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Flavio Dino já havia proibido PRF em ações como a da Câmara de São Luís

Força policial vinculada ao Ministério da Justiça atuou de forma ostensiva – e estranha à sua atividade fim – na operação do Ministério Público estadual contra vereadores e ex-secretários municipais, o que, no fim das contas, atingiu direta ou indiretamente quatro adversários do candidato do ministro nas eleições de 2024

 

A PRF fez de tudo na operação do Ministério Público contra vereadores; menos a própria atividade-fim

O portal Metrópoles publicou em janeiro de 2023 matéria informando que o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) tinha proibido a Polícia Rodoviária Federal de atuar em ações e operações não relacionadas à sua atividade-fim, que é a fiscalização nas rodovias federais.

Sete meses depois da reportagem, a PRF atuou nesta quinta-feira, 10 – de forma estranha à sua atividade-fim – na operação do Ministério Público estadual que teve como alvo quatro vereadores de São Luís, dois ex-secretários municipais e um ex-vereador.

Quem determinou a participação da PRF na operação? Por que essa força, e não a Polícia Federal, auxiliou o MP maranhense?!? Qual recurso federal justifica uma força federal na operação? 

Na ação, os policiais rodoviários federais agiram como agentes de investigação: invadiram casas escritórios, vasculharam documentos e apreenderam material.

Mas ninguém – nem o Ministério Público, nem a Polícia Civil e nem a própria PRF – esclareceu os motivos da presença desses agentes públicos federais em uma ação nada a ver com sua atividade-fim.

No fim das contas, a operação – que se baseia em investigações de pelo menos quatro anos atrás – atingiu de forma direta ou indireta quatro pré-candidatos a prefeito de São Luís: Eduardo Braide (PSD), Paulo Victor (PSDB), Neto Evangelista (União Brasil) e Edivaldo Júnior (sem partido), como revelou o blog Marco Aurélio d’Eça no post “O que fazia a PRF na operação contra a Câmara Municipal?!?”.

Todos eles são adversários do candidato de Flávio Dino nas eleições de 2024, o deputado federal Duarte Júnior (PSB).

E o Ministério da Justiça também não explicou por que contrariou uma determinação do seu próprio ministro…

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As razões da indiferença de Flávio Dino com Brandão

Historicamente tido por rancoroso, ministro começou a se afastar a partir da montagem do governo, logo após resultado das eleições de 2022, ações registradas na linha do tempo pelo blog Marco Aurélio d’Eça; e tem resistido às investidas do governador para tentar refazer os laços de amizade cortados com o ainda aliado

 

Brandão tenta se aproximar, mas Dino nem sorri quando é obrigado a estar no mesmo ambiente que o governador

Análise da Notícia

A mídia política maranhense – incluindo este blog Marco Aurélio d’Eça – repercutiu nesta terça-feira, 8, vídeo que mostra a indiferença do ministro Flávio Dino no trato com o governador Carlos Brandão, na Cúpula da Amazônia, em Belém (PA).

Na mesma terça-feira, 8, pela manhã, este blog Marco Aurélio d’Eça já havia postado Ensaio em que mostra a encruzilhada que Brandão pode enfrentar em 2024, caso Dino mantenha-se afastado.

A repercussão negativa do vídeo de Belém levou aliados do governador a espalhar nesta quarta-feira, 9, outro vídeo, como que querendo dizer ao mundo: “Flávio Dino tratou, sim, Brandão com atenção em Belém”.

Mas o remendo teve efeito contrário.

Os dois vídeos comprovam que a indiferença nas relações dos dois aliados ocorre mesmo por vontade exclusiva de Flávio Dino, não de Brandão; e o vídeo espalhado pelo Palácio dos Leões confirma o post deste blog Marco Aurélio d’Eça sobre a encruzilhada que Brandão tem à frente.

Mas por que Flávio Dino tem reagido com indiferença a Brandão?!?

O que deixou magoado o ministro, conhecido pelo rancor?!?

Movimentos de Brandão incomodaram Dino

Para encontrar as razões, é preciso recorrer a uma série de posts do blog Marco Aurélio d’Eça na linha do tempo da relação de Brandão e Dino, desde o fim das eleições de 2022.

Logo depois do segundo turno, Brandão começou a montar seu governo próprio; afastou aliados importantes de Dino, mostrou interesse na Segurança Pública, aproximou-se do grupo Sarney e mexeu em outras peças do esquema comunista. 

Ao mesmo tempo, o governador começou a construir uma alternativa ao deputado Othelino Neto para o comando da Assembleia; à época, a mídia política especulou os nomes dos deputados Arnaldo Melo (PP) e Antonio Pereira (PSB), até que em 30/11/2022 o blog Marco Aurélio d’Eça trouxe o post “Brandão quer homenagear as mulheres com Iracema Vale na Assembleia…”.

Pegos de surpresa, Othelino e Flávio Dino tentaram reagir nos bastidores; até que em 09/12/2022 o então presidente da Assembleia revela os acordos à TV Mirante, fato registrado no blog Marco Aurélio d’Eça com o título “Othelino garante que falou de presidência quando fechou apoio a Dino e Brandão…”.

O Natal e a virada do ano vieram já em clima de desgaste entre o governador e o então senador eleito; Brandão assumiu sem a presença de Flávio Dino, que também ignorou outras festas relacionadas à posse no novo governador.  

Brandão conseguiu mesmo impor Iracema Vale na Assembleia e deu a Othelino a representação do governo em Brasília, uma vez que a esposa Ana Paula Lobato já iria assumir a vaga de Flávio no Senado.

Quatro meses de silêncio e desencontros em 2023

No sábado de carnaval o blog Marco Aurélio d’Eça trouxe o post “A guerra fria entre Brandão e Flávio Dino…”. Os dois também não se encontraram nos bailes, fato registrado em “Flávio Dino rejeitou convite de Brandão para o carnaval…”.

Uma das principais chateações de Dino tinha nome e sobrenome, revelado em Marco Aurélio d’Eça no dia 10/03/2023, com o título “Demissão de Ted Lago foi a maior perda de Flávio Dino no governo Brandão…”.

O primeiro encontro entre o ministro e o governador em 2023 só se deu em 23/04, fato também registrado pelo blog Marco Aurélio d’Eça, em uma Imagem do Dia com o título “Brandão e Flávio finalmente juntos em 2023…”.

Brandão corre atrás e Dino se esquiva de aproximação

Desde então, a tal “guerra fria” vive momentos de alta e baixa tensão e ganha rumores maiores quando se fala das eleições municipais;  nos bastidores da política, no entanto, o senso comum é que, hoje, esse afastamento se dá muito mais por rancor do próprio Dino.

Foi exatamente esta situação que o blog Marco Aurélio d’Eça mostrou no post “Encruzilhada à frente para Brandão em 2024…”, exatas 11 horas antes da publicação do vídeo da indiferença em Belém.

Justificadas ou não, essas são as razões na linha do tempo para que, hoje, Flávio Dino se mantenha distante, afastado e indiferente aos acenos de Brandão.

E os vídeos que ganharam a internet só confirmam que o governador enfrenta resistências para refazer esses laços.

Simples assim…

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Vídeo do dia: Flávio Dino esnoba Brandão em Belém…

Presente na cúpula da Amazônia nesta terça-feira, 8, ministro da Justiça nem se deu ao trabalho de levantar-se para cumprimentar o governador do Maranhão, que ficou constrangido ao perceber a cruzada de braços logo após o aperto de mão, numa clara demonstração de que, hoje, é o comunista quem recusa reaproximação com o ainda aliado

 

Flávio Dino até dá a mão a Brandão, mas recua rapidamente e cruza os braços, deixando o governador no vácuo

O governador  Carlos Brandão (PSB) viveu uma cena de constrangimento nesta terça-feira, 8, em Belém do Pará, onde participou da abertura da Cúpula das Américas pela Amazônia.

Ao chegar a um dos recintos, Brandão tentou cumprimentar o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), que sequer levantou-se para recebê-lo, limitando-se a um frio aperto de mão; em seguida, o ex-comunista cruza os braços e fecha a cara em antipatia, deixando Brandão no vácuo.

Note no vídeo – encaminhado ao blog Marco Aurélio d’Eça embalado pela sugestiva canção “Indiferença”, de José Augusto – que o governador recebe efusivo abraço do colega de Roraima, Antonio Denariun, antes de ser esnobado por Dino.

Print do momento em que Brandão tenta cumprimentar Dino, que o recebe friamente e com cara de antipatia

O blog Marco Aurélio d’Eça publicou nesta terça-feira, 8, o Ensaio  “Encruzilhada à frente para Brandão em 2024”, que aponta as dificuldades do governador na tentativa de tornar-se independente da tutela política do ministro da Justiça.

Dificuldades que o próprio Flávio Dino parece querer criar…

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Encruzilhada à frente para Brandão em 2024…

Após frustradas tentativas de aproximação com o prefeito Eduardo Braide e a falta de nomes consistentes em seu grupo para a sucessão da capital maranhense, movimentos do governador apontam para uma reaproximação com o ministro da Justiça Flávio Dino; risco de ficar fora do segundo turno em São Luís tem pesado na reavaliação do Palácio dos Leões

 

Brandão tem tentado escapar de ser mero retrato nas mãos de Flávio Dino, mas começa a olhar uma encruzilhada em sua frente

Ensaio

O governador Carlos Brandão (PSB) tentou dois movimentos políticos nos últimos meses com vistas às eleições de 2024 em São Luís; ambos frustrados.

Primeiro tentou aproximação com o prefeito Eduardo Braide (PSD), apontado pelas pesquisas como favorito na sucessão do ano que vem; emissários do governador chegaram a cogitar indicação de um vice na chapa do prefeito, que ignorou solenemente os acenos.

Esnobado por Braide e sem intenção de somar com o deputado federal Duarte Jr. (PSB) – candidato do ministro Flávio Dino (PSB) – Brandão tentou viabilizar um nome de sua própria escolha na base, mas os pré-candidatos já postos não conseguiram deslanchar nas pesquisas.

Foi então que o governador viu-se em uma encruzilhada.

Sem relações com Braide e sem candidato de peso corre o risco de ficar fora do segundo turno em São Luís, o que significará uma primeira derrota para o grupo de Dino; e ainda ficaria obrigado a escolher entre os próprios Braide ou Dino, em condições ainda mais desfavoráveis.

A segunda derrota, neste caso, será a inviabilidade do próprio nome para o Senado em 2026.

Diante deste cenário desastroso, o governador começou a refazer acenos para Flávio Dino.

Na semana passada, o governador ignorou a festa de filiação do vereador Paulo Victor ao PSDB – articulada pelo seu chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira; Madeira também tratou de desmentir a própria especulação que apontava a volta do chefe ao ninho tucano. (Entenda aqui)

Derrotar Dino ou derrotar-se?!?

No início de 2023, a mídia política maranhense – incluindo este blog Marco Aurélio d’Eça – chegou a falar de comentários no Palácio dos Leões dando conta de que Brandão estaria disposto a permanecer até o final em seu governo para evitar que outro aliado de Flávio Dino – o vice-governador Felipe Camarão (PT) – assumisse o poder em 2026.

Essa hipótese já foi descartada pelo governador, pelo simples fato de que – ainda que impedisse a ascensão de Camarão – estaria derrotando a si próprio, uma vez que deixaria a política e ficaria sem mandato enquanto Dino permaneceria ao menos mais quatro anos no Senado; e cada vez mais forte em âmbito nacional.

Brandão Caminharia, portanto, para ser um novo José Reinaldo Tavares na política maranhense, tido como traidor e esquecido pelos próprios aliados.

O governador quer encerrar a carreira política como senador da República, mas hoje sabe que esta hipótese só é possível mantendo a aliança com Flávio Dino, que, inclusive, já estimula outros nomes para as duas vagas senatoriais na disputa de 2026.

Ele, o governador, já ouviu os recados dos próprios aliados de Dino de que o primeiro passo é estarem juntos na sucessão em São Luís, no mesmo palanque e com o mesmo candidato; caso contrário, será barrado em 2026.

Até por que, para o governador virar senador, obrigatoriamente tem que passar o mandato para Felipe Camarão – que pode, ou não, dependendo da maneira como for tratado ao longo de quatro anos – ignorar sua eventual candidatura.

À beira da encruzilhada, Carlos Brandão começou a fazer cálculos e já começa a perceber os riscos pessoais que corre na aventura de tornar-se politicamente independente.

Afinal, como já dizia José Sarney, em política ninguém se suicida…

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Grupo de Flávio Dino reforça nome de Clayton Noleto em Imperatriz…

Ex-secretário de Infraestrutura assumiu o comando do PSB local, fortalecendo sua condição de candidato a prefeito, num movimento que visa contrapor o deputado estadual Rildo Amaral, mais alinhado ao projeto do Palácio dos Leões e do governador Carlos Brandão

 

Noleto assumiu o comando do PSB no lugar de Marco Aurélio e se fortalece no contraponto ao candidato de Carlos Brandão, deputado Rildo Amaral

O ex-secretário de Infraestrutura Clayton Noleto assumiu neste fim de semana o comando do PSB de Imperatriz, fortalecendo seu projeto de disputar a prefeitura local.

Embora nas pesquisas de intenção de votos esteja em posição inferior ao do ex-deputado Marco Aurélio, que comandava a legenda, Noleto parece ter sido o escolhido pelo grupo de Flávio Dino (PSB) para a missão de  contrapor-se ao deputado Rildo Amaral (PP), preferido pelo governador Carlos Brandão (PSB).

Em disputa velada pelo comando de Imperatriz, os grupos de Flávio Dino e de Carlos Brandão contam ainda com um problema adicional: neutralizar o deputado federal Josivaldo JP (PSD), nome que cresce significativamente entre os eleitores tocantinos.

Mas esta é uma outra história…

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Flávio Dino desmoraliza os próprios colegas do Congresso Nacional…

Ao declarar que só entrega as imagens dos atos do 8 de janeiro se o Supremo Tribunal Federal assim determinar, ministro da Justiça – que virou uma espécie de líder do STF na Política – diminui o poder de senadores e deputados federais da CPMI que investiga os atos terroristas, além de levantar suspeitas sobre o conteúdo gravado durante a invasão à sede dos Três Poderes

 

Com ar de autoridade suprema, Flávio Dino humilha seus próprios colegas de Congresso, com sorrisinhos debochados dos auxiliares em Brasília

Análise da Notícia

Investido em um poder quase absoluto no Ministério da Justiça, o maranhense Flávio Dino (PSB) vai atropelando a tudo e a todos em Brasília, exacerbando um viés de autoritarismo na capital federal.

As vítimas da vez são deputados e senadores que compõem a CPMI do 8 de Janeiro, que Dino humilhou nesta quarta-feira, 2, ao dizer que só entrega as imagens das invasões do dia 8 de janeiro se o Supremo Tribunal Federal assim o ordenar.

Além de diminuir seus próprios colegas de Parlamento, Flávio Dino expõe, ele próprio, mais suspeitas sobre o conteúdo das gravações, que, ele diz nada ter de especial.

– Eu espero que o Supremo autorize, mas não sou eu que vou descumprir a lei para atender a pressão ou chantagem de gente delirante, que acha que tem uma imagem minha aqui reunido, tramando a invasão do Congresso. O Supremo autorizando, eu entrego no mesmo dia – afirmou Dino, em entrevista à revista Carta Capital. (Saiba mais aqui)

O ministro da Justiça atua hoje como uma espécie de “líder do STF na Política”.

É muito próximo do ministro Gilmar Mendes, e nos últimos meses fez dobradinha em vários temas com o ministro Alexandre de Morais, além de dividir holofotes políticos com o ministro Roberto Barroso.

Político por excelência, o ex-comunista maranhense já percebeu que o caminho não é pelo Congresso ou no Governo, mas no STF. E ele nem precisa virar membro da Corte Suprema; tem poder para indicar o substituto de Rosa Weber e consegue até formar “bancada” no Pleno.

Seus movimentos no Judiciário incluem também aparelhar os tribunais com ex-sócios e ex-alunos, como já mostrou o blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Confraria de Flávio Dino busca vaga em diversos tribunais…”

Ao humilhar parlamentares pondo o STF acima deles, sabe o que pode esperar de eventual decisão que venha a sair da Corte.

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Com pior IDH, Maranhão chega ao nível da Venezuela sob Flávio Dino…

Com mais de R$ 2 bilhões deixados em caixa pela antecessora, governador comunista – hoje ministro da Justiça do governo Lula – passou oito anos fazendo festas para inaugurar restaurantes populares, mas piorou os índices sociais do estado, que hoje é o único de toda a América Latina a figurar em amarelo no Mapa do Desenvolvimento Humano, ao lado da ditadura comandada por Nicolas Maduro, segundo dados do IDH 2022

 

O fracasso de Flávio Dino já era evidente em 2018, quando ele tentou negar, em entrevista ao jornalista Sidney Pereira, o que prometera em 2014

O ex-governador Flávio Dino (PSB) teve dinheiro, teve apoio e teve equipe para iniciar o ciclo de desenvolvimento do Maranhão em seus oito anos de mandato; mas os números oficiais mostram que ele entregou o estado em último lugar em Índice de Desenvolvimento Humano em toda a América Latina .

Sob Flávio Dino, o Maranhão, que já tinha a pior renda per capta do Brasil, agora também é o único da América Latina a figurar em amarelo no mapa do desenvolvimento, ao lado de ninguém menos que a Venezuela, hoje sob o jugo da ditadura de Nicolas Maduro.

Os dados do IDH 2022, que podem ser lidos na íntegra aqui, analisam o biênio 2021/2022, exatamente os últimos do governo Flávio Dino; embora o programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), aponte na CoVID-19 uma justificativa para a queda generalizada nos índices em todo o mundo, o fato é que, nos quase oito anos de mandato de Flávio Dino, o Maranhão manteve-se estacionado em último lugar.

O documento foi analisado pelo blog Marco Aurélio d’Eça, que conversou sobre o tema com lideranças políticas maranhenses; é de uma delas, por exemplo, o ex-senador Roberto Rocha, o mapa que ilustra este post.

O mapa mostra o Maranhão como único estado do Brasil em amarelo, que representa o menor IDH no mapa do Desenvolvimento Humano da ONU

Ao assumir o mandato em 2015, o ex-comunista que hoje comanda a pasta da Justiça no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha em caixa nada menos que R$ 2 bilhões restantes de um empréstimo de cerca de R$ 4 bilhões contraídos por Roseana. (entenda aqui)

O próprio Dino prometeu, aos gritos, em seu discurso de posse, que ao final do seu governo, “nenhum município do Maranhão estaria entre os 100 com pior IDH do país”; hoje, o Maranhão tem 40 entre as 50 cidades com pior IDH.

O Maranhão figura no mapa do IDH como o pior da América Latina em termos de renda, educação e longevidade, dimensões que formam o Índice de Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas.

Na comparação com o mesmo mapa de 2010, o Maranhão foi o único estado que ficou para trás, uma vez que o Piauí avançou e deixou de figurar em amarelo no mais recente.

No Mapa do Desenvolvimento Humano Maranhão é o único estado ou província em toda a América Latina nesta condição; ao seu lado aparece apenas a Venezuela, pelas circunstâncias de estar sob a tutela de uma ditadura há mais de 20 anos.

Este é o legado do agora ministro da Justiça do governo Lula.

Sem tirar nem pôr…

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Brandão estuda novo empréstimo de R$ 4 bilhões para o Maranhão…

Perda de arrecadação e obrigação de reajustes a várias categorias, somadas ao inchaço da folha de pagamentos levaram o estado a malabarismos como o calote em parcela da dívida pública e atraso nos repasses constitucionais; mesmo assim, governador já prepara o terreno para levantar mais dinheiro em bancos até o final de 2023, quando deve encaminhar o projeto para aprovação do Senado Federal

 

Para equilibrar as contas, Brandão suspendeu parcela do empréstimo usado em grande medida por Flávio Dino; mas já pensa em contrair novo empréstimo de R$ 4 bilhões

O governador Carlos Brandão (PSB) começou a estudar o pedido de um empréstimo de R$ 4 bilhões para o Maranhão até o final do ano; segundo apurou o blog Marco Aurélio d’Eça, os recursos serão usados para equilibrar as contas públicas já no início de 2024 e garantir os investimentos do Maranhão.

O estado ainda precisa aprovar projeto no Senado Federal, que já foi comunicado pelo governo maranhense; Brandão tem discutido o assunto com um grupo reservado de membros da bancada federal e deputados estaduais.

No último dia 24 de julho o governo maranhense conseguiu suspender no Supremo Tribunal Federal uma das parcelas semestrais de R$ 276 milhões referentes à dívida com o Bank Of America, contraída em 2013, ainda no governo Roseana Sarney (MDB).

Foi este empréstimo, no valor total de U$ 661.967.121,34 (quase R$ 4 bilhões, em valores de hoje), que garantiu a manutenção das contas durante todo os oito anos do governo Flávio Dino (PSB), embora o resultado prático tenha sido o aumento dos indicadores de miséria no Maranhão, no mesmo período.

No último mês de junho, o governo atrasou em algumas semanas o repasse constitucional dos poderes Judiciário e Legislativo, o que levou ao atraso de fornecedores; agora em julho Brandão não conseguiu antecipar o pagamento dos servidores, o que levou o secretário de Controle das Atividades Governamentais a admitir perda de receita, como revelou o blog Marco Aurélio d’Eça no post “Houve queda de arrecadação”, admite secretário de Brandão…”.

Os novos R$ 4 bilhões desejados por Brandão devem garantir ao governador manter as contas em dia durante os seus três últimos anos de mandato.

Ainda que mantenha os investimentos nos mesmos níveis do que foi o período Flávio Dino…

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Flávio Dino quer base com Duarte em 2024 para barrar Brandão em 2026…

Ministro da Justiça decidiu pressionar os partidos mais próximos do seu espectro político com o argumento de que tendo o vice-governador Felipe Camarão e o eventual prefeito de São Luís na sucessão estadual impedirá uma debandada do aliado do Palácio dos Leões, que aposta em outras candidaturas na capital maranhense

 

Com Duarte tendo o apoio de Lula em 2024, Dino entende que pode frear o projeto de Brandão para 2026

O grupo do ministro da Justiça Flávio Dino iniciou uma ofensiva nos partidos à esquerda para garantir uma base de apoio ao deputado federal Duarte Jr. (PSB) nas eleições de 2024; além do próprio PSB, já estão certos na coligação o PT, o PCdoB e o PV, que formam a federação Brasil-Esperança.

Dinistas falam ainda do PDT, do senador Weverton Rocha, hoje convencido de que pode ter um palanque com Dino em 2026; mas já trabalham também para ter o PL, do deputado Josimar de Maranhãozinho, e o PP, cujo presidente estadual André Fufuca é cogitado para o ministério.

Dino percebeu que Duarte Jr. seria sua única opção na sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD) ao ver a movimentação do governador Carlos Brandão (PSB) por alternativas próprias em São Luís, como o deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil) e o vereador Paulo Victor (futuro PSDB).

Com Duarte eleito prefeito, entende o ministro da Justiça, Brandão teria ainda mais dificuldades, caso decida repetir o gesto de José Reinaldo Tavares, 20 anos depois, e ficar no governo até o final, inviabilizando o vice Felipe Camarão (PT) e apoiando outro candidato a governador.

Já está certo, por exemplo, que caberá à federação Brasil-Esperança o vice de Duarte Jr., provavelmente do PT, para envolver o presidente Lula diretamente na campanha; foi por isso que o PV decidiu barrar a entrada do ex-prefeito Edivaldo Júnior, que já não atende aso interesses políticos diretos de Dino.

O reforço à campanha de Duarte pressiona também o próprio Brandão a decidir-se logo sobre 2024; caso decida manter o palanque com Dino, garante as condições de eleger-se senador na chapa do candidato a governador, que, neste caso, seria, naturalmente, Felipe Camarão.

Neste momento da pré-campanha, no entanto, Brandão parece ter outros planos. Além do União Brasil, de Neto, e do PSDB, de Paulo Victor, o governador já conta com MDB e Podemos; e no Palácio dos Leões não se descarta, inclusive, uma aproximação com Eduardo Braide.

Mas esta é uma outra história…

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Já detestado no ministério, Flávio Dino é antipatizado também no Congresso, diz pesquisa…

Levantamento do Congresso em Foco divulgado nesta quarta-feira, 26, mostra que – apesar de toda a superexposição a que o ministro da Justiça vem se submetendo desde o início do governo – as lideranças do parlamento brasileiro ainda veem o titular da Fazenda, Fernando Haddad, como o melhor auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

 

Flávio Dino em uma de suas gracinhas midiáticas, desta vez com Hulk, gerando superexposição, mas sem nenhuma ação efetiva em favor da população

Este blog Marco Aurélio d’Eça vem apontando desde janeiro que a superexposição a que o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) se submete desde o início do governo Lula (PT) é mais prejudicial do que benéfica à sua imagem. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)

Nesta quarta-feira, 26, o site Congresso em Foco, que acompanha as atividades da Câmara e do Senado Federal, comprovou com dados reais esta advertência: apesar de estar em todos os lugares discutindo todos os assuntos ao mesmo tempo, Flávio Dino não é bem visto pelas lideranças do Parlamento, que elegeram o titular da Fazenda, Fernando Haddad (PT), como o melhor auxiliar do presidente.

O estudo Painel do Poder apontou que Flávio Dino ocupou apenas a 12ª posição entre os preferidos do Congresso, perdendo também para nomes como Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Camilo Santana (Educação), Simone Tebet (Planejamento) e Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio).

Para se ter ideia do sentimento que Flávio Dino provoca entre os congressistas, das 28 menções ao seu nome no painel, 16 foram positivas e 12 negativas, uma das mais polarizadas do levantamento.

Esse índice de antipatia ao ministro da Justiça já tinha ficado claro em análise da revista Veja, que expôs sua capacidade de fazer inimigos tanto no governo quanto no Congresso,  como abordado no blog Marco Aurélio d’Eça em post intitulado “Mídia Nacional vê em Flávio Dino, só agora, o que este blog viu desde janeiro…”.

Já o jornal O Estado de S. Paulo revelou agora em julho, que, além de inimigos poderosos, como o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), Dino ganhou antipatia do núcleo mais próximo de Lula, como o ministro da Educação Camilo Santana; e é uma espécie de “espalha roda”, como revelado no post “Flávio Dino absolutista…”.

O Congresso em Foco justifica a má avaliação de Dino exatamente pela superexposição do ministro.

– Flávio Dino é icônico. Talvez ele seja o ministro que teve mais protagonismo com a imprensa, com o 8 de janeiro. Foi o mais convocado para a Câmara. Tem muito protagonismo em rede social também, é um ministro que aparece, põe a cara para bater. Chamou a atenção, bem no sentido de que os que gostam do governo gostam dele. E os que não gostam acham ruim – justifica André Sathler, coordenador do Congresso em Foco.

O curioso é que Haddad, o mais bem avaliado, também tem forte exposição midiática mas com ações efetivamente benéficas para o conjunto da população.

E é o principal nome para a sucessão de Lula, posto com o qual Flávio Dino também sonha.

Quem sabe diminuindo suas aparições com Hulk ou deixando de se autointitular membro dos Vingadores…