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Postura de Dino contra Braide esvazia torcida no governo pelo deputado

Auxiliares do governador já demonstravam nos bastidores resiliência em relação a uma possível vitória do candidato do Podemos em primeiro turno, mas os ataques do governador dão outra dinâmica à disputa em São Luís

 

Flávio Dino com os três principais candidatos de sua base – Neto, Rubens e Duarte, pela ordem; ataque a Braide é recado aos auxiliares resilientes

A postura de confronto adotada pelo governador Flávio Dino (PCdoB) em relação ao deputado federal Eduardo Braide (Podemos) foi vista no Palácio dos Leões como uma espécie de recado aos auxiliares do governo.

Dino irritou-se com a republicação de um post antigo de Braide, criticando a falta de parceria entre governo e prefeitura, e acabou partindo para o ataque contra o candidato do Podemos, líder nas pesquisas de intenção de votos em São Luís.

Com chances de vencer em primeiro turno, Braide vinha recebendo torcida discreta e resiliente de vários setores do governo comunista, que receberam a publicação de Flávio Dino como uma espécie de recado.

O candidato do Podemos tem também simpatia de setores da prefeitura, como revelou este blog no post publicado em 5 de outubro, intitulado “Núcleo de Edivaldo vai de neutralidade à leve torcida por Braide…”  

Mas fake news confrontada por Flávio Dino acabou por revelar sua postura nas eleições de São Luís.

O governador ainda espera um segundo turno e deve se posicionar, caso isto ocorra, de forma mais assertiva em favor de um eventual adversário do deputado do Podemos – seja qual for o escolhido.

O problema para o comunista é que são cada vez maiores as chances de uma vitória de Braide em primeiro turno…

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Núcleo de Edivaldo vai de neutralidade à “leve” torcida por Braide

Relação de animosidade com alguns candidatos da base do governo Flávio Dino e aproximação com o projeto de poder do vice-governador Carlos Brandão podem levar o prefeito de São Luís a uma postura vinculada entre 2020 e 2022

 

Edivaldo está cada vez mais alinhado ao vice-governador Carlos Brandão; e não apenas nas vestes parecidas

A movimentação de bastidores no círculo mais próximo do poder na Prefeitura de São Luís apontam um caminho diferente do esperado para o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) nas eleições da capital maranhense.

Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, Edivaldo resiste a apoiar os principais candidatos da base do governo Flávio Dino (PCdoB) com os quais tem algum tipo de animosidade pessoal – Duarte Júnior (Republicanos), Neto Evangelista (DEM) ou Rubens Júnior (PCdoB).

Nas conversas com os auxiliares mais próximos do prefeito, o titular do blog Marco Aurélio D’Eça percebe, inclusive, uma certa expressão de desejo pela vitória de Braide ainda no primeiro turno.

Na semana passada, blogs ligados ao Palácio dos Leões chegaram a noticiar que Edivaldo apoiaria Rubens Júnior já no primeiro turno, mais um tiro que saiu pela culatra na campanha comunista.

Pereira Júnior apoiou Braide contra Edivaldo no segundo turno de 2016 e se manteve crítico ao prefeito após exoneração de aliados na gestão municipal.

O apoio a Duarte Júnior seria natural pela aproximação do prefeito com o vice-governador Carlos Brandão – de olho nas eleições de 2022 – mas a relação com o deputado republicano também é ruim, diante das críticas à gestão na capital.

Além disso, o próprio Brandão tende a cruzar os braços se o seu afilhado político não figurar na disputa contra Eduardo Braide.

Para Edivaldo Júnior, hoje um dos principais cabos eleitorais de São Luís, portanto, uma vitória de Eduardo Braide – em primeiro ou segundo turno – seria natural, e até benéfica, em um processo casado com 2022.

Por isso a insistente neutralidade do prefeito…

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Disputa em São Luís gira em torno de Braide, Duarte e Neto

Em posts recorrentes, blog Marco Aurélio D’Eça tem apontado a possibilidade de vitória do candidato do Podemos em primeiro turno, mas com uma acirrada disputa dos adversários do DEM e do Republicanos, o que pode levar a um segundo turno

 

Eduardo Braide quer vitória em primeiro turno; Duarte Júnior e Neto Evangelista brigam por um eventual segundo turno

Desde 2019, o blog Marco Aurélio D’Eça vem apontando que os deputados estaduais Duarte Júnior (Republicanos) e Neto Evangelista (DEM) – não necessariamente nesta ordem – são os principais adversários do deputado federal Eduardo Braide (Podemos), na disputa pela Prefeitura de São Luís. (Relembre aqui e aqui)

Todas as pesquisas recentes sobre a corrida ludovicense confirmam as análises do blog e a informação de que a disputa se concentra nos três candidatos.

Se por um lado Eduardo Braide tem se mantido consistente – e até crescido – na primeira posição, o que pode decidir o pleito em segundo turno, os seus dois principais adversários também crescem sistematicamente, polarizando a disputa pelo segundo lugar.

O democrata Neto Evangelista, por exemplo, cresceu quase 5 pontos percentuais desde julho, alcançando a casa dos dois dígitos e ameaçando o adversário Duarte Júnior.

As pesquisas também confirmam  a inconsistência do candidato do Palácio dos Leões, Rubens Pereira Júnior (PCdoB); mesmo com toda boa vontade dos institutos ligados ao governo Flávio Dino, seu candidato se mantém na casa de 1% a 2%, variando apenas na margem de erro.

É portanto uma batalha de Eduardo Braide – para vencer em primeiro turno – contra Duarte Júnior e Neto Evangelista, que sonham com segundo turno.

Os demais candidatos devem fazer número…

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Caldo de cultura levou ao apoio do MDB a Neto…

Por Renato Dionísio

Depois de idas e vindas, expectativas e esperas, finalmente o Movimento Democrático Brasileiro, nome oficial do partido MDB, que em nosso estado, entre milhares de novos e velhos militantes, conta em seus quadros com a ex-governadora Roseana Sarney, João Alberto e os deputados, João Marcelo e Roberto Costa, todos, sobejamente provado, herdeiros e seguidores do pensamento político do imortal José Sarney, o mais longevo político da república e ainda em plena atividade. 

Este importante grupamento político, oscilou entre a possibilidade de apoio a quase todos os candidatos a prefeito nestas vindouras eleições e, quase sem exceção, deles recebeu acenos e afagos. Penso que o pragmatismo e o caldo de cultura político de que são possuidores os levou ao apoio a Neto Evangelista, candidato do DEM e irmão de origem destes, deste os tempos de PFL. 

Com reconhecida militância e importância política em São Luís, cidade que orgulhosamente dirigimos por décadas, disto nos orgulhamos, posto que temos reconhecida contribuição para a transformação, para melhor, da cidade que hoje habitamos e que desejamos ver continuar nos trilhos do desenvolvimento. Para tanto, após profundo debate interno, meu partido, o PDT, reconhecendo os dotes do candidato, resolveu aprovar uma coligação com o DEM, diga-se, fomos o primeiro partido a hipotecar apoio, logo, para nossa satisfação vieram outros, dentre eles o partido de Roseana o que muito nos alegrou. 

Consumado este apoio, incontáveis blogs e sites noticiosos, a maioria deles, legítimos representantes da direita e de seu braço político nacional o Bolsonarismo, numa tentativa de pautar o debate político e constranger os menos avisados, se esmeraram em divulgar que “O PDT SE ALIA A QUEM O DESTROSOU EM 2009”, afirmativa duplamente falaciosa, senão vejamos. 

Para corrigir a prosa, devemos lembrar que o contrário é que se constitui lídima verdade, foi o PDT que derrotou o sarneyismo em 2006, em memorável campanha, que a nós se juntaram milhares que desejavam mudanças nos métodos de governança e governabilidade, derrotando um modelo que já há muito perdurava. Esta faço absoluta questão de ressaltar, foi uma vitória política, conquistada no campo da política, com batalhas no campo e na cidade, em memoráveis contendas pelas ruas e praças deste Maranhão. 

Penso que aqueles que trabalham este torpe argumento, na tentativa de criar desavenças e toldar o ambiente, tem a obrigação de diferenciar 2006 de 2009: a menos que por má vontade não desejem fazê-lo. Uma data se refere a um acontecimento político e o outro a fato jurídico, ocorrido nas salas e antessalas do nosso, cada vez mais desacreditado STF, com interpretações e versões, não deglutidas pela ética que se assente na decência. Fazer esta diferença conceitual é fundamental.

Saibam todos, não foi a política que nos derrotou: foi o tribunal, e neste, e menos ainda, com tribunal, não fazemos aliança. 

A dinamicidade da política e o desenvolvimento da sociedade nos obrigam a permanecer em permanente transformação. A avaliar e reavaliar fatos e passos, uma coisa apenas nos cobra a história, coerência e respeito com nossa construção e antepassados. Isto respeitamos.

Estamos com o DEM e com Neto Evangelista, não pretendemos ser os únicos, nem nos cabe escolher, ou vetar, seus amigos e novos colaboradores. Quem tem a história que este PDT tem, não encontrará motivos para ter vergonha de sua luta. Vamos com o colóquio das ruas e com força de nossa militância rumo a vitória.  

*Poeta, Compositor e Produtor Cultural

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Eleições 2020 marcam fim do ciclo sarneysista no Maranhão

Conceito de grupo político criado a partir da ascensão do ex-presidente José Sarney ao governo do Maranhão, em 1966, é encerrado neste processo eleitoral em que, pela primeira vez em 50 anos, não há uma candidatura que envergue oficialmente seus postulados

 

José Sarney ao tomar posse no governo, em 1966; ciclo que durou 50 anos chega oficialmente ao fim nestas eleições de 2020

Ensaio

As eleições de 2020 em São Luís vão encerrar, oficialmente, o ciclo do chamado “grupo Sarney” na história política do Maranhão.

Pela primeira vez em 50 anos, nenhum dos candidatos a prefeito enverga qualquer relação oficial com o conceito de grupo criado a partir da ascensão do ex-presidente ao poder, em 1966.

Nem mesmo o neto de José Sarney, o deputado estadual Adriano Sarney – que tem postura absolutamente independente em relação ao legado da família – pode ser apontado como sarneysista.

Outro aspecto que demonstra o fim do ciclo sarneysista é o espalhamento de seus antigos membros por diversas candidaturas, tanto da oposição quanto da base do governo Flávio Dino (PCdoB).

Historicamente, o início do fim do sarneysismo pode ser apontado em 1994, com a chegada de Roseana Sarney ao governo, o que iniciou a era chamada roseanismo.

Desde então, começou um ciclo de decadência sarneysista – no conceito de grupo – que culminou com a derrota em 2014, para o atual governador Flávio Dino.

Adriano e Roseana são representantes de duas gerações do legado sarneysista, mas cada um tem conceitos, ideologias e visão política distintas

Aos 90 anos, José Sarney é hoje o símbolo de um período histórico no Maranhão que oferece material para leituras e releituras ao longo dos últimos 25 anos.

Mas o conceito de grupo já não existe mais.

Os três principais representantes da família – Roseana, Adriano e Sarney Filho – carregam o legado histórico, mas cada um segue o próprio rumo conceitual e ideológico na política.

O que ficará ainda mais evidente a partir de 2022, quando novos atores protagonizarão novos rumos políticos no Maranhão.

É aguardar e conferir…

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Como nos EUA, Republicanos e Democratas disputam em São Luís

Deputados estaduais Duarte júnior e Neto Evangelista representam perfis bem definidos no espectro político e são os adversários com mais chances de garantir o direito de disputar com o independente Eduardo Braide

 

O democrata Neto Evangelista e o republicano Duarte Júnior; chance de concorrer a um segundo turno contra um candidato independente

Há em São Luís, guardadas as devidas proporções históricas e conceituais, uma disputa que pode ser uma especie de alegoria da campanha presidencial nos Estados Unidos, entre os Republicanos e os Democratas.

Aqui em São Luís também há uma disputa entre republicanos e democratas.

Candidato do partido Republicanos, o deputado estadual Duarte Júnior tem em seu projeto de poder aliados que representam o perfil mais conservador da sociedade, ideais mais à direita do espectro político.

Seu colega Neto Evangelista é o candidato do DEM que, embora só no nome carrega semelhanças com o primo americano, tem ao seu lado o PDT, que representa no Brasil o perfil mais à esquerda no espectro político.

E são os dois, o republicano e o democrata, aqueles com maiores chances de chegar a um segundo turno e alcançar o direito de enfrentar o independente Eduardo Braide (Podemos).

O termo “independente” aqui serve apenas para manter o ensaio nos termos usados na política americana.

O democrata Joe Biden vai enfrentar o atual presidente republicano Donald Trump na disputa presidencial americana

A partir das convenções eleitorais, marcadas para meados de setembro, Duarte Júnior e Neto Evangelista mostrarão se têm fôlego para brigar, de fato, pela vaga de candidato ao segundo turno.

Ah, e embora a imprensa mundial trate apenas de republicanos e democratas em sua cobertura das eleições americanas, há outros candidatos em busca da Casa Branca, representando uma infinidade de partidos.

Há, inclusive, o partido comunista americano.

Mas no processo eleitoral de lá, como neste de cá, esta legenda não tem a menor importância.

Simples assim…

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Fritado no PSDB, Wellington deve se afastar da aliança com Braide

Deputado estadual demonstra insatisfação com a pressão do senador Roberto Rocha pela retirada de sua candidatura e já admitiu buscar outra aliança em São Luís, e não o apoio automático a Eduardo Braide, caminho pretendido pelo PSDB

 

Inconformado com a pressão do PSDB pela sua desistência, Wellington mostra insatisfação também com o apoio a Braide

Com a candidatura a prefeito de São Luís sendo fritada publicamente pelo senador Roberto Rocha, presidente do PSDB, o deputado estadual Wellington do Curso demonstra absoluta insatisfação com o partido.

O blog Marco Aurélio D’Eça apurou que o pré-candidato tucano pode seguir rumo eleitoral diferente do PSDB, caso seja obrigado a desistir em favor do deputado federal Eduardo Braide (Podemos).

Segundo o entorno de Wellington, ele entende que a sua desistência não implica transferência automática de seus votos para Eduardo Braide; e que a transferência de ao menos 1/3 desses votos a outro candidato significa a garantia de segundo turno.

Ele já ensaiou, inclusive, conversas com lideranças de outros partidos, entendendo que sua saída do PSDB fica caracterizada como perseguição da legenda, o que a impediria de cobrar-lhe o mandato.

– Wellington vê na ação de Roberto Rocha uma humilhação; e entende que pode levar consigo, para onde for, 30 porcento de seus votos, 10% que seja; e ele já trabalha nesta possibilidade – diz um interlocutor do pré-candidato.

Com apoio declarado a Eduardo Braide, Roberto Rocha quer a desistência de Wellington para ajudar numa eventual vitória do candidato do Podemos ainda em primeiro turno.

Mas o recado de WC deve dar novo rumo à essa prosa…

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Esquema de Cândido Mendes pode ter desviado mais de R$ 1 bilhão no MA

Operação Cabanos, da Polícia Civil e do Ministério Público – que levou para a cadeia o prefeito Mazinho Leite – atuou no chamado grupo de municípios da BR, formado por São Bernardo, Zé Doca, Centro do Guilherme, Maranhãozinho, Pedro do Rosário, Governador Newton Bello, São João Batista, Carutapera e Godofredo Viana

 

Preso na Operação Cabanos, o prefeito Mazinho Leite, de Cândido Mendes, é apenas uma peça de um esquema bilionário, envolvendo prefeitos, empresários e deputados federais maranhenses

Uma quadrilha especializada em desvio de recursos de contratos nas mais diversas áreas, em vários municípios maranhenses, desbaratada nesta quarta-feira, 19, em operação da Polícia e do Ministério Público, pode ser a ponta da linha de um esquema de corrupção bilionário no Maranhão.

Apenas em contratos com as prefeituras de Cândido Mendes – cujo prefeito Mazinho Leite foi preso na operação de ontem – os contratos ultrapassam os R$ 100 milhões.

Mas os valores roubados podem ultrapassar R$ 1 bilhão, envolvendo mais os municípios de São Bernardo, Zé Doca, Centro do Guilherme, Maranhãozinho, Pedro do Rosário, Governador Newton Bello, São João Batista, Carutapera e Godofredo Viana.

Detalhe: o dinheiro desviado pode ter origem em emendas parlamentares, o que deve levar a Polícia Federal a entrar no caso. (Entenda aqui, aqui e aqui)

Na operação de Cândido Mendes, além do prefeito Mazinho Leite e auxiliares, a investigação envolve as empresas JM Sales e Cia Ltda – ME, Cristal Serviços e Construções Ltda. – ME, Almeida e Lima Ltda – ME, Construtora Akrus Ltda – EPP, e J. A. Cruillas Neto.

Estas empresas atuam também nos demais municípios, com o mesmo esquema de fraude em licitação para desvio de recursos públicos.

O caso figurões da política maranhense e esquema de compra e venda de emendas parlamentares já revelados neste blog Marco Aurélio D’Eça, no post “Venda de emendas parlamentares pode virar escândalo nacional”.

Mas esta é uma outra história…

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O erro estratégico histórico de Roberto Rocha…

Às voltas com mais uma “sacada” na tentativa de evitar segundo turno entre oposição e governo, atual senador agiu da mesma forma em 2002, renunciando sua candidatura às vésperas do pleito estadual para favorecer Jackson Lago. Resultado: acabou ajudando a vitória do então sarneysista José Reinaldo Tavares

 

Roberto Rocha em 2006, com Jackson Lago, que ele tentou ajudar, e fracassou, nas eleições de 2002

Impondo intensa pressão pela renúncia do candidato do seu partido a prefeito de São Luís – com intuito de beneficiar Eduardo Braide (Podemos) – o senador Roberto Rocha (PSDB) já foi protagonista de um erro histórico com este mesmo objetivo.

Candidato a governador em 2002, ele renunciou à candidatura às vésperas do pleito, num acordo para viabilizar a vitória do pedetista Jackson Lago. 

Na época, Rocha era um dos quatro candidatos principais que disputavam o governo.

Jackson liderou a corrida desde o início, sempre com clara possibilidade de vencer em primeiro turno; José Reinaldo era vice de Roseana Sarney, assumiu o governo e concorreu no cargo com apoio do grupo Sarney, mas começou com apenas 2% das intenções de voto.

O ex-deputado Ricardo Murad concorreu sob ameaça de ter os votos anulados por problemas na filiação partidária; e o próprio Roberto Rocha tentava se consolidar como opção estadual.

Ao longo da campanha, Tavares tirou a diferença de Jackson e encostou no pedetista, ameaçando levar a sucessão para o segundo turno.

Foi então que, faltando cinco dias para o primeiro turno, Rocha anunciou sua renúncia, num acordo com Jackson, para ter seus votos anulados e garantir a vitória do pedetista em primeiro turno. (Entenda a história aqui e aqui)

O problema é que o tucano não contava com dois aspectos alheios à sua vontade:

1 – As pesquisas já apontavam empate técnico entre Jackson e Tavares, ficando impossível saber a quem a renúncia beneficiaria;

2 – A Justiça Eleitoral estava prestes a julgar o processo contra Murad, e a tendência era a de excluí-lo da disputa, levando à anulação dos seus votos.  

Acabou que aconteceu exatamente o que Rocha não contava: os números do primeiro turno mostraram José Reinaldo já à frente de Jackson; e o TRE anulou os votos de Murad.

O resultado do estratagema do tucano acabou facilitando a vitória de José Reinaldo Tavares (DEM) em primeiro turno. 

Dezoito anos depois, agora senador – após idas e vindas por vários grupos – Rocha aparece com nova estratégia eleitoral, agora envolvendo o candidato Wellington do Curso, do mesmo PSDB.

Ele quer a desistência de Wellington antes mesmo das convenções.

Mas agora, também, há pontos que fogem ao controle do senador.

Em primeiro lugar, ele não tem como garantir que os votos de Wellington migrarão todos para Braide, inflando seus índices;

Em segundo lugar, o tucano não tem nem mesmo a garantia de que Braide manterá seus índices nas alturas, diante do avanço de outros candidatos.

E assim, com seus estratagemas, Roberto Rocha vai se tornando um personagem icônico da política maranhense.

Que pode virar uma lenda ou um folclore…

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Carlos Lula desautoriza Flávio Dino sobre vacina russa…

No mesmo dia em que o governador do Maranhão anuncia adesão ao protocolo do uso do medicamento contra a coVID-19, secretário de Saúde critica a pressa no que chamou de Vale Tudo e diz que as autoridades “alimentam uma falsa” esperança que pode resultar em tragédia

 

O governador Flávio Dino anunciou neste fim de semana a adesão do Maranhão aos protocolos de uso da vacina desenvolvida pela Rússia contra o coronavírus. Segundo o presidente russo Vladimir Putin, a nova “arma” será testada em massa a partir de outubro.

Mas, a julgar por artigo de sua autoria publicado em jornais, o secretário de Saúde Carlos Lula não dá o apoio à decisão do governador.

Fazendo um paralelo histórico das pandemias, Lula criticou a pressa com que autoridades – não apenas russas, mas de todo o mundo – forçam a barra pela vacina contra o coronavírus e lembra o exemplo dos Estados Unidos, nos anos 70, quando a gripe suína assolou o povo americano e uma vacina anunciada às pressas levou muitos à morte ao invés de proteção.

– A vacina é uma possibilidade quase palpável, mas há um percurso que não deve ser interrompido por interesses que sobreponham a segurança e a eficácia cientificamente comprovadas – alertou o secretário, lembrando, inclusive, que a pressa da vacina levou à derrota de Gerald Ford nas eleições dos EUA.

E alertou:

– A história é uma eterna repetição. Já no final do século 19 Karl Marx fazia o alerta, que permanece atual: Hegel havia dito que fatos de suma importância tendiam a se repetir duas vezes. Marx completou: “a primeira como tragédia, a segunda como farsa”

A postura crítica de Carlos Lula em contraponto ao anuncio entusiasmado de Flávio Dino faz lembrar o então ministro da Saúde, Henrique Mandetta, logo no início da Pandemia de coronavírus, em contraponto ao negacionismo do presidente Jair Bolsonaro.

A postura de Mandetta custou-lhe o cargo de ministro…

Leia abaixo o artigo do secretário: