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Lula quer PT com PDT, PCdoB, PSB e MDB no mesmo palanque no MA…

Movimentos do ex-presidente deixam claro que ele pretende em uma aliança de centro-esquerda, que pode reunir o governador Flávio Dino e a ex-governadora Roseana Sarney no palanque do senador Weverton Rocha; reação de lideranças petistas e emedebistas maranhenses – com pouca ou nenhuma influência nas instâncias nacionais – tem mais a ver com a tentativa de manter espaços no segundo e terceiro escalões de um eventual governo do vice tucano Carlos Brandão

 

Weverton Rocha participou de jantar exclusivo com o ex-presidente Lula e a bancada do PT, movimento que repercutiu diretamente no debate eleitoral de 2022 no Maranhão

A intensa repercussão da movimentação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na semana passada, reforçou a tese de uma aliança de centro-esquerda que reúna não apenas o PT, mas também o PDT, o PCdoB, o PSB e também o MDB nas eleições de 2022.

E esta aliança indica a possibilidade de um palanque no Maranhão que reúna o atual governador e pré-candidato a senador, Flávio Dino (PCdoB), e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), no palanque do senador Weverton Rocha (PDT) ao Governo do Estado.

Interlocutor frequente de Flávio Dino, Lula fez dois gestos na direção da aliança: 

1 – recebeu Weverton Rocha em um jantar com a bancada do PT no Senado e os dirigentes nacionais do partido; 

2 – Foi recebido pelo ex-presidente José Sarney (MDB).

Apesar de não comandar seus partidos, tanto Weverton quanto Sarney têm forte influência na direção nacional dessas legendas, o que pode garantir a aliança.

A reação de algumas lideranças locais do PT e do MDB – com pouca ou nenhuma influência influência nas instâncias nacionais de seus partidos – foi, num primeiro momento, a de minimizar a movimentação de Lula.

Os petistas maranhenses têm indicações no segundo e terceiro escalões do governo Flávio Dino; os emedebistas, a maioria da chamada velha guarda sarneysista, são mais vinculados às ideias do presidente Jair Bolsonaro.

Estas lideranças fazem gestos ao atual vice-governador Carlos Brandão (PSDB) – que deve assumir o comando do estado em abril de 2022 – tentando garantir posições no eventual governo tucano-bolsonarista.

A questão é que os movimentos de Lula rumo ao centro-esquerda visam, exatamente, neutralizar o PSDB como opção de poder a Jair Bolsonaro.

E mostram que o caminho natural do PT é com PDT, PCdoB, PSB e MDB…

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Quem é a Montanha e Quem é Maomé?

Se os números da capital são positivos e isso acontece sem a participação do governo estadual, a quem mais interessa uma aproximação para beneficiar-se desse bônus? É fato que todo o nosso povo de São Luís e do Maranhão ganha com uma parceria Estado/Município

 

Por Fábio Câmara

“Nós (governo estadual) temos aguardado a manifestação do prefeito (Braide), ele ainda não fez nenhuma manifestação acerca disso (aproximação politica). Tenho certeza que assim que o fizer, terá toda a reciprocidade do governador Flávio Dino. Agora, é uma iniciativa que, certamente, deve partir do prefeito, em torno de uma pauta para a cidade. Afinal, ele é o gestor municipal e tem a responsabilidade de cuidar da cidade e, portanto, buscar parcerias.” Secretário Estadual de Cidades e Desenvolvimento Urbano, Marcio Jerry.

A lógica presente nessa fala do secretário Márcio Jerry é bastante interessante!

Pena que nem ele e nem o governador Flávio Dino a seguem. É qualquer coisa do tipo: “Faça o que eu te digo. Mas, não faça o que eu faço!”

Dino é o “gestor” do governo estadual. Dino tem o dever de buscar parcerias para mais e melhor gerir. Dino e Jerry buscaram quais parcerias junto a Bolsonaro?

Enquanto São Luís – administrada pelo Braide – é a segunda capital brasileira a, proporcionalmente, mais vacinar e com um dos melhores índices de desempenho operacional frente à crise pandêmica, o Maranhão de Dino e Jerry apresenta mais de 20 mil novos casos de infectados e um gráfico preocupante para o desenho do COVID-19.

Se os números da capital são positivos e isso acontece sem a participação do governo estadual, a quem mais interessa uma aproximação para beneficiar-se desse bônus? É fato que todo o nosso povo de São Luís e do Maranhão ganha com uma parceria Estado/Município.

Porém, também é fato que as eleições do ano que vêm são de âmbito estadual e, portanto, é de interesse do governador coroar a sua sofrível estada de 7 anos sentado nos Leões, fazendo algo que o referende a pedir votos para si ou para outros aliados.

E para ter esse respaldo no maior Colégio Eleitoral do Estado que ele diz “governar”, faz-se necessário muito mais que apenas asfaltar algumas ruas. Para ter sucesso em qualquer empreitada política para a qual se proponham, Jerry e Dino sabem que são eles que precisam descer do pedestal e depois descerem dos saltos.

Agora, se a tolice e a arrogância darão lugar à sabedoria e à humildade, aí papai, só o tempo dirá!

E enquanto isso Weverton Rocha segue crescendo e se fortificando! Mas, essa é uma outra prosa para um outro dia.

“Pensem no que eu digo e repensem o que vocês fazem!”

Fábio Câmara é suplente de deputado estadual e de vereador em São Luís

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Flávio Dino pode perder até cinco partidos de sua base em 2022…

Com dificuldades para manter a base em torno de um projeto único – e com a resistência dos dirigentes partidários em apoiar o vice-governador Carlos Brandão – comunista pode ver PL, Avante, Patriotas, PROS e PTB em palanques da oposição, o que pode tirar o governo de um eventual segundo turno

 

Com oposição mobilizada, Flávio Dino corre o risco de não ter um representante no segundo turno das eleições de 2022

O governador Flávio Dino (PCdoB) declarou recentemente que pretende ouvir os dirigentes “dos 14 ou 15 partidos” que ele espera estar ao seu lado para decidir sobre o candidato a governador em 2022.

O problema é que a maioria desses dirigentes não se entusiasma com a provável candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

E pelo menso cinco deles pode acabar em palanques da oposição.

Dos “14 ou 15 partidos” que Dino diz ter em sua base, seis já declararam publicamente apoio ao senador Weverton Rocha (PDT); são eles: PDT, PSB, DEM, PSL, PRB e Cidadania.

Outros três estão com o deputado federal Josimar de Maranhãozinho: o PL, o Avante e o Patriotas.

Já o PTB e o PROS estão sendo cobiçados por membros da oposição, como o senador Roberto Rocha e o prefeito de São Pedro dos Crentes, Dr. Lahesio.

Tanto Rocha quanto Lahésio são alinhados ao presidente Jair Bolsonaro e tendem a se aliar a Josimar, o que levará tanto o PL quanto o Avante e o PROS para a oposição. (Entenda aqui)

Sobraria a Flávio Dino e ao seu projeto apenas o PCdoB, o PP, o PT e o PSDB de Brandão.

Sem mandato a partir de abril de 2022, o governador terá que optar entre juntar-se com os partidos já alinhados a Weverton Rocha – que busca publicamente o seu apoio – ou insistir na candidatura de Brandão e ter que enfrentar três chapas adversárias, incluindo aí a que juntará os partidos dos chamados remanescentes do grupo Sarney, reunidos no MDB, no PSD, no PSC e no PV.

Neste caso, a disputa vira uma incógnita, com possibilidades, inclusive, de um inédito segundo turno sem candidato governista.

É aguardar e conferir…

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Sensatez deve ser impulso do primeiro passo por aliança entre governo e prefeitura

Aliados do governador Flávio Dino propõem que o prefeito Eduardo Braide busque o governo para formar parceria por São Luís;  e ouvem do secretário municipal de Comunicação, Joaquim Haickel, que o comunista precisa ser o primeiro a se manifestar

 

Eduardo Braide e Flávio Dino podem fazer parceria; não por política, mas por sensatez

Aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) propõem publicamente, desde a manhã de segunda-feira, 3, que o prefeito Eduardo Braide (Podemos) busque o diálogo com o governo em nome de uma parceria por São Luís.

A proposta foi apresentada primeiramente na Câmara de São Luís, pelo vereador Paulo Victor (PCdoB); e endossada pelo secretário de Cidades e principal aliado de Flávio Dino, deputado federal Márcio Jerry (PCdoB).

Nesta terça-feira, 4, o secretário municipal de Comunicação, Joaquim Haickel, mostrou-se simpático à proposta dos comunistas, mas relembrou a falta de um cumprimento do governador pela vitória do prefeito; e pregou que – por causa disto – o primeiro passo deve ser dado por Flávio Dino, não por Braide.

Parcerias por São Luís vêm sendo propostas de lado a lado – governo e prefeitura – desde 1995, quando Roseana Sarney era governadora e Conceição Andrade prefeita.

Hoje, as duas são aliadas, mas a parceria efetiva entre as suas gestões nunca se efetivou; nem com Roseana e Conceição, muito menos com Roseana e Jackson Lago (PDT), José Reinaldo (DEM) e Tadeu Palácio (PDT), Jackson Lago (PDT) e João Castelo (PSDB), Roseana e Castelo ou Roseana e Edivaldo Júnior (PDT). (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

Edivaldo e Roseana chegaram a sentar à mesa paras discutir São Luís; mas a parceria não se efetivou por falta de ações de lado a lado

A aliança só se deu a partir de 2015, quando Flávio Dino assumiu o governo com o apoio de Edivaldo.

No momento atual, governador e prefeito estão, de novo, em lados opostos da política.

Mas, diante da pandemia, não é por dívida de gratidão ou de reconhecimento – muito menos por opressão de poder – que esta aliança deve se efetivar.

O primeiro passo deve ser dado por sensatez.

É simples assim…

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O que temem os tais cardeais do MDB no Maranhão?!?

Incomodados com as ações e declarações públicas do deputado estadual Roberto Costa – figura mais efetiva do partido na atualidade – figurões emedebistas, com ou sem mandato, se escondem em declarações “sem identificação” para contrapor o parlamentar

 

Todas as ações de Roberto Costa no MDB seguem alinhamento ao que pensam Baleia Rossi e Roseana Sarney, embora incomodem outros figurões da legenda

O deputado estadual Roberto Costa figura na atualidade como a liderança proeminente do MDB no Maranhão.

Ele conduz o partido de forma inequívoca e traça os projetos políticos e eleitorais que resultaram em um alinhamento claro aos segmentos mais progressistas da política local; e de renovação das práticas do próprio MDB – inclusive com vistas às eleições de 2022.

Nessas ações, deixa claro o alinhamento ao presidente nacional Baleia Rossi (SP) e ao projeto da ex-governadora Roseana Sarney, que deve assumir o comando estadual em junho ou julho.

Mas o parlamentar tem incomodado figurões do MDB, com ou sem mandato.

Tais figurões poderiam fazer o contraponto público a Roberto Costa, mas, demonstrando medo – sabe-se lá de quê – preferem ficar escondidos atrás de declarações “sem identificação” em blogs e outros meios de comunicação.

O que temem os figurões do MDB maranhense?

Se não querem o alinhamento do partido ao projeto de poder do governador Flávio Dino (PCdoB), por que não declaram publicamente?

Além de Roseana e Costa, o MDB maranhense tem em seus quadros figuras de peso e outras nem tanto, como os ex-senadores Edison Lobão e João Alberto; os deputados federais Hildo Rocha e João Marcelo, além dos estaduais Arnaldo Melo e Socorro Waquim.

Se nem um deles tem coragem de questionar publicamente as ações e declarações de Roberto Costa, significa que é Roberto Costa quem ,de fato, dá as cartas no MDB maranhense.

É simples assim…

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Oposição pode reunir até 7 partidos contra grupo dinista em 2022

Aos poucos, lideranças não subordinadas ao projeto do governador comunista vão se unindo em torno de um objetivo comum: chegar ao segundo turno das eleições para o Governo do Estado em aliança que pode envolver de bolsonaristas a sarrneysistas, ex-governadores e ex-candidatos a governador, deputados federais, estaduais e prefeitos com repercussão estadual

 

Pré-candidatos a governador, Roberto Rocha e Josimar de Maranhãozinho trabalham na reunião do maior número de partidos na oposição a Flávio Dino

Enquanto o grupo do governador Flávio Dino (PCdoB) ainda bate cabeça para definir um candidato ao Governo do Estado, a oposição ao governo comunista vem aos poucos se alinhando em torno de um projeto comum: chegar, de forma decisiva, ao segundo turno em 2022.

Com este foco, já há lideranças de pelo menos sete partidos, como MDB, PSD, PTB, PL e PV, além de partidos de média estrutura, como PSC e Podemos.

Para efeito de comparação, se houver composição em torno de um único candidato, o grupo já reúne mais partidos que o senador Weverton Rocha (PDT), pré-candidato mais bem viabilizado no grupo dinista.

As conversas já envolve ao menos três pré-candidatos a governador: senador Roberto Rocha (sem partido), deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e o prefeito Lahésio Bonfim (sem parido).

Ao lado do colega Lahésio Bonfim, Maura Jorge é uma das lideranças bolsonaristas de oposição ao projeto de poder do governador Flávio Dino

Além deles, a oposição pode reunir em torno de um candidato lideranças do porte da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), deputados federais como Edilázio Júnior (PSD), Aluísio Mendes (PSC), Hildo Rocha (MDB) e prefeitos com repercussão estadual, do porte de Maura Jorge.

Na Assembleia, um bom grupo de parlamentares – com nomes do peso de César Pires (PV), Wellington do Curso (PSDB) e Dr. Yglesio (Pros) – sonha com a consistência de um grupo não-alinhado ao dinismo; ou pelo menos mais independente.

Os deputados Adriano Sarney, Dr. Yglésio, Wellington do Curso e César Pires também sonham com abertura de diálogo que uma disputa pelo govenro pode representar

Para forçar um segundo turno, a reunião de sarneysistas e bolsonaristas em torno de um projeto único tem um objetivo claro: aproveitar-se do racha – ou da falta de consistência do candidato dinista.

Nesta hipótese, poderão disputar efetivamente contra o legado do atual mandatário.

Ou influenciar de forma decisiva a disputa entre dois oriundos do dinismo…

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Acuado, Bolsonaro está a um passo do golpe no Brasil

Às vésperas do aniversário do golpe militar, acontecimentos contra e a favor nas últimas semanas – como a perda do apoio do setor econômico e a troca do comando das Forças Armadas – criaram o caldo cultural necessário para que o presidente, irresponsável como é, e com apoio da massa alienada evangélica, decida se perpetuar no poder sem as regras básicas da Constituição Brasileira

 

Em uma ruptura histórica com o núcleo militar do seu governo, Bolsonaro decidiu cercar-se de generais que o seguem, numa ameaça que só tem precedentes no próprio golpe militar

Editorial

No dia 23 de março, o blog Marco Aurélio D’Eça publicou o post “Perdido e incapaz de mudar, Bolsonaro vai ficando só….”.

O texto mostrava o rompimento dos barões da indústria e dos banqueiros com o presidente; e lembrava que Bolsonaro continuava no poder apenas com apoio dos militares e dos evangélicos, grupos dispostos a tudo para manter os benefícios garantidos pelo tresloucado chefe.

Nas semanas que seguiram, outros movimentos mostraram a Bolsonaro que ele estava cada vez menor como chefe maior do país – perdido na pandemia, pressionado pelo Senado e pela Câmara, ameaçado pela força popular do ex-presidente Lula e vigiado pelo Supremo Tribunal Federal.

Na segunda-feira, 29, a troca em massa de ministros – o que continuou ontem, com a troca do próprio comando militar do seu governo, às vésperas do aniversário do golpe militar de 1964, que acontece nesta quarta-feira, 31 – foi uma ameaça clara do presidente ao país.

Desde o início do seu governo – e bem antes dele – o blog Marco Aurélio D’Eça alerta o Maranhão e o país sobre a ameaça que Bolsonaro representa de um, novo golpe militar no país – com ele protagonista ou mesmo contra ele próprio. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

Ontem, Bolsonaro trocou o comando do Exército, da Marinha e da Aeronáutica por que seus comandantes não aceitavam ter as Forças Armadas usadas para capricho de um cidadão mergulhado no descrédito.

Já havia trocado também o ministro da Defesa por outro mais afinado ao seu projeto, o general Braga Netto.

E o recado de Braga Netto, na véspera do 31 de março – e fazendo alusão ao próprio golpe – foi bem claro, lembrando que “as igrejas, os empresários e segmentos sociais compreenderam o movimento e saíram em defesa do que chama de revolução, mergulhando o Brasil em 21 anos de escuridão e morte.

A parte mais alienadas dos evangélicos segue Bolsonaro de olhos fechados, até mesmo nos conceitos mais absurdos pregados pelo presidente

É a mesma “igreja” – ou sua massa alienada e manipulada por líderes tresloucados – que agora grita sozinha em defesa do governo

Acuado, portanto, Bolsonaro está a um passo do golpe.

E os que acreditam na democracia plena precisam estar alertas…

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Este Blog já havia alertado para simbologia cifrada de neonazistas

Em junho de 2020 post tratou exatamente de como supremacistas estavam usando linguagem cifrada para se comunicar com símbolos só compreendidos entre eles, como fez o assessor internacional da presidência da República, Filipe Martins, durante sessão do Senado

 

O gesto supremacista de Filipe Martins; para muitos, apenas uma provocação de cunho sexual, exatamente como querem fazer parecer os neonazistas

Em 1º de junho de 2020, o blog Marco Aurélio D’Eça publicou o post “Sinais de nazismo cada vez mais claros entre os Bolsomínions…”

O texto aproveitava a polêmica sobre o uso de um copo de leite pelo próprio Jair Bolsonaro –  durante uma de suas lives de quinta-feira – para alertar sobre as formas com que neonazistas e supremacistas brancos estavam se comunicando publicamente sem chamar a atenção das autoridades.

– Para fugir às punições legais, os neonazistas trataram de criar uma simbologia cifrada, perceptível apenas aos que seguem os postulados de Hitler – afirmou o post de junho passado. (Entenda mais aqui)

Foi exatamente o que fez , agora, o assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, durante a sessão do Senado esta semana.

Ao formar com as mãos o símbolo PW (Power White, ou Supremacia Branca) durante pronunciamento do presidente da Casa, Martins se aproveitou da transmissão da sessão – e da repercussão que teria na mídia – para se comunicar com outros supremacistas

A técnica tem sido tão usada que passou a ser detectada por combatentes do racismo e do nazismo mundo a fora, o que acabou denunciando Martins.

De uma forma ou de outra, a polêmica envolvendo o assessor presidencial de Bolsonaro reforçou a ideologia neonazista deste governo.

E mostrou, mais uma vez, o quanto o blog Marco Aurélio D’Eça aponta questões que viram pautas aqui e alhures.

Mais cedo ou mais tarde…

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O grupo de Flávio Dino e as eleições de 2022…

Ao contrário do que se propaga, governador pode optar por mais de um candidato em sua base, da forma como se posicionou nas eleições municipais, postura que faz parte do seu perfil desde antes da chegada ao poder; até por que, o futuro candidato do governo será do governo Brandão não de Dino, a menos que o comunista decida ficar até o final

 

Carlos Brandão pode ser candidato em 2022, assim como Weverton Rocha, sem a necessidade de rompimento com Flávio Dino

Análise de conjuntura

Uma guerra de informações e contra-informações vem sendo fortalecida na mídia por aliados do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) à medida que se aproxima o pleito de 2022.

Segundo essa versão, o governador Flávio Dino (PCdoB) já teria escolhido o vice como candidato a seu sucessor o que forçaria o senador Weverton Rocha (PDT) a romper com o governo.

Esta visão dos fatos seria uma quebra de paradigma na postura do próprio Flávio Dino.

Quem acompanha a história recente da política maranhense sabe que a base do governo Dino sempre esteve dividida entre diversas correntes e várias tendências políticas da esquerda e da direita; e essas correntes sempre se digladiaram nos bastidores, mantendo, mesmo assim, a aliança central com o comunista. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

Foi assim em 2012, 2016 e 2020, quando o os aliados se dividiram em diversas candidaturas pela Prefeitura de São Luís e, mesmo assim, mantiveram-se na base do governo.

Nem mesmo em 2020, quando os ânimos se acirraram mais profundamente, houve rompimento da base.

A leitura unilateral de que a escolha de Dino por Brandão forçará o senador Weverton Rocha a romper ou desistir da candidatura também não leva em conta o histórico do próprio Rocha.

Secretário de Jackson Lago, suplente de deputado federal, deputado federal e senador, Weverton construiu sua trajetória ao largo das questões de grupo, sem nunca precisar romper, nem internamente no PDT, muito menos com o governo Dino.

Foi assim em 2012, quando apostou em Edivaldo Júnior (PDT) mesmo quando o PCdoB queria Tadeu Palácio (PP); foi assim em 2016, quando vestiu a camisa pela reeleição de Edivaldo enquanto o Palácio dos Leões já torcia pela candidatura de Bira do Pindaré  (PSB).

E foi assim, sobretudo, em 2018, quando construiu, sozinho, sua candidatura ao Senado, alcançando quase 2 milhões de votos. (Relembre aqui)

Assim como Flávio Dino deve apostar em si mesmo se decidir optar por Brandão, Weverton também aposta em sua própria articulação como candidato a governador.

De mais a mais, o candidato do chamado governo não será do governo Dino, mas do governo Brandão, que começa em abril de 2022; a menos que o comunista decida permanecer até o final do mandato.

E todos podem construir sua trajetória sem a expectativa de rompimento, a exemplo do que ocorreu em 2012, 2014, 2016, 2018 e 2020.

Vencerá aquele que tiver melhor posicionado no eleitorado; e é para isso que tem as pesquisas de intenção de votos.

Simples assim…

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De como este blog anteviu a anulação dos processos de Lula…

Desde o início das investigações contra o ex-presidente, os posts publicados nesta página mostravam o golpe perpetrado para impedir a participação do PT e criminalizar as esquerdas nas eleições de 2018, o que agora foi confirmado no Supremo Tribunal Federal

 

De máscara, que só retirou no momento da coletiva, ontem, Lula retomou seu protagonismo na história; e influenciou diretamente a Bolsonaro

Editorial

12 de julho de 2017. O blog Marco Aurélio D’Eça publica o post “Condenado por Moro, Lula agora corre contra o tempo para disputar 2018…”.

Tratava-se de uma análise da decisão do juiz da Lava Jato, cuja postura já vinha sendo contestada neste blog desde 2014, quando iniciou-se a fase judicial do golpe que começou a ser montado ainda em 2013, no governo Dilma.

Esta contestação foi resumida em 10 de abril de 2018, no post “As três fases do golpe no Brasil…”, que mostrou a orquestração dos barões de São Paulo com a mídia quatrocentona e parte do Judiciário para impedir Lula de ser candidato presidencial.

Um pouco antes disso tudo, mais precisamente em 18 de março de 2016 – pouco mais de um ano antes da condenação de Lula – o blog Marco Aurélio D’Eça aponta para “O risco iminente de um golpe do Judiciário” , análise da usurpação de poder por Sérgio Moro.

A partir da condenação do ex-presidente petista, este blog passou a cobrar pela anulação do processo em sucessivos posts; chegou a frustrar-se algumas vezes, achando que isso seria possível já na segunda e terceira instâncias da Justiça, o que não ocorreu.

Em 16 de junho de 2019 – quando estourou as revelações do site The Intercept, que revelaram as armações políticas de Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol – o blog Marco Aurélio D’Eça apontou, sem pestanejar: “Julgamento de Lula precisa ser anulado…”

– Independentemente de o ex-presidente ser ou não culpado, a decisão do juiz Sérgio Moro, em conluio com o procurador Deltan Dallagnol, está marcada por posicionamento político e esquemas de forja de provas; e tinha um objetivo: tirar o PT das eleições de 2018 – já afirmava o blog, naquela época.

O blog Marco Aurélio D’Eça sempre registrou a postura política de Dallagnol e de Moro no caso Lula, agora confirmada pelo STF

Nesta época, Moro já era ex-juiz e ocupava cargo de ministro do governo Jair Bolsonaro, eleito graças também às suas manipulações judiciais.

17 de setembro de 2019. O blog Marco Aurélio D’Eça faz auto-referenciação ao lembrar os passos do golpe contra Lula, no post “História vai confirmando o golpe no Brasil…”.

Fritado por Jair Bolsonaro desde agosto de 2019, Sérgio Moro deixou o governo em 24 de abril de 2020, em meio a uma troca de acusações com o próprio Bolsonaro por causa de interferências na Polícia Federal. (Relembre aqui e aqui)

Nesta época, várias ações já questionavam a imparcialidade do ex-juiz e pediam a anulação das condenações de Lula, processos que tramitavam no Supremo Tribunal Federal.

Até culminar na decisão do ministro Edson Fachin, em 8 de março de 2021 – também conhecida como última segunda-feira – anulando todas as condenações impostas a Lula por Sérgio Moro.

O impacto da presença política de Lula fez Bolsonaro mudar sua postura como presidente e deixou Moro em silêncio

O impacto disto já foi medido pelo blog Marco Aurélio D’Eça, nos posts “O Impacto de Lula em 2022”, publicado no dia seguinte; e no post de ontem: “Lula faz o contraponto perfeito a Bolsonaro…”

E esta foi a linha do tempo do blog Marco Aurélio D’Eça para o caso envolvendo o ex-presidente petista, o PT, os barões brasileiros, o ex-juiz Sérgio Moro e o arroto da história chamado Jair Bolsonaro.

História que ainda registrará muitos capítulos até 2022.

Com o blog sempre presente para fazer o leitor entendê-la…