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Simplício critica foco de Bolsonaro em liberação de armas

Para o secretário de Indústria e Comércio do Maranhão, Governo Federal deveria estar preocupado com o risco de falta de vacinas e o aumento de casos de CoVID-19, com novas variantes do coronavírus espalhados no país

 

Simplício Araújo bateu forte em Bolsonaro pelo foco excessivo na liberação de armas no Brasil

O secretário de Indústria e Comércio do Maranhão, Simplício Araújo (Solidariedade), criticou o governo Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira, 15, pelo foco excessivo no debate sobre liberação de armas no Brasil.

– Vacinas acabando em todos os estados, mais de 90% da população sem data nem prazo para ser imunizada, novas cepas circulando pelo país exatamente neste hiato de imunização. A pauta deveria ser foco total na imunização, mas o Governo Federal prioriza liberação de armas – afirmou o gestor.

A pauta do governo Bolsonaro atende a interesses diretos dos filhos do presidente, maiores defensores da liberação de armas no país.

E o descaso com o combate ao coronavírus é uma pauta do próprio presidente, desde o início da pandemia, ainda no ano passado…

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Para Astro, Bolsonaro “dá com uma mão e tira com a outra”…

Em uma de suas reuniões comunitárias na noite de quinta-feira, 22, vereador e ex-presidente da Câmara destacou a candidatura de Rubens Júnior e lembrou das conquistas do ex-presidente Lula

 

Astro de Ogum tem mantido rotina intensa de reuniões comunitárias em vários bairros de São luís, oportunidade em que reforça a candidatura de Rubens Júnior a prefeito

O vereador Astro de Ogum (PCdoB) criticou nesta quinta-feira, 22, durante reunião comunitária de sua campanha, a política do presidente Jari Bolsonaro.

– Ele dá com uma mão, mas tira com outra – disse o parlamentar comparando o auxílio emergencial com a alta carga tributária nos produtos que integra a cesta de gêneros alimentícios.

Em suas reuniões comunitária,s Astro tem destacado a campanha do candidato comunista a prefeito, Rubens Pereira Júnior, e fortalecido a política implantada no Brasil durante os governos do ex-presidente Lula.

Ex-presidente da Câmara, Astro busca o sexto mandato consecutivo de vereador…

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Bolsonaro aprova, mas desfigura lei de Pedro Lucas sobre máscaras

Presidente sancionou a matéria aprovada na Câmara, mas tirou a obrigatoriedade do uso nos estabelecimentos comercias, industriais e de ensino; para tentar garantir a viabilidade da proposta, o deputado maranhense já articula com os colegas a derrubada dos vetos

 

Pedro Lucas já está conversando com os deputados sobre os vetos de Bolsonaro em seu projeto de uso de máscaras

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei do deputado federal Pedro Lucas Fernandes (PTB), sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos e nos meios de transportes em todo o Brasil.

Na decisão, o presidente, porém, desfigurou o projeto, ao vetar algumas obrigatoriedades.

Bolsonaro decidiu, por exemplo, não ser mais obrigatório que o cidadão use máscara em ambientes comerciais, industriais e de ensino, além dos templos religiosos. 

Para garantir a viabilidade de sua matéria, Pedro Lucas já se articula com os colegas parlamentares para que os vetos sejam derrubados pela Câmara Federal.

A proposta deve voltar à Casa na próxima semana…

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Sobre fascismo, totalitarismo e bolsonarismo…

Debate – ainda que pueril – sobre características do presidente brasileiro supostamente alinhadas ao movimento surgido na Itália de Benito Mussolini ganhou as ruas e as redes sociais de forma mais intensa nas últimas semanas, embora boa parte dos que se declaram “antifas” sequer saiba explicar o contexto histórico daquilo que combatem

 

As ações, o gestual, as falas e as ideias do presidente Jair Bolsonaro são cada vez mais alinhadas ao movimento fascista que dominou a Europa na primeira metade do século XX

Ensaio

Os termos “antifas” e “antifascistas” viraram memes de internet no Brasil nas últimas semanas, com banners, flyer’s  e templates usados em profusão por políticos, intelectuais, artistas, jornalistas e uma massa de seguidores nas principais redes sociais do Brasil.

O movimento – que tem como alvo principal o governo Jair Bolsonaro – é forte, embora pueril e reducionista na discussão sobre o conceito do fascismo histórico e sua influência no mundo na primeira metade do século XX.

Mesmo com seu aparente vazio ideológico, Jair  Bolsonaro vem sendo taxado de fascista desde as eleições de 2018. Mas, se há vazio ideológico em Bolsonaro, como ele pode ser apontado como fascista?

Em “Liderança Democrática e manipulação de Massas”, o sociólogo alemão Teodore Adorno (1903/1969) inicia essa resposta.

Basta relacionar seu pensamento à eleição do presidente, em 2018.  

– Consideremos a surpreendente ingenuidade política de um grande número de pessoas – de nenhum modo apenas as sem-educação. Os programas, plataformas e slogans [autoritários] são aceitos pelo seu valor de face; julgados pelo que parece ser seu mérito imediato – afirma Adorno. (Saiba mais aqui) 

A visão do intelectual alemão – que também tratou dos regimes totalitários na primeira metade do século XX, responderia uma primeira questão, também já abordada em diversos artigos neste blog: a vitória eleitoral proto-democrática de Bolsonaro.

Mas continuaria a dúvida: os aspectos de sua vitória em 2018 faz de Bolsonaro um fascista? 

Essa dúvida se dá por causa da banalização da própria palavra “fascista”.

– Por exemplo, tornou-se banal chamar de fascistas pessoas que cometeram atos machistas, racistas, e até mesmo moral, política e economicamente ilícitos, todavia não menos criticáveis. Como podemos ver, o atual e indevido uso do conceito fascismo implica injustiça – critica o filósofo e pesquisador em economia política da Universidade federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Rafael Silva. (Leia mais aqui)

Bolsonaro é machista, racista, politica e moralmente ilícito.

Mas seria ele fascista?

Apesar de subestimado em sua força de expansão internacional pelos observadores da época, Benito Mussolini influenciou o nacional socialismo de Hitler

Melhor do que qualquer outro, é deixar a filósofa alemã Hannah Arendt (1906/1975), que sofreu, conviveu e combateu o totalitarismo, sintetizar a definição de um fascista.

– Num dado sistema governamental o qual uma minoria lunática se instala, ocupando-se tanto de cargos políticos quanto tomando conta das referências morais e intelectuais, juízos morais tomam interpretações irrefletidas e disformes. (…) diligenciando-se a fixar seus próprios métodos, teses e pensamentos, supostamente superiores intelectualmente. Desta forma, desfigura-se as noções de valores morais, delimita-se o pensamento vigente, depaupera-se a cultura e deforma-se o caráter dos indivíduos em tropel – escreveu Arendt, em “A Condição Humana”. 

Detalhe: Arendt nem considerava o fascismo italiano como totalitarista, mas apenas o nazismo alemão e o stalinismo russo. (Entenda aqui)

Diante do exposto, se dúvida houver quanto ao fascismo de Bolsonaro, responde-se com a atual e moderna conceituação acadêmica.

 – O Fascismo é uma ideologia de culto à violência, anticomunista, contrária aos movimentos de modernização e democratização dos costumes e da sociedade – explica o professor Titular de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas, Armando Boito Júnior. (Leia a íntegra aqui)

Bolsonaro é anticomunista, resiste à democratização e modernização da sociedade brasileira, prega a violência, buscando armar a população, pregando o ódio.

Não há dúvida, portanto, de que Bolsonaro seja um fascista…

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Josimar de Maranhãozinho ganha fama de papão de emendas

Conhecido pela sanha com que age nos bastidores no trato com recursos disponíveis a parlamentares, deputado federal maranhense foi listado como campeão de emendas liberadas pelo presidente Jair Bolsonaro em troca de blindagem no Congresso

 

Para a mídia, Josimar de Maranhãozinho é mais um agente de Valdemar da Costa Neto; para colegas de bancada é um caminho aos canais nacionais

O presidente Jair Bolsonaro começou a agir mais abertamente na relação de “compra e venda” na Câmara dos Deputados; e já liberou nada menos que R$ 6,2 bilhões em emendas parlamentares, em troca de blindagem contra eventual pedido de impeachment. 

E um membro da bancada maranhense – Josimar de Maranhãozinho (PL) – aparece como o campeão nacional de liberação, abocanhando, apenas em abril, nada menos que R$ 15,9 milhões, segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo.

Detalhe: Josimar nem sequer está no exercício do mandato, mas de licença, em favor do suplente Paulo Marinho Jr. (PL).

Apesar de relacionado na lista como homem de confiança do esquema do notório e condenado Valdemar da Costa Neto (dono do PL), Maranhãozinho já tem histórico próprio de relação heterodoxa com emendas parlamentares nos bastidores da bancada maranhense.

Baseado em prontuários judiciais, o blog Marco Aurélio D’Eça já retratou o deputado maranhense em vários textos, relacionado a acusações que vão de fraude eleitoral à compra e venda de emendas, passando por agiotagem.

Estas atividades foram condensadas em 2017, no post “As estripulias de Josimar de Maranhãozinho…”.

De lá para cá, o parlamentar cresceu ainda mais politicamente.

Elegeu-se deputado federal, anunciou-se pretenso sucessor de Flávio Dino (PCdoB) e passou a negociar vagas partidárias para candidatos a prefeito em São Luís e outros municípios. (Saiba mais aqui)

Já agora em fevereiro de 2020 – antes do início da pandemia – este blog tratou da questão das emendas, no post “Venda de emendas parlamentares pode virar escândalo nacional…”.

Josimar tratou de se aproximar de Bolsonaro bem antes que Valdemar da Costa Neto; e virou campeão nacional de emendas

Com o início da pandemia, o movimento em busca dos recursos federais aumentou fortemente – e o dinheiro começou a jorrar para deputados mais alinhados ao governo. (Entenda aqui) 

Este assunto também foi tratado no blog Marco Aurélio D’Eça, na última quarta-feira, 27, no post “Municípios já receberam mais de R$ 1 bilhão para Saúde em 2020…”.

– Desde março, estão incluídos neste montante também valores extras para o “enfrentamento de coronavírus”; e em maio os prefeitos passaram a receber as emendas parlamentares, individuais e de bancada – revelou o post.

A reportagem destacou a dificuldade de se acompanhar a movimentação dos recursos nos sites oficiais pela falta de transparência sobre autores e valores liberados.

Mas a prefeita de Arame, Jully Menezes, fez questão de revelar o padrinho de parte desses recursos, de quase R$ 1 milhão: e foi ninguém menos que… Josimar de Maranhãozinho.

Uma semana depois, o mesmo Josimar aparece na relação de O Estado de S. Paulo como o campeão no abocanhamento de recursos de emendas.

Sinal de que está cada vez mais famoso o parlamentar maranhense.

Com toda carga de bônus e ônus que isso possa representar…

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Lula cada vez mais fora de contexto no espaço-tempo…

Ex-presidente mostra-se distante da realidade política atual ao pregar projetos exclusivistas e insistir em uma hegemonia do PT na esquerda, o que só contribuiu tanto para o golpe contra Dilma, em 2016, quanto para a derrota nas eleições de 2018

Para Lula, o projeto de poder das esquerdas só tem importância se tiver o seu PT e ele próprio como protagonistas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem tentado desde o início da pandemia se incluir no debate político nacional, sobretudo diante da crise institucional gerada pela postura beligerante do presidente Jair Bolsonaro.

Neste contexto, chegou a reclamar, por intermédio do seu partido, que a Rede Globo não dava voz a ele como ex-presidente.

Nas suas últimas cinco coberturas a Globo ouviu três vezes FHC e uma vez Sarney. Lula foi ignorado, mesmo tendo muito mais apoio popular do que os dois anteriores multiplicados – lamentou-se o PT em sua conta no Twitter. (Saiba mais aqui)

Mas os próprios Lula e PT –  e também Dilma Rouseff – são responsáveis por este isolamento e pela falta de discurso antenado com o atual momento político brasileiro.

Em setembro de 2016, o blog Marco Aurélio D’Eça já abordava este tema, numa espécie de exortação, no post “Saída de Dilma é injeção de ânimo na militância de esquerda…”

A postura hegemônica do PT na esquerda, e a autopercepção de Lula como voz única entre os líderes políticos já haviam contribuído para a derrota nas urnas nas eleições de 2018.

Mesmo diante de críticas de setores da esquerda e dos movimentos sociais. (Relembre aqui, aqui e aqui)

E agora tanto o presidente quanto o seu partido mostram-se completamente distantes no contexto espaço-tempo, ainda insistindo num projeto hegemônico, encabeçado apenas e tão somente pelo PT.

De Caetano Veloso a Luciano Huck, passando por Flávio Dino, Fernanda Montenegro e FHC, o manifesto “Estamos Juntos” reúne as principais forças político-culturais no Brasil

A grita de Lula contra o manifesto “Estamos Juntos” – que reúne alguns dos principais líderes políticos brasileiros, de todas as correntes – mostra que o ex-presidente, a despeito da postura agregadora que resultou em sua vitória nas eleições de 2002, hoje caminha a passos para o sectarismo radical, que só afasta.

– O PT já tem história neste país, já tem administração exemplar neste país. Eu, sinceramente, não tenho condições de assinar determinados documentos com determinadas pessoas – afirmou Lula, em encontro do PT nesta segunda-feria,1º.

O movimento “Estamos Juntos” reúne artistas do quilate de Caetano Veloso e Fernanda Montenegro, ex-presidentes como Fernando Henrique Cardoso (PSDB),  e presidenciáveis, como o apresentador Luciano Huck e o governador Flávio Dino (PCdoB).

– Eu não tenho mais idade para ser Maria vai com as outras – frisou o ex-presidente petista… (Não entendeu? Entenda aqui)

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Sinais de nazismo cada vez mais claros entre os bolsomínions

Da referência ao copo de leite do presidente, na quinta-feira, 28, passando pela marcha das tochas, liderada por Sara Winter até o desfile a cavalo na manhã de domingo, ficam cada vez mais fortes as referências a Hitler e a Mussolini nas ações do presidente e de seus aliados

 

A live com o copo de leite – no mesmo dia em que eclodiram manifestações anti-racistas nos EUA – foi simbólico para as pretensões bolsonaristas

De uma hora para outra – e em meio à guerra civil nos Estados Unidos fruto do assassinato de um negro por um policial branco – o presidente Jair Bolsonaro aparece, na quinta-feira, 8, em transmissão na internet segurando um copo de leite.

A reação foi imediata, mas seus apoiadores trataram de negar as referências simbólicas à supremacia branca, o que caiu por terra no dia seguinte, quando o blogueiro Allan dos Santos fez o mesmo gesto com o copo de leite seguido da expressão “entendedores entenderão”.

No mundo inteiro, apologia ao nazismo ou uso de seus símbolos é considerado crime; para fugir às punições legais, os neonazistas trataram de criar uma simbologia cifrada, perceptível apenas aos que seguem os postulados de Hitler. (Saiba mais aqui)

A marcha das tochas de Sara Winter, que usa o nome, coincidentemente, de uma das maiores defensoras do nazismo na história

Na noite de sábado foi a vez da militante Sara Winter desfilar por Brasília acompanhada de um grupo com tochas, nos moldes dos nazistas.

E na manhã de domingo o próprio Bolsonaro volta à cena, agora montado em um cavalo, outra referência clara aos desfiles nazistas, fascistas e imperais.

São sinais, muitos sinais.

Bolsonaro a cavalo saudando os seus “súditos” na manhã de domingo, em Brasília; referências subliminares aos impérios

As mensagens cifradas e subliminares do fascismo e do nazismo em terras tupiniquins levou a uma mensagem do decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, aos seus pares, no fim de semana. 

– É preciso resistir à destruição da ordem democrática para evitar o que ocorreu na República de Weimar, quando Hitler, após eleito por voto popular (…) não hesitou em romper e em nulificar (…) a Constituição, impondo ao País um sistema totalitário de poder viabilizado pela edição, em março de 1933, da Lei (nazista) de Concessão de Plenos Poderes (ou Lei Habilitante) que lhe permitiu legislar sem a intervenção do Parlamento germânico! – alertou Mello.

O próprio ministro fez referência à defesa de uma intervenção militar por grupos bosonaristas como risco claro da vola de uma ditadura militar ao Brasil. 

– “Intervenção militar”, como pretendida por bolsonaristas e outras lideranças autocráticas que desprezam a liberdade e odeiam a democracia, nada mais significa, na novilíngua bolsonarista, senão a instauração, no Brasil, de uma desprezível e abjeta diradura militar – desabafou o ministro. 

São sinais; muitos sinais…

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“Frente Antifascista” também pode ser enquadrada no Código Penal…

Grupo que ameaça queimar bancos, escolas e empresas em São Luís, tem posicionamento de esquerda e prega ações contra governo Bolsonaro, mas pode estar ferindo a mesma legislação, usada pela SEIC contra grupo de direita que tentava se manifestar contra o governo Flávio Dino

 

As conversas do grupo “Antifascistas SLZ” reveladas por Gilberto Léda; possível apologia a crimes previstos no Código Penal

Grave a revelação do blog do jornalista Gilberto Léda, nesta segunda-feira, 1º, sobre a “Frente Antifascista SLZ” – coordenada pelo jovem identificado por Raffael Reis – e que planeja em grupos de Whatsapp queimar agências bancárias e empresas como o restaurante Coco Bambu, o colégio Dom Bosco e o Tropical Shopping. (Entenda aqui)

Há duas semanas, a Superintendência de Investigações Criminais (SEIC) intimou para depor membros de um grupo intitulado “Fora Dino”, que preparava manifestações de rua contra o governo comunista.

Na época, o secretário de Segurança Pública Jefferson Portela alegou que os manifestantes foram chamados com base no artigo 268 do Código Penal.

O blog Marco Aurélio D’Eça perguntou nesta segunda-feira, 1º, se o secretário usará o mesmo artigo contra a “Frente Antisfascista SLZ” – ou mesmo outros, já que, além da aglomeração, o grupo anuncia a prática de crimes.

Até a edição deste post, Portela não havia respondido às mensagens…

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Agora analista político, Dino ignora avanço da pandemia no Maranhão

Desde que decretou o “libera geral” das atividades comerciais no estado – gerando uma onda de retorno em massa da população às ruas – governador prefere debater os mandos e desmandos do governo Bolsonaro a discutir formas de frear a ação da coVID-19 no interior

 

Em meio à pandemia, Flávio Dino prefere discutir nacionalmente as questões do governo Bolsonaro a debater com o maranhenses os riscos da coVID- 19

Há três dias o blog Marco Aurélio D’Eça critica o evidente e crescente desinteresse do governo Flávio Dino (PCdoB) em relação à pandemia de coronavírus no Maranhão. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)

E há três dias dias Flávio Dino faz questão de reforçar o que diz este blog, preferindo debater os mandos e desmandos do governo Jair Bolsonaro a discutir ações e reações à escalada da coVID-19 no interior.

De segunda-feira, 5 para cá, as postagens de Dino nas redes sociais são todas relacionadas a Bolsonaro.

Ontem – quando o Maranhão enfrentava novo recorde de mortes e as multidões se concentravam nas ruas – o comunista estava em live da revista IstoÉ debatendo… o governo Bolsonaro. 

O governador comunista começou muito bem o enfrentamento da pandemia, o que foi reconhecido publicamente aqui neste espaço jornalístico. (Relembre aqui)

Mas foi só no início.

Desde o equívoco do lockdown judicial – que funcionou como uma espécie de pedágio, fazendo a população se sentir livre, depois, para voltar às ruas – passando pelo equívoco do rodízio até chegar no equívoco da abertura comercial, Dino parece ter cansado de lutar contra o coronavírus.

Em meio ao “libera geral’ do governo, maranhenses foram em massas ás ruas, sob a responsabilidade de denunciar os seus diante do lavar de mãos das autoridades

De segunda-feira, 25, para cá, a população está largada à própria sorte, tendo, ela própria, de cuidar de si, fiscalizar e denunciar terceiros, diante do absoluto lavar de mãos das autoridades estaduais.

Com o contraponto diário a Bolsonaro, Dino ganha cobertura midiática nacional e espaço para apresentar seus posicionamentos.

Mas esquece que esta exposição vai torná-lo apenas igual ao próprio Bolsonaro, que despreza a pandemia e nega os efeitos da coVId-19.

Um Bolsonaro de sinal trocado… (Não entendeu? Entenda aqui)

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Governo Flávio Dino abandona pandemia e foca na política

Desde o início do “libera geral”, governador comunista – seus auxiliares e aliados – reduziram drasticamente postagens e aparições para tratar dos riscos do coronavírus; e agora focam no debate nacional com o presidente Jair Bolsonaro, o que reforça a ideia de fim da quarentena no estado

 

Tanto Carlos Lula quanto Flávio Dino passaram a focar nas redes sociais ao embate com o governo Bolsonaro, fazendo política e deixando a pandemia, para a população

O blog Marco Aurélio D’Eça tem criticado o governo Flávio Dino (PCdoB) – governador, auxiliares e aliados – pelo abandono da luta contra o coronavírus, o que pode simbolizar o fim da quarentena no Maranhão. 

Nesta terça-feira, 26, tanto Dino quanto seu secretário de Saúde, Carlos Eduardo Lula – e vários outros auxiliares e aliados nas redes sociais – parecem mesmo ter lavado as mãos em relação à pandemia, preferindo o debate político nacional.

O governador concentrou suas postagens relacionadas ao coronavírus apenas no Instagram. 

Mesmo bloqueado em sua conta no Twitter, o titular deste blog busca outros meios de acesso às informações do chefe do Executivo. E constatou, nesta rede social, na manhã desta terça-feira, 26, apenas postagens referentes a Jair Bolsonaro, como esta abaixo:

De manhã, a postagem de Flávio Dino foi contra a ação do governo Bolsonaro em relação à imprensa; mas o comunista esqueceu de desbloquear jornalistas de sua conta no Twitter

O secretário Carlos Lula também se concentrou  na guerra política contra Bolsonaro, com críticas à ação da Polícia Federal na residência do governador Wilson Witzel, do Rio de Janeiro. (Veja abaixo).

Suas últimas postagens sobre a coVID-19 ocorreram no fim da noite de segunda-feira, 25, com a divulgação do boletim da SES. 

A postagem de Carlos Lula na manhã desta terça-feira foi apenas de crítica à ação da PF no Rio de Janeiro; coronavírus ficou esquecida na noite de segunda-feira

Mais tarde, Carlos Lula publicou gráfico que apontava suposta queda nos números da coVID-19 após lockdown na Grande São Luís, o que é desmentido pelo próprio gráfico. (Entenda aqui)   

A linha política e o “nem aí!” para a pandemia é seguida por outros secretários e também por aliados políticos mais próximos, como o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), que desde ontem vem denunciando a instrumentalização da Polícia Federal contra adversários de Bolsonaro.

O secretário de Esportes, Rogério Cafeteira, chegou a dizer, em resposta ao titular do blog Marco Aurélio D’Eça, que “as forças policiais não são babás” da população, que “precisa ter consciência da quarentena”.

Jogada à própria sorte, a população terá que se virá sozinha para controlar a pandemia de coronavírus, fazendo a sua parte – como, agora, prega o governo maranhense.

Flávio Dino e seus aliados parecem já estar em outra vibe…