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De como este blog anteviu a anulação dos processos de Lula…

Desde o início das investigações contra o ex-presidente, os posts publicados nesta página mostravam o golpe perpetrado para impedir a participação do PT e criminalizar as esquerdas nas eleições de 2018, o que agora foi confirmado no Supremo Tribunal Federal

 

De máscara, que só retirou no momento da coletiva, ontem, Lula retomou seu protagonismo na história; e influenciou diretamente a Bolsonaro

Editorial

12 de julho de 2017. O blog Marco Aurélio D’Eça publica o post “Condenado por Moro, Lula agora corre contra o tempo para disputar 2018…”.

Tratava-se de uma análise da decisão do juiz da Lava Jato, cuja postura já vinha sendo contestada neste blog desde 2014, quando iniciou-se a fase judicial do golpe que começou a ser montado ainda em 2013, no governo Dilma.

Esta contestação foi resumida em 10 de abril de 2018, no post “As três fases do golpe no Brasil…”, que mostrou a orquestração dos barões de São Paulo com a mídia quatrocentona e parte do Judiciário para impedir Lula de ser candidato presidencial.

Um pouco antes disso tudo, mais precisamente em 18 de março de 2016 – pouco mais de um ano antes da condenação de Lula – o blog Marco Aurélio D’Eça aponta para “O risco iminente de um golpe do Judiciário” , análise da usurpação de poder por Sérgio Moro.

A partir da condenação do ex-presidente petista, este blog passou a cobrar pela anulação do processo em sucessivos posts; chegou a frustrar-se algumas vezes, achando que isso seria possível já na segunda e terceira instâncias da Justiça, o que não ocorreu.

Em 16 de junho de 2019 – quando estourou as revelações do site The Intercept, que revelaram as armações políticas de Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol – o blog Marco Aurélio D’Eça apontou, sem pestanejar: “Julgamento de Lula precisa ser anulado…”

– Independentemente de o ex-presidente ser ou não culpado, a decisão do juiz Sérgio Moro, em conluio com o procurador Deltan Dallagnol, está marcada por posicionamento político e esquemas de forja de provas; e tinha um objetivo: tirar o PT das eleições de 2018 – já afirmava o blog, naquela época.

O blog Marco Aurélio D’Eça sempre registrou a postura política de Dallagnol e de Moro no caso Lula, agora confirmada pelo STF

Nesta época, Moro já era ex-juiz e ocupava cargo de ministro do governo Jair Bolsonaro, eleito graças também às suas manipulações judiciais.

17 de setembro de 2019. O blog Marco Aurélio D’Eça faz auto-referenciação ao lembrar os passos do golpe contra Lula, no post “História vai confirmando o golpe no Brasil…”.

Fritado por Jair Bolsonaro desde agosto de 2019, Sérgio Moro deixou o governo em 24 de abril de 2020, em meio a uma troca de acusações com o próprio Bolsonaro por causa de interferências na Polícia Federal. (Relembre aqui e aqui)

Nesta época, várias ações já questionavam a imparcialidade do ex-juiz e pediam a anulação das condenações de Lula, processos que tramitavam no Supremo Tribunal Federal.

Até culminar na decisão do ministro Edson Fachin, em 8 de março de 2021 – também conhecida como última segunda-feira – anulando todas as condenações impostas a Lula por Sérgio Moro.

O impacto da presença política de Lula fez Bolsonaro mudar sua postura como presidente e deixou Moro em silêncio

O impacto disto já foi medido pelo blog Marco Aurélio D’Eça, nos posts “O Impacto de Lula em 2022”, publicado no dia seguinte; e no post de ontem: “Lula faz o contraponto perfeito a Bolsonaro…”

E esta foi a linha do tempo do blog Marco Aurélio D’Eça para o caso envolvendo o ex-presidente petista, o PT, os barões brasileiros, o ex-juiz Sérgio Moro e o arroto da história chamado Jair Bolsonaro.

História que ainda registrará muitos capítulos até 2022.

Com o blog sempre presente para fazer o leitor entendê-la…

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O impacto de Lula em 2022…

Pesquisa publicada no fim de semana – às vésperas da decisão que devolveu os direitos políticos do ex-presidente – mostra que o petista, agora definitivamente livre , ainda tem força suficiente para embaralhar a sucessão e ameaçar consideravelmente a reeleição do presidente Jair Bolsonaro

 

Lula tem força para conduzir a massa e polarizar o país contra o arroto histórico que significa o governo Jair Bolsonaro

Análise de conjuntura

O peso do ex-presidente Lula no processo eleitoral brasileiro não pôde ser medido na eleição que deu ao país  este “arroto da história” chamado Jair Bolsonaro.

Numa decisão política e parcial do ex-juiz Sérgio Moro, questionada desde o seu início – inclusive neste blog Marco Aurélio D’Eça Lula ficou fora da eleição de 2018, manchada pelos interesses do baronato paulista e da mídia quatrocentona, que tinham o interesse precípuo de apear a esquerda do poder. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

Mas este poder eleitoral do ex-presidente foi medido no último final de semana pelo Instituto Ipec (ex-Ibope), curiosamente, três dias antes de o ministro Edson Fachin anular suas condenações e devolver seus direitos políticos.

A provável candidatura de Lula pelo PT, rearruma, logo de cara, todos as pré-candidaturas da esquerda – do PT ao PSOL, passando por PDT, PSB e PCdoB; influenciará diretamente, por exemplo, a decisão do governador Flávio Dino (PCdoB) visto como o vice ideal para o ex-presidente.

Dino já havia decidido candidatar-se ao Senado, mas pode repensar sua posição, o que abre novo debate sobre a vaga aberta no Maranhão.

Polarização, para o bem e para o mal

A vitória de Lula desacredita ainda mais o ex-juiz Sérgio Moro, que foi de herói ao vilão após servir o governo Bolsonaro, que ajudou a construir

Mas, se devolve a esperança para os setores de esquerda e dá novo rumo ao processo eleitoral de 2022, a iminente presença de Lula nas eleições também, traz de volta a polarização ideológica no país.

Incompetente, despreparado, mal-educado, boçal, desqualificado, grosseiro, homofóbico, racista, preconceituoso, machista, corrupto, provinciano, raso, reducionista e incapaz, Jair Bolsonaro se elegeu em 2018 exatamente no rastro desta polarização, que visava apear a esquerda do poder.

Foi o arroto, diante do peso da mão do baronato paulista e da mídia quatrocentona; um erro histórico que transformou um pulha em chefe de poder e de estado, insuflado por setores ignorantes da sociedade brasileira, guardados no armário da história desde o fim da Ditadura Militar.

Com Lula – que goza de força eleitoral importante, como demonstrou o ex-Ibope, mas também tem contra si setores poderosos da sociedade – essa dicotomia polarizada será reacendida; e pode favorecer o próprio Bolsonaro.

É com base nas pesquisas qualitativas e nas análises de conjuntura que Lula deve agora, definir seu papel nas eleições de 2022.

E decidir se sua utilidade será eleitoral ou participativa.

Para o bem e para o mal…

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Lideranças maranhenses contra a liberação de armas

Em 24 horas, além do governador Flávio Dino, a senadora Eliziane Gama, o suplente de deputado federal Simplício Araújo e o deputado estadual Zé Inácio manifestaram-se contra o decreto do presidente Jair Bolsonaro que afrouxa regras para compra de armas no Brasil

 

Foi péssima entre as lideranças políticas maranhenses a repercussão do decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro afrouxando as regras para venda de armas no país.

Além do governador Flávio Dino (PCdoB), que criticou Bolsonaro nas redes sociais, também se manifestaram a senadora Eliziane Gama (Cidadania), o secretário Simplício Araújo (Solidariedade), que é suplente de deputado federal, e o deputado estadual Zé Inácio (PT).

– Apresentamos projeto de Resolução para criar a Frente Parlamentar pelo Desarmamento. Vamos propor um amplo debate c/ a sociedade civil , órgãos de segurança e parlamentares para mostrar que liberar armas não é solução para garantir segurança ao cidadão – destacou Eliziane Gama.

Simplício criticou Bolsonaro por focar no decreto de armas em pleno aumento dos números dos casos de CoVID-19 e lançamento a postura do presidente contra a vida.

O mesmo argumento usou o deputado estadual Zé Inácio, que usou números para comparar o interesse de Bolsonaro pelo armamento da população, em detrimento dos números da CoVID-19.

– No Brasil faltam vacinas e sobram armas. Sem vacina, já são 239.259 mortes por CoVID-19. Com mais armas foram 42.892 mortes violentas em 20-20, 5% mais que em 2019. O Brasil que Bolsonaro prioriza é sem vacina e com mais armas, que já somam 324.881 mortes – afirmou o parlamentar petista.

As críticas a Bolsonaro pela prioridade nas armas e descaso com a pandemia de CoVID-19 ecoam também por todos os estados brasileiros.

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Zé Inácio: “auxilio emergencial é obrigação de Bolsonaro, não de Flavio Dino”.

O deputado estadual Zé Inácio (PT) usou a tribuna da assembleia nesta quarta-feira para tratar do seu requerimento ao governo federal para que prorrogue o auxílio emergencial até junho deste ano e pedir aos demais parlamentares que se manifestem em apoio.

Segundo o parlamentar a necessidade do auxílio permanece, tendo em vista a segunda onda de corona vírus que o país está enfrentando, com aumentos constante no número de novos casos e de óbitos. E segundo especialista os meses de fevereiro e março serão ainda mais difíceis para a população brasileira.

Zé Inácio frisou que essa é uma ação que cabe ao governo federal, por este ter possibilidade real de recursos financeiros para arcar com esse tipo de política e ao governo do estado cabe cuidar da saúde, assegurar leitos e atendimento aos doentes, como vem fazendo nestes últimos seis anos aqui no Maranhão.

“Não cabe ao governo do Estado do Maranhão, ao Governador Flávio Dino, ainda que tenha a boa vontade, de fazer um auxílio emergencial estadual. Os cofres públicos do Estado não têm condições de arcar com o custo para atender a milhares de famílias, tendo em vista que o Maranhão é um dos estados com maior contingente de famílias necessitando do auxílio emergencial. Não dá para atender alguns e não atender outros, não é correto fazer uma política pública que não seja voltada a todos aqueles que realmente necessitam. Cabe ao governo do estado continuar o excelente trabalho que vem fazendo no combate a Covid-19, e que tem sido reconhecido nacionalmente, entregando hospitais, ampliando o número de leitos clínicos e de uti, e agora com a vacinação que já está acontecendo em todos os 217 municípios”, disse Zé Inácio.

O deputado também criticou os parlamentares que tem cobrado do governo do estado um auxílio estadual.

“Não dá para subir a esta tribuna, fazer um discurso de cobrança ao Governador Flávio Dino e se omitir a cobrar a continuidade do auxílio emergencial em nível nacional que o governo federal, sim, tem condições de arcar com esse auxílio, até porque assim o fez no ano passado, mostrando que tem dinheiro sobrando. Prova disso foi o gasto de mais de R$ 3,5 bilhões para eleger o atual Presidente da Câmara”.

Inácio falou ainda das dificuldades que os brasileiros deverão enfrentar com o aumento dos casos de covid-19, “Com o amento no número de casos a população que vai ter mais dificuldade de adquirir uma renda para sua sobrevivência é aquela que recebeu o auxílio emergencial e que ainda não conseguiu se inserir no mercado de trabalho. Estamos falando de 40% da população brasileira que recebeu auxílio emergencial, vinte e oito milhões de famílias Brasil afora que se beneficiaram do auxílio emergencial. Esse auxílio tem uma repercussão forte na situação econômica dos brasileiros, sobretudo aqueles que ganham menos de um terço do salário mínimo”, disse.

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Roberto Costa bem na fita com Baleia Rossi…

Deputado estadual maranhense é forte aliado do deputado federal que concorre à presidência da Câmara e tem apoio significativo para se eleger pelo grupo do atual presidente Rodrigo Maia

 

Baleia Rossi recebe Roberto Costa em Brasília; relação com deputado maranhense rendeu medalha em São Luís

Nome da base do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, para a sua sucessão na Casa, o deputado federal Baleia Rossi, tem relações próximas com o Maranhão.

Ele é aliado próximo do deputado estadual Roberto Costa (MDB), que o homenageou com a “Medalha Manoel Beckman” em visita a São Luís no início de 2020.

Presidente nacional do MDB< Baleia Rossi é o principal nome do grupo do deputado Rodrigo Maia; e ganha força entre os partidos de esquerda para contrapor o presidente Jair Bolsonaro.

Vice-presidente estadual do MDB, Costa pretende acompanhar de perto as articulações para eleição na Câmara, durante o recesso da Assembleia Legislativa.

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PSDB deve trocar Roberto Rocha por Eliziane Gama no Senado

Partido quer retomar sua ideologia mais vinculada à esquerda e o senador maranhense está absolutamente alinhado ao presidente Jair Bolsonaro o que torna impossível a convivência; oposicionista, senadora do Cidadania teria o perfil mais adequado ao projeto tucano para 2022

 

Sem clima no PSDB, Roberto Rocha deve deixar o partido, que já iniciou conversas para ter Eliziane Gama como referência no Senado

O senador Roberto Rocha está mesmo de saída do PSDB.

A cúpula nacional da legenda avaliou que a direita está tomada pela presença do presidente Jair Bolsonaro e que só terá salvação com uma postura de centro-esquerda, mais alinhada ao socialismo.

Mas os tucanos não querem perder a cadeira no Senado e já engataram conversas coma senadora Eliziane Gama (Cidadania), que tem postura mais adequada ao projeto da legenda para 2022. 

Além de ser crítica qualificada  da gestão bolsonarista, Eliziane Gama tem bem mais presença nacional do que Rocha, além de ter interlocução importante com presidenciáveis mais alinhados à centro-esquerda.

A favor da transferência da senadora pesa o fato de o p´residente do Cidadania, Roberto Freire, ser muito próximo do PSDB, o que a manteria com o controle da atual legenda no Maranhão.

Roberto Rocha – que já perdeu a liderança do partido no Senado – não abre mão da aliança com Bolsonaro, o que torna praticamente impossível a convivência no tucanato.

O caminho do senador maranhense seria o PTB, que tem o deputado federal Pedro Lucas Fernandes como presidente.

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Apoiado por Flávio Dino, Duarte declara: “sou do partido de Bolsonaro”

Vídeo com discurso do candidato do partido Republicanos – que pertence aos filhos do presidente – veio à tona esta semana e mostra um entusiasmado deputado falando da relação com o Governo Federal

 

O discurso de Duarte Júnior para bolsonarista; hoje sou do partido de Bolsonaro”, afirma

Hoje, eu sou do partido republicanos, partido 10, partido da base do Governo Federal, partido da base do governo Bolsonaro”.

Foi assim que o deputados estadual Duarte Júnior se apresentou a um grupo de lideranças políticas – deputados, líderes partidários e até o vice-governador Carlos Brandão – logo assim que recebeu o aval do Republicanos (ex-PRB) para concorrer a prefeito de São Luís.

O discurso tinha o objetivo de mobilizar a massa bolsonarista e garantir índices nas pesquisas de intenção de votos a Duarte, até então ainda lutando para ser candidato a prefeito.

Duarte Júnior conseguiu a indicação, foi registrado candidato e ainda chegou a se reunir com aliados de Bolsonaro no Maranhão, mas foi aconselhado a deixar o discurso de lado para não ferir o governador Flávio Dino (PCdoB).

Tanto que os próprios comunistas passaram o primeiro turno a chamá-lo de candidato de Bolsonaro.

Mas o vídeo desapareceu da campanha e dos arquivos das redes sociais do candidato.

Esta semana, logo após Flávio Dino declarar apoio ao ex-auxiliar e tentar vender ao eleitor que o adversário Eduardo Braide é o candidato de Bolsonaro em São Luís, o vídeo voltou à tona. (Veja acima)

No ato de filiação ao Republicanos, Duarte Júnior recebeu alguns dos expoentes de Bolsonaro em Brasília, entre eles o candidato derrotado a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno (à esquerda do candidato)

O PRB, ao qual Duarte é filiado, é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, aliada de Bolsonaro, e tem como líderes dois dois filhos do presidente, os irmãos Flávio e Carlos Bolsonaro.

Na filiação de Duarte, vários candidatos de Bolsonaro aparecem, como o deputado federal Celso Russomanno, derrotado em São Paulo.

Desde que o vídeo voltou ´[a tona, Duarte Júnior e o PRB tentam usar a Justiça Eleitoral para bani-lo das redes sociais e dos aplicativos de troca de mensagens.

Assista, portanto, enquanto é tempo…

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Bolsonaro mentiu sobre segurança da PM para ele em Balsas

Foi o próprio presidente da República quem criou a fake news sobre o governo maranhense ter negado dar segurança a ele na visita que faria ao município, uma espécie de desculpas para cancelar a viagem

 

Foi nesta entrevista à rádio Jovem Pan que Bolsonaro inventou a fake news sobre falta de segurança para ele no Maranhão

Foi descoberto nesta quarta-feira, 21, que a fake news sobre a negativa do governo Flávio Dino de dar segurança militar ao presidente Jair Bolsonaro em sua visita ao Maranhão partiu do próprio Bolsonaro.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse que cancelaria sua viagem por que Flávio Dino (PCdoB) se negou a garantir segurança plena da comitiva presidencial no Maranhão.

– O governador Flávio Dino resolveu não ceder a Polícia Militar para fazer uma segurança mais aberta, digamos assim – mentiu Bolsonaro.

Desde ontem, o secretário de Segurança Jefferson Portela já havia desmentido a fake news sobre  o assunto, garantindo a presença ostensiva na PDM na visita do presidente.

Hoje, foi o próprio governador Flávio Dino quem revelou ter partido do próprio Bolsonaro a informação sobre a falta de segurança.

Ao que tudo indica, Bolsonaro criou a fake news como justificativa para não ir á cidade do senador Roberto Rocha (PSDB).

Agora é Rocha quem tem de cobrar do presidente…

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Roberto Rocha aposta em Braide, Madeira e Bolsonaro para 2022…

Senador do PSDB trabalha fortemente por uma base eleitoral que lhe dê suporte em São Luís e Imperatriz para concorrer às eleições de governador, vinculado diretamente ao projeto de poder do atual presidente da República

 

Em São Luís, Roberto Rocha aposta na vitória de Eduardo Braide em primeiro turno, o que o colocaria em posição de destaque para 2022

A sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB) – que começou exatamente com as eleições de 2020 – não se resume à disputa interna na base do próprio Dino.

O senador Roberto Rocha está em franca campanha de governador, apostando suas fichas em uma trinca de peso, em São Luís, em Imperatriz e no Brasil.

Rocha atua diretamente na campanha do candidato a prefeito Eduardo Braide (Podemos) em São Luís; e trabalha para que seu candidato seja eleito em primeiro turno, o que dará um peso extra ao seu projeto de 2022.

Além disso, o senador do PSDB está na linha de frente da campanha de Sebastião Madeira em Imperatriz, outro colégio eleitoral no qual pretende fincar bandeira rumo às eleições de governador.

O senador tucano quer o presidente Bolsonaro cada vez mais presente no Maranhão, com obras que acenem para 2022

Com força em São Luís e Imperatriz, Roberto Rocha teria uma base eleitoral consistente; e somaria a elas o apoio aberto ao presidente Jair Bolsonaro, que pretende trazer cada vez mais ao Maranhão. 

O senador do PSDB pretende fazer da aliança com Bolsonaro um catalisador de obras para o estado, via Codevasf; o que, somada a uma eventual gestão Braide em São Luís, e de Madeira em Imperatriz, garantiria sua base rumo ao governo.

E enquanto a base de Flávio Dino se digladia pela condição de candidato do governo, o senador oposicionista vai construindo pragmaticamente um caminho.

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Azul predomina entre os principais candidatos em São Luís

Candidatos que disputam as primeiras posições nas pesquisas de intenção de votos – Eduardo Braide, Duarte Júnior e Neto Evangelista – usam a mesma cor em sua campanha; vermelho ficou restrito à campanha comunista

 

O azul tem sido usado predominantemente tanto por Braide quanto por seus principais adversários, o que indica uma mudança de tonalidade na campanha em relação a 2016

Ensaio

Está tudo azul na disputa pela Prefeitura de São Luís.

Pelo menos é esta a cor predominante entre as principais candidaturas, aquelas que, hoje, aparecem com chances reais de vencer em primeiro turno ou chegar a um eventual segundo turno.

O primeiro colocado Eduardo Braide (Podemos) e os dois que disputam a segunda posição – Duarte Júnior (PRB) e Neto Evangelista (DEM) – usam o azul como cor predominante de campanha.

A mudança de tom nas eleições começou a partir de 2018, com o uso das cores da bandeira nacional na campanha de Jair Bolsonaro.

Hoje, com a dicotomia entre o presidente e a esquerda mais amenizada, muitos trocaram os tons bolsomínions predominantes – verde, azul e amarelo – pelo tom azul.

Edivaldo Júnior usou vermelho nas eleições de 2016; hoje, esta cor aparece fortemente apenas na campanha do candidato comunista Rubens Júnior

Até 2016, com a estética política ainda sob influência do PT, candidatos de todos os matizes usavam o vermelho como cor predominante. Agora, ela está restrita à candidatura do comunista Rubens Pereira Júnior.

No que se refere às cores, apenas mais um candidato parece levar em consideração um tom para representar seu partido: Jeisael Marx, da Rede Sustentabilidade, usa o verde para representar a defesa do meio ambiente, bandeira histórica do partido.

Os demais candidatos podem até ter uma cor definida na campanha, mas ela não está em evidência em suas peças publicitárias…01