Ex-deputado foi o ponto de surpresa nesta terça-feira, 12, como um dos articuladores do apoio do partido ao prefeito de São Luís, sob o argumento de que foi este o caminho tomado em 2020, resultando em espaço nas secretárias e uma gestão bem avaliada pela população
Hildo Rocha teve papel fundamental tanto na entrada de Cleber Verde no MDB quanto na aliança do partido com o prefeito Eduardo Braide
O ex-deputado federal Hildo Rocha detalhou nesta quarta-feira, 13, a este blog Marco Aurélio d’Eça os detalhes da articulação que garantiu ao prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSB) o apoio do MDB.
Rocha foi um dos articuladores da aliança, ao lado do deputado federal Cleber Verde, sob o argumento de que é necessário ter princípio.
– Na política é preciso ter princípio e manter a coerência. Se o MDB apoiou o Braide em 2020, teve uma secretaria e vários cargos na gestão, e ajudou a fazer um governo bem avaliado, por que agora trocar essa aliança por outra?!? Não faria sentido algum – ponderou o parlamentar.
Hildo Rocha confirmou também que a articulação pró-Braide não teve participação da família Brandão e do grupo do governador Carlos Brandão (PSB), que foram derrotados no processo; nem mesmo os demais emedebistas – como a deputada Roseana Sarney e o deputado Roberto Costa – tiveram participação.
– Foi articulação do deputado Cleber Verde com o meu auxílio, justamente por eu entender que o MDB teria que manter a coerência – disse.
Rocha foi um dos responsáveis pelo convite a Cleber Verde para filiação ao MDB, ainda no final de 2022, “quando ainda nem havia o projeto de trazer Marcus Brandão para o partido”.
O ex-deputado sempre resistiu à ideia de apoiar Duarte Júnior (PSB), possibilidade que só começou a surgir no partido após o controle dos Brandão.
Embora garanta não ter nada contra Duarte Júnior, Hildo diz que, se fosse pra abrir mão do apoio a Braide, o caminho que defenderia era outro, não o de Duarte.
– Entre apoiar Duarte e Fábio Câmara, eu defenderia o apoio a Câmara – concluiu Hildo Rocha.
Senador Weverton Rocha, prefeito Erlânio Xavier e vereador Rai9m,uindo Penha reuniram com o candidato a prefeito nesta segunda-feira, 11, para analisar a nominata de candidatos a vereador e definir os próximos passos da caminha, que deve culminar com o lançamento oficial da candidatura, no dia 12 de abril, durante convenção do partido
Penha, Weverton, Fábio Câmara e Erlânio durante reunião na sede do PDT maranhense
O presidentes regional e municipal do PDT, senador Weverton Rocha e vereador Raimundo Penha, respectivamente, reuniram-se nesta segunda-feira, 11, com o pré-candidato a prefeito pelo partido, Fábio Câmara, para definir os próximos passos da campanha.
Da reu7niuyão também participou o secretário-geral do PDT, prefeito Erlânio Xavier, de Igarapé-Grande.
As quatro lideranças pedetistas analisaram a nominata do partido para as eleições à Câmara Municipal e também receberam novas filiações; o partido já tem a chapa completa de candidatos a vereador e estima eleger ao menos dois parlamentares.
Weverton reafirmou que prete4ndse fazer o lançamento oficial da candidatura de Fábio Câmara no dia 12 de abril, durante a convenção estadual do PDT.
Partido vinha conversando com os deputados estaduais Wellington do Curso e Dr. Yglésio Moyses, mas passou a abrir diálogo com o prefeito, apostando em uma vitória deste em primeiro turno, que o cacifaria como candidato na sucessão do governador Carlos Brandão, tendo a legenda na disputa pelo Senado Federal
Nem Yglésio, nem Wellington; Partido Novo já cogita Braide, de olho em ter Lahésio no Senado em 2026
O Partido Novo encerrou as conversas com os deputados estaduais Wellington do Curso (sem partido) e Dr. Yglésio Moyses (ainda no PSB), e reabriu diálogo com o prefeito Eduardo Braide (PSD); segundo apurou o blog Marco Aurélio d’Eça, a legenda passou a ver maiores perspectivas em uma aliança com Braide, sobretudo se ele vencer em primeiro turno as eleições de outubro.
A estratégia é estar na chapa de uma eventual candidatura de Braide ao governo em 2026; para isso, o partido começou a atuar em duas frentes:
1 – abrir mão da candidatura própria em São Luís e encerrar conversas com Yglésio e Wellington;
2 – aparar as arestas entre Braide e o ex-candidato a governador Dr. Lahésio Bonfim, que andaram se estranhando durante o carnaval.
Até a semana passada, o Novo vinha tendo conversas com os dois deputados estaduais para decidir se daria legenda a algum deles, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça no psot “Wellington e Yglésio disputam Partido Novo em São Luís…”,
os parlamentares chegaram a se submeter a uma espécie de vestibular, requisito básico para filiação ao partido.
Este blog Marco Aurélio d’Eça também apurou que a justificativa da direção do Novo no Maranhão para não ter nenhum dois deputados como candidato será a de que nem Yglésio, nem Wellington lograram aprovação no Simulado.
Partidos estão federados desde 2022, mas o lançamento de Janicelma Fernandes para disputa a prefeitura não foi comunicada aos socialistas, que ameaçam divulgar nota contestando os parceiros políticos
Janicelma foi lançada candidata em reunião da própria Rede, mas sem a presença do outro partido federado, o PSOL
Não agradou ao PSOL o lançamento da candidatura de Janicelma Fernandes pela Rede Sustentabilidade em São Luís; a pedagoga foi lançada em encontro do seu próprio partido no sábado, 3, segundo publicou o blog do jornalista Gilberto Léda. (Leia aqui)
Ocorre que a Rede está federalizada com o PSOL desde as eleições de 2024 e qualquer decisão sobre eleições até 2026 precisa ser tomada conjuntamente pelas duas legendas, o que não ocorreu.
Este blog Marco Aurélio d’Eça apurou que os socialistas foram pegos de surpresa coma decisão da Rede e pretendem contestá-la na direção da federação.
A candidatura de Janicelma precisa ser avalizada pelo PSOI…
Janela partidária abriu-se nesta quinta-feira, 7, e vai até 5 de abril, provocando uma corrida frenética de parlamentares em busca de legendas que melhor viabilizem suas candidaturas em outubro; PSB, do governador Carlos Brandão, deve receber maior número de candidatos
O plenário da Câmara deve sofrer mudanças em sua composição partidária até o dia 5 de abril, quando se fecha o prazo para troca de partidos
Uma corrida frenética de vereadores, líderes partidários e pré-candidatos a prefeito foi iniciada esta semana em São Luís com a abertura da janela de filiações partidárias, que se fecha em 5 de abril; o PDT, que tem como candidato a prefeito o ex-vereador Fábio Câmara, é o único com chapa já montada, tendo o vereador Raimundo Penha como principal nome.
Numa articulação do governador Carlos Brandão e do presidente da Câmara, vereador Paulo Victor, pelo menos dez vereadores devem se filiar ao PSB; são eles o próprio Victor, que comandará a executiva municipal, e mais Álvaro Pires, Otávio Soeiro, Umbelino Júnior, Marcial Lima, Silvana Noely, Pavão Filho, Sá Marques e Nato Jr.
Paulo Victor ainda articula a filiação também de Ribeiro Neto – que ainda sonha estar com o prefeito Eduardo Braide (PSD); Marlon Botão também preferia estar com Braide, mas deve ficar no PSB.
O prefeito Eduardo Braide também intensificou suas articulações para levar o maior número de vereadores para os partidos de sua base, notadamente o PSD e o PRB; no PSD já estão certos:
Francisco Chaguinhas
Daniel Oliveira
Marcos Castro
Zeca Medeiros
Karla Sarney também está no PSD, mas pensa em trocar a legenda pelo PRB, também na base de Braide; neste partido já estão:
Rosana da Saúde
Andrey Monteiro
Dr. Gutemberg
O PSDB, que chegou a ver perspectiva de forte crescimento na Câmara, com a entrada de Paulo Victor, vai ficar apenas com Chico Carvalho, que montará a nominata para garantir a própria reeleição; o MDB também deve perder os recém-filiados Edson Gaguinho e Antonio Garcez. Ambos também devem ir par ao PSB.
O PL, que chegou forte nas eleições de 2020, acabou esvaziado e hoje tem apenas o vereador Aldir Júnior; outro isolado é Domingos Paz, que está sozinho do DC e ainda enfrenta dificuldades para montar nominata.
Entre os que se movimentam está ainda Fátima Araújo, que quer deixar o PCdoB, mas pretende permanecer na federação, que tem ainda o PT e o PV.
Essa é a movimentação de momento na Câmara Municipal.
Aliados do governador Carlos Brandão começam a entender a importância de outras candidaturas para favorecer a possibilidade de um eventual segundo turno contra o prefeito Eduardo Bride, coisa que o deputado federal do PSB – que sofre também processo de esvaziamento – não teria condições de garantir sozinho
A imagem é de 2018, e foi postada pelo próprio Duarte Júnior; mas hoje ela reflete bem o clima na candidatura do deputado socialista, que para alguns, “subiu no telhado”
No telhado ou não, o fato é que a candidatura de Duarte na base de Brandão já não é hegemônica; e cada vez mais líderes aliados e chefes partidários defendem abertamente o lançamento de outros candidatos para ampliar as chances de segundo turno contra o prefeito Eduardo Braide (PSB).
Primeiro a defender a ideia das múltiplas candidaturas, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) chegou a articular o nome do ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), mas foi restringido pela resistência dos governistas; ainda assim, Jerry mantém a tese das múltiplas candidaturas governistas.
Esta semana, em conversas com o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça, outros dois líderes da base governista também criticaram a ideia de ter Duarte como único nome para forçar uma polarização contra Braide.
– Não sei se funciona essa ideia de candidatura única; pode ser um erro –afirmou o deputado estadual Neto Evangelista (União Brasil); o próprio Evangelista já havia desistido da candidatura a prefeito em nome da polarização; e nesta quinta-feira, 7, elogiou o apoio do colega Osmar Filho (PDT) a Braide.
Outro que também entende ser arriscado a tentativa de polarização entre Duarte Júnior e Eduardo Braide é o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB); O comunista tem hoje postura mais independente em relação ao governo, mas ainda se considera aliado.
– Se houver a polarização, sem outras alternativas, e o Braide vencer em primeiro turno, ele chega gigante a 2026 –apontou Othelino.
haviam na base do governo Brandão pelo menos três nomes além de Duarte Júnior: Edivaldo Júnior, Neto Evangelista e o também deputado estadual Dr. Yglésio Moyses (ainda no PSB).
Dos três, apenas Yglésio ainda tenta viabilizar-se como candidato…
Com bancada na Câmara Federal, tempo de propaganda e fundo eleitoral robusto, partido que passa a ser comandado no Maranhão pela suplente de deputada federal Flávia Alves vai começar a montar nominata para as eleições de São Luís, onde pode fortalecer qualquer um dos pré-candidatos a prefeito
Núcleo de poder de Othelino Neto já tem cacife para sentar nas mesas de negociações para as eleições, tanto às de 2024 quanto às de 2026
O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) fez uma jogada política de forte impacto ao conseguir articular o comando do Partido Solidariedade no Maranhão.
A legenda, que tem seis deputados federais e pode ganhar uma senadora – a própria mulher do deputado, Ana Paula Lobato – passa a ser comandado pela Superintendente do Ibama no Maranhão, Flávia Alves, que é suplente de deputada federal.
A reação inicial à chegada de Flávia Alves no partido – que vinha sendo comandado pelo vereador Francisco Carvalho – foi a de esvaziar a chapa de candidatos a vereador; mas para o projeto de Othelino Neto essa reação terá impacto zero, ou será até melhor, por que dá ao partido a liberdade de coligar-se com qualquer candidato a prefeito sem exigência de nominata de vereadores.
E ainda com o trunfo do tempo na propaganda eleitoral.
Para se ter ideia da importância da legenda, foi com ela que o ex-secretário de Indústria e Comércio Simplício Araújo viabilizou sua candidatura a governador do Maranhão em 2022, quando participou de todos os debates e esteve integralmente na propaganda eleitoral.
O projeto político de Othelino Neto, cuja esposa ficará no Senado até 2031, é eleger-se deputado federal em 2026; mas ele já articula como se em Brasília estivesse, com cacife para sentar na mesa de negociações políticas.
E como a maioria dos federais, já tem um partido para chamar de seu…
Advogada e empresária – esposa do deputado estadual e ex-presidente da Câmara Municipal Osmar Filho – tem forte atuação em projetos sociais e, atua no projeto “Mulheres da Gente” em que milita na defesa do aumento da presença da mulher na política e no empreendedorismo
Braide entre Osmar Filho e calara Castro; apoio à reeleição do prefeito e fortalecimento da chapa do PSD à Câmara Municipal
A advogada e empresária Clara Castro filiou-se nesta quarta-feira, 6, no PSD, partido do prefeito Eduardo Braide.
Com forte atuação em projetos sociais, Clara vai fortalecer a chapa de candidatos a vereador do partido e surege como uma das favoritas ás vagas na Câmara Municipal; ela também milita na defesa da ampla participação feminina na política e vê a data de filiação como um importante símbolo desta luta, já que ocorre na semana do Dia Internacional da Mulher.
– Não poderia ter escolhido data melhor para iniciar minha vida político-partidária do que na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher – disse Clara Castro, que é idealizadora do “Mulheres da Gente” projeto que apoia e incentiva mulheres de São Luís com ações sociais e de empoderamento feminino.
A pré-candidata a vereadora declarou apoio ao prefeito e quer levar debates sobre o empoderamento da mulher à Câmara Municipal
Clara é esposa do deputado estadual Osmar Filho de quem herda um grande legado de atuação em São Luís; o atual deputado estadual foi vereador por quatro mandatos e presidiu por duas vezes a Câmara Municipal.
– Fico feliz com a acolhida e aproveito o momento para reafirmar meu apoio à reeleição do prefeito Eduardo Braide e dizer que a cidade de São Luís pode contar comigo – disse Clara Castro.
A pré-candidata pretende levar para a Câmara Municipal propostas de defesa, valorização e empoderamento da mulher e do empreendedorismo feminino.
Corrida eleitoral na capital maranhense tem confirmados apenas o prefeito Eduardo Braide, o deputado Duarte Júnior e o ex-vereador Fábio Câmara, com os deputados Wellington do Curso e Dr. Yglésio ainda tentando viabilizar partidos; o ex-prefeito Edivaldo Júnior e o ex-deputado Neto Evangelista já nem estão mais em campanha eleitoral
Edivaldo Júnior e Neto Evangelista já estão articulando novos caminhos políticos para suas carreiras, o que os tira da disputa em São Luís
Neste caso, São Luís tem hoje apenas três candidatos assegurados pelos seus partidos: o prefeito Eduardo Braide (PSD), o deputado federal Duarte Júnior (PSB) e o ex-vereador Fábio Câmara (PDT), como este blog Marco Aurélio d’Eça já havia antecipado desde janeiro, nos post “Disputa em São Luís tem apenas Braide, Duarte e Fábio Câmara efetivamente em campanha…”.
A retirada de Edivaldo Júnior e Neto Evangelista da lista de candidatos tem impacto significativo nos levantamentos; os dois juntos, têm índices que variam entre 10% e 16% das intenções de votos, segundo os últimos levantamentos. Esse total de eleitores influencia diretamente as posições reais da disputa.
E qualquer pesquisas que se proponha séria precisa levar esse dado em conta…
Debate sobre a legitimidade da candidatura negra de Fábio Câmara a prefeito de São Luís escancara como formadores de opinião tentam limitar a condição de raça ao capacitismo e expõe a forma como os chamados membros da elite privilegiada tentam evitar o debate de cor por que esperam manter tudo como sempre esteve; e já se vão 412 anos sem que a capital maranhense tenha elegido um único prefeito preto
O debate sobre pretos no poder – o que pode e o que não pode, segundo os brancos – teve seu ponto alto no programa Xeque-Mate, de Matias Marinho
Ensaio
Na semana que passou, o candidato do PDT a prefeito de São Luís, Fábio Câmara, foi – dentre os concorrentes às eleições de outubro o que mais ocupou a mídia – após protagonizar evento na sede do partido em que apresentou a chapa de pré-candidato a vereador ao presidente da legenda, senador Weverton Rocha; mas a abordagem da candidatura de Câmara na imprensa – sim, ele é preto! – ainda é permeada pelo preconceito e pela necessidade da classe branca privilegiada de manter enjaulado qualquer discurso de afirmação de cor e raça sobre conquistas na sociedade.
O ponto alto de mais este exemplo do racismo estrutural e – muito mais que isso – a ojeriza que um branco tem de debater a questão do preto, ocorreu no programa Xeque-Mate, capitaneado pelo jornalista Matias Marinho – branco-padrão-hetero-cisgênero.
– O grande erro dos políticos hoje é tentar falar de si –foi exatamente assim que Marinho começou a falar sobre o fato de Fábio Câmara ser o único candidato preto na disputa em São Luís, questão brilhantemente trazida pelo jornalista – também branco! – Marcelo Vieira
Ora, por que o prefeito Eduardo Braide (PSD) pode falar de si, o deputado Duarte Júnior (PSB) pode contar sua história e Fábio Câmara não pode? Por que ele é preto? Por que dizer que é preto é mimimi?
Matias continuou a ironia chegando a dizer que Marcelo Vieira estava “zangado com os pretos” por que, segundo ele, não votam em Câmara só por ele ser preto. E continuou:
– Quando eu falo é da história. Não estou falando de lugar de fala, estou falando da história de luta que ele não tem – afirmou o jornalista, repetindo o discurso branco, histórico, de reduzir qualquer negro que tente se impor a partir da cor da pele.
Marcelo Vieira contrapos o argumento com um raciocínio lógico:
– O argumento está errado: [a história] não serve pro preto, mas serve pro branco? É uma lógica equivocada: um preto não vota em um cara que é preto por que ele não tem essa raiz, mas vota no Braide que não tem e nunca terá legitimidade alguma com o preto? Uma lógica que não serve pro preto, mas serve por branco?!? “Ah, ele não tem história, ele não tem legitimidade!” E o branco tem? E Braide tem? e Duarte tem? –apontou Marcelo Vieira, em um argumento que deveria ser usado em todo o debate eleitoral, em todos os níveis, em todos os aspectos.
Fábio Câmara e Weverton Rocha: um preto que quer levar a cor para o debate eleitoral e outro que entende ser isso um mero detalhe…
Mas, à exceção de Marcelo, deste blog Marco Aurélio d’Eça (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui) e de outros pontos brancos em São Luís – em todos os níveis – ninguém quer discutir o preto, ninguém quer dar espaço pro preto, ninguém quer saber quem é preto; e esse “empurra-pra-debaixo-do-tapete” acaba influenciando os próprios negros, sobretudo os que conseguem ocupar um espaço e são impelidos ao capacitismo, a achar que conseguiram por seus próprios méritos e isso basta.
O próprio Weverton Rocha – hoje no Senado, espaço de brancos, com os quais convive diariamente – acha que o debate sobre preto “é só um detalhe” e que Fábio precisa debater é a cidade.
Não, senador! Não é só um detalhe! É o principal detalhe na campanha de Fábio Câmara. Sim, Fábio Câmara é preto, senador! Como o senhor!
O debate sobre a cidade já é inerente à disputa pela prefeitura, e todos apresentam suas propostas em documento; o que precisa ser discutido são exatamente os detalhes de cada candidatura, o por que votar em candidato A ou B. Isso é o que importa, Weverton
Sim! Fábio Câmara é preto! Ele é um candidato preto a prefeito de São Luís. Ponto.
Tentar desqualificar sua condição de cor com a justificativa de que ele não tem legitimidade para representar o povo preto, é tentar por os negros novamente em uma jaula; especificamente nesta eleição, se Fábio Câmara não tem legitimidade para representar o povo preto – que chega a quase 80% do eleitorado – então o negro estará fora do debate eleitoral.
Afinal, se Fábio Câmara não tem história com negros, sendo negro, quem terá? Os brancos cisgênero-hetero-padrão e privilegiados Eduardo Braide e Duarte Júnior, como levantou Marcelo Vieira?
Este é o debate que Fábio Câmara precisa trazer para a cidade de São Luís, que nunca elegeu um prefeito preto em seus 412 anos.