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Sabatina com candidatos da OAB a desembargador abre primeira crise entre Brandão e o TJ-MA

Relação que vinha em clima harmônico desde 2022 foi quebrada com a insistência da maioria do tribunal de submeter a uma espécie de sabatina os advogados escolhidos em lista sêxtupla pela OAB-MA para compor o Quinto Constitucional, o que exporia a fragilidade do preparo do candidato do governador para o cargo, advogado Flávio Costa

 

Confrades desde 2022, Paulo Velten e Carlos Brandão vivem clima pesado, hoje, entre os poderes Judiciário e Executivo

O Tribunal de Justiça do Maranhão expõe desde a última quarta-feira, 14, a primeira crise institucional com o governador Carlos Brandão (PSB); e deixou no meio da queda-de-braço o presidente do Poder Judiciário, desembargador Paulo Velten.

Parte do TJ-MA insiste na tese – rejeitada pela Ordem dos Advogados do Brasil – de submeter a uma espécie de sabatina os seis advogados escolhidos pelo Conselho de Ordem como candidato à vaga de desembargador que pertence à categoria pela Lei do Quinto Constitucional.

Convencido pelos aliados que querem a vaga no TJ-MA para o advogado Flávio Costa, Carlos Brandão vinha negociando diretamente com Paulo Velten para evitar a discussão de uma sabatina, o que exporia a fragilidade intelectual do seu candidato.

O caldo desandou quando Brandão soube que já existia uma proposta de mudança no Regimento Interno do TJ-MA e decidiu peitar Velten contra a aprovação da medida que força a realização da sabatina; a pressão do governador levou a maior parte dos desembargadores a se voltar contra o Palácio dos Leões.

Rejeitada pela OAB-MA, que vê nisso uma interferência indevida na questão interna dos advogados, a ideia da sabatina é defendida, principalmente, pelos desembargadores Gervásio Protásio dos Santos e Ronaldo Maciel, que  vivem em atrito histórico com a classe dos advogados.

Candidato do ministro da Justiça Flávio Dino para o Superior Tribunal de Justiça, Paulo Velten vinha sendo questionado pelo Palácio dos Leões por suas ações vistas como empecilhos à escolha de Flávio Costa para desembargador.

Na sessão do Pleno da última quarta-feira, 14, foi posta em debate uma alteração ao artigo 43 do Regimento Interno do TJ-MA, incluindo a sabatina como uma das fases de escolha dos candidatos do Quinto Constitucional.

Aliados de Brandão no tribunal pediram vistas da proposta, tentando evitar a aprovação da sabatina, o que acabou forçando outros 16 desembargadores a antecipar o voto em favor da mudança.

O debate no Pleno do TJ-MA, que deve ser concluído na próxima quarta-feira, 21, expõe o clima que o governador enfrenta atualmente no Poder Judiciário desde que decidiu emparedar o presidente da Corte.

E põe em risco a escolha do seu candidato a desembargador…

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O silêncio da oposição maranhense…

Teoricamente alçados à condição de contrapontos ao atual governo, os ex-candidatos Dr. Lahésio Bonfim e Weverton Rocha mostram-se alheios ao debate político maranhense, deixando os questionamentos apenas com Simplício Araújo, único que se mantém vigilante em relação ao governador  Carlos Brandão

 

Brandão ganhou a eleição, está “passando a boiada” diante do silêncio de Weverton e de Dr,. Lahésio, que deveriam ser os líderes da oposição maranhense

Ensaio

Muito se tem falado numa construção de hegemonia política por parte do governador Carlos Brandão (PSB), que extinguiu a oposição na Assembleia Legislativa, atraiu todo o grupo Sarney e vem ocupando todos os espaços de poder no estado.

Muito desta hegemonia, porém, se dá pelo silêncio daqueles que disputaram contra ele o Governo do Estado em 2022.

Teoricamente alçados pela população à condição de contraponto ao que faria Brandão no exercício do poder – espécies de porta-vozes da oposição – o ex-prefeito Dr. Lahésio Bonfim (PSC) e o senador Weverton Rocha (PDT) mergulharam em silêncio político, sem nenhuma participação no debate estadual desde o fim das eleições de 2022.

Controlador de um partido com forte peso político, sobretudo em São Luís, Weverton vive uma espécie de ano sabático, pouco envolvido nas discussões maranhenses e atuando, discretamente, apenas em Brasília, onde tem mais quatro anos de mandato.

Lahésio Bonfim mergulhou ainda mais fundo; abandonou o o discurso bolsonarista e largou a direita maranhense à própria sorte, sem nenhum tipo de manifestação em qualquer espaço público.

Dos três principais candidatos de oposição ao governo em 2022, apenas Simplício Araújo (ex-solidariedade) se mantém ativo nas redes sociais, com críticas à gestão do estado, críticas à organização política e críticas ao próprio governador.

O silêncio de Weverton Rocha e de Dr. Lahésio Bonfim, a capitulação do grupo Sarney e o adesismo de ex-oposicionistas na Assembleia Legislativa já foi, inclusive, tema do blog Marco Aurélio d’Eça, em fevereiro, no post “Sem oposição não há democracia…”.

Na semana passada, o ex-deputado Joaquim Haickel também se manifestou sobre essa hegemonia de Brandão e viu nela riscos para o próprio Maranhão.

Enquanto isso, diante do silêncio oposicionista, Brandão vai aproveitando para “passar a boiada”, usando uma frase muito discutida nas últimas eleições.

E o povo apenas segue o rebanho…

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Movimentação política de Carlos Brandão descarta apoio a Duarte Jr…

Governador tem estimulado a atuação do presidente da Câmara Municipal Paulo Victor no cenário de 2024, ao mesmo tempo em que flerta com o prefeito de São Luís Eduardo Braide, deixando claro o desinteresse pela candidatura do deputado federal ligado ao ministro da Justiça  Flávio Dino

 

Flávio Dino sentou praça com Duarte Júnior desde 2020, mas o deputado não consegue avançar em alianças na capital maranhense

As últimas movimentações dos aliados do governador Carlos Brandão (PSB) sobre a sucessão municipal em São Luís deixam claro que ele não pretende mesmo apoiar a candidatura do seu correligionário, deputado federal Duarte Júnior. 

Principal adversário do prefeito Eduardo Braide (PSD), ocupando a segunda posição em todas as pesquisas de intenção de votos, Duarte é o candidato do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) em São Luís, mas não consegue avançar na base aliada do governo Brandão.

O próprio Brandão, inclusive, já declarou a diversos interlocutores que o candidato de Dino “não se ajuda”.

Atualmente, o governador  atua em duas frentes na sucessão municipal:

1 – mantém o estímulo ao presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PCdoB), como opção de oposição ao prefeito Eduardo Braide (PSD); 

2 – deu aval á entrada do irmão, Marcus Brandão, no MDB, que deve formar coligação com Braide e, inclusive, indicar o companheiro de chapa do prefeito.

Carlos Brandão trabalha também com outras possibilidades dentro da própria base, como as candidaturas dos deputados Pedro Lucas Fernandes e Neto evangelista (ambos do União Brasil) e até mesmo em ter o vice-governador Felipe Camarão (PT) na disputa em São Luís.

Ele só não cogita, em nenhuma hipótese, estar com Duarte Jr.

Pelo menos é o que parece nas movimentações…

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Sindicatos emitem nota de repúdio ao governo Brandão…

Categoria critica a aprovação de lei que libera a contratação de trabalhadores temporários para os setores de limpeza, copeiragem e vigilância, o que torna ainda mais precário o contrato de trabalho desses profissionais

 

Os Sindicatos de Asseio e Conversação (SEEAC-SL), de Vigilantes (Sindvig-MA) e de porteiros e vigias (Sindvigias-MA) emitiram conjuntamente nesta quarta-feira, 31, Nota de Repúdio ao Governo do Estado, pela aprovação da Lei 11928/2023, que torna ainda mais precários os contratos de trabalho nestes setores.

De acordo com a lei, o poderes do estado e suas secretarias poderão,a  aprtir de agora, cotnratar diretamente, – para trabalhos temporários – serviços dietos de limpeza, copeiragem e vigilância, sem a necessidade de terceirzar para empresas.

Na prática, o governo pode quebrar o contrato com as empresas qeu, há décadas, prestam este tipod e serviço.

– A contratação temporária é uma modalidade nociva prevista na legislação trabalhista brasileira promovida pelo golpista Michel Temer antes de entregar a cadeira presidencial ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que, por sua vez, deu continuidade à política de retirada de direitos da classe trabalhadora – diz a nota dos sindicatos.

As categorias já sofriam há anos com a fata de respeito das empresas, que atrasavam salários por meses; agora, correm o risco de nãot er garantias profissionais  e de permanência nos empregos.

Vigilantes, zeladores e porteiros fizeram manifestação contra o governo Brandão, em São Luís.

– Insistindo na mesma ideologia de precarização do trabalho, o governador Carlos Brandão e a ampla maioria dos deputados instituíram tal lei, que é usada de forma abusiva por empresas e órgãos públicos para evitar a contratação de funcionários efetivos – diz o documento.

Abaixo, a íntegra da Nota de Repúdio:

NOTA DE REPÚDIO – GOVERNO DO ESTADO

Os Sindicatos de Asseio e Conservação (SEEAC-SLZ), vigilantes (SINDVIG-MA), porteiros e vigias (SINDVIGIAS-MA), vem a público expressar veementemente indignação diante da legalização da contratação temporária de profissionais de limpeza, copeiragem e vigilância, por meio da promulgação da Lei 11.928/2023, aprovada por ampla maioria dos deputados estaduais e sancionada pelo governador do Maranhão.

A contratação temporária é uma modalidade nociva prevista na legislação trabalhista brasileira promovida pelo golpista Michel Temer antes de entregar a cadeira presidencial ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que, por sua vez, deu continuidade à política de retirada de direitos da classe trabalhadora.

Insistindo na mesma ideologia de precarização do trabalho, o governador Carlos Brandão e a ampla maioria dos deputados instituíram tal lei, que é usada de forma abusiva por empresas e órgãos públicos para evitar a contratação de funcionários efetivos. Além disso, há falta de garantias e estabilidade para os trabalhadores temporários, que muitas vezes são submetidos a condições precárias de trabalho e não têm acesso aos mesmos direitos e benefícios dos funcionários efetivos.

Outro grave fator é que o Governo do Estado não tem autorização da Polícia Federal (PF) para disponibilizar vigilância armada e desarmada. Já no caso dos serviços de limpeza, o Estado teria que realizar várias licitações para compra de materiais de limpeza, equipamentos, EPI, fardamentos, bem como a logística de entrega de materiais de forma mensal, além do treinamento de pessoal, ou seja, o custo ficaria mais alto do que contratar uma empresa especializada.

É fundamental que o mandatário do Palácio dos Leões e os deputados – eleitos para trabalhar pelo bem público – assumam a responsabilidade de garantir a criação de leis baseadas em políticas que protejam os direitos dos trabalhadores e garantam dignidade, contudo, ignoram as necessidades da classe laboral e fragilizam a prestação de serviço.

Infelizmente, o governador Carlos Brandão e os deputados estaduais da base aliada, adotam uma postura desleal e intransigente, causando um verdadeiro desmonte das conquistas alcançadas pelos trabalhadores e um quadro de desmando e desprezo pelos interesses da classe operária.

Por estas razões, repudiamos veementemente a Lei de Contratação Temporária do Governo do Estado e exigimos que sejam adotadas medidas para garantir o respeito aos direitos dos trabalhadores e a prestação de serviços públicos de qualidade à sociedade.

Esta nota é um manifesto de resistência e luta pela garantia dos direitos dos trabalhadores da limpeza pública e privada, copeiragem, vigilantes, vigias e porteiros do Estado do Maranhão.

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Com forte pressão, Flávio Dino mantém, “olheiro” no Porto do Itaqui…

Ministro da Justiça não se conformou com a saída do seu “operador” Ted Lago da presidência da Emap e, desde então, vem pressionando o governador Carlos Brandão para manter pelo menos parte de seus tentáculos no milionário setor de importação e exportação de cargas no Maranhão, objetivo alcançado com a nomeação de Ricardo Capelli para o Conselho Fiscal da empresa

Documento assinado por Brandão devolve posto no Itaqui para controle de Flávio Dino

A demissão do presidente da Emap Ted Lago foi um dos mais duros golpes do governador Carlos Brandão no ministro da Justiça Flávio Dino, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Demissão de Ted Lago foi a maior perda de Flávio Dino no governo Carlos Brandão…”

Lago comandava o Porto do Itaqui como uma espécie de operador de Flávio Dino, que de tudo fez para evitar sua saída, como revelou blog Marco Aurélio d’Eça em post do dia 18 de fevereiro, intitulado “A guerra fria entre Brandão e Flávio Dino…”.

Desde então, Dino vem pressionando Brandão a devolver um lugar para ele no milionário setor portuário maranhense.

A pressão surtiu efeito esta semana, quando, na segunda-feira, 22, Brandão fez publicar no Diário Oficial do Estado, decreto nomeando ninguém menos que o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, como membro titular do Conselho Fiscal da Emap, segundo revelou o blog do Gilberto Léda. (Leia aqui)

Flávio Dino tem interesse especial no que acontece no Porto do Itaqui; e agora vai suprir a ausência de Ted Lago

Na condição de conselheiro, Capelli – outro operador de Dino, este na área política e de comunicação – poderá acompanhar os atos dos gestores do Porto do Itaqui, fiscalizando cumprimento de deveres legais e tendo acesso à execução patrimonial, financeira e orçamentária da Emap.

Este blog Marco Aurélio d’Eça mostrou que a saída de Lago da Emap foi a demissão de aliados de Dino mais sentida pelo ex-comunista.

Sua pressão para ter Capelli ao menos como “olheiro” da atual gestão prova que ele acusou mesmo o golpe…

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Grupo Brandão vai controlar cinco dos maiores partidos na sucessão municipal

Por intermédio do próprio governador ou por aliados, coligação que apoiar candidatura do candidato da base a prefeito de São Luís deve contar com MDB, PSDB, PP, Podemos e União Brasil, partidos que podem abrigar os ocupantes do Palácio dos Leões e agregados, garantindo o maior tempo na propaganda e um orçamento milionário no Fundo Eleitoral

 

Com sua forte articulação política, Brnadão já conseugiu partidos suficientes para não ficar na dependência de Flávio Dino

Ensaio

A movimentação do governador  Carlos Brandão (PSB) e do seus aliados mais próximos devem começar a montar, ainda em 2023, a coligação que vai amparar o eu candidato a prefeito nas eleições municipais de 2024.

Brandão tem sob seu controle – por meios familiares ou de aliados – nada menos que MDB, PSDB, PP, Podemos e União Brasil, cinco dos principais partidos brasileiros; este grupo garante o maior tempo na propaganda eleitoral e uma cota milionária no Fundo Eleitoral.

Este é o grupo que deve embalar a candidatura do vereador Paulo Victor (PCdoB), do deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) ou a do deputado estadual Dr. Yglésio Moyses (PSB), que tendem a permanecer alinhados a Brandão em 2024.

Neste cenário, também filiado ao União Brasil e com a terceira colocação nas pesquisas, o deputado estadual Neto Evangelista corre por fora para se viabilizar na base brandonista, mas pode repetir a aliança indepedente de 2020, com o PDT.

Não se inclui nesta lista os partidos mais alinhados ao projeto do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), que além do controle socialista mantém influência no PT, no PCdoB e no PV, que estão federalizados dede 2022.

No grupo dinista há dois candidatos, ambos do PSB: o deputado federal Duarte Júnior e o estadual Carlos Lula.

O prefeito Eduardo Braide garantiu nesta quinta-feira, 25, o controle do PSD em São Luís, o que garante a ele legenda para concorrer à reeleição; deve ter ainda o apoio do PSC/PRB, comandado pelo deputado federal Aluisio Mendes, que se movimenta também em torno de outras candidaturas.

Dentre as grandes legendas neste processo, está solto apenas o PDT, do senador  Weverton Rocha, que chegou a ensaiar aliança com Braide, mas acabou frustrado com o distanciamento do prefeito; esta semana os pedetistas estiveram em Brasília, com o Paulo Victor.

É dentro deste cenário mais provável que deve se dar a sucessão de São Luís em 2024.

Com uma ou outra mudança pontual até junho do ano que vem…

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Reeleição de Iracema à presidência da Assembleia já tem apoio de 33 deputados…

Projeto de Resolução de autoria do deputado Antônio Pereira foi protocolado nesta quinta-feira, 25, e antecipa a votação na Casa – que só ocorreria em fevereiro de 2025 – para o dia 20 de junho deste ano

 

Carlos Brandão já garantiu a presidência da Assembleia para Iracema Vale até 2027

A deputada Iracema Vale (PSB) deve ser reeleita presidente da Assembleia Legislativa no próximo dia 20 de junho para um novo mandato como chefe do Poder Legislativo, que vai de 2025 a 2027.

Para garantir esta reeleição ela já tem apoio de 33 deputados, que subscreveram o Projeto de Resolução de autoria do colega Antônio Pereira (PSB) estabelecendo a nova data da eleição.

Iracema foi eleita há apenas três meses para presidir a Assembleia. Na prática, o projeto de Pereira vai garantir a ela mais dois anos de mandato exatamente 21 meses antes de terminar o primeiro.

O Projeto de Resolução deve ser apreciado na Assembleia já na semana que vem; e deve ser aprovado por unanimidade, apesar de não contar com a assinatura de nove parlamentares.

A reeleição de Iracema na Assembleia já vinha sendo discutida nos bastidores desde que ela tomou posse, em fevereiro. A articulação é do próprio governador Carlos Brandão (PSB), que quer incluí-la na sua linha de sucessão em 2026.

A garantia de permanência da deputada na chefia do Poder Legislativo até 2027 é a primeira etapa de um projeto de poder de Brandão, que passa pelas eleições municipais.

E influenciará diretamente o futuro político do próprio governador…

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Assembleia deve começar a discutir reeleição de Iracema Vale…

Cresce entre os deputados estaduais movimento em favor da antecipação da eleição para a diretoria da Casa e consequente renovação do mandato da atual presidente, o que confirma os planos do grupo do governador Carlos Brandão rumo às eleições de 2026, já antecipados neste blog Marco Aurélio d’Eça

 

Movimentação da base indica conversa de Brandão sobre novo  mandato de Iracema na presidência da Alema

Análise da notícia

Em 17 de fevereiro, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “Estratégia política de Brandão visa o pós-2026…”.

O texto deixou claro o papel-chave da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), neste processo de construção do projeto brandonista.

[Brandão] conta com três peças-chave: o vice-governador Felipe Camarão (PT), o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PCdoB), e a presidente da Assembleia Legislativa, deputada estadual Iracema Vale (PSB); Felipe e Paulo Victor terão papel importante na sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD), o que, na montagem dos cenários políticos de Brandão, garantirá a Iracema papel importante também em 2026 – disse o post.

Pouco mais de três meses depois, já é praticamente consenso na base de apoio de Brandão a antecipação da eleição da Assembleia para o biênio 2025/2027, como manifestou o deputado Júlio Mendonça (PCdoB) – ligado ao ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) – ao blog de Domingos Costa.

– A tendência natural, sim, é a recondução da presidente Iracema – afirmou Mendonça. (Leia aqui)

Desde o início do novo mandato, o governador usou uma estratégia psicológica de poder: tem feito de forma rápida e imediata tudo o que precisa ser feito em relação à consolidação do governo; dentro deste conceito, pretende definir a reeleição da aliada na Assembleia antes mesmo do recesso parlamentar de meio de ano.

Por isso é que os deputados do seu grupo político começaram a se manifestar mais abertamente sobre a antecipação da eleição da mesa diretora.

Eventualmente reeleita, Iracema Vale assumirá novo mandato em 2025, com tempo de comando até 2027.

E sua presença no comando da Assembleia terá forte influência nas eleições de 2026.

Estratégica para o futuro do próprio Brandão…

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MDB é trunfo de Brandão para 2026…

Com o irmão Marcus no comando do partido, governador garante mais uma legenda de peso em seu raio de influência, que pode ser fortalecido ainda mais com sua especulada entrada no União Brasil; e com força partidária, ele se transforma no maior líder do estado, com tudo o que isso traz de bom e de ruim à política

 

Com o portfólio partidário que vem montando, Carlos Brandão deixa de ser mero retrato nas mãos de Flávio Dino

Análise da notícia  

Com quase cinco meses de  mandato próprio – para o qual fora eleito em outubro – o governador Carlos Brandão (PSB) conseguiu fazer tudo o que quis no Maranhão.

Elegeu o sobrinho Daniel Brandão para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), garantiu o irmão Marcus Brandão numa diretoria de peso na Assembleia Legislativa e caminha para fazer o próximo desembargador do Tribunal de Justiça, além de alocar parentes e aliados próximos como olheiros em praticamente todas as secretarias do seu governo.

Mas as ações que lhe garantem controle administrativo do estado são apenas um aspecto do poder que Brandão vem construindo desde que reelegeu-se e deixou para trás o mandato herdado do ministro Flávio Dino (PSB).

O governador tem se mostrado uma felpuda raposa política, como poucos no Maranhão.

O controle do MDB sarneysista é o seu principal trunfo eleitoral, tanto nas eleições de 2024 quanto – e principalmente – nas eleições de 2026.

A sigla historicamente ligada à família Sarney tem poder de fogo, com uma das maiores cotas do Fundo Partidário anual e, sobretudo, do Fundo Eleitoral, distribuído em ano de eleições.

Com o controle do MDB – que será presidido por Marcus Brandão – o governador sai da linha de influência do ministro Flávio Dino, controlador do PSB , e ganha condições para navegar em faixa própria nos dois próximos pleitos.

E se conseguir o controle também do União Brasil – hoje dividido entre os deputados federais Pedro Lucas Fernandes e Juscelino Filho – Brandão passa a ser o principal líder partidário do estado, com todos os desdobramentos que isso possa significar.

Para o bem e para o mal…

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Liberação de Jefferson Portela para o Ministério da Justiça gera mais ruído entre Dino e Brandão

Ministro quer o ex-secretário de Segurança em um posto em Brasília, mas deixa para auxiliares de segundo escalão o pedido de liberação que deveria ser feito diretamente por ele ao governador; resultado: questão já dura mais de um mês

 

Flávio Dino quer Portela no Ministério da Justiça, mas esqueceu de pedir a Brandão

A simples liberação do delegado e ex-secretário de Segurança Pública Jefferson Portela para o Ministério da Justiça virou outro ponto de atrito entre o ministro Flávio Dino e o governador Carlos Brandão (ambos do PSB).

Filiado ao PDT, Portela concorreu a deputado federal em 2022 pela chapa encabeçada pelo senador Weverton Rocha (PDT), mas nunca se afastou de Dino.

Já em processo de aposentadoria na Polícia Civil, foi convidado pelo ministro para um cargo no setor de Segurança Pública do Ministério da Justiça.

Sua campanha pelo PDT tem sido apontada por aliados de Brandão como motivo para deixar Portela no limbo; e a liberação nunca saiu.

O primeiro Ofício com o pedido foi encaminhado ao Governo do Estado pelo chefe do setor da Segurança Pública do MJ, e foi devolvido pelo Palácio do Leões.

Este blog Marco Aurélio d’Eça apurou que um segundo Ofício teria sido encaminhado, má desta vez com a assinatura do secretário-executivo do ministério, Ricardo Capelli, desafeto de Brandão.

Ainda segundo apurou o blog, o governo espera um documento oficial do próprio Flávio Dino, que parece não dar muita importância para a questão.

Enquanto ministério e governo fazem bico, Portela vai ficando no limbo das ações de segurança no Maranhão e no Brasil.

Exatamente como querem seus desafetos…