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Teria Sérgio Moro agido para impedir atentado contra Flávio Dino?!?

Atual ministro da Justiça anunciou nesta quarta-feira, 22, o impedimento de um plano para matar o ex-juiz federal, o que gerou acusação à própria esquerda brasileira. Mas a pergunta que deve ser feita é: o possível alvo, que também foi ministro da Justiça, teria agido da mesma forma – durante o governo Bolsonaro, abertamente virulento – caso o alvo fosse o colega senador do PSB?!?

 

Sérgio Dino e Moro durante passe de ambos no Senado; colega ajudou a desbaratar plano de morte contra o outro

Ensaio

A direita brasileira, com seus tentáculos na imprensa, tentou criminalizar a esquerda, nesta quarta-feira, 22, após anúncio de que a Polícia Federal desbaratou um plano para sequestrar e matar o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (Podemos-PR).

A operação da PF foi confirmada pelo próprio ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), desafeto de Moro.

Moro foi juiz da Lava Jato e responsável por levar para a cadeia o agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); logo após as eleições de 2018, deixou a magistratura para se tornar ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL).

A sanha radical da direita brasileira tenta de todas as formas satanizar a esquerda, até mesmo em uma visita do ministro a uma favela do Rio de Janeiro.

Mas a pergunta que se deve fazer nesta quarta-feira é: teria Moro, como ministro da Justiça, agido para evitar o atentado, caso o alvo fosse o colega Flávio Dino?!?

A história mostra claramente o perfil beligerante, virulento e genocida do governo Bolsonaro, período em que, para além das mortes pela Covid-19, assassinatos foram registrados de várias formas, envolvendo, inclusive, agentes públicos, com o silêncio sepulcral do presidente.

Para se ter uma ideia do perfil bolsonarista – que Moro encarnou durante o período de governo e agora, estreando na política – páginas de internet ligada ao ex-presidente passaram a divulgar, desde a terça-feira, 21, entrevistas do presidente Lula dizendo que, à época da perseguição que sofreu da Lava Jato, queria “f…. com Moro”.

Estariam já sabendo os planos contra o senador paranaense e preparando o terreno para culpabilizar a esquerda?

São perguntas que a Polícia Federal deverá responder nas investigações…

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PF encontra R$ 270 mil em imóvel de filho de desembargador maranhense

Ravik Bello Filho e o pai, Cândido Arthur Medeiros Ribeiro Filho, membro do TRF-1, foram alvos de operação da Polícia Federal na manhã desta terça-feira, 14, por suspeita de venda de sentenças a traficantes internacionais de drogas

 

Ravik Ribeiro e o pai desembargador: alvos suspeitos de venda de sentenças a traficantes de drogas

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 14, operação contra o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Cândido Arthur Medeiros Ribeiro Filho, e o seu filho, o advogado Ravik Bello Ribeiro.

Eles são suspeitos de vender sentença a traficantes, que também foram alvos de operação da PF nesta terça-feira, 14.

Na casa de Ravik, em São Luís, a polícia encontrou R$ 270 mil em espécie. 

A operação foi deflagrada em São Luís, São Paulo, Minas Gerais, Brasília e Santa Catarina, em endereços ligados aos desembargador e seu filho e também a endereços ligados aos traficantes, membros de uma célula de tráfico internacional.

Dinheiro encontrado no escritório de Ravik, em São Luís: R$ 270 mil em espécie apreendidos pela PF

A PF descobriu que os traficantes compravam imóveis e carros de luxo e aplicavam dinheiro em criptomoedas, mesmo sem lastro financeiro para as operações.

O escritório de Ravik Bello, especializado em Direito Criminal, seria o responsável pelas ações em favor dos traficantes, que eram despachadas pelo pai desembargador.

Em 2018, a Justiça Federal do Maranhão já havia bloqueado 10 imóveis do advogado Ravik, suspeitos de pertencerem, na verdade, a um de seus clientes, que estava tentando dilapidar o patrimônio.

Nem o desembargador Cândido Ribeiro, nem o filho Ravik Ribeiro, falaram com a imprensa…

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O homem que pagava as contas de Bolsonaro com dinheiro desviado dos cofres públicos

Reportagem exclusiva do portal Metrópoles revela detalhes de investigação do STF que aponta o tenente-coronel do Exército Mauro César Barbosa Cid como responsável por usar dinheiro desviado de cartões corporativos para bancar a vida dos filhos e da mulher do ex-presidente, cujos áudios estão em poder das investigações

 

O homem que barrega a mala de Bolsonaro é o “Coronel Cid”, responsável por desviar dinheiro público para pagar a vida da mulher e dos filhos do ex-presidente

O Supremo Tribunal Federal avança em uma investigação que aponta de que forma funcionava a corrupção do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dos seus filhos e da esposa, Michele, usando dinheiro público desviado de cartões corporativos e sacados dentro de agências do próprio Palácio do Planalto.

O responsável por bancar a vida do clã Bolsonaro, segundo reportagem exclusiva do site Metrópoles, que teve acesso à investigação do STF, era o tenente-coronel do Exército Mauro César Barbosa Cid, o “coronel Cid”, ajudante-de-ordens de Bolsonaro.

Era o coronel quem sacava o dinheiro dos cartões corporativos e pagava as contas de Bolsonaro, de Michele e dos filhos do ex-presidente, num esquema de caixa 2, que operava nas agências do Banco do Brasil dentro do próprio Palácio do Planalto.

As transações financeiras do Coronel Cid foram mapeadas pelo STF, por ordem do ministro Alexandre de Moraes que apontou o pagamento de faturas de cartão de crédito usado por Michele Bolsonaro, mas emitido em nome de uma amiga dela.

O coronel Mauro Cesar Cid era o homem mais próximo de Bolsonaro no Palácio do Planalto; ele o acompanhava 24 horas por dia, atendia telefone e respondia mensagens em nome do ex-presidente.

Mas também cumpria tarefas domésticas e foi este o ponto que chamou a atenção dos investigadores; o que levou a Polícia Federal a fazer a ligação entre ele e a via dos familiares de Bolsonaro foi a quebra do seu sigilo bancário

A investigação descobriu que Bolsonaro – um ex-deputado do baixíssimo clero do Congresso – usou na presidência o mesmo modus operandi de corrupção que usou nos 27 anos de parlamentar, e que ficou conhecido por escândalo das rachadinhas.

A investigação do Caixa 2 de Bolsonaro e família – e a revelação do novo Fabrício Queiroz, aquele que pagava as contas dos Bolsonaro com dinheiro vivo nos tempos de deputado – deve levar ao que todos já esperam no Brasil: a prisão de Bolsonaro, por corrupção.

E muito provavelmente, a sua inelegibilidade…

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Bolsonaristas tentaram mesmo dar golpe para mudar resultado das eleições…

Polícia Federal encontrou na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres a minuta de um Decreto presidencial em que Bolsonaro anunciaria Estado de defesa no TSE, dando poderes ao próprio governo para investigar abuso de poder e de autoridade dos membros da Corte Eleitoral, abrindo caminho para alterar o resultado do pleito de outubro

 

Anderson Torres elaborou esboço de documento por intermédio do qual Bolsonaro daria o golpe eleitoral no Brasil, mas faltou coragem ao ex-presidente

Já não há mais dúvidas para a Polícia Federal de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus auxiliares mais próximos trabalharam, sim, durante todo o período eleitoral, para dar um golpe de estado e permanecer no poder, independentemente do resultado das eleições de outubro.

Esta hipótese virou certeza após cumprimento do Mandado de Busca e Apreensão na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, cuja prisão foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, por influenciar os ataques terroristas de domingo, 8.

Na casa de Torres policiais encontraram uma minuta de um Decreto Presidencial, por meio do qual Bolsonaro decretaria Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral, caminho para anular o resultado da eleição. 

A minuta de decreto estava em um dos armários na casa de Torres, que deverá ser preso assim que desembarcar no Brasil, bvindo dos Estados Unidos.

O documento também reforça a opinião de que Bolsonaro passou quatro anos pensandop em se perpetuar no poder por vias antidemocráticas.

Faltou coragem ao ex-presidente?!?

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Temendo ser alvo de ações anti-bolsonaristas, Dr. Lahésio muda o tom nas redes sociais

Desafeto declarado do ministro da Justiça, Flávio Dino, ex-candidato a governador pode perder a Medalha Manuel Beckman, da Assembleia Legislativa, mas corre risco de ações maiores, como incentivador dos atos bolsonaristas que culminaram com o terrorismo na Praça dos Três poderes, em Brasília

 

Lahésio agora tem tom mais ameno nas redes sociais, com reportagens de entrevistas antigas

O ex-prefeito de São Pedro dos Crentes e ex-candidato a governador Dr. Lahésio Bonfim (PSC) pode ser alvo de futuras operações da Polícia Federal contra patrocinadores, financiadores e incentivadores de atos antidemocráticos.

Tanto que já mudou o rumo de suas postagens em redes sociais, agora bem mais amenas.

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lahésio tenta agora se desvencilhar de ligações com os terroristas que invadiram a Praça dos Três Poderes no último domingo,8; e até já tirou carta de seguro em suas redes sociais, apontando uma suposta perseguição do ministro da Justiça, Flávio Dino, a adversários políticos.

Lahésio é desafeto público de Dino e entende que isto pode protegê-lo de eventuais ações contra bolsonaristas.

Mas pelo menos uma ação contra o ex-prefeito já ocorreu: o deputado estadual Ricardo Rios (PCdoB) protocolou proposição na Assembleia Legislativa para tomar a medalha do Mérito Manuel Beckman, concedida em 2021.

Nos últimos dias, diante da repercussão do terrorismo em Brasília, Dr. Lahésio diminuiu o tom irônico de suas falas, desde o polêmico bate-boca com o vice-governador Felipe Camarão (PT).

Em suas redes sociais, ele tem repetido trechos de entrevistas antigas, embora reafirmando suas críticas indiretas ao governo maranhense; e uma ou outra postagem com críticas a Flávio Dino.

Mas o tom de provocação reacionária à vitória de Lula já ficou para trás…

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Roberto Jefferson tinha oito mil munições em seu poder

Em cumprimento a mandado de busca e apreensão, policiais federais encontraram arsenal na casa do ex-deputado logo após sua prisão, no último domingo, 23; analistas veem armamento de aliados como preparação para eventual reação por derrota de Bolsonaro nas urnas

 

Fuzil usado por Roberto Jefferson contra policiais federais e apreendido em sua casa após prisão: oito mil munições guardadas em casa

Passava das 20 horas do último domingo, 23, quando policiais federais sob ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, entraram na casa do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) para cumprir mandado de busca e apreensão.

Encontraram nada menos que  oito mil munições, fuzis, metralhadoras, inúmeras pistolas e granadas.

A estas alturas, Jefferson já estava a caminho do Rio de Janeiro, onde foi autuado em flagrante por quadrupla tentativa de homicídio contra policiais federais que haviam ido à sua casa, na manhã do mesmo dia. 

– Bolsonaro armou a população brasileira, principalmente seus seguidores, de caso pensado, pensando neste momento. Momento de definição da democracia brasileira, em que ele pode sair vitorioso, como pode sair derrotado, e, caso saia derrotado, ele pode não reconhecer o resultado e jogar seus seguidores para, de forma violenta, questionar a democracia brasileira – analisou o jornalista Leonardo Sakamoto, do site UOL, nesta quinta-feria, 27.

Em apenas três anos e sete meses do governo bolsonarista, foram 7.651 novos fuzis do tipo 5.56mm registrados no país, segundo dados da PF; é mais que o dobro do que havia sido registrado entre os anos de 2012 e 2018, nos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

A ação malsucedida de Roberto Jefferson foi uma das tentativas de aliados de Bolsonaro de criar um clima propício a uma resistência em deixar o cargo, caso ele perca a eleição de domingo; a operação fracassada, que repercutiu negativamente na campanha, foi substituída por outra, a da denúncia contras as emissoras de rádio, outra farsa com objetivo de tumultuar e gerar dúvidas sobre o processo eleitoral.

Mas o clima de revolta já está formado entre os bolsonaristas mais radicais.

– É necessário quebrar esquerdistas no cacete, quebrar a urna eletrônica no pau; cientista político também tem que apanhar – conclama o empresário e radialista evangélico Jackson Villar, presidente do movimento “Acelera para Cristo”, uma das mais radicais correntes bolsonaristas. (Saiba mais aqui)

É com este clima de guerra que Bolsonaro deixou de pedir votos no Brasil e passou a pedir apoio de seguidores armados até os dentes para uma reação à vitória de Lula.

É claro que os pedidos públicos de Bolsonaro são sutis, até com certo grau de leniência incompatível com sua personalidad4e.

Mas, nos bastidores da campanha, o clima de guerra já esta montado…

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PF investiga corrupção na Prefeitura de Caxias…

Operação realizada nesta quarta-feira, 19, cumpriu mandados em endereços ligados à gestão do prefieto Fábio Gentil (PRB) nos municípios de Caxias, São Luís, São José de Ribamar e cidades do Piauí, onde foram encotnrados dinheiros e apreendidos equipamentos e documentos

Policial federal confere grande quantidade de dinheiro encontrado em endereço ligado ao prefeito Fábio Gentil em São Luís

 

A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira, 19, Mandados de Busca e Apreensão em endereços ligados ao prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PRB0, cuja gestão é investigada por fraudes no setor da Saúde.

Os federais apreenderam equipamentos, documentos e muito dinheiro, em endereços de Caxias, São Luís, São José de Ribamar e nos municípios piauienses de Teresina e Cajueiro da Praia.

Estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF1) em decorrência de representação feita pela Polícia Federal. 

Os investigados teriam praticado fraudes em licitações relacionadas, sobretudo, à pandemia de CoVID-19.

Em São Luís, um dos endereços visitados pela PF é ligado diretamente a Fábio Gentil, onde foi apreendido grande quantidade de cédulas de 100, 50 e 20 reais.

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A coragem e a transparência de Erlânio Xavier…

Presidente da Federação dos Municípios e prefeito de Igarapé Grande esclareceu em nota pública as ações da Polícia Federal  que atuou em endereços ligados a empresários que prestaram serviços ao municípios

 

Erlânio mostrou transparência em suas ações em Igarapé Grande

O prefeito de Igarapé Grande, Erlânio Xavier (PDT), mostrou absoluta transparência no episódio envolvendo ações da Polícia Federal em endereços ligado as a empresários que prestaram serviços no setor de saúde do município.

Na condição de chefe do Executivo do município, o prefeito esclareceu não haver qualquer ação contra servidores da prefeitura e disse que a própria prefeitura já havia determinado sindicância para apurar questões relacionadas a recursos da Saúde.

– Requeri também ao Ministério da Saúde, através do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), a imediata realização de procedimento de auditoria para esclarecer todos os fatos – disse o prefeito.

Abaixo, a nota da Prefeitura de Igarapé Grande:

NOTA PÚBLICA

Sobre a operação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira (14), prestamos os seguintes esclarecimentos, mesmo desconhecendo o inteiro teor do processo judicial que, segundo consta, corre em segredo de justiça:

Nenhum servidor efetivo ou comissionado da prefeitura de Igarapé Grande foi detido ou preso na citada operação.

A secretária de saúde e o ex-secretário estão prestando às autoridades os devidos esclarecimentos acerca dos recursos oriundos de emendas parlamentares.

Em julho do ano corrente, antes de qualquer operação ou inquérito policial, determinei a realização de sindicância administrativa para apurar e esclarecer as questões relacionadas a tais eventos, sobretudo no que toca a inserção de dados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH), muito embora seja público e notório que o hospital de Igarapé Grande atende não só pacientes do município, mas de toda a região.

Naquela ocasião, requeri também ao Ministério da Saúde, através do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), a imediata realização de procedimento de auditoria para esclarecer todos os fatos.

Por fim, o município informa que realiza suas contratações dentro dos ditames legais, preferencialmente através de pregão eletrônico, com todos os processos publicizados e disponibilizados no Portal da Transparência, para conhecimento de toda a sociedade e órgãos de controle.

ERLANIO XAVIER
PREFEITO DE IGARAPÉ GRANDE]

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Brandão publica três vezes a mesma edição do Diário Oficial para esconder contrato com Eduardo DP…

Edição publicada na quarta-feira, 20 – mesmo dia em que o “chefe de organização criminosa” foi preso em operação da Polícia Federal – trazia contrato de R$ 22 milhões da Sinfra com a Construservice, mas teve as páginas 17 e 18 “republicadas por incorreção”; só diante da repercussão negativa o contrato voltou a ser publicado

Mesmo preso, Eduardo DP ganhou contrato do governo Brandão; e mantém forte influência no Palácio, que não consegue se livrar dele

O governo-tampão de Carlos Brandão (PSB) mostrou nos últimos dias não ter limites para tentar enganar a população e esconder relações promíscuas com criminosos presos pela Polícia Federal e já investigados pelo próprio governo comunista.

Nos últimos dois dias, Brandão fez verdadeiro malabarismo para esconder um contrato de R$ 22 milhões celebrado com a Construservice Engenharia, empresa de ninguém menos que Eduardo DP, preso preso pela Polícia Federal na última quarta-feira, 20, sob acusação de “chefiar uma organização criminosa especializada em fraudes públicas.

A revelação das estripulias do governado-tampão foi feita pelo radialista Rogério Silva e pelo blog Verdade98.

A página 17 do Diário Oficial do dia 20 traz o início da resenha do contrato com a Construservice, cujo dono, Eduardo DP, foi preso no mesmo dia…

O contrato entre o governo Brandão e a empresa de Eduardo DP foi publicado no Diário Oficial do Estado na mesma quarta-feira, em que o “chefe de Orcrim” foi preso.

Diante da repercussão negativa, algum “gênio” do Palácio dos Leões decidiu sugerir que as páginas 17 e 18 do Diário Oficial fossem simplesmente republicadas com a informação “Republicado Por Incorreção”; e simplesmente sumiu com a resenha do contrato da Construservice.

 

A mesma página 17, “republicada por incorreção”, substitui o contrato da Construservice por uma resenha da Sedel; só após denuncia, o DO volta ao que era

Diante da repercussão negativa da tentativa de esconder a relação de Brandão com um acusado de ser chefe de quadrilha, o Palácio dos Leões não teve saída e republicou o Diário Oficial trazendo o contrato com a empresa de Eduardo DP.

Bastaria a Brandão romper o contrato com a Construservice, unilateralmente, por motivos óbvios; mas parece que a relação íntima do seu governo com o “chefe da organização criminosa impede tentativas de afastamento da quadrilha.

E deu no que deu…

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Eduardo DP, de Flávio Dino a Brandão: só não podem dizer que não sabiam de nada…

Vida de crimes do Imperador de Dom Pedro, chamado de “chefe de organização criminosa” pela Polícia Federal, vem de muito antes de o comunista assumir o poder, abrigá-lo em seu governo e pagar nada menos que R$ 726 milhões em contratos desde 2015, mesmo depois de o seu próprio sistema de segurança realizar sucessivas operações contra ele

 

Já em Pedrinhas, com uniforme laranja de presidiário, Eduardo DP conseguiu novo contrato com o governo Brandão no mesmo dia em que foi pego pela Polícia Federal (imagem: blog Atual7)

 

Análise da notícia

Nem o ex-governador Flávio Dino (PSB) e muito menos o seu sucessor-tampão Carlos Brandão (PSB) podem alegar que não conheciam a vida de crimes do empresário Eduardo DP, preso na quarta-feira, 20, pela Polícia Federal acusado de chefiar “organização criminosa” especializada em fraudar contratos públicos.

O Imperador, como é conhecido o empresário, foi preso por fraudes na Codevasf, mas tem contratos com o governo comunista de mais de meio bilhão de reais; e tem relação íntima com os poderosos do Palácio dos Leões, como mostrado pelo blog Marco Aurélio D’Eça no post “Filho de Márcio Jerry em festiva intimidade com Eduardo DP…”.

Eduardo José Barros Costa, o DP ou Imperador, começou a ser conhecido da mídia ainda em 2012 – quando Flávio Dino ainda nem era governador – após operação policial contra agiotagem; em julho daquele ano, o Jornal Pequeno publicou extensa reportagem mostrando que Eduardo tinha nada menos que sete Carteiras de Identidade e quatro CPFs.

Esta reportagem do JP foi analisada pelo blog Marco Aurélio D’Eça, em 30/7/2012, no post “As várias identidades de Eduardo DP…”

Flávio Dino assumiu o governo em 2015.

Em março daquele ano, a Polícia Civil, já sob o comando de Flávio Dino, realizou a Operação Imperador, que botou DP atrás das grades sob acusação de desvio de verbas em prefeituras maranhenses; em novembro daquele ano a polícia prendeu o Imperador novamente, desta vez sob acusação de agiotagem.

Outras duas prisões foram realizadas um ano depois, em maio e julho de 2016.

Uma dessas prisões foi divulgada no blog Marco Aurélio D’Eça, no post “Agiotagem: os mesmos alvos de sempre…”, que levantava suspeitas sob a proteção do próprio governo Dino a outros agiotas.

A intimidade de Eduardo com Márcio Jerry e Flávio Dino permitiu várias fotos como esta, mesmo depois de o próprio governo prendê-lo por quatro vezes

Foi então que a sorte de Eduardo DP começou a mudar com Flávio Dino.

Milionário, dono de frotas de carros e aeronaves, Eduardo DP passou a se aproximar das secretarias de Infraestrutura e de Cidades, comandada pelos comunistas Clayton Noleto e Márcio Jerry; e os contratos com o governo começaram a surgir, ao mesmo tempo em que membros do governo e aliados cruzavam os céus em aviões e helicópteros cedidos pelo empresário.

Para garantir os recursos da Secid e da Sinfra, usava sempre a Construservice, espécie de laranjal que sublocava uma série de outras empresas indicadas por membros do governo e lobbystas.

No total, entre 2015 e 2022, Flávio Dino pagou ao “chefe da organização criminosa” preso pela Polícia Federal nada menos que R$ 726 milhões, segundo levantamento do blog do Neto Ferreira, com base em documentos do Portal da Transparência.

É preciso relembrar: o próprio sistema de segurança do governo Flávio Dino havia prendido o empresário por quatro vezes entre 2015 e 2016, o que não impediu de ele ganhar somas milionárias do comunista ao longo de sete anos, com direito, inclusive, a várias fotos juntos.

Avião pertencente ao Imperador, que membros e aliados do governo comunista passeavam livremente pelo interior maranhense (imagem: blog Maldine Vieira)

Foi a intimidade com o poder que levou o filho de Márcio Jerry, Caetano Barroso – como mostrado acima – a funcionar como espécie de lobbysta do empresário, com quem frequentava festas caríssimas em São Luís e outros estados.

Sucessor-tampão de Flávio Dino, Carlos Brandão manteve o prestígio do Imperador no governo; tanto que publicou novo contrato com a Construservice no mesmo dia em que o empresário estava sendo enjaulado pela Polícia Federal.

Flávio Dino, Carlos Brandão, Márcio Jerry, filho e Clayton Noleto podem alegar qualquer coisa para justificar sua relação com Eduardo DP e os benefícios desta relação.

Só não podem dizer que não conheciam os seus crimes…