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Duarte se fortalece e base governista deve enxugar número de candidatos

Palácio dos Leões já trabalha pela retirada de Neto Evangelista e Dr. Yglésio, que se juntariam aos já praticamente fora do páreo Edivaldo Júnior e Wellington do Curso – ambos sem partido – o que deve reduzir a disputa a apenas quatro nomes em São Luís: Braide, Duarte, Fábio Câmara e Diogo Gualhardo

 

Brandão com os membros da base; Palácio dos Leões quer todos com Duarte Júnior

Já definido no comando do PSB, o governador Carlos Brandão trabalha neste fim de ano para formar uma ampla aliança em torno do deputado federal Duarte Júnior (PSB) na disputa pela Prefeitura de São Luís; essa articulação implica na retirada das candidaturas de Neto Evangelista (União Brasil) e Dr. Yglésio (ainda no PSB).

Os dois ainda pré-candidatos se juntariam a Edivaldo Júnior e Wellington do Curso, que não devem conseguir legenda para concorrer em 2024.

O objetivo do Palácio dos Leões é juntar todos os partidos em um só palanque – do PT ao PSDB; do União Brasil ao MDB, passando por PP, Podemos e até o PL.

Ao forçar a redução no número de candidaturas na base, o Palácio dos Leões objetiva polarizar a disputa entre o prefeito Eduardo Braide (PSD) e Duarte Jr.; mas a polarização pode abrir espaço para uma espécie de terceira via, com as candidaturas de Diogo Gualhardo, pelo Novo, e, principalmente, a do ex-vereador Fábio Câmara, pelo PDT.

Com a candidatura de Câmara, o partido comandado pelo senador Weverton Rocha passa a ser uma espécie de fiel da balança.

Com peso para decidir a disputa na capital maranhense…

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Weverton põe dúvidas sobre necessidade de empréstimo pretendido por Brandão…

Senador pedetista questionou a aprovação da Assembleia Legislativa para uma operação de crédito da ordem de R$ 350 milhões no mesmo momento em que o governador  cria mais despesas com aumento do número de secretarias e vai garantir aumento da arrecadação com elevação de taxas e impostos

 

Na articulação em favor de Dino, Weverton conseguiu apoio até de Sérgio Moro; agora, se posiciona como líder da oposição no Maranhão

O senador Weverton Rocha (PSDT) voltou à carga contra o governador Carlos Brandão, criticando, sobretudo, a operação de empréstimo autorizada pela Assembleia Legislativa, de cerca de 350 milhões.

– Eu tenho as minhas dúvidas se o Maranhão vai realmente precisar desse empréstimo. Primeiro, porque quem está com dificuldades não cria mais despesas. O governador acabou de criar novas secretarias, então não me parece que ele esteja precisando de mais recursos – falou o senador, em entrevista ao jornalista Elias Lacerda.

Para Weverton, o Maranhão terá forte aumento de arrecadação em 2024, após o próprio Brandão aumentar significativamente a alíquota de impostos e as taxas de vários serviços no estado.

– O Maranhão deve arrecadar bem a partir do ano que vem, porque ele (Brandão) acabou de aumentar os impostos estaduais consideravelmente. Isso deve dar uma robustez no caixa, ele deve melhoras as condições para continuar investindo no Maranhão, para continuar fazendo o trabalho que se espera dele – ressaltou.

Em junho, após seis meses de silêncio em relação ao governo, Weverton Rocha já havia criticado o interesse de Brandão em um empréstimo, à época na casa dos R$ 3,5 bilhões; ele criticou duramente o governador, como revelou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Vou estar atento e acompanhar de perto…”.

A postura dura de Weverton em relação ao governador se dá após sua atuação em defesa da indicação do ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal; e indica que o senador  pedetista deve mesmo assumir o contraponto político ao Palácio dos Leões, como líder da oposição.

Mas esta é uma outra história…

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“Brandão está perdido, sem rumo e sem projeto”, diz presidente do Novo

Em Carta Aberta ao governador – espécie de Balanço de 2023 – Leonardo Arruda aponta que, ao mesmo tempo em que sufoca a população com aumento de impostos, criação de novas taxas em serviços essenciais como água e energia, Brandão cria mais despesas, aparelhando o estado com parentes, empréstimos desnecessários e novas secretarias que não servem para nada

 

Leonardo Arruda descascou o governo Brandão em uma carta aberta que serve também como balanço independente da gestão em 2023

Análise da notícia

Em carta aberta divulgada esta semana – espécie de balanço da gestão em 2023 – o presidente do Partido Novo no Maranhão, Leonardo Arruda, apontou as ações nocivas do governo Carlos Brandão (PSB) para o futuro do estado, como aumento de impostos e taxas para aumentar a arrecadação e gastos desnecessários com empréstimos e criação de novas secretarias.

O documento é uma das mais duras críticas ao governo iniciado em 2023, um balanço completo dos resultados alcançados pelo estado no primeiro ano do governo Brandão. Para Arruda, o governador demonstra uma angústia visível com a “falta” de recursos, mas parece não saber o que fazer, com ações se revelam nocivas para o Maranhão, “incoerentes despesas desnecessárias”.

– As últimas medidas adotadas por sua gestão causam preocupação e refletem o quanto o seu governo está perdido, sem rumo e sem projeto algum para livrar o Maranhão da profunda crise fiscal e social que bate à nossa porta – aponta o dirigente partidário.

Brandão fecha 2023 com aumento de ICMS de 18% para 22%. Criou novas taxas no Detran, reajustou a conta de luz em mais de 30%, tributou o agronegócio e aumentou as taxas de embarque rodoviários e aquaviários; o dirigente cita ainda o desembolso de R$ 1,5 milhão para a escola de samba Mangueira, revelado neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Em crise financeira, governo Brandão vai dar R$ 1,5 milhão para a Mangueira homenagear Alcione…” 

Ao mesmo tempo, porém cria novas despesas com empréstimos milionários e aumenta o já inchado número de secretarias com mais três pastas “que não servem para absolutamente nada”.

– É tanta gente e tanta troca de cadeiras que até me arrisco a dizer que o senhor não decorou ainda seus nomes – afirmou Arruda.

O Partido Novo, comandado por Arruda no estado, é um exemplo de agremiação política no Brasil, com seleção rigorosa de seus membros e excelência em gestão, como a do governador  de Minas Gerais Romeu Zema, cotado, inclusive, para a presidência da República em 2026.

Manutenção da miséria

A imagem de Flávio Dino segurando um retrato de Brandão durante a campanha é o símbolo da manutenção da miséria maranhense

Capítulo especial Leonardo Arruda guarda para a miséria do estado, aumentada no governo Flávio Dino e mantida – até com certo orgulho – pelo atual governador.

– Seu Governo parece se recusar a pensar o Maranhão do futuro, porém brada aos 4 cantos inaugurando restaurantes populares, dando carrinho de lanche para ambulantes e entregando cestas básicas/peixes para seus apadrinhados políticos distribuírem aos seus eleitores. Seriam esses os seus maiores programas para o desenvolvimento econômico e social do Maranhão? – provoca o presidente do Novo.

O blog Marco Aurélio d’Eça também delineia, historicamente, em diversos posts desde 2015, os fracassos de Flávio Dino à frente do governo e o aumento da miséria, mantida por Brandão. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui) 

Reafirmando que o Maranhão segue à deriva, com Brandão aparelhando o estado com parentes e controlando os demais poderes, Leonardo Arruda encerra carta aberta, espécie de balanço de 2023, com um alerta:

– Essa política de pão e circo levará o Maranhão à bancarrota! Nesse ritmo que vai, V. Excelência será eternamente lembrado como um dos piores governantes que o nosso Estado já teve.

Abaixo, a íntegra da carta aberta ao governador Brandão:

Carta Aberta ao Governador do Maranhão

Prezado Governador,

As últimas medidas adotadas por sua gestão causam preocupação e refletem o quanto o seu governo está perdido, sem rumo e sem projeto algum para livrar o Maranhão da profunda crise fiscal e social que bate à nossa porta.

É perceptível a angústia do seu governo com a “falta” de recursos para honrar os compromissos, e as soluções encontradas por sua gestão infelizmente se demonstram nocivas para o Estado. Vosso Governo já escolheu um inimigo em comum para combater – que é a baixa arrecadação -, porém se esquecendo que os grandes vilões da atualidade são as incoerentes despesas desnecessárias que possuímos.

Quer ver?

Olha esse exemplo: de um lado, reajuste de ICMS (de 18 para 22%), suspensão do pagamento dos prestadores de serviço, atraso salarial de médicos, etc., e, de outro, aumento de Secretarias de Estado. O nosso Maranhão, que já estava inchado com 33 Secretarias e 5 Agências, ganhou na calada da noite mais 3 Secretarias que não servem para absolutamente nada, a não ser para empregar seus compadres políticos. É tanta gente e tanta troca de cadeiras que até me arrisco a dizer que o senhor não decorou ainda seus nomes.

Todos os dias são relatos e mais relatos na mídia sobre a criação de novas taxas, a exemplo daquela que tributa o AGRO e das recentemente criadas no DETRAN; reajuste acima de 30% na conta de água; taxas de embarque rodoviário e do ferryboat elevadas; etc.

Mais estranho ainda é conseguir autorização para contrair R$ 300 milhões em empréstimo – com aval quase unânime da Assembleia – enquanto o Maranhão segue insolvente ao não pagar as parcelas dos empréstimos contraídos, principalmente, durante a Gestão do seu padrinho político – e novo Ministro do STF -, Flávio Dino.
Bom, mas está escancarado que coerência não é um dos atributos de sua gestão, afinal, enquanto inúmeros artistas locais – que se apresentaram no “maior São João do mundo” – não receberam ainda seus pagamentos, vosso governo anuncia que enviará R$ 1,5 milhão para a Mangueira, conhecida escola de samba carioca que desfilará às custas do suor do trabalhador maranhense.

Seu Governo parece se recusar a pensar o Maranhão do futuro, porém brada aos 4 cantos inaugurando restaurantes populares, dando carrinho de lanche para ambulantes e entregando cestas básicas/peixes para seus apadrinhados políticos distribuírem aos seus eleitores. Seriam esses os seus maiores programas para o desenvolvimento econômico e social do Maranhão?

Está claro que não existe sequer um plano de médio/longo prazo para desenvolver o Estado!

Nosso Maranhão segue à deriva enquanto V. Excelência busca, a qualquer custo, aparelhar ainda mais o Estado ao indicar seus familiares para ocupar cargos de destaque em outros poderes, a exemplo da Sec. De Relações Institucionais da ALEMA, que é chefiada por seu irmão, Marcos Brandão – que detém mais poderes do que a própria presidente da Assembleia – e de seu sobrinho, Daniel Brandão, Conselheiro no TCE.

Para concluir, Governador, fica o alerta: essa política de pão e circo levará o Maranhão à bancarrota! Nesse ritmo que vai, V. Excelência será eternamente lembrado como um dos piores governantes que o nosso Estado já teve.

Leonardo Arruda

Presidente do Diretório estadual do Maranhão

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A era pós-Dino: o peso de Eduardo Braide em 2026…

Favorito nas eleições de 2024, prefeito de São Luís pode se consolidar como liderança popular na capital maranhense, mas ainda carece de grupo político, de partidos fortes e de relação mais próxima com a classe política se quiser ter influência na sucessão do governador Carlos Brandão

 

Com a saída de Dino, Braide se torna a figura mais importante do estado depois de Brandão; mas não parecer ter a mesma disposição do governador para agregar

Perfil

A aposentadoria política do ainda ministro da Justiça Flávio Dino vai fazer surgir novas lideranças em todos os níveis no Maranhão. Uma delas, sem dúvida, é o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD).

Favorito para ser reeleito em 2024, Braide já esteve cotado para disputar o Governo do Estado em 2022, mas acabou sem qualquer influência direta no processo eleitoral que resultou na vitória do governador Carlos Brandão (PSB). 

O prefeito tem uma forte relação com a população da capital maranhense, o que lhe garante popularidade nas alturas; este perfil já foi analisado neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Um Eduardo Braide da classe política, outro Eduardo Braide da população…”.

A falta de relação mais próxima com a classe política, o desprezo por partidos, parlamentares e lideranças, a difícil relação com a imprensa alimenta o perfil de outsider ainda pretendido pelo prefeito, embora este perfil – de sucesso a virada da década – já tenha se perdeu no timming político nacional.

Braide lidera uma gestão efetiva do ponto de vista administrativo; o resultados de suas ações são vistas em toda a cidade, das áreas chamadas mais nobres à periferia, com foco na zona rural. É um secretariado de técnicos desconhecidos, sem nenhum auxiliar que se mostre tão destacado do ponto de vista político quanto o próprio prefeito.

O próprio Eduardo Braide alimenta este traço de sua gestão.

Este modelo político, na verdade, é o mesmo do ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), com a diferença de que o atual prefeito tem menos carisma pessoal; de difícil acesso, embora afável no trato, pouco afeito a reuniões sociais ou eventos políticos, Edivaldo não construiu base política necessária para a pós-gestão, e o resultado está aí, na atualidade.

O ex-prefeito foi esquecido pelo mesmo povo com quem convivia em suas andanças, deu as costas para o grupo político que o elegeu duas vezes e amargou um retumbante fracasso nas eleições de 2022; hoje, sua popularidade é só um arremedo do que era há três anos atrás e é rejeitado por partidos.

Ainda em 2018, após importante desempenho nas eleições municipais de 2016 – que o alçou ao patamar de liderança política em São Luís – o atual prefeito foi analisado por este blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Os caminhos de Eduardo Braide…”.

– Alçado à condição de pré-candidato a governador por conta do recall das eleições de 2016, Braide tem a situação considerada difícil por que não tem partido com tempo na propaganda e com bancada para assegurar sua participação em eventuais debates – analisava o blog, já naquela época.

Eduardo Braide também deve ter pretensões de voos mais altos em política, seja em 2026 ou mais para frente.

Para isso, no entanto, é fundamental que construa uma base política sólida e um grupo que esteja disposto a quebrar lanças por ele no pós-prefeitura.

Caso contrário, pode se transformar no que são hoje Conceição Andrade, Tadeu Palácio e o próprio Edivaldo Júnior.

Simples assim…

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Brandão dá sinais de que não estará na campanha em São Luís…

Confirmando informação antecipada deste blog Marco Aurélio d’Eça, governador indica que não deverá mesmo subir em palanques na capital maranhense e nem em cidades onde dois membros da base governista estejam na disputa, a exemplo de Imperatriz

 

Brandão teve a primeira reunião mais descontraída com Flávio Dino e a base desde que assumiu o governo, mas manteve posição de que pode ficar fora da eleição em São Luís

Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou em 25 de novembro o post “São Luís fica fora da primeira reunião de Brandão com a base sobre 2024…”, que mostrava em primeira mão a sinalização de que o governador  Carlos Brandão não participaria das eleições de São Luís.

O governador deixou claro que “não irá se envolver nos municípios onde houver pelo menos dois aliados na disputa” – afirmou o blog, à época, baseado em declaração do chefe da Casa Civil Sebastião madeira. 

Na semana que passou, no primeiro encontro oficial que teve com o ainda ministro da Justiça Flávio Dino desde o início de 2023, Brandão deu novos sinais de que não apoiará ninguém em São Luís, o que levou o próprio Dino a defender o nome do deputado federal Duarte Júnior (PSB).

Na base do governo há pelo menos três pré-candidatos a prefeito; além de Duarte, os deputados estaduais Neto Evangelista (União Brasil) e Dr. Yglésio Moyses (ainda no PSB) também já mostraram interesse na disputa.

Embora tenha melhorado a relação com Duarte Júnior, o governador  não demonstra sentir-se à vontade em tê-lo como candidato do governo na capital.

Já em Imperatriz, há um indicativo de disputa entre o deputado estadual Rildo Amaral (PP) e o ex-deputado Marco Aurélio (PSB), que já estão em desvantagem em relação ao deputado federal Josivaldo JP (PSD).

Depois de se movimentar em busca de alternativas, o governador assumiu uma postura mais neutra desde que assumiu a liderança do grupo de Flávio Dino.

E será com essa postura de magistrado que deverá atuar em 2024…

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Uma imagem que demorou um ano para ser possível…

Da forma como ocorreu nesta terça-feira, 5 – espontaneamente e natural – a foto com o governador Carlos Brandão e o ainda ministro da Justiça Flávio Dino só foi possível agora, após indicação de Dino para o Supremo Tribunal Federal, o que distendeu o ambiente político e a disputa velada de poder entre os dois, que se arrastava desde o fim das eleições de 2022

 

Flávio Dino, Brandão e Camarão: após um ano de tensões e ameaçadas veladas, o bastão do poder está finalmente passado no Maranhão

Análise da Notícia

Preste atenção na imagem que ilustra este post.

Nela se vê um governador Carlos Brandão (PSB) e um ministro da Justiça Flávio Dino espontâneos, autenticamente à vontade, sem ranço ou forçação de barra para fotógrafos.

Mas este imagem só possível um ano depois do fim das eleições de 2022, em que ambos elegeram-se na mesma chapa, encabeçada por Brandão e liderada por Dino.

De lá para cá, não há registro de momentos assim, naturais; é claro que houve encontros entre ambos, mas nenhum com a naturalidade e o ar de distensão política entre a dupla, desde que a guerra fria começou entre os dois.

Este blog Marco Aurélio d’Eça acompanhou pari passu a relação Brandão e Dino no pós-eleição, registrada em diversos posts ao longo do ano, mostrando que ambos chegaram a ponto de um rompimento. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

E a imagem desta terça-feira, 5 – para alívio de jornalistas e políticos os que gravitam em torno do poder – só foi possível agora com a aposentadoria de Flávio Dino da Política;  o encontro simbolizou uma espécie de passagem de bastão de Dino para Brandão.

E representa, oficialmente, o início da era pós-Dino no Maranhão…

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A era pós-Dino: o papel de Felipe Camarão…

Vice-governador é o aliado mais proeminente do ainda ministro da Justiça e o que tem posição mais estratégica no jogo de poder em 2026; mas sabe que pode ficar fora da sucessão por um simples movimento do atual governador Carlos Brandão no xadrez político nos próximos anos

 

Amigo, aliados e discípulo de Flávio Dino, Felipe Camarão tem papel estratégico nas eleições de 2026

Documentário

Ele foi um dos primeiros a comemorar a indicação do ministro da Justiça Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.

– Viva Flávio Dino! – expressou o vice-governador Felipe Camarão (PT), que tem no ministro não apenas um aliado, mas um mentor e amigo pessoal; a carreira política do vice de Carlos Brandão (PSB) se confunde com a do próprio ministro, que agora deve aposentar-se da política.

Apesar de ser um dos mais recentes no jogo do poder, dentre todos os aliados de Dino Felipe Camarão é o único no chamado entorno do ministro em condições de manter o seu legado na era pós-Dino; além da posição estratégica para 2026, consegue agregar governistas e oposicionistas; e tem um forte apelo popular.

Nenhum outro mais próximo do ministro, os chamados órfãos de Dino – Nem os deputados Márcio Jerry (PCdoB), Rubem Júnior (PT) ou Duarte Júnior (PSB), muito menos seu atual lugar-tenente Ricardo Capelli – têm condições, como Camarão, de se viabilizar em um projeto majoritário a curto e médio prazo.

Dentro do projeto de poder de Flávio Dino iniciado em 2014, Camarão foi talhado para ser gestor, para disputar eleições majoritárias.

Foi cotado à prefeitura nas eleições municipais de 2016 e 2020, chegou a se apresentar como candidato a governador pelo PT, até emplacar a vaga na chapa de Brandão, em 2022.

Seu único empecilho é o projeto pessoal do próprio Brandão, já analisado nesta série documental do blog Marco Aurélio d’Eça, no post intitulado “Brandão parece sem oposição, mas também sem nome para sucedê-lo…”.

O governador chegou mesmo a cogitar jogar o peso de sua máquina administrativa em uma eventual campanha de Felipe em 2024, apenas com o objetivo de tirá-lo do caminho em 2026, como este blog Marco Aurélio d’Eça mostrou no post “Brandão quer Camarão candidato a prefeito em 2024…”. 

A primeira disputa eleitoral autêntica de Felipe Camarão dependerá do atual governador.

Felipe pode tanto ser candidato à reeleição de governador, caso assuma em abril de 2026, como também pode concorrer ao Senado, em uma chapa construída pelo atual governador, que permaneceria no cargo.

Este blog Marco Aurélio d’Eça já apontou em diversos posts não ver motivo ou razão para Brandão abrir mão de um mandato no Senado Federal ou afastar-se do projeto de poder de Flávio Dino. (Relembre aqui, aqui, aqui e também aqui)

Maas nenhuma destas análises levava em consideração o fato de Flávio Dino ser ministro do Supremo Tribunal Federal, fato este que modifica toda a história política do Maranhão.

Brandão está desobrigado com Flávio Dino – que escolheu por si só aceitar a vaga no STF – mas ainda depende em suas decisões da posição estratégica de Felipe Camarão; o vice-governador sabe disso e se movimenta dentro deste cenário.

Até por que sabe que se ficar parado a onda leva…

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MDB foi de Braide a Duarte em seis meses…

Prefeito de São Luís chegou mesmo a ser cotado como o preferido do partido agora comandado pelo executivo Marcus Brandão – tanto que, em junho, participou da festa de filiação do deputado federal Cléber Verde – mas acabou perdendo espaço para o deputado Duarte Júnior, um dos principais convidados da convenção de sexta-feira, 1º

 

Em maio, Braide era recebido com pompa pelos emedebistas; agora em dezembro, foi Duarte Jr. a estrela da militância na convenção do MDB

Em 31 de maio, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “MDB com Braide é ‘prego batido’ pela nacional do partido”.

Baseado numa declaração do deputado federal Cléber Verde, que acabara de entrar no partido, o texto levava em conta, também, a presença do prefeito de São Luís no encontro emedebista que recebeu, além de Verde, o executivo da Assembleia Legislativa Marcus Brandão, que é irmão do governador Carlos Brandão.

Tanto que a imagem da festa de filiação também virou post deste blog Marco Aurélio d’Eça: “Cleber Verde une Sarney, Brandão e Braide em festa do MDB…”.

Passaram-se apenas seis meses e o distanciamento entre o grupo do governador Carlos Brandão e o do prefeito Eduardo Braide hoje é praticamente intransponível.

Neste período, o deputado federal Duarte Júnior (PSB) jogou pesado, usou as armas que tinha e se aproximou – não apenas de Brandão, mas de sua base e do MDB; tanto que estava lá, na mega-convenção da sexta-feira, 1º, ovacionando Marcus Brandão e os novos emedebistas.

O afastamento do prefeito não passou despercebido nem mesmo por aliados de 2020, como o deputado estadual Roberto Costa, histórico no MDB, para quem são quase nulas as chances de o partido estar com Braide.

A conquista de Duarte Júnior – se não um casamento, pelo menos um namoro – é a segunda vitória do deputado sobre o prefeito neste segundo semestre.

Não entendeu?!? Entenda aqui…

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Era pós-Dino: Brandão parece sem oposição, mas também sem nome para sucedê-lo…

Este blog Marco Aurélio d’Eça inicia nesta segunda-feira, 4, uma série de comentários, análises e projeções sobre as consequências da aposentadoria política do ministro da Justiça – quem ganha e quem perde, novas lideranças que surgem ou ressurgem no cenário, dentre outras questões; a primeira análise mira o govenador, que tem as eleições de 2024 e a de 2026 para consolidar sua liderança e apontar para o próprio futuro

 

Brandão superou a fase em que era apenas um retrato nas mãos de Flávio Dino; mas precisa definir um rumo que lhe garanta futuro político na era pós-Dino

Documentário

“O governador Carlos Brandão (PSB) ficou absoluto no cenário”. Esta é a expressão usada por 10 entre 10 analistas ou lideranças políticas desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a indicação do ministro da Justiça Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.

De fato, em um primeiro momento, o governador é a liderança que mais se beneficia da aposentadoria de Dino; ele passa a ser a grande força estadual, sem sombras, sem oposição consistente e com duas eleições para conduzir de forma a consolidar este poder.

Há um problema, porém.

Embora não tenha uma oposição ainda consistente – o senador Weverton Rocha (PDT), o ex-candidato governador Lahésio Bonfim (PSC) ou o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD), precisam marcar posição – Brandão também não tem um nome consistente para sucedê-lo, a menos que já tenha aceitado entregar o mandato ao vice-governador Felipe Camarão (PT), principal herdeiro do dinismo.

Basta entender o recado do deputado federal Márcio Jerry ao jornal O Estado de S. Paulo, neste fim de semana:  – “não dá para sepultar o dinismo. A influência dele vai continuar super forte, viva e organizadora da política.”;  Jerry foi, por muito tempo, uma espécie de lugar-tenente e mentor do próprio Dino.

Há três correntes do brandonismo na era pós-Dino, cada uma com sua visão sobre o futuro político do grupo do governador.

A primeira tem como centro gravitacional os familiares do próprio Brandão – irmãos, primos, sobrinhos…- e defende uma ruptura total com o establishment, lançando um candidato próprio ao governo e elegendo não apenas o sucessor, mas também, senadores e vice em 2026.

Quem?!? a opção única deste campo é a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), que ainda precisa ganhar estatura estadual

A segunda corrente é liderada pelo ex-governador José Reinaldo Tavares e influencia diretamente os corredores administrativos do Palácio dos Leões; para este grupo, Brandão deveria fechar aliança com o prefeito Eduardo Braide (PSD), indicar o vice – falam-se em Orleans Brandão (MDB) – e trabalhar pela eleição de Braide ao Governo em 2026, herdando a prefeitura e ainda elegendo ao menos um dos senadores.

Para isso, no entanto, também precisa permanecer no cargo; e também ficará sem mandato a partir de 2027.

A terceira corrente reúne não apenas familiares de sangue e amigos, mas a família do próprio governador – mulher e filhos; para estes, Brandão deve simplesmente manter o projeto inicial fechado com Flávio Dino, repassar o mandato a Felipe Camarão em 2026 e concorrer a uma das vagas ao Senado.

Garantiria, além do mandato em Brasília, a possibilidade de retorno ao poder em 2030, já que, nestas circunstâncias, Camarão só teria direito a mais um mandato.

Todas essas hipóteses são analisadas a partir do ponto de vista unilateral do brandonismo, sem, obviamente, combinar com os “russos” – ou a oposição, para ser mais preciso.

E também não leva em conta o surgimento de novas lideranças estaduais no pós-Dino.

O que é assunto para outros posts…

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Os passos de Orleans Brandão…

Jovem secretário de Assuntos Municipais, filho do novo presidente do MDB e sobrinho do governador Carlos Brandão foi a figura mais ovacionada na convenção do partido que definiu o novo comando no Maranhão; “o futuro do partido”, disse o presidente nacional da legenda, Baleia Rossi

 

Orleans Brandão entre os presidentes do MDB nacional, Baleia Rossi, e estadual Marcus Brandão: figura mais proeminente da covnenção emedebista

Em um megaevento que reuniu a velha guarda e a nova geração do MDB maranhense, o secretário de Assuntos Municipais do governo Carlos Brandão, Orleans Brandão, foi a figura mais ovacionada; apontado como “presente e futuro” do partido, o secretário parece ter encaminhado ali um projeto político envolvendo diversos atores.

Filho do novo presidente emedebista Marcus Brandão, que assumiu exatamente nesta sexta-feira, 1º o comando do partido, Orleans é também sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB) e já aparece em todas as análises e comentários de política como uma peça-chave no projeto de poder do atual chefe do Executivo estadual.

– Estou pronto para dar a minha contribuição para que o MDB continue avançando e ajudando a construir um estado e um país melhor para todos – acenou Orleans.

Na mesa de comando da convenção figuras de peso do MDB, como a ex-governador a e atual deputada federal Roseana Sarney, o presidente nacional da sigla, Baleia Rossi, o ex-deputado federal Hildo Rocha e o estadual Roberto Costa, além de outros parlamentares, prefeitos, vereadores e lideranças políticas.

– Orleans é uma grande liderança jovem, que representa o presente e futuro do partido – apontou Baleia Rossi

– Com certeza fará história no MDB – complementou Hildo Rocha.

– Orleans tem feito um grande trabalho no governo – disse Roberto Costa.

O caminho está aberto, portanto…