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O cachimbo da paz entre Flávio Dino e Weverton Rocha…

Afastados desde as eleições de 2022 – quando o senador decidiu lançar-se ao Governo do Estado e o agora ministro decidiu-se pelo apoio ao governador Carlos Brandão – os dois líderes políticos estão em processo de rearticulação e reunificação de grupos, o que deve resultar em projetos eleitorais já em 2024, com foco principal em 2026

 

A velha e boa agenda de esquerda reaproximou Weverton de Flávio Dino, história que começa a ser contada novamente nesta sexta-feira, 25

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) e o senador Weverton Rocha (PDT) estarão juntos nesta sexta-feira, 25, em uma solenidade no Palácio dos Leões com o governador em exercício Felipe Camarão (PT); a imagem dos três juntos precisa ser guardada para a história, assim como alertou este blog Marco Aurélio d’Eça, ontem, no post “Sem Brandão, Flávio Dino volta ao Palácio dos Leões…”.

Dino e Weverton estão em franco processo de refazer as pazes, estão de novo mais juntos no debate político, conversam como líderes partidários e de grupos que são; e devem estar aliançados – ou no mínimo próximos – já nas eleições de 2024.

O blog Marco Aurélio d’Eça ouviu durante toda a semana aliados de Dino e de Rocha – prefeitos, deputados, líderes partidários, militantes políticos – e soube diversas histórias sobre esta reaproximação.

Segundo interlocutores de ambos, o senador e o ministro já se reuniram fora da agenda e já dividiram a mesma mesa de jantar; a solenidade desta sexta-feira, 25 no Palácio dos Leões, porém, é a primeira agenda oficial em que os dois dividem os holofotes.

Mas terá simbolismo ainda maior por que, com eles, estarão seus principais aliados partidários e políticos, apontando para um caminho futuro; gente do PSB, do PCdoB, do PDT e também do PT.

História na agenda de esquerda

Em maio de 2021, o blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “pauta de esquerda tende a unificar agenda de Flávio Dino e Weverton…”. À época, o senador ainda alimentava a esperança do apoio do ainda governador ao seu projeto de poder.

Mas Dino optou por Brandão e a história desta decisão ainda está sendo contada aos maranhenses.

Já em 2023, novo post em Marco Aurélio d’Eça, desta vez em tom mais crítico, mostrando a ilusão de Weverton em estar em uma mesma chapa que Dino em 2026.

Mas o que parecia ilusão começa a tornar-se fato; e hoje se desenha em cores mais reais no Palácio dos Leões.

Simples assim…

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Atraso em julgamento do PSC no TRE-MA gera questionamentos…

Surpreendeu a classe política, os especialistas em direito eleitoral e a imprensa especializada o fato de os relatores terem marcado as audiências do União Brasil e até a do Podemos, mas deixado de mão o caso envolvendo o partido dos deputados Fernando Braide e Wellington do Curso, que tem a mesma linha de investigação

 

Os membros do TRE-MA começaram a julgar ações do Podemos e do União Brasil, mas deixaram de fora o PSC, em decisão questionada por interessados

O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão iniciou na semana que passou – com a audiência de instrução – o julgamento das ações que podem levar a mudanças na formação das bancadas na Assembleia Legislativa.

Na última quinta-feira, 17, foi feita a instrução do caso envolvendo o União Brasil; já no dia 30 será a vez da ação contra o Podemos; os dois partidos são acusados de fraudar a cota de gênero para favorecer candidatos específicos nas eleições de 2022.

Mais do que a própria celeridade no processo, o que chamou mais atenção da classe política foi a não marcação de audiência do caso envolvendo o PSC, que tem  a mesma característica e envolve os mesmo fatos.

Além disso, a ação do PSC estava ainda mais adiantada que a do Podemos.

Ninguém no TRE consegue explicar para além de questões técnicas os motivos de deixar de lado a ação do PSC e seguir em frente com as que têm como alvo o União Brasil e o Podemos.

Classe Política, operadores do direito e a imprensa especializada também não entenderam o que chamam de “proteção” ao partido dos deputados Fernando Braide e Wellington do Curso.

Com a palavra a Justiça Eleitoral…

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Nato Júnior confirma que deixará o PDT…

Vereador pretende concorrer à reeleição por outro partido, mas aguardará a abertura da janela partidária de abril para sair da legenda, que sofre processo de esvaziamento por falta de projeto eleitoral na sucessão do prefeito Eduardo Braide

 

Weverton começa a ver os garotos do PDT escaparem em busca de salvação do mandato em 2024; Nato Júnior vai deixar a legenda

O vereador Nato Júnior confirmou nesta segunda-feira, 7, ao jornalista Gláucio Ericeira, que deixará mesmo o PDT, como apontou este blog Marco Aurélio d’Eça semana passada no post “PDT corre risco de esvaziamento em São Luís…”

Além dele, também deve deixar o partido o vereador Pavão Filho, reduzindo a bancada pedetista na Câmara Municipal apenas ao vereador Raimundo Penha, mais próximo do senador  Weverton Rocha, principal liderança do partido.

O processo de esvaziamento do PDT se dá por conta da falta de um projeto definido para as eleições municipais de 2024; o partido não tem candidato a prefeito e não é chamado para mesa de negociações por nenhuma outra legenda.

Além de Pavão e Nato, também já deixou a legenda o ex-vereador Ivaldo Rodrigues, tido como histórico; outro suplente, Fábio Câmara, também deve concorrer em 2024 por outra agremiação.

Para suprir o iminente esvaziamento em São Luís, Weverton foca suas ações no interior, com liberação de emendas e recursos para prefeitos e pré-candidatos a prefeito.

Seu objetivo é, pelo menos, manter o número de prefeitos pedetistas na casa dos 30 municípios.

Assim espera conseguir chances de reeleição ao Senado…

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PDT corre risco de esvaziamento em 2024…

Partido que protagonizou as eleições em São Luís entre 1988 e 2020 entrou em processo de autofagia desde o resultado das eleições de 2022 – por falta de projeto eleitoral e posicionamento político – e pode ter sua bancada reduzida na Câmara Municipal antes mesmo do início da campanha municipal

 

A forte campanha de 2022 deixou frustrados tanto Weverton quanto o PDT, que aprecem não conseguir reencontrar o rumo político

Análise da notícia

Sem perspectiva majoritária para as eleições municipais e sem um rumo político definido, o PDT corre o risco de desaparecer da Câmara Municipal antes mesmo do início da campanha de 2024.

Em 2023 o PDT completa 35 anos de protagonismo absoluto nas eleições da capital maranhense, desde a época de Jackson Lago, quando tinha um projeto político-ideológico claro no estado; mas em 2024 deve estar fora de qualquer debate majoritário.

A imprensa política vem tratando nos últimos dias da ameaça de debandada de vereadores, suplentes de vereadores e pré-candidatos à Câmara Municipal por falta de consistência na chapa que pretende disputar o pleito do ano que vem. (Leia aqui e aqui)

Histórico no partido, o ex-vereador Ivaldo Rodrigues já anunciou filiação ao PSDB; outro ex-vereador, Fábio Câmara, também não pretende concorrer às eleições pela legenda.

Hoje, a bancada do PDT está restrita aos vereadores Pavão Filho, Nato Júnior e Raimundo Penha; os dois primeiros também podem deixar o partido na janela partidária de abril para tentar salvar a reeleição. Embora continue filiado, Penha já está integralmente envolvido na campanha do colega Paulo Victor, que se filia nesta sexta-feira, ao PSDB.

Acéfalo desde que perdeu as eleições de 2022, o PDT não se reúne e não discute o processo eleitoral na capital maranhense.

Dirigente maior do partido, o senador Weverton Rocha está em compasso de espera por que aposta suas fichas em um rompimento entre o ministro Flávio Dino e o governador Carlos Brandão (ambos do PSB), na ilusão de estar na chapa do ex-comunista em 2026.

Sem essa garantia, o PDT vai vendo o tempo passar, com um forte processo de autofagia entre as lideranças; nomes como o ex-presidente da Famem, Erlânio Xavier, e o deputado Glalbert Cutrim mostram claro afastamento de Weverton, segundo revelara a mídia de São Luís. (Saiba mais aqui e aqui)   

Internamente, as lideranças históricas reclamam da falta de diálogo e debates nos diretórios; e da falta de um projeto claro de poder discutido com a militância, sobretudo em São Luís.

Sem força na capital, os olhos do senador-presidente têm se voltado para o interior, onde fortalece prefeitos e pré-candidatos a prefeito com articulação de emendas e recursos.

É a partir do interior que ele pretende retomar o protagonismo perdido a partir de 2022…

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TRE-MA marca primeiros julgamentos sobre fraude em cota de gênero…

Justiça Eleitoral vai analisar os casos envolvendo os partidos União Brasil e Podemos, acusados de usar candidaturas falsas de mulheres para manipular o fundo eleitoral em favor de candidatos do interesse da direção partidária; a ação contra o UB foi apresentada pelo PSD e pelo PSDB, que pedem a vaga do partido acusado na Assembleia Legislativa; Já a ação contra o Podemos é do MDB; também tem processo o PSC, cujo julgamento ainda não tem data

 

Tribunal vai analisar ações que podem levar a perda de mandatos na Assembleia Legislativa

O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão marcou para o dia 17 de agosto o julgamento do processo que acusa o partido União Brasil de fraudar a cota de gênero para favorecer seus candidatos nas eleições de 2022; já no dia 30 de agosto será a vez de analisar a mesma acusação contra o Podemos.

A ação impetrada pelo PSD e pelo PSDB pede que os votos do UB para deputado estadual sejam anulados, o que beneficiaria as duas legendas no recálculo das vagas à Assembleia Legislativa.

O processo contra o Podemos, por sua vez, é de autoria do MDB, que também pede a anulação dos votos da legenda para deputado estadual.

Os dois processos podem resultar num recálculo do quociente eleitoral nas eleições de 2022, o que pode modificar a formação das bancadas partidárias na Assembleia Legislativa.

Se todas as ações forem julgadas procedentes, pelo menos cinco deputados pedem o mandato na Casa.

Qualquer que seja a decisão, porém, ainda cabe recurso, que deve chegar ao Tribunal Superior Eleitoral…

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Jackista diz que PDT perdeu até o direito de sentar à mesa das eleições 2024

Histórico no partido, ex-secretário Abdelaziz Santos faz em artigo críticas duras às lideranças – umas por omissão e falta de diálogo com a militância, outras por apostar em candidaturas sem discussão prévia com os movimentos organizados – e lamenta que, com um senador, um deputado federal, quatro deputados estaduais e três vereadores em São Luís a legenda “pareça cambalear”, “sem norte político”

 

Weverton, por omissão, e Penha, por posição pessoal, são os alvos principais de Aziz Santos pela letargia do PDT em São Luís

O ex-secretário Abdelaziz Santos – que comandou a Administração e o Planejamento nas gestões de Jackson Lago em São Luís e no Governo do Estado – voltou neste fim de semana a criticar a letargia do seu partido, o PDT, no debate sobre as eleições de 2024.

Sem citar nomes, Aziz Santos critica duramente “lideranças que falam apenas com quem querem e não ouvem a militância” e outras que “apostam em candidaturas deste ou daquele sem discussão prévia com movimentos organizados”.

O artigo “O PDT e suas idiossincrasias”, de Aziz, foi publicado nos principais jornais e  páginas de internet no sábado, 15 e domingo, 16.

– Tantas batalhas, tanto tempo de combate, de repente tudo isso jogado fora como se nada tivesse valido a pena. Ainda há tempo, senhores. Precisamos urgentemente sair desse pântano de areia movediça, convidar os movimentos organizados e a militância em geral para traçarmos os nossos rumos, a nossa caminhada – afirmou o líder jackista.

Embora não tenha citado nomes, tudo indica que o artigo de Abdelaziz é um recado direto ao senador Weverton Rocha e ao vereador Raimundo Penha, as lideranças mais expostas do PDT – por ação ou omissão – no que diz respeito à sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD).

A crítica a Weverton se dá pela omissão do debate, por “falar apenas com quem quer” e “não ouvir a militância”; já a provocação a Penha é por conta de sua insistência em tirar o PDT do jogo da sucessão e defender pessoalmente a candidatura do colega Paulo Victor (sem partido), “não se sabe bem o por quê”, segundo afirmou Aziz.

– Se pensarmos no cenário de São Luís, a nossa Capital, após o PDT ter comandado exitosamente o município por décadas, o quadro é de uma tristeza sem precedentes. Não há conversa, não se tem notícias de diálogo – afirmou o ex-secretário.

Este blog Marco Aurélio d’Eça também tem feito ponderações a respeito da postura do PDT na sucessão de Braide; a legenda, hoje comandada por Weverton Rocha está no poder em São Luís desde 1988, seja com prefeito próprio, seja participando de gestões.

Mas desde o fracasso nas eleições de 2022, parece ter perdido o rumo e ressentindo-se de falta de liderança e diálogo, vivendo uma inédita “divergência conceitual interna…”.

– O PDT tem história ímpar e quadros excelentes para uma boa disputa eleitoral. Temos 4 deputados estaduais, 3 vereadores em São Luís, 1 deputado federal e 1 senador. Somos muitos. Falta diálogo, falta liderança. Apenas isso – desabafou o ex-auxilair de Jackson Lago.

No artigo “O PDT e suas idiossicrasias”, Aziz Santos aponta a artilharia também para Braide, que “no segundo turno ajudamos a eleger” em 2020.

– Se é verdade que este deixou de cumprir compromissos com o Partido, poderá ter o mesmo fim da Conceição, do Tadeu e do Holandinha. Se existiram politicamente ninguém sabe, ninguém viu – bateu Aziz.

O ex-secretário cobra postura das lideranças e recolocação do PDT nos trilhos do debate eleitoral, para evitar o fim melancólico do partido.

– Fala-se que o PDT hoje perdeu até o direito de sentar-se à mesa de negociações sobre as próximas eleições, tudo isso porque as lideranças não nos apontam caminhos – avalia.

Abaixo, a íntegra do artigo de Abdelaziz Santos:

O PDT e suas idiossincrasias

No passado, o PDT e o PT tinham uma coisa em comum: os governos do Brasil geralmente se inclinavam à direita e os partidos mais à esquerda abraçavam a política sem o desejo prematuro de poder. Posteriormente, ambos ganharam eleições importantes. O PT então encantou-se com o poder e decidiu abandonar seu Projeto de Nação ainda não consolidado, fixando-se num Projeto de Poder que o mantém até hoje na política brasileira, agora cada vez mais fragilizado. Sua liderança máxima, o Lula, aonde vai no exercício da Presidência é falando coisas de arrepiar: casos da Ucrânia, Venezuela, democracia relativa e outras bobagens que tais. A última é que o Governo está vivendo sua melhor fase com o Legislativo. Quer dizer, o Centrão manda e desmanda e isso é bom para o Governo, segundo o Presidente. Ficamos livres do Bolsonaro, mas não de bobagens

Já o PDT, diferentemente do PT, quando assumia funções de governo mostrava que era pela educação que se resolveria o nó górdio do atraso do Brasil e, exercendo ou não o poder, sempre empunhava as bandeiras do desarmamento mundial, da superação do subdesenvolvimento econômico e tecnológico do Terceiro Mundo, da garantia da soberania dos povos e, especialmente, em relação ao Brasil, da educação libertária. Enfim, o seu Projeto de Nação era a bússola, e mais importante do que o Poder.

Ocorre que, tendo perdido a alma com a morte do Brizola, o PDT perdeu-se nos descaminhos  da política. Mais recentemente ensaiou a candidatura de Ciro Gomes à Presidência e, não obstante, tudo o que este disse do PT e do Lula na campanha de nada serviu, pois o Partido resolve ironicamente compor o seu ministério, ao invés de adotar uma posição crítica ao governo, oferecendo sua contribuição ao Brasil, agora a partir do PND do Ciro. Triste!

Aqui, no Maranhão, vivemos tempos gloriosos sob a liderança do Jackson Lago, que perdia e ganhava eleições até assumir o Governo, logo deposto pelos Sarneys, servindo-se de golpe judiciário que manchou a biografia de vários ministros do TSE. O seu Projeto de Maranhão era claro. Com ou sem mandato, ao ser indagado qual o caminho a percorrer, a resposta era cristalina, ou seja, no caminho em que sempre estivemos, contrário às oligarquias que ajudaram a empobrecer a população que vivia – e vive – à margem do ciclo econômico do minério de ferro e da monocultura, e outros grupos que depredam a natureza em benefício dos seus próprios interesses, e a favor  da educação, da produção a partir do desenvolvimento local e da  inclusão das massas populares.

Testemunhei a firmeza de princípios de Jackson Lago ao recusar acenos de aproximação ao grupo Sarney.  Jamais rendeu-se ao canto das sereias! Preferiu imolar-se a ser criminosamente ceifado em vida, por via dos que pregam a capitulação dos ideais a um projeto de poder. Faltam-nos, no Brasil e no Maranhão, homens dessa têmpera.

Após a morte do nosso grande  líder das oposições maranhenses, o PDT parece cambalear, não se vislumbra o norte político.  O que ouço diariamente dos pedetistas que me visitam é que as nossas principais lideranças regionais falam apenas com quem querem, não ouvem a militância, preferem submeter-se ao jogo tradicional da política menor.

No plano municipal a desgraça se repete. O pior de tudo é que se percebe uma espécie de medo da militância na interlocução com as lideranças do partido. Os que dele dependem para sobreviver merecem nossa compaixão. E os outros, que têm vida própria, silenciam por quê?

Se pensarmos no cenário de São Luís, a nossa Capital, após o PDT ter comandado exitosamente o município por décadas, o quadro é de uma tristeza sem precedentes. Não há conversa, não se tem notícias de diálogo. Fala-se que o PDT hoje perdeu até o direito de sentar-se à mesa de negociações sobre as próximas eleições, tudo isso porque as lideranças não nos apontam caminhos. Aqui e acolá, um ou outro dirigente sai na frente, não se sabe se autorizado ou não, a apostar em candidatura deste ou daquele personagem, sem discussão prévia com os movimentos organizados, não se sabe bem  o porquê. Triste!

Nas eleições passadas, mesmo sem candidatura própria, fizemos um bom primeiro turno e, no segundo, ajudamos a eleger o Braide. Se é verdade que este deixou de cumprir compromissos com o Partido, poderá ter o mesmo fim da Conceição, do Tadeu e do Holandinha. Se existiram politicamente ninguém sabe, ninguém viu.

E nosso legado? Tantas batalhas, tanto tempo de combate,  de repente tudo isso jogado fora como se nada tivesse valido a pena. Ainda há tempo, senhores. Precisamos urgentemente sair desse pântano de areia movediça, convidar os movimentos organizados e a militância em geral para traçarmos os nossos rumos, a nossa caminhada. O PDT tem história ímpar e quadros excelentes para uma boa disputa eleitoral. Temos 4 deputados estaduais, 3 vereadores em São Luís, 1 deputado federal e 1 senador. Somos muitos. Falta diálogo, falta liderança. Apenas isso.

Abdelaziz Santos

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De como Edivaldo Júnior voltou ao jogo da sucessão em São Luís…

Derrotado fragorosamente nas eleições de 2022, convidado a sair da legenda, isolado e sem grupo político, o ex-prefeito seguiu o caminho registrado no blog Marco Aurélio d’Eça – cujo passo a passo é mostrado neste post – apareceu nas pesquisas e passou a figurar como importante candidato à sucessão do prefeito Eduardo Braide

 

O blog Marco Aurélio d’Eça observou atentamente os movimentos de Edivaldo e o levou ao jogo da sucessão

Análise da Notícia

13 de junho de 2023. O blog Marco Aurélio d’Eça percebe um movimento diferente na agenda do ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido) e registra este fato no post “Edivaldo volta à ativa nas redes sociais…”

À época, o ex-prefeito vinha de uma fragorosa derrota para o Governo do Estado, tinha perdido o partido para o atual prefeito Eduardo Braide (PSD), estava isolado e sem grupo político.

19 de junho de 2023. Seis dias após postagem do blog Marco Aurélio d’Eça, blogs maranhenses divulgam a primeira pesquisa sobre a sucessão de São Luís, do Instituto EPO, mas não percebem o fato principal por trás dos números, registrado no post “Edivaldo é a surpresa da pesquisa…”

Claro que Edivaldo tem recall de sua passagem bem avaliada pela prefeitura, mas a surpresa, no caso, se deu pelo fato de que ele nem sequer havia anunciado interesse na sucessão de Braide.

A partir da postagem do blog Marco Aurélio d’Eça, a maioria dos veículos de mídia também passou a observar o fator Edivaldo na pesquisa EPO e passou a vê-lo como importante player na disputa de 2024.

4 de julho de 2023. O blog Marco Aurélio d’Eça traz no mesmo dia duas notícia correlacionadas às eleições de 2024.

O primeiro post trata da saída do presidente da Câmara, vereador Paulo Victor, do PCdoB, e recebe o título “Paulo Victor já procura novo partido…”.

Horas mais tarde, o blog publica o segundo texto, baseado em informações do jornalista Thales Castro: “Sai Paulo Victor entra Edivaldo na federação PCdoB, PT, PV…”.

Edivaldo primeiro apareceu nas redes; depois, apareceu nas pesquisas. E estavam criadas as condições para sua entrada na sucessão

A partir de então, o ex-prefeito de São Luís garantia as credenciais para se tornar candidato: números relevantes em uma pesquisa eleitoral e um partido forte encaminhado para a disputa.

8 de julho de 2023. O blog Marco Aurélio d’Eça registra um fato a mais em relação a Edivaldo, no post “Edivaldo já se movimenta à vontade entre aliados de Flávio Dino…”.

Estavam, então, criadas as condições para inclusão do nome de Edivaldo no debate da sucessão de Eduardo Braide.

E foi assim que o ex-prefeito entrou no jogo da sucessão em São Luís...

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Paulo Victor já procura novo partido….

Presidente da Câmara Municipal anunciou nesta terça-feira, 4, em, entrevista à Mirante AM, que irá deixar o PCdoB para concorrer à Prefeitura de São Luís nas eleições de 2024

 

Paulo Victor afirmou na Mirante que vai mesmo concorrer à prefeitura; e busca novo partido fora da federação PCdoB, PT, PV

O presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor, anunciou na manhã desta terça-feira, 4, o seu desligamento do PCdoB, partido pelo qual se elegeu em 2020.

Em entrevista à rádio Mirante AM, o vereador disse que vai mesmo concorrer à Prefeitura de São Luís em 2024, e vai buscar um partido para viabilizar este projeto.

– Em breve, estarei anunciando uma nova morada [partidária] disse.

Desde que mostrou interesse em concorrer à prefeitura, diversos partidos já demonstraram interesse em ter o presidente da Câmara como candidato majoritário em 2024; o blog Marco Aurélio d’Eça registrou este interesse no post “Todos querem Paulo Victor…”.

O presidente da Câmara lidera um grupo de 25 vereadores e é responsável direto pela articulação do governador  Carlos Brandão (PSB) na capital maranhense.

É com o apoio de Brandão que ele pretende encarar a sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD)….

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Neto Evangelista vê vantagem competitiva na definição do seu nome pelo União Brasil…

Candidato já anunciado oficialmente pelo partido, deputado estadual explica que apenas ele próprio e o prefeito já têm essa condição garantida para entrar na disputa em São Luís, enquanto todos os demais candidatos ainda enfrentam resistências ou precisarão buscar novas legendas

 

Em entrevista a Jorge Aragão, da Mirante AM, Evangelista falou das garantias dadas pelos eu partido à sua candidatura

Lançado oficialmente há duas semanas pelo União Brasil, o deputado estadual Neto Evangelista avaliou nesta quinta-feira, 22, que, nesta altura da disputa pela Prefeitura de São Luís, apenas ele e o prefeito Eduardo Braide (PSD) já têm partidos garantidos para a eleição de 2024.

– Os outros colegas estão debatendo, dentro dos partidos, quem serão os candidatos – disse ele, em entrevista à rádio Mirante AM.

A candidatura de Neto Evangelista tem garantias do próprio comando do União Brasil, atualmente presidido no Maranhão pelo deputado federal Pedro Lucas Fernandes.

Essa decisão dá uma vantagem competitiva ao candidato, que já trabalha na articulação de alianças.

Dentro da base do governo Carlos Brandão (PSB), ele busca apoio do MDB, do PP, do Podemos e do PSDB.

Além disso, busca outras legendas, como PDT e o PL…

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PDT vive divergência conceitual interna nunca antes registrada em sua história no MA…

Presidente regional do partido, senador Weverton Rocha começou a ensaiar nos últimos dias uma postura mais oposicionista ao governo Carlos Brandão, mas os deputados federais, estaduais e os vereadores da legenda já mostram alinhamento à base governista, inclusive com encaminhamentos para as eleições municipais de 2024

 

Após seis meses de silêncio, Weverton retoma protagonismo de oposição no PDT, mas parlamentares do partido já estão alinhados a Brandão

Análise da notícia

A presença dos vereadores Raimundo Penha, Nato Júnior e Pavão Filho na reunião desta terça-feira, 27, com o governador Carlos Brandão (PSB), articulada pelo presidente da Câmara Municipal Paulo Victor (PCdoB) é a imagem mais clara do atual momento que vive o PDT no Maranhão.

Os vereadores pedetistas aparecem alinhados à base do governo Brandão exatamente no mesmo dia em que repercutiram no estado as novas declarações críticas do senador Weverton Rocha, presidente do partido, sobre o atual comando do Maranhão.

Derrotado nas eleições de 2022, o PDT vive uma inédita divergência conceitual interna.

Mais do que os colegas, inclusive, Raimundo Penha defende abertamente o alinhamento pedetista ao comunista Paulo Victor, uma das opções de Brandão na capital maranhense; mas Penha, Nato Júnior e Pavão Filho não são os únicos já alinhados ao governo Brandão.

Na Assembleia Legislativa, os deputados pedetistas Osmar Filho, Glalbert Cutrim e Drª Viviane também atuam como membros da base brandonista desde o início do atual governo.

Único deputado federal eleito pelo PDT em 2022, Márcio Honaiser também parece seguir em faixa própria e tem participado de todas as ações do Governo do Estado no interior.

O próprio Weverton viveu uma espécie de hiato desde o resultado das eleições, registrado neste blog Marco Aurélio d’Eça no post “O silêncio da oposição maranhense…”.

Terceiro lugar nas eleições de 2022 – e com um incerto caminho para a reeleição ao Senado em 2026 – o senador pedetista passou seis meses em silêncio sobre o Maranhão até se manifestar, semana passada, em entrevista ao imirante.com, registrada no blog Marco Aurélio d’Eça sob o título “Embora ainda tímido, Weverton quebra o silêncio…”.

O PDT foi protagonista nas eleições municipais de São Luís nos últimos 35 anos.

Venceu com candidato próprio os pleitos de 1988, 1996, 2000, 2004 e 2016; e esteve na coligação vencedora em 1992, 2008, 2012 e no segundo turno de 2020, com o atual prefeito Eduardo Braide (PSD).

Mas a altíssima aposta na vitória pelo Governo do Estado em 2022, sufocada por um inesperado terceiro lugar, inclusive em São Luís, parecem ter tirado do prumo a histórica legenda de centro-esquerda maranhense. 

Há evidentes sinais de que Weverton não sabe se busca reaproximação com o ministro Flávio Dino (PSB) – apostando no afastamento entre o comunista e o governador – se segue as bancadas na Câmara e na Assembleia e se aproxima de Brandão, visando 2026, ou se assume a liderança efetiva de uma oposição no estado.

Enquanto ele não define o próprio caminho, cada membro do PDT vai buscando construir uma história pessoal.

E, obviamente, garantir a perenidade da própria carreira política…