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Dos fiscais do Sarney aos fiscais do Flávio Dino…

Governador anunciou como “novidade” em sua ações contra o coronavírus uma espécie de canal de denúncia; e insuflou o próprio cidadão a delatar vizinhos, amigos e conhecidos que estejam burlando as regras do governo na pandemia de coronavírus

 

Os fiscais do Sarney viraram símbolo do Plano Cruzado na fiscalização do congelamento de preços estabelecido em 1986

Um dos símbolos da redemocratização no governo José Sarney (PMDB) – e visto também como sinal maior do fracasso do plano Cruzado – vai ganhar uma roupagem moderna no Maranhão da era Flávio Dino (PCdoB).

Essa foi a grande “novidade” da entrevista coletiva do governador Flávio Dino (PCdoB), na tarde desta quinta-feira, 21.

– Estamos abrindo a possibilidade de que cada um, cada uma, se transforme em um fiscal, para ajudar a fiscalização do Governo do Estado – declarou Dino, voltando ao tema do qual já tinha tratado na TV Mirante.

É isso mesmo!

O governador propõe ao cidadão se encarregue de delatar não apenas concorrentes, mas vizinhos, amigos, conhecidos e familiares que, porventura, estejam burlando as regras do isolamento social determinado pelo governo.

O curioso é que Flávio Dino quer do cidadão um rigor contra seus pares que nem ele, o próprio governador, conseguiu manter, uma vez que já afrouxou as regras do fechamento comercial.

O programa “Fiscal do Sarney” foi criado no início do Plano Cruzado, que estabeleceu o congelamento de preços no Brasil da redemocratização pós-ditadura.

A ideia era que o cidadão denunciasse comércios e empresas que estivessem aumentando o preço dos produtos; em represália, empresários passaram a tirar da prateleira os produtos que não podiam ter aumento de preço. (Entenda aqui)

Flávio Dino em uma obsessão por repetir a trajetória política vencedora do ex-presidente Sarney, mas criar os “fiscais do Dino” é demais

Flávio Dino vive uma obsessão em repetir a trajetória de Sarney desde que elegeu-se governador, ainda em 2014; tanto que segue nacionalmente os passos políticos do ex-presidente (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui) 

Como presidente, Sarney sempre foi o principal fiador do seu plano econômico e brigava por ele em todas as instâncias políticas, estimulando o povo a também se engajar.

Mas querer repetir Sarney, cobrando do cidadão que exija o cumprimento de algo que ele mesmo afrouxou, nem Flávio Dino parece capaz.

E o desenho disso tudo chama-se fracasso…

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Renúncia de Bolsonaro já é hipótese entre lideranças e autoridades…

Comandantes militares, políticos, ex-presidentes, juristas e até ministros do Supremo Tribunal Federal já discutem o afastamento do presidente da República como a melhor hipótese para a retomada da normalidade no Brasil

 

Isolado, Bolsonaro perdeu as condições de governabilidade e terá cada vez mais dificuldade de conduzir o Brasil, sobretudo na crise

O presidente Jair Bolsonaro perdeu as condições de governabilidade.

A saída do ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi a pá-de-cal em uma cova que vinha sendo cavada firmemente pelo próprio presidente ao longo dos últimos meses, quando ele resolveu ser a luz do mundo, a única mente brilhante a negar a pandemia de coronavírus e atuar contra seu próprio povo.

De acordo com a Folha de S. Paulo, os militares de alta patente sentem-se traídos pelo presidente e entendem que ele perdeu as condições de estar à frente do país. (Leia aqui)

Deputados federais, senadores e governadores entendem que, sem base política, Bolsonaro precisa renunciar antes que seja afastado pelo Congresso ou pela Justiça.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também pregou a renúncia de Bolsonaro.

– É hora de falar, Presidente está cavando sua fossa. Que renuncie antes de ser renunciado. Poupe-nos de, além do coronavírus, termos um longo processo de impeachment. Que assuma logo o vice para voltarmos ao foco: a saúde e o emprego. Menos instabilidade, mais ação pelo Brasil – disse FC, via Twitter.

O ex-presidente FHC entende que chegou a hora de Bolsonaro deixar a presidência, até para evitar um longo processo de impeachment

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já encomendou relatório para avaliar possibilidade de apresentação de um pedido de impeachment com base nos crimes relatados por Sérgio Moro.  

Pelo menos um dos membros do Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio Mello, viu práticas criminosas nas ações de Bolsonaro relatadas pelo ex-min istro da Justiça.

– Vamos esperar, até mesmo porque este assunto pode chegar ao Supremo. Mas, que a situação é muito séria, é – afirmou Marco Aurélio. (Saiba mais aqui)

Outros ministros também se manifestaram, mas sem revelar nomes, levando em consideração que o caso deverá chegar para julgamento no tribunal. 

Bolsonaro deve fazer pronunciamento às 17 horas desta sexta-feira, 24.

Espera-se declarações que venham minimizar a crise institucional.

Mas pelo que já se conhece do presidente…

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As lições de Sarney aos 90…

Em meio à crise de confiança do governo Jair Bolsonaro, ex-presidente da República é a memória viva dos anos de chumbo e da transição democrática no país; e vê labirinto político no Brasil pós-PT

 

De temperamento afável, José Sarney soube trazer o generais para si no momento tenso da transição democrática

Quis o destino que uma das crises institucionais mais graves do governo Jair Bolsonaro – que flerta cotidianamente com o autoritarismo – ocorresse exatamente no dia do aniversário de 90 anos de um dos maiores ícones da política brasileira e da democracia, o ex-presidente José Sarney.

Bolsonaro viu a saída do seu ministro da Justiça, Sérgio Moro, no dia em que o Brasil homenageia Sarney como símbolo da redemocratização do Brasil.

E é o ex-presidente da República, ex-governador do Maranhão, ex-presidente do Senado e membro da Academia Brasileira de Letras quem ensina sobre o atual momento político brasileiro.

– Nós estamos num labirinto sem saber que saída vamos encontrar – afirma.

Ao longo de quase 60 anos de vida pública, José Sarney testemunhou e foi protagonista da história do século XX no Brasil; quando Bolsonaro ainda cerrava fileiras nas escolas militares, em plena Ditadura, Sarney conduzia serenamente o processo de transição que o levou à presidência.

– Assisti a todas as crises do Brasil e às do mundo. Mas eu realmente nunca assisti a um momento de tanta superposição de crises – pondera.

Há semelhanças entre a situação histórica do período de governo de Sarney e o de Bolsonaro.

O ex-presidente assumia num momento de ruptura histórica, com a redemocratização e a saída dos anos de chumbo, após golpe militar de 1964; o atual presidente governa após ruptura de um período democrático, após golpe de 2016. 

E é o ex-presidente quem dá a lição ao atual.

– Deus me deu esse encargo de ser presidente na redemocratização. Coube ao meu tempo de governo um momento em que a história se contorcia. Passávamos do regime autoritário para o regime democrático. Isso necessitou uma engenharia política de grande envergadura. Acredito que dei minha contribuição com meu temperamento de paciência, tolerância, diálogo. Só eu sei as dificuldades que tivemos que atravessar – ensina, de novo.

Explosivo e irascível, Bolsonaro conduz o país em flerte contínuo com o autoritarismo; e os generais têm papel fundamental na contenção do presidente

Sereno, de temperamento afável e pouco afeito ao embate ideológico, Sarney também ensina a Bolsonaro sobre esta tentação autoritária do atual presidente.

– Isso é um saudosismo inalcançável. O Brasil hoje tem uma democracia consolidada. Não vejo risco nenhum, porque a mentalidade militar hoje no Brasil é inteiramente favorável à Constituição e à sua submissão ao poder civil, que é a síntese de todos os Poderes – diz Sarney. 

E dá a lição final ao comentar a própria postura autoritária de Bolsonaro.

– Eu não tenho dúvida é que o país jamais aceitará ou que as Forças Armadas participarão de qualquer aventura que não seja baseada na Constituição, embora a Constituição de 1988 tenha muitos defeitos.

José Sarney chega aos 90 anos com a sabedoria dos que viveram para testemunhar a história.

Cabe a Bolsonaro tomar para si esses ensinamentos.

Embora demonstra incapacidade de absorção…

Com informações do jornal Folha de S. Paulo

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Tadeu Palácio faz apologia a fechamento do STF por militares…

Ex-prefeito de São Luís – que chegou a ser cogitado para disputar novamente o posto em 2020 – publicou charge mostrando o presidente Jair Bolsonaro ao lado de generais, acuando ministros, numa defesa direta e criminosa do Ato Institucional nº 5

 

A apologia de Tadeu Palácio à ditadura militar e ao AI-5; segundo ele, “muitos brasileiros estão sonhando com este dia”

O ex-prefeito de São Luís, ex-vereador e ex-secretário Tadeu Palácio (PSL) pode ser enquadrado por apologia à ditadura militar, caso as investigações do Supremo Tribunal Federal se estendam ao Maranhão.

O ex-prefeito – eleito vice na chapa de Jackson Lago em 2000, e reeleito em 2004, pelo PDT, um dos principais partidos contra a ditadura militar no Brasil – pregou claramente o fechamento do STF em uma publicação em suas redes sociais.

O ex-prefeito – que desde a saída do PDT gravitou por inúmeras legendas no Maranhão, até se encontrar no PSL de Jair Bolsonaro – espalhou charge que mostra o presidente junto com generais, acuando os ministros do Supremo.

Abaixo, Palácio afirma, extrapolando os limites da mera liberdade de expressão: “muitos brasileiros estão sonhando com este dia”.

Com a charge, além de traição à sua própria trajetória política, Palácio pode ter cometido crime, ao fazer apologia do AI-5 um dos mais cruéis dispositivos da ditadura militar.

A pedido da Procuradoria-Geral da República, o próprio STF instaurou inquérito para investigar o crime contra a democracia protagonizado no último domingo, 19, por grupos de apoio a Bolsonaro em todo o país.

E o ex-prefeito de São Luís pode ser chamado a dar explicações…

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O direito à blasfêmia…

Sociedades verdadeiramente livres devem respeitar não apenas todas as manifestações religiosas – todas, sem exceção – mas também aqueles que não professam fé alguma; a crítica, a ironia e o deboche de quem não crê integram o conjunto da plena liberdade de expressão

 

É uma farsa a histórica ideia de que o Brasil é um país laico.

Não é, nunca foi e nunca será.

O Brasil nasceu sob o signo da cristandade católica-apostólica e caminha para se tornar uma nação evangélica, com toda carga de opressão, preconceito e covardia que isso possa representar na cultura, no conjunto de valores e nos usos e costumes de sua gente, creia essa gente em Deus ou não.

O Supremo Tribunal Federal se reúne em salão com a cruz de Cristo acima de suas cabeças; o parlamento inicia suas sessões com leitura de trechos bíblicos e diante da presença da “palavra” na mesa; os valores incutidos nos livros didáticos são todos cristão católicos-apostólicos.

De que forma isso é ser laico? 

O blog Marco Aurélio D’Eça sempre defendeu a liberdade de expressão e de culto e a equidade de condição sexual e de identidade de gênero em toda a sua plenitude. (Saiba mais aqui, aqui, aqui e aqui)

Mas no Brasil, o que há é um histórico aparelhamento do estado pelas religiões hegemônicas – católica e evangélica – em detrimento das religiões de matriz afro e dos que em nada creem.

O aparelho estatal que condena o grupo Porta dos Fundos pela ironia à história de Jesus é o mesmo que incentiva e subvenciona a Rede Record para que esta passe o dia satanizando o candomblé e a umbanda, estigmatizando ateus, agnósticos e não-seguidores de religião alguma, e transformando homossexuais em doentes endemoniados.

Ao longo da história do país, católicos e apostólicos vêm atuando para ocupar espaços de poder, não em nome da transformação social, mas em defesa dos próprios interesses dogmáticos.

Aparelhando o estado, ocupando espaços nos três poderes, estas igrejas sentem-se cada vez mais fortes para impor seus dogmas mesmo aos que não queiram – e nem são obrigados – a ouvir seus postulados.

O momento presente do país indica que as duas redes religiosas nunca estiveram tão fortes no Brasil.

Não admira, inclusive, que o desembargador responsável pela censura covarde ao Porta dos Fundos seja o mesmo que absolveu o presidente Jair Bolsonaro quando este ofendeu, agrediu, ridicularizou e vilipendiou homossexuais.

O blog Marco Aurélio D’Eça sempre defendeu a absoluta liberdade de expressão como condição de existência plena do ser humano.

Absoluto significa total.

Se a liberdade de expressão não pode ser absoluta, então não há liberdade alguma.

E essa liberdade implica até mesmo o direito à blasfêmia.

É simples assim…

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Flávio Dino já mira o Senado com Brandão no governo…

Incensado como candidato a presidente, governador maranhense já analisa como melhor opção disputar a vaga do senador Roberto Rocha, para manter o grupo mais orgânico da sua base no comando do estado por mais quatro anos

 

Flávio Dino entre seus aliados Rubens Júnior e Carlos Brandão: jogo de 2020 e de 2022 já na mesa de análises do governador

Os últimos movimentos políticos deste final de 2019 apontam para uma reanálise de estratégias do governador Flávio Dino (PCdoB).

O comunista não pretende antecipar o debate sobre sua sucessão, mas começou a entender que precisa demarcar território como liderança do seu grupo.

Em 2020 e também em 2022.

Em conversas com interlocutores privilegiados do Palácio dos Leões, o blog Marco Aurélio D’Eça apurou que o governador não pretende desestimular os que querem vê-lo candidato a presidente, mas já chegou à conclusão de que deve manter uma espécie de reserva de mercado para 2022.

Nas entrevistas pontuais da semana passada, Dino exaltou três lideranças mais leais do seu grupo político: o prefeito Edivaldo Júnior (PDT), o secretário de Cidades Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e o vice-governador Carlos Brandão (PRB). 

E os três surgiram logo depois, coincidentemente, em posts de blogs e comentários de programas de rádio como opções da preferência do Palácio dos Leões, tanto para 2020 quanto para 2022.

Roseana e José Reinaldo

Roseana e José Reinaldo em 2002; senadora eleita e vitória de virada do seu vice que estava atrás nas pesquisas

O Flávio Dino de 2022 pode repetir a ex-governadora Roseana Sarney de 2002.

Naquela época, Roseana era nome de peso na sucessão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), tinha um vice – José Reinaldo Tavares – que iria assumir o mandato de governador e um adversário fortíssimo para o Governo do Estado, o então prefeito de São Luís, Jackson Lago (PDT).

Abatida por uma denúncia que visava tirá-la do páreo presidencial, Roseana voltou-se para a eleição estadual, candidatou-se ao Senado, elegeu-se com votação expressiva e conseguiu vitória surpreendente de José Reinaldo sobre Jackson Lago, em primeiro turno, após o então governador superar uma diferença de nada menos que 45 pontos percentuais em favor do pedetista.

Em 2022, Dino estará na mesma situação: terá uma vaga de senador teoricamente disponível, um vice que pode assumir e se viabilizar governador – tendo, por exemplo, Edivaldo ou Rubens como vice – e um pedetista, senador Weverton Rocha, jogando todas as fichas pelo Governo do Estado.

Após eleger José Reinaldo  – e mesmo rompendo com este – Roseana voltou e se elegeu mais duas vezes governadora do Maranhão; senador, Dino pode fazer o mesmo caminho já a partir de 2026, quando Brandão, caso se reeleja, não poderá mais concorrer ao governo.

Os últimos dias de 2019 têm sido pródigos em evidenciar movimentos demarcando estrategicamente o terreno de 2020.

E todos esses movimentos terão forte influência no cenário de 2022.

E até no de 2026…

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Nova Fonte das Pedras reforça espaço para o Turismo no Centro de São Luís

Obra do programa “São Luís em Obras”, em parceria com o Iphan, garante ao logradouro espaço garantido para turistas e apreciadores da história da capital maranhense

 

A entrega da Fonte das Pedras´marcou mais uma etapa do programa “São Luís em obras”, projeto que tem levado ao Centro da capital maranhense o maior pacote de obras e serviços realizados no Centro Histórico nos últimos 30 anos.

– A entrega da Fonte das Pedras integra o amplo conjunto de obras que temos executado em São Luís por meio da parceria entre a Prefeitura e o IPHAN. Este será mais um espaço de convivência, lazer, de promoção da nossa cultura e de fortalecimento da história da nossa cidade. Dando continuidade a este trabalho estamos finalizando a licitação da recuperação da Fonte do Bispo, obra que irá contemplar toda a região do Anel Viário, dando nova vida a esta parte do Centro de São Luís, entre outras obras já previstas para toda a região – informou o gestor municipal.

A restauração da Fonte das Pedras compreendeu serviços de recuperação total do piso, do deck de madeira e da calçada externa; limpeza das galerias e dos tanques que recebem a água da fonte; recuperação das luminárias coloniais e pintura geral das paredes e dos gradeados. As carrancas da fonte passaram por serviços de limpeza geral.

Para deixar o espaço ainda mais aprazível à apreciação pública, foi desenvolvido um novo projeto paisagístico na área.

A fonte remonta aos primeiros anos da ocupação de São Luís.

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405 anos da Batalha de Guaxenduba será lembrada em debate na AMEI…

Historiador Euges Lima coordenará a mesa redonda “405 Anos da Batalha de Guaxenduba – uma guerra brasílica”, que terá participação de associações literárias e artísticas de Icatu e de São Luís

 

A “batalha de Guaxenduba,” importante episódio da história do Maranhão colonial, estará completando este mês, 405 anos e para marcar essa data, o historiador Euges Lima em parceria com a Academia Icatuense de Letras, Ciências e Artes (AILCA) e a Associação Maranhense dos Escritores Independentes (AMEI), irão realizar uma Mesa Redonda – “405 anos da Batalha de Guaxenduba (1614/2019): uma guerra brasílica” – para debater o tema.

O evento será dia 19 de novembro, às 16 horas, no auditório da Livraria da AMEI, no São Luís Shopping, será aberto ao público e irão participar da mesa, o professor, historiador e vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM), Euges Lima; o professor, historiador e presidente da AILCA, José Almeida (autor do livro: Icatu, Terra de Guaxenduba); o pesquisador e presidente da Casa dos Açores do Maranhão, Paulo Matos e o professor e pesquisador belga, Frans Gistelinck, autor do livro: “1612, A França Equinocial: encontro de dois mundos na Ilha do Maragnan,” que será lançado na oportunidade.

História

Na manhã do dia 19 de novembro de 1614, no sítio de Guaxenduba, atual povoado de Santa Maria, município de Icatu, Maranhão, franceses e portugueses se confrontaram numa encarniçada batalha pela posse do Maranhão. As forças portuguesas estavam sob o comando do mameluco Jerônimo de Albuquerque e o exército francês sob a liderança de Daniel de La Touche, senhor de la Ravardière.

Embora em superioridade numérica e bélica, mas por erros estratégicos e autoconfiança demasiada, os franceses acabaram sendo derrotados pelas debilitadas forças lusas, que se utilizando de um estilo de guerra peculiar ao Brasil colonial, mesclavam estratégias de guerra europeia com indígena, ao contrário dos seus inimigos, que apesar de contar com um significativo contingente de mais de dois mil índios Tupinambás e duzentos soldados franceses, usaram o estilo de combate tipicamente europeu das guerras de Flandres.

É sobre essa história, essa batalha épica da história do Maranhão e as causas para tão improvável vitória portuguesa, que os palestrantes irão debater no dia 19 de novembro, às 16 horas na AMEI, no São Luís Shopping.

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Sobre pais e filhos…

Ao chegar ao poder nacional cercado de filhos encastelados nas instâncias políticas como profissão, Jair Bolsonaro potencializa os riscos para o estado de direito de um presidente com filhos sequiosos de poder e treinados para fazer o que quiserem

 

BOLSONARO COM O FILHOS, 02, 03 E 01, NA SEQUÊNCIA; mandatos populares como profissão, rachadinhas, enriquecimento e relação com milícias e assassinos

 

Certa feita, ouviu-se de um ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça um comentário sobre um ex-governador do Maranhão que se pretendia candidato a prefeito. Dizia ele: “fulano só foi um bom governo porque tinha filhos pequenos; hoje são todos adultos, os problemas de comando serão potencializados”.

A presença do presidente Jair Bolsonaro no poder eleva essa máxima do ex-ministro à enésima potência.  

Ele chegou ao poder no comando de uma família mimada, onde todos receberam mandatos populares como espécie de carreiras de estado, profissões mesmo.

E por tudo isso, o 01, o 02 e o 03 acham que podem fazer o que quiserem.

– Papai eu quero ser diplomata nos EUA!!! – pede o Zerotrês.

– Talkey, meu filho, você será! – responde o pai.

O Zerohum diz: “Pai meu, não quero mais o Bebianno no governo”.

– Tu tá querendo isso aí? então terá, filho meu – garante o presidente.

LULA ENTRE OS FILHOS: investigação constante e patrulha bolsonarista nas redes sociais, mesmo diante da falta de provas das acusações

Desde a redemocratização do país, a partir de 1985, foram sete os presidentes do Brasil; dois deles – Itamar Franco e Michel Temer (ambos do MDB) – assumindo após cassação do titular.

Mas nenhum desses políticos teve uma família tão onipresente nas decisões de poder e de estado.

Até mesmo os filhos de Lula, que muita gente aponta, sem provas, como milionários a partir do governo do pai, foram tão presentes nas ações políticas entre 2003 e 2010.

Bolsonaro e seus rebentos são a típica família buscapé, que saíram dos subterrâneos das Câmaras e Assembleias – após fazerem fortuna com mandatos populares – para o centro do poder, sem o devido preparo.

FHC COM O FILHO PAULO HENRIQUE: mesmo com discrição familiar, não passaram incólume pela patrulha sobre negócios dos filhos nos governos dos pais

O resultado é este que se vê aí: milicianos protegidos, os Queiroz da vida ganhando notoriedade com as rachadinhas, e assassinos de políticos como vizinhos de condomínio, só para ficar nos casos mais recentes.

Jair Bolsonaro é absolutamente despreparado para o mandato presidencial, isto é um fato; mas poderia seguir aos trancos e barrancos caso seus filhos não fossem tão mimados.

O problema dele, é que o 01, 02 e 03 também acham que foram eleitos presidentes.

E como dizia o ministro do STJ há anos atrás, não há como o governo funcionar deste jeito.;

É simples assim…

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ONU foi rechaçada ao querer saber da relação de Bolsonaro com a Ditadura

Comissários das Nações Unidas encaminharam cartas ao Itamaraty brasileiro e foram aconselhados a “não se meter em assuntos domésticos”; numa sala em Genebra, tiveram o silêncio como resposta à pergunta sobre o golpe de 1964

 

BOLSONARO COM O FILHO 03 E SEUS DIPLOMATAS NA ONU; mundo alarmado com declarações autoritárias em defesa do golpe militar

A declaração do filho do presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de reimplantar no Brasil um dispositivo como o AI-5 – ato mais terrorista da Ditadura Militar – chocou todos os países com assento na Organização das Nações Unidas.

Mas não é de hoje que a ONU se preocupa com o flerte dos Bolsonaro com o autoritarismo.

Desde que o presidente assumiu, comissários da ONU e diplomatas que servem nas Nações Unidas se preocupam com os riscos de o Brasil virar novamente uma ditadura.

E as respostas que ouvem dos representantes brasileiros só aumentam esta preocupação.

Em junho, durante um encontro em Genebra, os diplomatas brasileiros se recusaram a responder a uma pergunta se o Brasil atual considerava ou não 1964 como um golpe militar.

Além disso, a ONU encaminhou duas cartas ao governo Brasileiro com cobranças sobre a relação de Bolsonaro com a Ditadura.

Numa delas, recebeu resposta mal educada:  Brasília alertou o relator a não se meter em assuntos domésticos; e insistiu que 1964 se justificava.

A outra carta – que tratava sobre as declarações de Bolsonaro a respeito de Fernando Santa Cruz, morto pelo Regime Militar – sequer foi respondida.

Nesta quinta-feira, 31, quando o Bolsonaro 03 defendeu o AI-5 e a possibilidade de reimplantá-lo no Brasil mais uma vez, o mundo se alarmou.

Mas agora, já acostumado com a grosseria do atual governo brasileiro, preferiu só acompanhar aà distância a boçalidade do filho do presidente.

Que chegou a ser cotado para virar diplomata…

Com informações do UOL