardoso e Djalma Rodrigues.

O titular do blog Marco Aurélio d’Eça em seu discurso de agradecimento

O blog Marco Aurélio d’Eça foi orgulhosamente representado pelo seu titular, jornalista Marco d’Eça, que foi diretor de Comunicação na gestão de Osmar Filho (PDT), entre 2021 e 2022.

Não há na história da Câmara nenhuma outra sessão que tenha reunido tantos ex-presidentes ainda vivos. 

– Hoje, sem dúvidas, será um dia inesquecível para a Câmara, que pela primeira vez em sua trajetória, se reúne numa solenidade para homenagear aqueles que, ao longo dos anos, comandaram equipes para continuarem escrevendo a história deste Parlamento – destacou Francisco Chaguinhas.

O plenário ficou lotado de jornalistas, autoridades e familiares dos homenageados

A homenagem alcançou todos os ex-diretores da Casa desde a formalização do cargo de diretor de Comunicação, na gestão de Lia Varela, em 1985, até a de Osmar Filho, encerrada em 2022.

Os jornalistas Mário Coutinho, Cunha Santos, Aldionor Salgado e Udes Cruz foram emocionadamente representados pelos filhos, alguns jornalistas comos os pais.

Mais longevo diretor de Comunicação da história da Câmara, com mais de 20 anos à frente do posto, Djalma Rodrigues fez o discurso de encerramento, destacando a importância da Comunicação para os poderes institucionais.

Também foram homenageados os jornalistas ex-diretores Gláucio Ericeira e Itamargareth Correia Lima.

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O protagonismo do PDT nas eleições de São Luís

Todos os prefeitos eleitos na capital maranhense a partir de 1988 – de Jackson Lago a Eduardo Braide, passando por Tadeu Palácio, João Castelo e Edivaldo Júnior – estavam filiados ou foram apoiados pelo partido hoje presidido pelo senador Weverton Rocha, que garantiu o protagonismo também em 2024

 

Weverton decidiu tremular ele próprio a bandeira do PDT nas eleições de 2024

A última entrevista do senador Weverton Rocha à TV Mirante, na última segunda-feira, 3, teve forte repercussão política, sobretudo pela recolocação do PDT no jogo sucessório de 2024.

Após uma espécie de período sabático pós-eleições de 2022, Weverton aproveitou a entrevista para  reposicionar seu partido, que protagonizou as eleições em São Luís nos últimos 35 anos.

Desde as eleições de 1988, quando elegeu Jackson Lago, o PDT venceu todas as eleições na capital maranhense, seja com um candidato do partido, seja apoiando outras agremiações.

Foi assim em 2004, com o então pedetista Tadeu Palácio, em 2008 com o tucano João Castelo, em 2012 com Edivaldo Júnior, ainda no PTC, e em 2016, com ele já filiado ao PDT.

Na última eleição da capital, em 2020, o PDT foi fundamental no segundo turno para a eleição de Eduardo Braide (hoje no PSD).

É por este protagonismo histórico que Weverton Rocha decidiu chamar para si a responsabilidade de posicionar o PDT na sucessão municipal.

Com ou sem nome próprio entre os candidatos…

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Roberto Costa destaca momento político histórico de Bacabal…

Pela primeira vez na história o município tem três representantes na Assembleia Legislativa – o próprio Costa, além dos colegas Davi Brandão e Florêncio Neto – todos com o mesmo objetivo de lutar pela cidade

 

Costa participou da Sabatina do sobrinho do governador para a vaga no Tribunal de Contas do Estado

O deptuado estadual Roberto Costa (MDB) destacou nesta terça-feria, 14, durante sessão na  Assembleia Legislativa, a ampla representatividade da região de Bacabal no Poder Legislativo.

O parlamentar entende ser a primeira vez que o município tem três reprsentantes eleitos para a Casa.

– Bacabal vive um momento muito especial na vida política, na vida administrativa. Fazia muitos anos, eu acho que nunca teve na história de Bacabal três representantes, três deputados da cidade Bacabal: o Deputado Florêncio Neto, o Deputado Davi e o Deputado Roberto Costa. estamos aqui irmanados, como a gente sempre diz, em prol da cidade de Bacabal, em prol do nosso prefeito Edvan Brandão para que a gente possa continuar levando os benefícios necessários – discursou Roberto Costa.

Sabatina Daniel Brandão no TCE

Roberto Costa destacou na Assembleia ao colega Davi Brandão a importância da representatividade política da região de Bacabal

O  2º Secretário da Mesa Diretora ainda participou durante a tarde da sabatina do advogado Daniel Brandão, que teve sua candidatura deferida pela Comissão Especial da Assembleia Legislativa para ocupar o cargo de conselheiro de contas no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão.

A pauta irá para votação no plenário da casa, ainda esta semana. Sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB), Daniel já tem apoio dos 41 deputados estaduais.

Iracema Vale governadora

O deputado do MDB também participou da posse da governadora em exercício Iracema Vale

O deputado estadual Roberto Costa (MDB) cumpriu agenda nesta terça-feira, 14, no Palácio dos Leões, onde a presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão tomou posse interinamente como governadora do estado, devido às ausências do governador Brandão e seu vice Felipe Camarão, que estão em viagem oficial para a Europa.

“É a segunda mulher a assumir o governo do estado; a nossa deputada Iracema Vale já vem fazendo história na política maranhense quando foi eleita a primeira mulher para presidir o Poder Legislativo. Sou convicto da sua competência e sei que prestará um excelente serviço também como chefe do Poder Executivo durante esta semana”, destacou Roberto Costa.

Da assessoria, com edição do blog